IM-PER-DÍ-VEL !!!
Sem dúvida, uma versão espantosa dos Concertos de Haydn. Poucas vezes se nota tamanha integração entre solista e orquestra. Bylsma demonstra mais uma vez que era um extraordinário músico com um pé (ou ouvido) no passado. Anner Bylsma e Christophe Coin (ainda vivo, graças às deusas) são dois dos violoncelistas mais proeminentes na cena da música antiga desde que ela reapareceu.. Ambos tiveram sucesso considerável inicialmente como violoncelistas modernos, especialmente Bylsma. Em seu instrumento de época, Bylsma se aventurou longe — foi até as sonatas de Beethoven — e interpretar Haydn no estilo de época não é surpresa. A performance de Bylsma do Concerto de Anton Kraft, Op. 4, é imperdível. É tão característico que a gente realmente não entende porque ele era inédito AB (antes de Bylsma).
F. J. Haydn (1732-1809) / Anton Kraft (1749-1820): Concertos para Violoncelo (Bylsma, Tafelmusik, Lamon)
Joseph Haydn Concerto Nº 1, C-dur/C Major, Hob. VIIb:1
1 – Moderato 8:47
2 – Adagio 7:57
3 – Allegro Molto 5:54
Joseph Haydn Concerto Nº 2, D-dur/D Major Hob. VIIb:2
Cadenza – Anner Bylsma
4 – Allegro Moderato 12:44
5 – Adagio 5:31
6 – Rondo. Allegro 5:02
Anton Kraft* Concerto C-dur/C Major, Op. 4
Cadenza – Anton Kraft*
7 – Allegro aperto 8:39
8 – Romance 5:35
9 – Rondo Alla Cosacca 5:58

PQP
Meus caros, o que é esse Concerto N° 2?! Incrível!
Maravilha, obrigado por compartilhar. Parece que tudo que tem Bylsma é muito bom, assim como ocorre com Savall, Pinnock, Harnoncourt etc. A gravação é muito boa, se bem que gostei ainda mais da de Perenyi/Rolla, postada aqui recentemente. O primeiro concerto sobretudo, além de fazer sorrir, me faz lembrar do que escreveu Aaron Copland a respeito do propósito de um compositor: o da obra não permitir a suspeita de que poderia ser diferente, em nada.
Caro Henrique, desde pelo menos meus dez anos (e já se foram cinquenta depois disso) me embeveço com a música deste concerto 2 (inclusive me decepcionei com nosso grande Antonio Menezes ao assisti-lo ao vivo sem alcançar o agudíssimo pouco antes da cadenza). Demorei mais uns vinte (?) para descobrir o 1o, na leitura luminosa do Coin, que permanece para mim insuperável. E este subiu ao pódio: o que é, meu caro, aquele movimento inicial????? E o terceiro, para além das dificuldades técnicas que comporta?