Bruckner / Wagner: Sinfonia Nº 8 / Prelúdios de Lohengrin, Idílio de Siegfried, Prelúdios de Parsifal

Bruckner / Wagner: Sinfonia Nº 8 / Prelúdios de Lohengrin, Idílio de Siegfried, Prelúdios de Parsifal

Hans Knappertsbusch (1888-1965) e seu pega-rapaz foram maestros alemães bastante conhecidos por suas performances da música de Richard Wagner, Anton Bruckner e Richard Strauss. Knappertsbusch e seu pega-rapaz eram nacionalistas moderados altamente cultos e nunca tiveram associação ao Partido Nacional Socialista, apesar de nunca terem deixado a Alemanha. Knappertsbusch e seu pega-rapaz achavam os nazistas burros e vulgares. Caramba, que coincidência! Bem, eles — o maestro e seu pega-rapaz — muitas vezes entraram em conflito com as autoridades, arriscando suas liberdades e até suas vidas. Por exemplo, provocaram a ira de Joseph Goebbels perguntando a um diplomata alemão na Holanda se ele era um “nazista” — ou seja, alguém que ingressou no Partido de Hitler somente por ser carreirista — ou um “nazista-nazista”. Como resultado, seus contratos na orquestra de Munique foram revogados e foram temporariamente proibidos de trabalhar na Alemanha. O próprio Hitler esteve envolvido na decisão de demiti-los. No entanto, como havia escassez de regentes de primeira categoria na Alemanha, em resultado das políticas raciais e ideológicas nazistas, sua proibição de trabalhar foi retirada após um curto período de tempo. Ademais, Knappertsbusch e seu pega-rapaz eram wagnerianos da gema. E s nazistas gostavam de Wagner, né? Ao longo da existência do Terceiro Reich, Knappertsbusch e seu pega-rapaz atacaram muitas vezes as autoridades nazistas, e apenas suas excelentes reputações internacionais e alta popularidade entre o público os salvaram de punições. Em 1944, eles foram adicionados à lista Gottbegnadeten (literalmente “lista dotada por Deus”), que o excluíram do serviço militar. Knappertsbusch e seu pega-rapaz eram muito respeitados por seus músicos e pelo público em geral, especialmente em Munique, onde o primeiro era simplesmente chamado de “Kna”. Após a guerra, ficou claro que Kna e seu pega-rapaz haviam ajudado vários músicos perseguidos durante a era nazista. Grande Knappertsbusch (e seu pega-rapaz)!

Esta gravação demonstra o notável maestro que eles foram. Estávamos nos anos 50 e, claro, os brucknerianos de hoje são MUITO MELHORES.

Bruckner / Wagner: Sinfonia Nº 8 / Prelúdios de Lohengrin, Siegfried Idyll, Prelúdios de Parsifal

Bruckner:
Symphony No.8 In C Minor
1 Allegro Moderato 15:55
2 Scherzo. Allegro Moderato – Trio. Langsam 15:59
3 Adagio.Feierlich, Doch Nicht Schleppend 27:41
4 Finale. Feierlich, Nicht Schnell 26:02

Wagner:
5 Lohengrin: Prelude To Act I 7:27
6 Siegfried-Idyll 19:12
7 Parsifal: Prelude To Act I 11:48

Münchner Philharmoniker
Hans Knappertsbusch

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Que lindo pega-rapaz, Knappertsbusch

PQP

.: interlúdio :. Paul Horn – Inside the Taj Mahal (1968)

Em tempos de quarentena, muitos de nossos amigos têm se dedicado a atividades como meditação, yoga, ta-chi-chuan. Outros aumentam o consumo de ervas ou cogumelos, buscando nos paraísos artificiais a fuga da ansiedade com os difíceis tempos por vir. Em todos esses casos, o isolamento social traz a possibilidade de momentos de pausa absolutamente importantes para a saúde física e mental.

