Amaral Vieira / Guerra-Peixe / Krieger / Mignone / Nepomuceno / Santoro: Convergences – Brazilian Music for Strings (Camerata Fukuda)

ConvergencesEssa madrugada lembrei-me dos fãs de Amaral Vieira – Suzete, Lisianne, Maria Cristina, Gladis, Henrique, Organista e tutti quanti – e reparei que nunca mais postei nada dele. Pois aí vai: uma excelente seleção de obras nacionais para cordas, interpretadas por um dos melhores conjuntos de câmara do país, a Camerata Fukuda. Destaque para as Nove meditações sobre o Stabat Mater de Amaral Vieira e para o Ponteio de Claudio Santoro. Antidestaque para a versão totalmente descaracterizada do Mourão de Guerra-Peixe/Clóvis Pereira, que distancia-se erroneamente da que é comumente ouvida (transformando o xaxado em não-sei-o-quê) e se baseia numa partitura não original (tenho a citada partitura para comparar).

Fiz o upload tomando o café da manhã.

Convergences – Brazilian Music for Strings

1 Mourão César Guerra-Peixe 3:44

2 Modinha imperial Francisco Mignone 4:46

3 Divertimento: I. Allegretto Edino Krieger 3:50
4 Divertimento: II. Seresta (Homenagem a Villa-Lobos) Edino Krieger 6:41
5 Divertimento: III. Variações e Presto Edino Krieger 4:17

6 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: I. Andante religioso Amaral Vieira 3:52
7 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: II. Andante Amaral Vieira 2:00
8 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: III. Moderato Amaral Vieira 2:31
9 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: IV. Allegro alla breve Amaral Vieira 0:46
10 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: V. Moderato Amaral Vieira 2:35
11 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: VI. Molto lento, doloroso Amaral Vieira 1:35
12 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: VII. Deciso Amaral Vieira 0:41
13 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: VIII. Allegro molto Amaral Vieira 0:32
14 Nove meditações sobre o “Stabat Mater”, Op. 249: IX. Andante Amaral Vieira 4:27

15 Suite antiga, Op. 11: I. Minueto Alberto Nepomuceno 3:26
16 Suite antiga, Op. 11: II. Ária Alberto Nepomuceno 3:38
17 Suite antiga, Op. 11: III. Rigaudon Alberto Nepomuceno 3:56

18 Ponteio Cláudio Santoro 4:59

Elisa Fukuda, violino
Camerata Fukuda

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O cearense Alberto Nepomuceno (1864-1920)
O cearense Alberto Nepomuceno (1864-1920)

CVL

20 comments / Add your comment below

  1. Muito obrigada por postar este ótimo cd, CVL. É um belo panorama da música brasileira para cordas em primorosas interpetações. Mas concordo em número, gênero e grau que o Mourão de Guerra-Peixe perdeu toda a graça nessa versão gravada pela Camerata Fukuda. Gosto dos solos de Elisa Fukuda nas Meditações de Amaral Vieira, mas prefiro ainda a interpretação de Erich Lehninger da mesma obra com a Sinfonietta Rio. É brilhante! Aliás acho que esse cd (Compositores Brasileiros da Atualidade) com obras de Ricardo Tacuchian, Dawid Korenchendler, Amaral Vieira, Carlos Cruz e Ernani Aguiar mereceria ser postado algum dia aqui. Se gostar da idéia, posso enviar o arquivo pelo Rapidshare. Abraços e obrigada,
    Maria Cristina

      1. Vou providenciar o envio, CVL. Pretendo escanear o livrinho do cd com as explicações sobre obras e intérpretes. Bom final de semana, abraços.
        Maria Cristina

  2. Muito bom esse repertorio brasileiro para orquestra de cordas. As obras são muito diferentes umas das outras, mas isso torna a audição ainda mais interessante. A obra que me pareceu a mais consistente são as Meditações sobre o Stabat Mater de Amaral Viera. Gostei bastante também do POnteio de Claudio Santoro. A Camerata Fukuda está em grande forma neste CD. A excelente qualidade sonora da gravação merece destaque. Vou comprar o CD – um ótimo investimento por R$ 25.

    1. Também acho que vale a pena comprar o Cd, mas só que nas Americanas está sendo vendido por 21 reais. No site da Revista Concerto sai por quase 29 reais!
      Uma dúvida: o Nepomuceno escreveu a Suite Antiga para piano e depois instrumentou a obra? Conheço bem a versão para piano, que abre com um belo Prelúdio, mas que falta na versão para cordas. Abs.

