Bernard Haitink certamente era o maior regente vivo de nosso planeta até o dia 21 de outubro. Morto aos 92 anos, ele se aposentou aos 90, em 2019. Tive a sorte de vê-lo uma vez em ação no Concertgebouw em 2017. Sentei atrás da orquestra, de frente para o maestro. Nossa, a clareza de seus gestos era maravilhosa. Impossível não entrar na hora certa. Até eu tinha vontade de entrar… Assobiando! Quando ele pediu para a orquestra levantar a fim de receber os aplausos, minha esposa, que é violinista, quase ergueu-se junto. Haitink também era uma pessoa absolutamente modesta e tranquila, sem estrelismos. Este é seu último concerto em Amsterdam, a sua cidade natal. Ele escolheu a Bruckner #7. Foi uma bela escolha. Haitink dava-se muito com as enormidades musicais de Bruckner, Mahler e Shostakovich. Regia tudo esplendidamente, foi um enorme beethoveniano, mozartiano e schubertiano, mas parecia gostar ainda mais do citado trio. O nível desta gravação é absolutamente culminante, inalcançável. Aos 90 anos, Haitink aposentou-se no auge.
Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 7 (Haitink)
1. Symphony No. 7: I. Allegro moderato (Live) (21:37)
2. Symphony No. 7: II. Adagio. Sehr feierlich und sehr langsam (Live) (21:35)
3. Symphony No. 7: III. Scherzo. Sehr schnell (Live) (10:49)
4. Symphony No. 7: IV. Finale. Bewegt, doch nicht schnell (Live) (14:06)
Netherlands Radio Philharmonic Orchestra
Bernard Haitink
PQP
Ja’ percebeu que o último concerto de Herbert von Karajan com a Filarmonica de Viena foi a Sinfonia número 7 de Bruckner ?
Não sabia!