Este é um disco IM-PER-DÍ-VEL para ouvir durante a meditação e outros momentos similares. Gravado em 1968 sob a grande cúpula do Taj Mahal, o disco tem apenas três instrumentos: a flauta de Paul Horn (1930-2014), a voz de um homem não identificado (guarda do Taj Mahal que canta a capella sem ensaios, ou pelo menos essa é a história oficial), e finalmente o próprio Taj Mahal, com seus ecos de até 28 segundos, produzindo incontáveis sobreposições e harmônicos.

Para o ouvinte que fala português ou espanhol, o álbum tem um interesse a mais: na faixa 8 (Jumma), o guarda não identificado canta uma melodia com origem no norte da África (marroquina, bérbere ou algo do tipo), com uma grande semelhança com as línguas ibéricas. Versos, por exemplo, como “po[r] ca[usa] de ti”, nos lembram o quanto as civilizações dos dois lados do estreito de Gibraltar estão próximas geográfica e culturalmente, apesar da separação fruto de guerras e religiões.

Paul Horn tinha participado das bandas de Duke Ellington e Nat King Cole, mas foi no Taj Mahal que ele encontrou sua voz mais original, com a flauta improvisando notas longas e cuidadosas. Este disco foi uma grande influência para a música new age que seria produzida anos depois e acabaria virando trilha sonora de elevador. Após mais de um milhão de cópias vendidas, é claro que Paul Horn ia tentar repetir a fórmula… Gravou álbuns dentro da Grande Pirâmide de Gizé, da Catedral de Vilnius e por aí vai…

Paul Horn – Inside (a.k.a. Inside the Taj Mahal)

1. Prologue/Inside
2. Mantra I/Meditation
3. Mumtaz Mahal
4. Unity
5. Agra
6. Vibrations
7. Akasha
8. Jumna
9. Shah Jahan
10. Mantra II/Duality
11. Ustad Isa/Mantra III

Paul Horn – flute
Unidentified tomb guard – chanting

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Trata-se de um disco belo, estranho e totalmente único ao mesmo tempo, como escreveu o crítico do The Guardian que o incluiu na lista de 101 discos mais estranhos disponíveis no Spotify (boa recomendação para aqueles com tempo livre e mentes muito abertas).

Pleyel

Postagem restaurada – Ludwig Van Beethoven (1770-1827): Symphonies – Klemperer (1/6)

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 19/10/2012, RESTAURADO POR VASSILY EM 23/3/2020

LINK CORRIGIDO !

Alguém dia destes pediu a Sinfonia Pastoral com o Klemperer, e pensei então, por que apenas a Sinfonia Pastoral e não todas elas com o bom velhinho Otto Klemperer, no apogeu de seus 85 anos de idade? São gravações de primeiríssima linha com um dos grandes nomes da regência do século XX. Coisa de gente grande, para baixar e guardar, para ouvir com carinho sempre que se tiver vontade.

Ludwig Van Beethoven (1770-1827): Symphonies – CD 1 de 6 – Otto Klemperer, Philharmonia Orchestra

01. Symphony n° 1 in C Major, op. 21. Adagio molto – Allegro con brio
02. 2. Andante cantabile con moto
03. 3. Menuetto and Trio. Allegro molto e vivace
04. 4. Adagio – Allegro molto e vivace
05. Symphony n°6 in F Major, op. 68 ´Pastoral´ 1. Allegro ma non troppo
06. 2. Andante molto mosso
07. 3. Allegro – In tempo d’allegro – Tempo I –
08. 4. Allegro –
09. 5. Allegretto

Philharmonia Orchestra of London
Otto Klemperer – Conductor

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FDPBach

J. S. Bach (1685-1750): Violin & Voice

J. S. Bach (1685-1750): Violin & Voice

Este é um CD apenas OK, nada mais. A ideia foi boa, mas a escolha das árias parece ter passado por cima do conceito de beleza para abraçar outros critérios. O critério comercial? Sei lá. Como filho de Bach, tenho coleções de árias na minha cabeça e acho que este CD apenas acertou em 50% das tentativas. Ah, o disco é uma seleção de árias de Cantatas e Paixões que incluem voz e violino, certo? Pois é como ia dizendo, há dezenas delas, mas a escolha foi assim assim. Quem rouba o disco é o sensacional Matthias Goerne, que é um barítono alemão realmente maravilhoso. Já Christine Schafer é apenas aceitável. Não curti muito a cantora. Acho que foi isso. Paciência.

