Robert Schumann (1810 – 1856): Sinfonias – Stavanger Symphony Orchestra & Jan Willem de Vriend ֍

SCHUMANN

Sinfonias

Stavanger Symphony Orhestra

Jan Willem de Vriend 

Há várias ótimas gravações das sinfonias de Schumann, tais como Sawallisch regendo a orquestra Staatskapelle Dresden ou Leonard Bernstein, regendo a Wiener Philharmoniker, ambas bigbands… Seria injusto não notar a gravação do então comportado John Eliot Gardiner regendo a Orchestre Révolutionnaire et Romantique, uma orquestra com instrumentos e práticas de época, nos idos 1998. O chamuscado e temperamental Gardiner gravou essas sinfonias mais recentemente regendo uma orquestra moderna, a London Symphony Orchestra. Parece que o segredo de uma boa interpretação dessas obras tão lindas consiste em permitir que a orquestração (criticada e incompreendida) de Schumann se apresente de maneira translúcida, leve, mas ainda assim, forte e a tempo.

Foi isso que eu ouvi nesses dois discos lançados recentemente – uma ótima orquestra com tradição e ao mesmo tempo um ouvido para as práticas de época e um regente que tem uma combinação de precisão, ótima dinâmica, mas sem se tornar distante e frio.

 A Stavanger Symphony Orchestra tem sede em Stavanger (!), na Noruega, e além de ter ótimas instalações, tem um programa de Música Antiga, que teve entre seus diretores nomes como Frans Bruggen, Philippe Herreweghe e Fabio Biondi. Como nosso informado leitor sabe, esses nomes são ligados ao movimento de música antiga.

O regente Jan Willem de Vriend tem uma enorme discografia que inclui um ótimo ciclo de sinfonias de Beethoven e assim como um ciclo das sinfonias de Schubert. Você poderá ouvi-lo regendo os Concerti Grossi de Handel, se acessar essa postagem aqui.

A primeira das sinfonias de Schumann que eu conheci foi a Terceira, que tem apelido “Renana”, certamente uma das mais bonitas. A Primeira também tem apelido, “Primavera”, e faz jus a ele. A Segunda ocupa um ótimo lugar no ranking das sinfonias e foi composta durante um período difícil da vida de Robert. Veja a tradução de um trecho do comentário de Kenneth Woods que pode ser lido na íntegra aqui.

Não se engane: em 1844, Robert Schumann adoeceu, quase mortalmente doente, tanto quanto se tivesse desenvolvido câncer. O fato de ele ter se recuperado dessa doença para escrever sua maior obra-prima mostra uma força de vontade quase sobre-humana e grande coragem pessoal, não fraqueza. No auge de sua doença, Schumann não conseguia ouvir ou trabalhar com música, torturado como estava por alucinações auditivas. Ao começar sua recuperação, ele se voltou para um intenso estudo pessoal da música de JS Bach. Inspirado por Bach, Schumann começou a trabalhar em sua obra-prima enquanto ainda estava doente e compôs seu caminho de volta à saúde. Ao longo da obra, Bach parece ficar em segundo plano, ao lado de Haydn e Beethoven como um trio de anjos da guarda, guiando Schumann de volta à sua musa.

É claro que a Quarta é o patinho feio das sinfonias, mas eu gosto muito dela também. Ouça essa gravação estalando de nova e descubra se é mesmo assim como eu disse… e depois me conte.

Robert Schumann (1810 – 1856)

CD1

Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38
  1. Andante poco maestoso – Allegro molto vivace
  2. Larghetto
  3. Scherzo – Molto vivace
  4. Allegro animato e grazioso
Symphony No. 2 in C Major, Op. 61
  1. Sostenuto assai – Allegro ma non troppo
  2. Scherzo – Allegro vivace
  3. Adagio espressivo
  4. Allegro molto vivace

CD2

Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 97
  1. Lebhaft
  2. Scherzo: Sehr mäßig
  3. Nicht schnell
  4. Feierlich
  5. Lebhaft
Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120
  1. Ziemlich langsam – Lebhaft
  2. Romanze: Ziemlich langsam
  3. Scherzo: Lebhaft
  4. Langsam – Lebhaft

Stavanger Symphony Orchestra

Jan Willem de Vriend

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MP3 | 320 KBPS | 288 MB

Jan deu uma entrevista ao pessoal do PQP Bach na Praia de Camboinhas e adorou o inverno carioca…

The second and final instalment in Jan de Vriend’s survey of Robert Schumann’s symphonies. De Vriend conducts the wonderful Stavanger Symphony Orchestra and they both enjoy the fantastic acoustic of the Fartein Valen hall, considered one of the best in the world.  [Do site da gravadora]

“Such accomplished, high-class music-making makes the imminent follow-up with the Rhenish and Fourth Symphony en enticing prospect.” – Gramophone – UK (on CC 72958 – Symphonies nos. 1 & 2).

“de Vriend strives for a balance between a magnificent orchestral sound and a transparent polyphony that also seeks to illuminate the complex inner life of Schumann’s orchestral sound with brisk tempi.” – Rondo – DE (on CC 72958 – Symphonies nos. 1 & 2)

“Swagger and elegance.” – BBC Record Review (on CC 72958 – Symphonies nos. 1 & 2)

“…the sound of this new release is excellent: Every section of the orchestra is placed nicely in the soundstage, and it puts the listener in an ideal position to revel in the clarity and power of the orchestra. “ [Fanfare Magazine, 01-7-2024]

I certainly agree!

René Denon

SSO

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