belíssimo texto e ótimas considerações.
deve ser difícil um genio como beethoven ver a mediocridade reinando e fazendo sucesso – assim como sempre foi em todas as épocas. os grandes genios das artesm raramente tiveram o devido reconhecimento em vida, quando não eram taxados de loucos, libertinos, transgressores.
vejo a arrogancia do dito cujo como uma forma de se defender das diversas, dezenas e milhares de críticas que recebeu.
como um desprezo pela incapacidade geral de todos nós de compreendermos quem está muito a frente.
como disse schopenhauer, as pessoas só dão valor naquilo que elas já tem valor próprio. mostre o op 131 para as pessoas em geral e provavelmente ouvirá tratar-se de uma coisa enfadonha, chata, monótona.
enquanto isso gangnam style atinge 1 bilhão de views no youtube; e ontem. numa festa que estive, chegaram a conclusão que ivete sangalo e sandy são as maiores cantores brasileiras.
pelos menos beethoven era seguro de seu talento. imagino suas atitudes mais como reação que arrogancia propriamente dito. lembro ainda que o vemos suas atitudes pelas lentes de seus contemporaneos.
O texto realmente é um esculacho de bom.
Faço uma pequena ressalva, porém. Talvez o trecho que se refere a Bach e uma atitude de “vendedor de sapatos” tenha sido ligeiramente infeliz, tendo em vista que os propósitos de Bach certamente transcendiam o mero mercantilismo, e tinham algo de religioso, suponho – embora seja compreensível a ideia transmitida, e isso não macule o brilhantismo do texto.
Show de texto, PQP!!! Sim, Beethoven era meio maluco, mas a verdade é que o mundo precisa de alguns “malucos”. Sempre o tive como meu compositor favorito, não pelo tipo de ser humano que ele era, mas por sua música. Não sei dizer que mistério tem ela. Era como se ele misturasse o antigo com o novo; o cara tirava leite de pedra! E, pensando bem, quantos compositores hoje será que “escrevem para o futuro”? Muitos parecem compor mais para o presente, como acontecia na época de Beethoven também. Fico pensando às vezes como Beethoven se sentiria ao ouvir as músicas de hoje (tanto as populares como as do gênero erudito). Porque, cá entre nós, existe gente muito competente compondo erudito, mas também existem uns que, sem querer citar nomes, fazem mais barulho do que música. Compõe-se muita música atonal. A verdade é que nunca consegui gostar mesmo de música atonal. Acho interessante, mas depois fica tão exaustivo. Mil desculpas aos que gostam.
Mas achei estranho terem chamado a família de Beethoven de “inculta”. Que eu saiba, o pai dele também era compositor e tenor, e foi ele quem ensinou Beethoven a tocar piano…
Belo texto.
Mas, sobre o encontro do Beethoven com o Mozart, não dizem que é lenda? E, se aconteceu, o Mozart não teria dito: “olhem pra esse garoto, o mundo ainda virá grandes coisas dele!”?
Beleza de texto PQP. Vou salvar para ler sempre. Parabens e abraços
belíssimo texto e ótimas considerações.
deve ser difícil um genio como beethoven ver a mediocridade reinando e fazendo sucesso – assim como sempre foi em todas as épocas. os grandes genios das artesm raramente tiveram o devido reconhecimento em vida, quando não eram taxados de loucos, libertinos, transgressores.
vejo a arrogancia do dito cujo como uma forma de se defender das diversas, dezenas e milhares de críticas que recebeu.
como um desprezo pela incapacidade geral de todos nós de compreendermos quem está muito a frente.
como disse schopenhauer, as pessoas só dão valor naquilo que elas já tem valor próprio. mostre o op 131 para as pessoas em geral e provavelmente ouvirá tratar-se de uma coisa enfadonha, chata, monótona.
enquanto isso gangnam style atinge 1 bilhão de views no youtube; e ontem. numa festa que estive, chegaram a conclusão que ivete sangalo e sandy são as maiores cantores brasileiras.
pelos menos beethoven era seguro de seu talento. imagino suas atitudes mais como reação que arrogancia propriamente dito. lembro ainda que o vemos suas atitudes pelas lentes de seus contemporaneos.
Muito bom, PQP. Uma postagem assim é muito bem vinda. Gratíssima.
Feliz aniversário, Beethoven!
O texto realmente é um esculacho de bom.
Faço uma pequena ressalva, porém. Talvez o trecho que se refere a Bach e uma atitude de “vendedor de sapatos” tenha sido ligeiramente infeliz, tendo em vista que os propósitos de Bach certamente transcendiam o mero mercantilismo, e tinham algo de religioso, suponho – embora seja compreensível a ideia transmitida, e isso não macule o brilhantismo do texto.
Show de texto, PQP!!! Sim, Beethoven era meio maluco, mas a verdade é que o mundo precisa de alguns “malucos”. Sempre o tive como meu compositor favorito, não pelo tipo de ser humano que ele era, mas por sua música. Não sei dizer que mistério tem ela. Era como se ele misturasse o antigo com o novo; o cara tirava leite de pedra! E, pensando bem, quantos compositores hoje será que “escrevem para o futuro”? Muitos parecem compor mais para o presente, como acontecia na época de Beethoven também. Fico pensando às vezes como Beethoven se sentiria ao ouvir as músicas de hoje (tanto as populares como as do gênero erudito). Porque, cá entre nós, existe gente muito competente compondo erudito, mas também existem uns que, sem querer citar nomes, fazem mais barulho do que música. Compõe-se muita música atonal. A verdade é que nunca consegui gostar mesmo de música atonal. Acho interessante, mas depois fica tão exaustivo. Mil desculpas aos que gostam.
Mas achei estranho terem chamado a família de Beethoven de “inculta”. Que eu saiba, o pai dele também era compositor e tenor, e foi ele quem ensinou Beethoven a tocar piano…
Belo texto.
Mas, sobre o encontro do Beethoven com o Mozart, não dizem que é lenda? E, se aconteceu, o Mozart não teria dito: “olhem pra esse garoto, o mundo ainda virá grandes coisas dele!”?