Frédéric Chopin (1810-1849): Mazurkas Completas (Rubinstein)

Como já avisou inúmeras vezes meu irmão PQPBach, nosso SAC é uma porcaria como os demais. Acontece que a diretoria do blog não está nem aí com as solicitações de seus leitores. Mas não somos tão cruéis. Quando podemos, atendemos. Se temos em nosso acervo, o que custa? Por exemplo, o leitor Carlos Eduardo Amaral solicitou valsas e outras obras de Strauss. PQP disse que não tinha, mas felizmente possuo uma gravação que irá satisfazer ao nosso leitor, e que deverá estar sendo postada nos próximos dias.

Mas por enquanto, irei atender ao nosso leitor do outro lado do mundo, diretamente da Nova Zelândia, que pediu Chopin, espeficicamente as Mazurkas. Aqui estão elas. Um aviso: antes que comecem as intermináveis discussões dos que irão defender Arrau, Horowitz, Ashkenazy, Pires, Polllini, sempre estarei postando Chopin com meu intérprete favorito, Arthur Rubinstein. E sei que terei a Laís Vogel para me defender, pois ela também é fã do bom velhinho. Talvez seja culpa de minha mãe, que já colocava os discos de Chopin sempre interpretados por ele, ou então, do programa “Concertos para a Juventude”, que a Globo transmitia nos idos dos anos 70, aos domingos de manhã. Quem é de minha geração ou mais velho, há de se lembrar deste programa. Rubinsten, Karajan, Böhm, Amadeus Quartet eram frequentadores assíduos do programa. Não me lembro se tinha um apresentador, acho que o Karabitchevisky apresentou durante um período. Enfim, foi o programa que apresentou a tal da música clássica para minha geração. Enfim, falei deste programa porque foi ali que ouvi as Polonaises e as Baladas de Chopin, e ali me fascinei por aquele velhinho empertigado sobre um Steinway, tocando divinamente. Sempre me chamou a atenção sua postura, coluna ereta, olhos fechados, total concentração, e no final um sorriso discreto, de saber que tinha cumprido seu dever.

A Mazurka é originária do folclore polonês, e Chopin compôs 57. É um monte, mesmo. Mas são peças relativamente curtas, 3 minutos em média de duração. É isso aí.

Frédéric Chopin (1810-1849): Mazurkas Completas (Rubinstein)

4 Mazurkas, Op. 6
1-1 No. 1 In F-Sharp Minor 2:38
1-2 No. 2 In C-Sharp Minor 2:42
1-3 No. 3 In E Major (Vivace) 2:05
1-4 No. 4 In E-Flat Minor (Presto Ma Non Troppo) 0:41

5 Mazurkas, Op. 7
1-5 No. 1 In B-Flat Major (Vivace) 2:35
1-6 No. 2 In A Minor (Vivo Ma Non Troppo) 3:30
1-7 No. 3 In F Minor 2:52
1-8 No. 4 In A-Flat Major (Presto Ma Non Troppo) 1:06
1-9 No. 5 In C Major (Vivo) 0:36

4 Mazurkas, Op. 17
1-10 No. 1 In B-Flat Major (Vivo E Resoluto) 2:29
1-11 No. 2 In E Minor (Lento Ma Non Troppo) 1:59
1-12 No. 3 In A-Flat Major (Legato Assai) 4:21
1-13 No. 4 In A Minor (Lento Ma Non Troppo) 4:33

4 Mazurkas, Op. 24
1-14 No. 1 In G Minor (Lento) 2:49
1-15 No. 2 In C Major (Allegro Non Troppo) 2:15
1-16 No. 3 In A-Flat Major (Moderato) 2:08
1-17 No. 4 In B-Flat Minor (Moderato) 5:06

4 Mazurkas, Op. 30
1-18 No. 1 In C Minor (Allegretto Non Tanto) 1:38
1-19 No. 2 In B Minor (Vivace) 1:28
1-20 No. 3 In D-Flat Major (Allegro Non Troppo) 2:53
1-21 No. 4 In C-Sharp Minor (Allegretto) 3:43

4 Mazurkas, Op. 33
1-22 No. 1 In G-Sharp Minor (Mesto) 1:37
1-23 No. 2 In D Major (Vivace) 2:46
1-24 No. 3 In C Major (Semplice) 1:36
1-25 No. 4 In B Minor 5:33

4 Mazurkas, Op. 41
1-26 No. 1 In C-Sharp Minor (Maestoso) 3:30
2-1 No. 2 In E Minor (Andantino) 2:12
2-1 No. 3 In B Major (Animato) 1:11
2-3 No. 4 In A-Flat Major (Allegretto) 2:11

