.: interlúdio :. Open Sesame – Freedie Hubbard

Como pode um jovem de 22 anos, já em seu álbum de estréia, gravar um dos melhores discos de Jazz da história? Gênio, predestinado, sei lá? Não sei, nem interessa saber, só sei que o cara reuniu aqui um timaço de músicos, nos estúdios de outro gênio, Rudy Van Gelder, e em apenas um dia gravou essa obra prima (segundo o site Discogs este disco foi gravado em 19 de Junho de 1960).

Freedie Hubbard sempre foi um de meus músicos de jazz favoritos. Talvez um dos trompetistas mais enérgicos que já ouvi, o cara tinha pulmões de ferro para conseguir tirar aqueles solos de seu instrumento. E neste seu disco de estréia ele também já demonstra uma tremenda maturidade e sensibilidades musicais, como em faixas como na balada “But Beautiful”. Claro que não podemos esquecer dos músicos que o acompanham, destacando o sax Tenor Tina Brooks e o futuro pianista de John Coltrane, McCoy Tyner.  Claro que por trás de tudo estava o incrível produtor Rudy Van Gelder, que está por trás dos melhores discos de Jazz gravados na década de 60. Seu estúdio em New Jersey era frequentado pelos melhores músicos da época.

Mas o que torna esse álbum tão especial, além do fato de ser um álbum de estréia, o que já é um feito notável? O que sempre me impressionou e cativou em Freedie Hubbard foram, claro, sua técnica e virtuosismo, além de uma energia contagiante. E a já citada maturidade musical de um jovem de meros 22 anos de idade. Isso é incrível … a impressão que sempre tive foi de que a energia que ele transmitia em seus solos contagiavam todos os músicos envolvidos. E Van Gelder, que de bobo não tinha nada, neste disco apresentou ao mundo um dos maiores trompetistas que já respiraram na face da Terra, isso numa época em que a concorrência era pesada, uma época de ouro, Miles Davis, Dizzie Gilespie e Donald Byrd são apenas alguns que citaria agora, músicos que por sinal também frequentavam o mesmo estúdio.

Enfim, espero que apreciem. Os que não conhecem, conheçam. Coloquem o fone de ouvido para ouvir as nuances dos improvisos, o barulho dos pratos da bateria. Tremendamente bem gravado em estéreo, e já remasterizado umas duas ou três vezes. Estou trazendo para os senhores a remasterização da Mosaic, que também as ‘alternate takes’, as gravações que foram deixadas de lado por algum motivo.

1. Open Sesame
2. But Beautiful
3. Gypsy Blue
4. All Or Nothing At All
5. One Mint Julep
6. Hub’s Nub
7. Open Sesame (Alt Tk)
8. Gypsy Blue (Alt Tk)
9. Asiatic Raes
10. The Changing Scene
11. Karioka

Freedie Hubbard – Trompete
Clifford Jarvis – Bateria
McCoy Tyner – Piano
Sam Jones – Baixo
Tina Brooks – Sax Tenor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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