Na verdade, acho que Glass teve um bom começo como compositor e depois foi superado por vários outros minimalistas. E olha que só ponho na conta os norte-americanos! Neste momento de decadência artística, teve que encarar a realidade e atirou-se a uma série de projetos cinematográficos, operísticos, teatrais e de merchandising pessoal — principalmente o último — , sem nunca retornar à qualidade que tinha no início de sua carreira. Mas há quem goste. E quando gostam são agressivos e escabelados na defesa de um telhado de vidro.
Aqui ele se arrisca. Os Quartetos de Cordas são um gênero importante. Basta falar no que fizeram Bartók e Shostakovich na primeira e segunda metades do século XX. Mas Glass fracassa constrangedoramente.
De uma forma estranha, quartetos de cordas sempre funcionaram assim por compositores. Eu realmente não sei por que, mas é quase impossível ficar longe dele. É a maneira compositores do passado ter pensado e que não é menos verdadeiro para mim .
Philip Glass
KRONOS QUARTET performs PHILIP GLASS
STRING QUARTET No. 5 (1991)
1) I (1:11)
2) II (3:00)
3) III (5:28)
4) IV (4:38)
5) V (7:36)
STRING QUARTET No. 4 (Buczak) (1990)
6) I (7:54)
7) II (6:18)
8) III (8:38)
STRING QUARTET No. 2 (Company) (1983)
9) I (2:09)
10) II (1:34)
11) III (1:28)
12) IV (2:04)
STRING QUARTET No. 3 (Mishima) (1985)
13) 1957-Award Montage (3:27)
14) November 25-Ichigaya (1:19)
15) 1934-Grandmother and Kimitake (2:41)
16) 1962-Body Building (1:40)
17) Blood Oath (3:11)
18) Mishima/Closing (2:56)
KRONOS QUARTET
David Harrington, violin
John Sherba, violin
Hank Dutt, viola
Joan Jeanrenaud, cello
1995 Nonesuch Records
1 CD 9 79356-2
PQP
BELLO!!!!
La música de Glass es simplemente preciosa
Cara, concordo contigo… tem coisa de Glass de que gosto, mas sua música tem sempre o risco de chatear pelo excesso de repetição. E é justamente o caso desses quartetos: você ouve o CD direito e fica com a impressão de que ouviu uma única obra. Tem alguns momentos muito bons, mas no geral é monótono.