3 Mazurkas, Op. 50
2-4 No. 1 In G Major (Vivace) 2:31
2-5 No. 2 In A-Flat Major (Allegretto) 3:08
2-6 No. 3 In C-Sharp Minor (Moderato) 5:21

3 Mazurkas, Op. 56
2-7 No. 1 In B Major (Allegro Non Tanto) 4:22
2-8 No. 2 In C Major (Vivace) 1:44
2-9 No. 3 In C Minor (Moderato) 5:47

3 Mazurkas, Op. 59
2-10 No. 1 In A Minor (Moderato) 3:51
2-11 No. 2 In A-Flat Major (Allegretto) 2:36
2-12 No. 3 In F-Sharp Minor (Vivace) 3:40

3 Mazurkas, Op. 63
2-13 No. 1 In B Major (Vivace) 2:17
2-14 No. 2 In F Minor (Lento) 1:45
2-15 No. 3 In C-Sharp Minor (Allegretto) 2:18

2-16 Mazurka In A Minor, Op. Post. “A Emile Gaillard” 2:33

2-17 Mazurka In A Minor, Op. Post. “Notre Temps” 3:17

4 Mazurkas, Op. Posth. 67
2-18 No. 1 In G Major (Vivace) 1:10
2-18 No. 2 In G Minor (Cantabile) 1:59
2-20 No. 3 In C Major (Allegretto) 1:37
2-21 No. 4 In A Minor (Allegretto) 3:05

4 Mazurkas, Op. Posth. 68
2-22 No. 1 In C Major (Vivace) 1:41
2-23 No. 2 In A Minor (Lento) 2:47
2-24 No. 3 In F Major (Allegro Ma Non Troppo) 1:27
2-25 No. 4 In F Minor (Andantino) 3:14

Arthur Rubinstein – Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Rubinstein: a elegância ao piano

FDP

20 comments / Add your comment below

  1. FDP! Realmente não podia deixar de defender essa interpretação!

    Sou fã de Pollini, mas não perdi o bom senso.

    Como disse em outro post seu irmão PQP, Pollini, Pires, Arrau, Cortot, e outros deram contribuições valiosas ao repertório Chopiniano…. mas.. Arthur Rubinstein é o grande intérprete deste compositor.

    Fico pensando comigo, se Chopin tivesse vivido mais tempo teria sido contemporaneo de Arthur Rubinstein (ambos poloneses), e mui provavelmente o compositor teria não apenas conhecido o grande pianista ainda em sua juventude, mas tambem te-lo-ia visto tocar.

  2. Indubitavelmente, Rubinstein é quem consegue melhor do que ninguem criar a psicosfera meditativa, sensível e melancólica das obras de Chopin.

    A noção de tempo de Rubinstein é algo impressionante.

    Tenho a Apassionata de beethoven com ele, e é espantoso como mesmo em momentos de grande fúria, os golpes fortes no piano nunca agridem o ouvido, e soam até suaves, quando tocados pelas mãos maravilhosas desse nótável pianista.

  3. Yuri, show de bola esse blog. Sou um fracassado violonista, e o Concierto de Aranjuez é o meu favorito, desde que era um guri pequeno lá no interior do Paraná.
    Não sabia que o ego do Segovia era tão grande a ponto de se recusar a interpretar essa obra prima. Já postei aqui no blog uma gravação dela para o “Fantasia para un Gentilhombre”, e o Aranjuez deve vir num futuro próximo, na minha versão favorita com o Narciso Yepes. Quem viver, verá.

    Laís, Príncipe Salinas, Exigente, o que vocês acham do Kristian Zimerman? Outro polonês, outro talento enquanto solista … Creio que seja um dos melhores chopinianos da atualidade. Vou postar futuramente os concertos para piano com ele. Suas gravações dos concertos para Brahms com o Bernstein foram lançadas em DVD, e não canso de assistí-las, assim como a integral de Beethoven. Excelente intérprete.

  4. FDP,

    Lindo CD, adoro as valsas de Chopin e Rubinstein. Adorei também a chamada aos anos 70. Tenho quase 42 e também assistia aos “Concertos para a Juventude”. Por que será que ficou por lá? Não creio que falte público…
    Viva a TV Brasil!

