Começamos pelos mais velhos, seguimos pela primogênita vítima de bullying, passamos pelo pequeno notável, pelo robusto e pelo brutamontes.
Terminamos?
Claro que não!
Continuamos nossa minissérie sobre a família das cordas abordando aqueles primos afastados, meio esquecidos, de quem quase nunca se ouve falar e dos quais, apesar de nos parecerem esquisitos, sempre tem quem goste.
A viola d’amore já tinha quase saído de voga quando Vivaldi escreveu estes concertos que hoje são o cerne de seu repertório. Suas seis a sete cordas tocadas com o arco, e outras tantas ressonando por simpatia sob elas, garantem-lhe um timbre rico e algo, digamos, anasalado, que foi gradualmente preterido em favor daquele mais brilhante do violino.
A violinista Rachel Barton Pine, uma apaixonada pela viola d’amore, esperou muito tempo para finalmente por suas mãos num desses instrumentos, como conta nessa entrevista (em inglês). Depois de muito estudo, e de breves experimentos com o repertório, que incluíram alguns bis de viola d’amore em recitais dedicados ao violino, ela resolveu estrear com a gravação que ora lhes apresento, lançada no mês passado. A discografia desses concertos de Vivaldi, que já contava com ótimas versões de Fabio Biondi e Catherine Mackintosh, enriqueceu sobremaneira com este CD, particularmente pelo adorável, elegante uso que Pine faz do rubato.
VIVALDI – THE COMPLETE VIOLA D’AMORE CONCERTOS
RACHEL BARTON PINE – ARS ANTIQUA
Antonio Lucio VIVALDI (1678-1741)
Concerto em Ré maior para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 392
01 – Allegro
02 – Largo
03 – Allegro
Concerto em Ré menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 393
04 – Allegro
05 – Largo
06 – Allegro
Concerto em Fá maior para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 97
07 – Largo – Allegro
08 – Largo
09 – Allegro
Concerto em Ré menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 394
10 – Allegro
11 – Largo
12 – Allegro
Concerto em Ré menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 395
13 – Allegro
14 – Andante
15 – Allegro
Concerto em Lá maior para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 396
16 – Allegro
17 – Andante
18 – Allegro
Concerto em Lá menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 397
19 – Vivace
20 – Largo
21 – Allegro
Concerto em Ré menor para viola d’amore, alaúde, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 540*
22 – Allegro
23 – Largo
24 – Allegro
Rachel Barton Pine, viola d’amore
*Hopkinson Smith, alaúde
Ars Antiqua
Vassily Genrikhovich
¡Muchas gracias!. Excelente registro y con obras del inmortal Vivaldi…. Saludos cordiales.
Olá Vassily
Este post nao decepcionou, o CD me agradou, eu diria que é um barroco do bom.
Ler a entrevista da Rachel me deixou com a mente mais preparada para a apreciacao que se seguiu. Realmente, nao deve ter sido fácil pra uma violinista de ofício ter se adaptado a dinamica de um instrumento que, apesar de similar é no fundo tao difirente do que ela estava acostumada.
Eu achei o resultado ótimo.
Caro Vassily
No download que eu fiz constam 25 faixas, a 25 nomeada “25 – Concerto in D minor, RV 395 – Largo”, mas o RV 395 nao tem esse movimento. Fiquei confuso, que faixa seria essa?
Em todas as referencias que achei do CD, constam apenas 24 faixas e nao 25.
Obrigado
Opa!
Estou de partida para uma breve viagem, mas verei isso quando voltar!
Obrigado por ser sempre tão atencioso – e atento!