Franz Schubert (1797-1828): Arpeggione Sonata, 3 Sonatines, op. 137 (P. Wispelwey, P. Giacometti)

Ah, essa Sonata “Arpergionne” de Schubert é uma delícia. Não há como não nos emocionarmos com ela. A beleza das melodias é única, como diria nosso colega PQPBach, provavelmente Schubert foi um dos maiores dos melodistas da história da música.

A dupla Wispelwey / Giacometti faz aqui neste cd uma leitura mais contida, não tão romantizada da “Arpeggione”, como as que estamos acostumados a ouvir. Talvez seja a sonoridade do pianoforte de Giacometti que contenha o excelente violoncelista holandês, o fato é que a dupla funciona muito bem, e explora com maestria os meandros dessa obra prima do repertório do violoncelo.

No cd eles também tocam as Sonatinas, op. 137, que originalmente foram escritas para violino, e que já trouxemos aqui mesmo no blog. A transcrição foi feita pelo próprio Wispelwey.

Franz Schubert (1797-1828): Arpeggione Sonata, 3 Sonatines, op. 137 (P. Wispelwey, P. Giacometti)

01 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – I. Allegro moderato
02 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – II. Adagio
03 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – III. Allegretto

04 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – I. Allegro molto
05 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – II. Andante
06 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – III. Allegro vivace

07 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – I. Allegro moderato
08 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – II. Andante
09 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – III. Menuetto and Trio
10 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – IV. Allegro

11 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – I. Allegro giusto
12 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – II. Andante
13 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – III. Menuetto and Trio
14 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – IV. Allegro moderato

Pieter Wispelwey – Cello (Bohemian, 19th century)
Paolo Giacometti – Pianoforte (Salvatore Lagrassa, vienese school, circa 1815)
Recording: Deventer, Doop. Kerk, 1996

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Schubert ao Piano – pintura de Gustav Klimt, 1899

FDP (2015), revalidado por Pleyel (2024)

6 comments / Add your comment below

  1. Obrigado. Muitíssimo obrigado pelas postagens. Belíssimas obras de música que transformam seu péssimo dia em momentos agradáveis. Sou um apreciador de música, porém leigo, para textos mais complexos sobre os autores. Aprendo cada dia mais. Como não sou surdo, ouço com prazer cada vez maior. E, mesmo os surdos se deleitam com as vibrações transmitidas. Espero que esteja sempre ao nosso lado, e, feliz pelo serviço de fazer beleza. De tocar beleza e acima de tudo de entregar beleza.

    Schubert é genial!!!

  2. A Arpeggione é uma das mais belas coisas que se pode ouvir na vida. Que presente do pequeno Schubert, nanico, feioso, pobre, triste, enfermo de sífilis e por fim de tifo; apesar de tudo, divino, maior dos melodistas da música.

  3. Wispelwey, músico fantástico! Schubert, compositor fantástico! Não tem como dar errado. =)
    Talvez sendo um pouco tendencioso (já que eu estudo violoncelo), acho que a Arpeggione é, ao lado do maravilhoso Quinteto em C (o pra dois Violinos, Viola e dois Cellos), das melhores coisas que, não só o Schubert, qualquer compositor já escreveu (menção honrosa à famosa canção ‘Erlkönig’, que arrepia).
    Muito obrigado, F.D.P.Bach!

  4. Costumo dizer aos meus alunos que existem o que chamo de “Os clássicos incontornáveis”, aquelas obras da história da humanidade com a qual devemos nos deparar ao menos uma vez na vida se seguirmos certos rumos.

    Vejam: os clássicos incontornáveis são etapas de um caminho que se decide seguir e que não têm como prosseguir sem passar por eles, ou seja “O poderoso chefão”, de Coppola, é um desses clássicos se você decide gostar de cinema; “A noite estrelada”, de Van Gogh, se for pela pintura; o “Gol perdido do meio de campo na Copa de 70” do Pelé se sua praia for aprofundar-se em futebol, e por aí vai.

    A “Arpergionne” de Schubert está no caminho dos que seguem estudando e ouvindo a boa música clássica.

    Obrigado, FDP Bach, pela postagem e ao Pleyel pela reativação.

  5. Após ouvir essa interpretação, maravilhei-me com a sonoridade do cello. O fortepiano soa-me muito seco; não sei se é devido ao instrumento em si ou é meu fone de ouvido, ou a gravação, ou, o que é mais provável, tudo junto e misturado.

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