S C H U M A N N
Concerto para Piano
Obras para Piano e Orquestra
Jan Lisiecki, piano
No meio do mês de junho do ano passado (2019) assisti a um concerto na Sala Cecília Meireles no qual a Orquestra Sinfônica CESGRANRIO, sob a regência de Eder Paolozzi, acompanhou a pianista Sylvia Thereza tocando o Concerto de Schumann. Foi uma noite inspiradora. O Concerto de Schumann foi o ponto alto e o bis da pianista, o belíssimo ‘Reflets dans l’eau’, de Debussy, ‘extrapetacular’!!
Nestes dias em que estou trancado em casa, estas lembranças parecem ainda mais caras. Mas deixemos de tristezas, pois como se diz, suspiro de vaca não arranca estaca! Mas tenho ouvido várias gravações do Concerto do Robert por conta das lembranças daquela noite.
A postagem também é para homenagear os 210 anos de seu nascimento.
Houve um tempo em que achava que os concertos de Schumann e de Grieg haviam sido compostos para serem apresentados juntos, tipo Concertos-Cosme e Damião. Havia o disco de Arrau, de Kovacevich, Leon Fleisher, Radu Lupu, Perahia e outros. Entre as gravações mais recentes destes dois concertos reunidos, recomendo fortemente a do Leif ove Andsnes. Nesta gravação o acompanham nada menos que a Berliner Philharmoniker regida pelo saudoso Mariss Jonsons. Se bem que esta gravação já não é mais ‘tão’ recente, o tempo voa!
Algumas destas gravações mencionadas devem ser postadas pelos meus amigos aqui do blog. Assim, optei por postar uma gravação do Concerto para Piano de Schumann de 2016 que no lugar do Concerto de Grieg tem a companhia de outras peças de Schumann.
O jovem pianista canadense Jan Lisiecki já apareceu por aqui sob os auspícios do FDP Bach. A Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia tem muita tradição, foi regida por Carlo Maria Giulini entre outros. Sob a direção de Antonio Pappano, um grande regente em muitas gravações com solistas, nos oferece interpretações excelentes das peças.
As duas peças para piano e orquestra que dão continuidade ao concerto são mais raramente apresentadas e tem ótimos momentos. A Introdução e Allegro appassionato em sol maior e foi estreada por Clara Schumann em 4 de fevereiro de 1850. A Introdução e Allegro de concerto em ré menor foi composta em 1853, uma das últimas composições de Schumann e foi dada como presente de aniversário à Clara.
Para completar o disco, Jan Lisiecki oferece a famosíssima Träumerei, um número de Kinderszenen.
Na minha opinião, o ponto forte do disco é apresentar um repertório romântico de forma equilibrada, com suficiente bravura e impetuosidade, mas permitindo seus momentos de ‘devaneios’. Isto tudo sem incorrer em excessos, que pode ser bastante perigoso neste tipo de repertório.
Veja um resumo da crítica feita ao álbum no ‘The Guardian’: Esta gravação revela uma performance extraordinária. A música de Schumann pode não ser a mais tecnicamente difícil do repertório romântico, mas seus momentos de bravura, especialmente o gesto de abertura do concerto e a parte atlética de seu movimento final, foram realizados com absoluta autoridade. Mais precisamente, a parte que requer mais sensibilidade e introversão na maior parte do solo foi realizada com excepcional maturidade e equilíbrio. Pappano e seus músicos uniram-se de maneira impecável ao pianista, com destaques especial aos solos das madeiras.
Robert Schumann (1810 – 1856)
Concerto para piano e orquestra em lá menor, op. 54
- I. Allegro afetuoso
- II. Intermezzo. Andantino grazioso & III. Allegro vivace
Introdução e Allegro appasionato em sol maior, Op. 92
- I. Introdução
- II. Allegro appassionato
Introdução e Allegro de Concerto em ré menor, Op. 134
- Introdução e Allegro
Kinderszenen, Op. 15
- Träumerei
Jan Lisiecki, piano
Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia
Antonio Pappano
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FLAC | 213 MB
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MP3 | 320 KBPS | 139 MB
Para você praticar suas habilidades linguísticas:
What a lovely CD, great, clear and neat recording!
Intelligent and inspiring performance.
This young man from Calgary, Canada, is one hell of a piano player. The orchestra isn’t all that shabby either. Gorgeous stuff!!!
Molto interesse per questo prodigio giovanissimo, e conferma ora, che sempre giovane è, ma con tanta esperienza in più, il Direttore Pappano non ha bisogno di presentazioni
Aproveite!
René Denon
Caro René,
Desconhecia a interpretação de Lisiecki, que já foi catapultada para o rol das minhas favoritas, com as de Martha, Lipatti e Perahia.
Que grande artista! Lembro-me da primeira vez que ouvi falar de Lisiecki, quando ele não devia ter nem quinze anos. Não gosto de falar isso, pois subestima a imensa dedicação a tanto estudo, mas ele parecia pronto: um artista maduro, ainda rapazote. E o tempo só o melhorou.
Grato pela revelação!
Olá, Vassily!
É bom saber que você gostou!
O Lisiecki por algumas vezes foi chamado para substituir Murray Perahia… Não é pouca coisa.
Acho que nosso mini-festival Bob Schumann está ótimo!
Abração!
R:D