Eu sou um bruckneriano. Sou um admirador embasbacado de suas sinfonias, principalmente da 4ª, 5ª, 7ª, 8ª e 9ª. A terceira está um degrau abaixo das 5 perfeições citadas. Mas tudo já está latente nesta terceira: a grandiosidade, os bons temas colocados dentro de estruturas poderosas e o caráter organístico, pois o órgão foi o instrumento de Bruckner. E aqui temos um scherzo e um movimento final espetaculares. Tudo leva aos fortissimi e depois aos silêncios. Nos silêncios de Bruckner, há os ecos das igrejas e da religião que lhe era tão necessária. Sou um ateu que sente a importância da religião na vida deste cara estranho que foi Anton. Crescendos e silêncios, longos adágios pontuados de mais silêncios e no meio, sempre um scherzo supimpa.
Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3
1 Mehr langsam, Misterioso
2 Adagio, bewegt, quasi Andante
3 Scherzo : Ziemlich schnell
4 Finale : Allegro
Leipzig Gewandhaus Orchestra
Herbert Blomstedt

PQP (2020)
Eu sou um bruckneriano². E acho que nunca ouvi algo com a força da nº 5, ou com a emoção da nº 9. Fiquei muito feliz com o post desta interpretação da terceira sinfonia, que conheci sendo regida pelo Sinopoli e a Orquestra de Dresden e considero uma obra magistral. Acho a figura de Bruckner fascinante e foi de compositor desconhecido a meu preferido, ao lado de Dvorak, com uma rapidez incrível. Creio que me identifico muito com a simplicidade e a estranheza desse indivíduo tão genial.