Aranjuez
Na última entrega de CDs que chegou de meu fornecedor veio um mimo, um brinde na forma de um CD com, entre outras coisas, o Concerto de Aranjuez! Adoro essas coisas, coincidências, com incidências.
Calma, o disco da postagem não é o do brinde. Gostei da interpretação, mas este aqui é melhor. E vocês sabem, para nossos seguidores, só o melhor!
O Concerto de Aranjuez é a obra mais famosa de Joaquín Rodrigo, compositor espanhol que, assim como o solista desta gravação, o inglês Julian Bream, muito contribuiu para evidenciar o violão como instrumento de música no sentido completo da palavra. Antes da dedicação de artistas como eles, o violão era visto como um instrumento para diletantes e havia também algum preconceito.
Rodrigo conseguiu reunir nesta obra toda a magia e sensualidade que se associa à imagem de Espanha. O concerto tem elegância e nobreza, mas ao mesmo tempo, especialmente devido à belíssima melodia do movimento lento, um imenso apelo popular. Quem não conhece a versão de Miles Davis?
Para interpretar uma obra como esta é necessário extremo talento, técnica e sabedoria. Isso tudo, além da experiência, você encontrará nos músicos desta gravação. A orquestra, sob a regência de John Eliot Gardiner, está perfeita, alerta e equilibrada.
Completando o disco, quatro peças para violão solo. A última delas é uma homenagem de Rodrigo para seu amigo e também compositor, Manuel de Falla.
Joaquín Rodrigo (1901-1999)
Concerto de Aranjuez
- Allegro com spirito
- Adagio
- Allegro gentile
Três Peças Espanholas
- Fandango
- Passacaglia
- Zapateado
Hommage à Manuel de Falla
- Invocation et Danse
Julian Bream
The Chamber Orchestra of Europe
John Eliot Gardiner
Gravação: St. John’s Smith Square, Londres – 1982 (Concerto)
Wardour Chapel, Dorset – 1982-83 (Peças solo)
Direção de Arte: Ron Kellum
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FLAC | 181 MB
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MP3 | 320 KBPS | 103 MB
A pegada do Miles é mais na melodia entoada pelo corne inglês que abre o movimento lento, mas que também é bonita. E como é bonita!
É isto, senhoras e senhores, um clássico! Aproveitem.
René Denon
Que tremenda coincidência, RD, e de que belas gravações! Julian Bream é meu violonista favorito, um Midas a fazer ouro de tudo que toca. Seu Aranjuez é lapidar, muito nobre e apropriado para os jardins palacianos que inspiraram o compositor. Grato pela postagem!