  3. Mais um grande post deste blog. Não tenho como agradecer pelo grande serviço que vocês prestam à comunidade musical e de modo muito especial, à divulgação da música brasileira de concerto. Aprendi a conhecer e a gostar dos compositores nacionais através de vocês. Portanto, o meu muito obrigado!

    1. Passei por aqui para escrever um recado para o CVL quando dei de cara com o seu comentário. Desagradável, uma vez mais. Você deve ter mesmo um sério problema pessoal em relação ao compositor Amaral Vieira, mas nada justifica destratar os visitantes do site com tanto desrespeito e insinuações maldosas. Todas as pessoas que baixam as gravações deste site têm as suas preferências musicais e isso me parece algo perfeitamente natural. A comunidade PQP Bach tem se notabilizado pela convivência pacífica e harmoniosa de pessoas que têm opiniões divergentes a respeito de compositores, obras e intérpretes. Por favor, não traga a discórdia para este espaço! Ele não é seu, nem meu, pertence à comunidade musical como um todo.
      Maria Cristina

    2. Touché, Maria Cristina (ou Thomas, ou Ricardo…). Ou o José Eduardo está certo ou você é a matriarca de uma família muito grande que adora Amaral Vieira.

      Todos os demais remetentes, fora o José Eduardo, têm o mesmo número de IP. E ele tem o mérito de ter deduzido isso pela observação estilística e discursiva.

      Esse post foi uma ratoeira e o pedaço de queijo não está mais no lugar.

      1. Amigos, transcrevo a seguir a mensagem de esclarecimento que enviei para o CVL por e-mail. Recebi dele uma resposta muito amável e cordial, incentivando a reprodução do meu texto no site, o que faço agora, enviando a todos um abraço cordial. Maria Cristina

        Caro CVL,

        Eu pretendia ter lhe escrito esta mensagem pessoal já há vários dias, porém minha mãe, que completou recentemente 90anos de idade, esteve hospitalizada com um começo de pneumonia e como sou filha única, precisei atendê-la o tempo todo. Graças a Deus ela parece ter superado a infecção, está melhor e voltou para casa.

        Eu lhe devo uma explicação a respeito do ocorrido e ela é na verdade bastante simples e objetiva. Faço parte de um grupo de pessoas amigas que freqüentaram na década de 1960 a mesma escola em São Paulo. Depois que completamos o segundo grau, cada qual seguiu o seu caminho: faculdades as mais diversas, trabalhos, viagens ao exterior, casamentos (e também divórcios), filhos, netos. Nesse meio tempo enterramos dois ex-colegas em circunstâncias trágicas.

        O nosso grupo se manteve unido e durante muitos anos promovemos um jantar anual de confraternização, evitando desse modo que as pessoas se dispersassem. Com o passar dos anos, alguns amigos foram se aposentando (como eu) e passaram a dispor de tempo livre para poder se dedicar aos seus hobbies.

        Em 2008 decidimos alugar uma pequena casa perto do Parque da Água Branca, que pudesse servir como ponto de encontro da nossa “confraria”. As despesas completas, rateadas entre 14~15 amigos e amigas, nunca ultrapassaram R$ 100,00 por pessoa. E foi a melhor coisa que fizemos. Cada qual tem a liberdade de entrar e sair do imóvel de acordo com a sua vontade e disposição. Em pouco tempo, já havíamos levado para lá uma televisão, aparelho de som, DVD player e um pouco mais tarde, computador com acesso à Internet, scanner e impressora.

        O nosso grupo sempre dividiu duas paixões: a música e a literatura. Durante décadas, freqüentamos os concertos do Teatro Municipal, do Teatro Cultura Artística, do MASP e mais recentemente, da Sala São Paulo. Fizemos sempre a permuta de elepês, fitas cassete, VHS, CDs e DVDs. O mesmo ocorre com livros e revistas, que emprestamos uns aos outros. Participamos de palestras e cursos de literatura e música, seguidos de discussões acaloradas nas quais cada qual expõe e defende os seus pontos de vista.

        Na área da literatura, a nossa preferência sempre recaiu sobre o poeta Bruno Tolentino, que faleceu em 2007, sem ter obtido infelizmente o reconhecimento que fazia por merecer. No campo da composição, somos grandes admiradores de Amaral Vieira, cuja carreira acompanhamos de longa data. É músico de expressão internacional, apesar de ser ainda pouco conhecido no seu próprio país.