O disco costuma ser muito elogiado. Vai ver estou errado…

J. S. Bach (1685-1750): Violin & Voice

1. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.51 Aria (Bass): ”Gebt Mir Meinen Jesum Wieder” 2:59
2. Wachet Auf, Ruft Uns Die Stimme Cantata, BWV 140 – Arie (Duett): ”Wann Kommst Du, Mein Heil?” 5:44
3. Cantata, BWV 204 ”Ich Bin Vergnügt” – Aria ”Die Schätzbarkeit Der Weiten Erde” 4:13
4. Liebster Jesu, Mein Verlangen Cantata, BWV 32 – 3. Aria: Hier, In Meines Vaters Stätte 7:09
5. Zerreißet, Zersprenget, Zertrümmert Die Gruft Dramma Per Musica, BWV 205 – 9. Aria Soprano: ”Angenehmer Zephyrus” 3:29
6. Mass In B Minor, BWV 232/Gloria – Laudamus Te 3:50
7. Ich Lasse Dich Nicht, Du Segnest Mich Denn (Cantata BWV 157) – Ja, Ja Ich Halte Meinen Jesum Fest 6:18
8. Cantata ”Wer Mich Liebet, Der Wird Mein Wort Halten” BWV 59 – 4. Aria: ”Die Welt Mit Allen Königreichen” 3:06
9. Cantata, BWV 58 ”Ach Gott, Wie Manches Herzeleid” – Aria ”Ich Bin Vergnügt In Meinem Leiden” (Soprano) 3:44
10. Cantata, BWV117 – 6. Wenn Trost Und Hülf’ Ermangeln Muß 4:03
11. Der Friede Sei Mit Dir: Cantata, BWV 158 – 2. Aria & Choral: Welt, Ade, Ich Bin Dein Müde 5:49
12. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.39 Aria (Alto): ”Erbarme Dich” 6:29

Hilary Hahn
Matthias Goerne
Christine Schafer

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PQP gosta
Não funcionou, Hahn

PQP

Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas Opp. 81a, 90, 101, 106, 109, 110 – Emil Gilels #BTHVN250

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 25 DE OUTUBRO DE 2008, RESTAURADO POR VASSILY EM 22/3/2020 (ReRestaurado por RD em 11/11/2020)

Muito bem, para encerrar mais esta saga, eis os dois últimos cds da série de Sonatas de Beethoven gravadas pelo grande pianista russo Emil Gilels. Sei que várias outras versões foram postadas, mas sempre partimos do seguinte princípio: qualidade, ao invés de quantidade. E não quero crer que alguém não goste desta variedade saudável.

Tenho estado ocupado nos últimos tempos, sem poder me dedicar muito ao blog, mas sei que ele está em boas mãos. A variedade que está sendo oferecida me deixa feliz, assim como os comentários. E claro, os números… média de 2000 acessos diários.. isso sim é um sucesso… o mano pqp soube escolher muito bem os colaboradores, e cada vez mais me surpreendo com a qualidade das postagens, e os textos que as apresentam.

Enfim, agora temos 6 peso pesados do repertório pianístico, entre elas a sensível “Les Adieux”, op. 81a, e a poderosa “Hammerklavier”, de op. 106, todas conhecidas dos senhores, por isso nem preciso entrar em maiores detalhes.

Musical and wise Beethoven, Exceptional recording, são alguns dos adjetivos aplicados pelos clientes da amazon para estas gravações de Gilels. Aliás, o adjetivo inteligente é muito bem aplicado, pois a técnica de Gilels permite identificar a genialidade beethoviniana por trás de cada nota, ainda mais quando se trata destes últimos opus. Como salientou nossa querida Clara Schumann, antes de tudo, o que temos aqui é um pianista preocupado com a clareza de seu fraseado. E creio que ela saiba do que está falando, afinal de contas, já foi considerada uma das grandes pianistas de seu tempo, e seu marido era outro mestre do instrumento.

