Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Haenchen / Netherlands Philh. Orch.)

Este Bruckner ficou pra trás nas comemorações, mas também é ótimo. Desconhecia Haenchen e esta orquestra holandesa, mas o fato é que eles dão uma roupagem muito interessante à terceira de Bruckner. Trata-se de uma performance muito animada, que pode ser descrita como agressiva, zombeteira, vigorosa, muito bem tocada  com som claro e completo. É uma performance em que você vai desejar aumentar um pouco o volume, pois a faixa dinâmica é bem ampla; passagens silenciosas são silenciosas como devem ser. Afinal, Bruckner usa o silêncio como ninguém. Isso é especialmente perceptível no início do adágio, mas também em vários pontos nos movimentos de abertura e fechamento. Se você estiver em uma situação em que precisa ouvir em volume baixo, vai se esforçar bastante para conseguir ouvir essas partes… E a festa do último movimento é uma festa mesmo!

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Haenchen / Netherlands Philh. Orch.)

Symphony No. 3 In D Minor (54:01)
1.1 Mehr Langsam, Misterioso 22:05
1.2 Adagio. Bewegt, Quasi Andante 14:22
1.3 Ziemlich Schnell 6:14
1.4 Allegro 11:20

Netherlands Philharmonic Orchestra
Hartmut Haenchen

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PQP

4 comments / Add your comment below

  1. Hartmut Haenchen – Orq. Carl Philipp Emanuel Bach – selo Capriccio – grande parte da obra orquestral de CPE Bach – por sinal , ótimas gravações.
    O Anel do Nibelungo – Wagner – Netherlands Philharmonic Orchestra – Amsterdam – 2005.
    Na mais nova edição das obras completas de Richard Wagner. Montagem De Nederlandse Opera.

  2. Tenho tentado inserir mais audições de Bruckner no meu dia a dia. No entanto, me sinto um pouco perdido na vastidão de suas obras. Aproveitando (e abusando) da boa vontade dos responsáveis pelo PQPBACH, existe uma ordem recomendada, algo que torne mais proveitosa a apreciação desse compositor?

    1. Olá, Henrique…
      A Sinfonia No. 4 é a mais ‘popular’ e por boas razões. Eu comecei com ela. Depois a Sétima, excelente. A mais famosa e mais extensa de todas é a Oitava. Essa pode ser uma sequência bastante interessante, sem deixar de mencionar a ‘Inacabada’, a Nona, com três movimentos.
      Uma outra abordagem, mais ‘prática’, mas que pode causar levantar de sobrancelhas nos Brucnerianos mais radicais, é ouvir movimentos separados. Eu começaria com os scherzos. O da Sétima é espetacular, te colocará para dançar.
      Num outro espectro, digamos assim, numa vibe mais ‘espiritual’, eu ouviria os adágios. O da Nona, possivelmente o último movimento completo que o Anton escreveu, é de levantar a alma até do menos crente dos mortais.
      Espero que de alguma forma a música de Bruckner se revele para você.
      A última peça dele que ouvi, um ou dois dias atrás, foi o Scherzo da Oitava, numa gravação feita ao vivo, com a London Philharmonic Orchestra, regida pelo tímido Klaus Tennstedt…
      Abraços!

      1. Caro Mário, muito, muito obrigado! Seguirei a orientação de começar pela Quarta Sinfonia. Já escutei algumas obras do compositor, mas agora farei de forma mais atenta. Agradeço muito pela disponibilidade e explicação. Um abraço.

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