IM-PER-DÍ-VEL !!!
(Atendendo, mais de uma década depois, os desesperados pedidos).
Posto para vocês a extraordinária ópera Orfeu e Eurídice de Gluck. Como estou com reais dificuldades de tempo, vou copiar aqui dois textos: o primeiro sobre Gluck e o segundo sobre a ópera:
Christoph Willibald Ritter von Gluck (2 July 1714 Erasbach, Upper Palatinate – 15 November 1787 in Vienna) was an opera composer of the early classical period. After many years at the Habsburg court at Vienna, Gluck brought about the practical reform of opera’s dramaturgical practices that many intellectuals had been campaigning for over the years. With a series of radical new works in the 1760s, among them Orfeo ed Euridice and Alceste, he broke the stranglehold that Metastasian opera seria had enjoyed for much of the century.
The strong influence of French opera in these works encouraged Gluck to move to Paris, which he did in November 1773. Fusing the traditions of Italian opera and the French national genre into a new synthesis, Gluck wrote eight operas for the Parisian stages. One of the last of these, Iphigénie en Tauride, was a great success and is generally acknowledged to be his finest work. Though he was extremely popular and widely credited with bringing about a revolution in French opera, Gluck’s mastery of the Parisian operatic scene was never absolute, and after the poor reception of his Echo et Narcisse, he left Paris in disgust and returned to Vienna to live out the remainder of his life.
Fonte: nem deus sabe.
Orfeu e Eurídice foi a primeira de três óperas conhecidas como as óperas da reforma, onde Gluck, em parceria com Calzabigi, procurou, através da “nobreza da simplicidade” da acção e da música, substituir os complicados enredos e os floreados musicais que se tinham apoderado da Ópera Séria.
A verdade é que Gluck já tinha composto numerosas óperas na estética convencional de Metastasio. Assim, a parceria com Calzabigi, proporcionava-lhe uma oportunidade quase única para se pôr em prática uma nova concepção do teatro musical: mais sóbrio e mais dramático, e que se aproximasse da unidade da tragédia grega.
Orfeu e Eurídice estreia com enorme sucesso, no dia 5 de Outubro de 1762 e tornou-se na obra mais popular de Gluck.
Já traduzida em música por compositores como Monteverdi e Peri, esta é a história de como Orfeu traz de volta Eurídice para o mundo dos vivos. Enfrenta os infernos para recuperar a amada, com a imprescindível ajuda da música-apaziguadora de almas atormentadas.
Apesar do enorme sucesso que foi a estreia de Orfeu e Eurídice em 1762, a partir do ano seguinte até 1769, a ópera nunca mais foi interpretada.
A recuperação desta obra surge pelas mãos do próprio Gluck, quando a dirige, de novo, em Parma. Fazia parte de um tríptico – La Feste d’Apollo – onde Orfeu e Eurídice foi apresentada sem um único intervalo e com a parte destinada ao castrado contralto transposta para um castrado soprano.
Depois, em 1774, Gluck submete a partitura a mais uma revisão para ser posta em cena na Academia Real de Música de Paris: transpõe e adapta o papel de Orfeu para a voz de haute-contre – muito em voga na altura em França, sobretudo para a interpretação de papéis heróicos; altera a orquestração para a tornar mais grandiosa; inclui novas peças, vocais e instrumentais; e encomenda um novo libreto para ser cantado em francês.
Sinopse
I Acto
No primeiro acto, após um breve prelúdio, a cortina ergue-se por cima do túmulo de Eurídice. Orfeu chora a perda da amada, rodeado pelos seus amigos.
Aparece então o Cupido que traz uma mensagem: sensibilizados com a dor de Orfeu, os deuses autorizam-no a descer aos infernos para trazer Eurídice. Mas há uma condição: Orfeu não pode olhar para a amada antes estar de volta sob um céu mais clemente.
II Acto
Orfeu é acolhido nos infernos pelas Fúrias e pelo Cérbero, o cão das três cabeças de Hades. Perante o perigo, Orfeu começa a cantar, fazendo-se acompanhar pela sua lira e consegue apaziguar estes terríveis guardiães. Assim, chega à morada das sombras felizes onde encontra Eurídice. Toma-a pela mão, sem a olhar para ela directamente, e pede-lhe que volte com ele.
