Este é um daqueles álbuns em que o intérprete é mais famoso do que os compositores. Keith Jarrett foi campeão de vendas desde os anos 1970 com seus álbuns de jazz, tanto os improvisos sozinho ao piano como os álbuns com seu trio americano e seu quarteto europeu. Mas ele também gravou Bach, Mozart, Shostakovich e estes dois concertos compostos em meados do século XX.
Peggy Glanville-Hicks (29 de dezembro de 1912 – 25 de junho de 1990) foi uma compositora australiana. Também foi crítica musical do New York Herald Tribune. Sua ópera Sappho, composta em 1963 para a Ópera de São Francisco, teria Maria Callas cantando o papel-título da poetisa lésbica grega, mas os empresários rejeitaram o projeto de última hora (em nome da moral e bons costumes?)
Seu “Concerto Etrusco”, para piano e orquestra de câmara (1956), para os meus ouvidos alterna entre momentos interessantes e outros que se parecem com trilha sonora de Hollywood, ou seja, meio previsível… Deu mais vontade de ouvir a ópera Sappho, que finalmente foi gravada em 2012, ano do centenário da compositora.
Muito menos previsível é o Concerto “Lousadzak” (1944) de Hovhaness, nascido em Massachusetts, EUA, em uma família de origem Armênia. A música Armênia e de outras tradições asiáticas é muito iportante na obra de Hovhaness, como se nota já desde o início orquestral do concerto. O piano demora um pouco para entrar e tem vários momentos tocando sozinho com frases repetitivas e hipnóticas, o que Jarrett tira de letra. A harmonia não segue progressões de acordes: são vários trechos modais sobre a mesma base harmônica, mas sempre com novidades.
20th Century concertos (Jarrett, Davies)
Peggy Glanville-Hicks:
Etruscan Concerto
1. Promenade
2. Meditation
3. Scherzo
Keith Jarrett (p) Dennis Russell Davies (dir) Brooklyn Philharmonic, 1992
Alan Hovhaness:
4. Lousadzak (Coming of Light), op. 48
Keith Jarrett (p) Dennis Russell Davies (dir) American Composers Orchestra, 1989
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Pleyel