        Quem descobriu o site P.Q.P. Bach foi o Ricardo. Acabamos nos tornando fãs de carteirinha e baixamos quase todas as gravações que vocês disponibilizaram, pelo que somos imensamente agradecidos.

        Quando começaram a ser postadas as gravações de Amaral Vieira, sentimos que era importante manifestarmos a admiração e apreço que dedicamos ao grande compositor paulista. Vocês sempre foram os primeiros a incentivar que os freqüentadores do site deixassem os seus comentários e impressões. Foi exatamente o que fizemos.

        Não sou matriarca de uma família muito grande que adora Amaral Vieira como você escreveu, caro CVL. Sou simplesmente uma pessoa comum, aposentada e na terceira idade, que soube acompanhar os avanços tecnológicos (incentivada e instruída pelos amigos, devo ressaltar). Por ter estudado Letras, sou sempre requisitada a dar uma olhada e fazer as correções nos textos que os meus companheiros escrevem, o que faço sempre com grande prazer. Justifica-se que os comentários tenham o mesmo número de IP, pois todos utilizam o computador que está em nosso ‘clube’.

        Adoramos Amaral Vieira, sim, é verdade. Estamos prestes a perdê-lo para o exterior e isso será uma enorme perda para a música brasileira. Quem viver verá…Mas adoramos também o Padre José Maurício, Alberto Nepomuceno, Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, e muitos outros compositores nacionais. Com a diferença de que Amaral ainda está vivo. Apesar de toda a admiração que sempre tivemos por Bruno Tolentino, pouco ou nada pudemos fazer para registrar esse entusiasmo enquanto o poeta ainda era vivo. Não queremos cometer esse mesmo erro, essa mesma omissão em relação a Amaral Vieira.

        Em nome dos meus estimados amigos, peço desculpas pelos inconvenientes causados. Eles se sentiram tão constrangidos que deixaram de freqüentar o site, o que me parece uma reação exagerada.

        Agradeço pela atenção que dedicou à leitura do presente e-mail.

        Termino aqui esta mensagem, esperando que tenha esclarecido qualquer mal entendido, desejando-lhe ótima saúde, prosperidade e que suas atividades sejam sempre muito bem sucedidas, votos esses extensivos a toda equipe do excelente P.Q.P. Bach.

        Muito atenciosamente,

        Maria Cristina Câmara
        São Paulo, Capital.

  4. Baixei, ouvi e gostei, especialmente das peças do Edino Krieger e do Amaral Vieira. Uma dúvida, caro CVL: as Meditações sobre o Stabat Mater são uma obra sacra? Sempre achei que as obras sacras teriam obrigatoriamente a participação de cantores solistas ou de um coral. Ou no caso das Meditações, seria uma obra de câmara de inspiração religiosa? Se puder elucidar, agradeço desde já.

  5. Grande site esse!!!!!!!!!!!!!!
    Realmente não sei o que seria da minha “discoteca” sem vocês
    Estou aqui pra falar que parece que esqueseram Amaral Vieira de novo – sei que ele infelizmente não é um compositor muito famoso, mas com certeza é genial.
    Queria, se possível, mais obras dele – principalmente com piano, com Marina Brandão, professora coordenadora de Piano Erudito onde estudo o mesmo.
    Espero algum dia poder retribuir o que esse blog tem feito para mim – seja mandando cds pra postar, quiçá um dia eu grave um cd que será postado aqui.
    Abraços a todos vocês!!!!!!!!!!!!!!!!

    PS: é uma falácia esses comentários que somente algumas pessoas baixam o AV – meu professor de piano gosta, eu gosto e conheço no mínimo mais dois pianistas que gostam de suas obras, e olha que conversei sobre ele com poucos.

  6. Caro CVL,

    Na época desta postagem, não reparei, por que já tinha o CD original. Acabei esbarrando aqui buscando pela partitura do Mourão, que lá no texto você diz que tem! Se fosse possível disponibilizá-la, ficaria eternamente grato!

    Obrigado e parabéns pelo blog.

  7. Boa noite, haveria como repostar este album? Não consigo fazer download pelo link e estou à caça de uma gravação de Suíte Antiga, Op. 11 de Nepomuceno. Se puderes reupar, ficarei imensamente grato.

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