III Acto
Euridice não compreende porque é que Orfeu não olha para ela uma única vez. Atribui a atitude à frieza de espírito e não dá oportunidade a Orfeu para se explicar. É então, que depois de muito censurado, Orfeu perde a paciência e se volta para ela. Como consequência Eurídice cai inanimada – uma das cenas mais aguardadas de toda a ópera, à qual se segue a ária “Che farò senza Euridice?”, cantada por Orfeu desesperado. Surge de novo o Cupido. Orfeu provou merecer Eurídice, por isso é-lhe restituída a vida.
Na última cena, no templo do Cupido, Orfeu, Eurídice e Cupido unem as suas vozes às dos pastores e cantam os mistérios e a força do amor.
Fonte: esta.
Christoph Willibald Gluck (1714-1787): Orfeu e Eurídice (completa) (Baltsa, Marshall, Gruberova, Philharmonia Orchestra, Muti)
01. Overtura
02. Ah ! se intorno a ques’ urna funesta
03. Basta, basta, o compagni!
04. Ballo
05. Ah! se intorno a quest’ urna funesta 2
06. Chiamo, il mio ben cosi
07. Numi! barbari Numi!
08. T’assiste Amore!
09. Gli sguardi trattieni
10. Che disse Che ascoltai
11. Ballo – Chi mai dell’Erebo
12. Deh! placatebi con me
13. Misero giovane!
14. Mille pene, ombre moleste
15. Ah quale incognito
16. Ballo 3
17. Che puro ciel!
18. Vieni a’regni del riposo
19. Ballo 4
20. Anime avventurose
21. Torna, o bella
01. ATTO III SCENA 1 Vieni, segui i miei passi
02. Vieni, appaga il tuo consorte! (Orfeo,Euridice)
03. Qual vita e questa mai
04. Che fiero momento! (Euridice)
05. Ecco un nuovo tormento! (Orfeo, Euridice)
06. Che faro senza Euridice
07. Ah finisca e per sempre (Orfeo)
08. ATTO III SCENA 2 Orfeo, che fai (Amore, Orfeo, Euridice)
09. ATTO III SCENA 3 Introduzione
10. Ballo I
11. Ballo II
12. Ballo III
13. Ballo IV (Orchestra)
14. Trionfi Amore! (Orfeo,Coro,Amore,Euridice)
Agnes Baltsa
Margaret Marshall
Edita Gruberova
Ambrosian Opera Chorus
John McCarthy
Philharmonia Orchestra
Riccardo Muti
PQP
Christoph Willibald Ritter von Gluck
1714
Incrível!!!
É de pedir ao coração que não bata tão forte e que a respirção seja suspensa para que nada perturbe aquela coisa inexplicável que nos leva ao infinito…
Oh 21º!!!
Obrigado mesmo por esta postagem magnífica… …ela o redime das meninices que você faz.
Um abração.
Edson
De nada. Meninices, onde?, quando?
E que coisa feia a gente tratar a sacrossanta música como se ela fosse humana, né? Horrível!
PQP,
não se já ouviste a esplêndida versão dos quartetos de cordas de Brahms pelo Emerson String Quartet disponível no Music is the Key. Ou vi ontem e fiquei boquiaberto. É como redescobrir os quartetos.
Abraço,
GS.
É espetacular MESMO!
Grande Sertão, esta gravação é realmente muito boa, e pretendo postá-la logo, logo.
Bom, já está na fila do meu Rapidshare. Prontinha…
(Vai dar briga interna!!!)
Caro PQP, já escutaste esta ópera com a Kathleen Ferrier fazendo o Orfeu? De todas as gravações que eu escutei (e não foram poucas, pois é minha ópera preferida), pra mim se trata do registro definitivo!
Além da indicação, deixo um vídeo do Jascha Heifetz tocando como ninguém a melodia da dança dos espíritos abençoados
http://www.youtube.com/watch?v=tenI_FyFeZ0
Gluck que me perdôe, mas a transcrição ficou mais bonito que a original
Abraços
🙂
Não escutei. Tens lá?