    Rameau

  5. interior do paraná??? qual cidade? eu sou de cambé, ao lado de londrina e faço musica na uel… voce era de perto daqui fdp?
    e que bom que gostou do topico! mas na minha opinião a melhor versão é do john williams com a filarmonica de berlim! gosto é gosto né…
    grande abraço!

  6. Não, Yuri, sou pontagrossense, mas mudei-me cedo para a fronteira com Santa Catarina.
    Com relação a versão favorita do Concierto de Aranjuez, em verdade, em verdade vos digo que considero John Williams imbatível. Ainda possuo o LP em que ele toca este concerto, além do concerto de Castelnuovo Tedesco, junto com a Orquestra de Filadélfia, dirigida pelo grande Eugene Ormandy. Infelizmente nunca consegui encontrar esta gravação em cd.
    Para os fãs deste concerto, sugiro olharem no Youtube uma interessante versão do Paco de Lucia.

  7. fdp! essa gravação com a orqeustra de filadelfia eu venho procurando há um tempo consideravel… seria possivel posta-lo aqui no blog? ou por estar em LP complica as coisas?

  8. FDP, acompanho freneticamente o blog, diariamente, sempre ansioso pra ver o que há de novo. Sempre esperei estoicamente uma postagem qualquer de Rachmaninov que contivesse o belo Trio Elegiaque, Op.9, mas ele nunca vem. Então, estou lhe pedindo encarecidamente: se você tiver esse Trio, por favor, poste. Não só eu como os demais rachmaninovianos vão se ajoelhar aos seus pé…

  9. FDP!

    Ouvi pouca coisa de Zimermman, mas tudo o que ouvi, gostei muito!

    Uma dessas audições (e no caso em pauta visão, porque era DVD) foi o concerto 3 pra piano de beethoven, na registro citado com Bernstein que faz parte da integral Beethoveniana.

    Me encantou nesse pianista o seu lirismo, o seu toque sensível, ricamente melódico, sem perder a precisão técnica, é claro.

    Gostei, embora ainda precise ouvir mais!

    A gravação do Concerto de Aranjuez com John Willians e a Filarmonica de Berlim é aquele DVD que tem o Daniel Barenboim na qualidade de regente?

    Ja assisti esse DVD e fiquei ENCANTADA!!! Esse é um grande interprete!! Ele arranca detalhes da obra…

    Alias, o grande interprete é esse!

    Vai além da letra fria da partitura, arranca detalhes da obra, desvenda minudencias da musica para o ouvinte, sem perder a fidelidade à letra é claro!

  10. FDP:

    Artur Rubinstein é um dos grandes mestres do piano no século XX. Gosto muito dele tocando Chopin e Beethoven (especialmente os concertos).

    Lais:

    O que sempre me espanta no Concerto de Aranjuez é que seu compositor, Joaquim Rodrigo, era cego (desde os 3 anos de idade). O segundo movimento parece, ao menos para mim, uma reprodução de uma paisagem espanhola… É realmente incrível o grau de sensibilidade a que um artista chega para captar imagens “sem os olhos”

  11. Prezado “Exigente”,

    Parabéns em trazer Bella Davidovich para a lista dos grandes intérpretes de Chopin…ela é mesmo maravilhosa…
    Mas discordo qnd diz que ela é pouco conhecida…Pra quem é um pouquinho versado no melhor das interpretações chopinianas(e não estou com isso dizendo que eu sou um deles…) sabe que o Chopin de Davidovich é paradigma pra muitas de suas obras…e não devemos nos esquecer que ela foi primeiro prêmio em uma das primeiras edições do ‘Concurso Internacional Chopin’!!!
    Isso jé é alguma coisa, não acha…?1
    eheheh
    🙂
    Bom, era isso…
    Abçs.

  12. Bixooo, vcs são os caras!!!
    Adoro o PQP, estou aqui quase todo o dia!
    Rubinstein sem dúvida consegue adentrar na esfumaçada áurea Chopiniana, talvez por sua personalidade, talvez por tudo o que passou, enfim, Rubinstein marcou a história do piano, tem seu lugar no altar de todos os pianistas e suas gravações continuam imbatíveis frente as atuais!

    Mas bem…sou fã…fã, roxo de MARTHA ARGERICH, peço encarecidamente, quando der postem algo dela com o Misha!

    Abraço!!!

  13. Na companhia auspiciosa de Unha Negra, nosso indefectível solicitante contumaz de pedidos ao SAC-PQP BACH, saudamos os colegas e aguardamos ansiosamente por Strauss!!

    Quanto ao Mozart, agradecemos efusivamente, FDP Bach, pela repostagem, muito obrigado!

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