Ah, sim, como imaginei, vocês já conhecem a gravação. É realmente uma beleza, não? Parece que a massa sonora “coagulada” dos quartetos deixa ver um pouco do seu interior com o Emerson. Não esqueço daquele trecho de Malcolm McDonald que FDP transcreveu num dos posts da integral da obra de câmara:
“são obras importantes, cheias de intensidade apaixonada´e de certa eloquência pressurizada. repletas (praticamente coaguladas) de substância musical e sutileza de composição. Suas formas densamente entrelaçadas, os inúmeros níveis de contraste, o fraseado maleável e fluidez tonal têm exercido seu fascínio sobre várias gerações de analistas musicais.”
Depois de ler isso, há pouco mais de um ano atrás, fui direto aos quartetos. Não deu outra – amor à primeira audição.
Abraços,
GS.
hi PQP,
maybe You or someone else of the honoured readers will know
this version (with the German Counter Alto Jochen Kowalski):
Chr. W. Gluck: Orfeo ed Euridice
[ Dagmar Schellenberger-Ernst; Jochen Kowalski; Christian Fliegner; Kammerorchester C.P.E. Bach/Hartmut Haenchen (1989) label: capriccio]
since years I’m looking for it, but it is not available…!
it is listed on amazon but you never can get it… a typical “amazon-attitude” !
and in the internet there are about 20 versions, but not this one.
Maybe someone knows more than me (humble person)& will help me?
thx & congratulation with this orfeo You posted – it is a very good one!
regards
Berni (Graz, Austria)
Servus, Berni! Du kannst die Version von Capriccio hier bestellen: [email protected]. Die Webseite lautet: http://www.capriccio.at. Viel Gluck, ich muss sie auch kaufen!
¡Hola a todos! Sí, a mí también me interesa mucho esa versión por el niño soprano Christian Fliegner, del Tölzer Knabenchor. La conseguís en Capriccio: [email protected]. Os invito a visitar mi blog en español sobre este coro de niños: http://toelzerknabenchor.blogspot.com. ¡Gracias!
Oh sorry, ich meinte [email protected]. Du kannst Dich an Herrn Romanowicz wendet, er hilft Dir ganz bestimmt.
Perdón, me equivoqué con el correo, era [email protected]. Os podéis dirigir a Sergius Romanowicz.
PQP, fiz o upload e postei hoje (o link que havia tinha expirado). Assim que abrires o blog dará de cara com a gravação em questão.
Abraços, e espero que goste
grande sertão, o texto do McDonald é de uma grande força poética, por isso sempre faço questão de citá-lo.
Para quando os quartetos? Quando?!
É só NÃO pedir que eles vêm rapidinho, OK?
Esse PQP… (risos)
Combinado! Não se fala mais nisso!
Orfeu e Euridice é um marco da reforma operística iniciada por Gluck para limpar a ópera da italianada, façanha esta somente levada a cabo pelo grande Wagner. O texto não serve para exibicionismo vocais de Bel Canto, ele tem que servir à musica que sempre deverá estar em primeiro plano…tenho dito…eu e Wagner….ehehe…apesar ser de praxe Orfeu ser cantado por voz feminina ,existem grvações com vozes masculinas..de Contratenor ,obviamente.
PQP, seria possível vc revalidar esse link? É muito difícil encontrar essa ópera em outro lugar…
Muito obrigado,
Maro Aurélio Antonino.
PQP, se puder revalidar os links ficaria muito agradecida.
Por favor revalide os links PQP.
Não a encontramos em lugar algum.
Obrigado
por favor, vocês poderiam revalidar os links?
Por acaso vc poderia, por favor, postar link novos? Muito obrigada!
pqp meu caro,
não poderia disponibilizar estes links novamente, por favor?
agradeceríamos imensamente. muito obrigado!
abraço,
rodrigo
Ola, tenho uma gravação de Orfeo ed Euridice com Fischer-Dieskau, Janowitz, Munechener Bach-Chor and Orcherster, Karl Ritchere gostaria de dividir esta gravação com vocês ja que elea tem um baritono interpretando Orfeo! Como faço?
Não sou muito de fazer pedidos, ainda mais de reupload, mas esse é mesmo necessário. Tá difícil encontrar essa ópera com um link válido nos blogs.
Abraços.
Tenho esses discos será que alguem tem interesse neles
Olha, se essa postagem aguardou mais de uma década para ser reativada, certamente tem dedo de nosso imperecível Unha Negra.
Claro que teve!
O que é uma década frente a toda a eternidade?!? rsrsrsrsrs
hahahahahaha
Xeque-mate!