Em outra ocasião postarei a versão de Wilhelm Kempff, outro monstro neste repertório,  para as devidas “comparações”, já que este é um dos objetivos do blog.

Pois então, conituemos com esta “overdose” pianística.

Ludwig van Beethoven – Sonatas Opp. 81a, 90, 109 & 110, Sonatas Opp. 101 & 106

CD 8 – Sonatas Opp. 81a, 90, 109 & 110 – Gilels

01 – Sonate No.26 Es-dur op.81a ‘Les Adieux’ – 1. Das Lebewohl Adagio – Allegro
02 – Sonate No.26 Es-dur op.81a ‘Les Adieux’ – 2. Abwesenheit Andante espressivo
03 – Sonate No.26 Es-dur op.81a ‘Les Adieux’ – 3. Das Wiedersehen Vivacissimamente
04 – Sonate No.27 e-moll op.90 – 1. Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung
05 – Sonate No.27 e-moll op.90 – 2. Nicht zu geschwind und sehr singbar vorzutragen
06 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 1. Vivace ma non troppo – Adagio espressivo
07 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 2. Prestissimo
08 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 3. Gesangvoll, mit innigster Empfindung
09 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 4. Variation I molto espressivo
10 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 5. Variation II Leggiermente
11 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 6. Variation III Allegro vivace
12 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 7. Variation IV Etwas langsamer als das Thema
13 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 8. Variation V Allegro, ma non troppo
14 – Sonate No.30 E-dur op.109 – 9. Variation VI Tempo I del tema
15 – Sonate No.31 As-dur op.110 – 1. Moderato cantabile molto espressivo
16 – Sonate No.31 As-dur op.110 – 2. Allegro molto
17 – Sonate No.31 As-dur op.110 – 3. Adagio ma non troppo – Fuga

CD 9 –  Sonatas Opp. 101 & 106

01 – Sonata No.28 in A, Op.101 – 1. Allegretto ma non troppo
02 – Sonata No.28 in A, Op.101 – 2. Vivace alla Marcia
03 – Sonata No.28 in A, Op.101 – 3. Adagio ma non troppo, con affetto
04 – Sonata No.28 in A, Op.101 – 4. Allegro
05 – Sonata No.29 in B flat, Op.106 Hammerklavier – 1. Allegro
06 – Sonata No.29 in B flat, Op.106 Hammerklavier – 2. Scherzo. Assai vivace
07 – Sonata No.29 in B flat, Op.106 Hammerklavier – 3. Adagio sostenuto
08 – Sonata No.29 in B flat, Op.106 Hammerklavier – 4. Largo – Allegro risoluto

Emil Gilels – Piano

CD 8 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 320 | KBPS | 170 MB

CD 9 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 320 | KBPS | 61 MB

Biber: Battalia e outras obras / Locke: The Tempest / Zelenka: Fanfare — Il Giardino Armonico

Biber: Battalia e outras obras / Locke: The Tempest / Zelenka: Fanfare — Il Giardino Armonico


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em verdade vos digo: nunca deixeis de ouvir as gravações do Il Giardino Armonico, são sempre FANTÁSTICAS. Mas sim, comecemos pelo que interessa: IM-PER-DÍ-VEL !!!! Ah, já tinha dito, né? Este é um disco de música barroca sem o qual você não pode viver sem. A vitalidade e o frescor das interpretações do Il Giardino Armonico trabalham favoravelmente à música dos grandes Biber e Locke, compositores imerecidamente pouco ouvidos. E, para melhorar ainda mais, são obras divertida, cheias de expressão surpreendente. A Battalia de Biber e a a música incidental escrita por Locke para a peça de Shakespeare A Tempestade são das coisas mais arrepiantes que há.

Mas temos que voltar a Antonini e seu Giardino: há muitos especialistas em barroco, mas este grupo — o preferido por Cecilia Bartoli — é especial. Muitas vezes agressivo, quase sempre inesperado mas sempre eufônico, o grupo costuma explorar seu repertório com tanto entusiasmo que as músicas parecem outras após um tratamento “Armonico”.

Biber: Battalia e outras obras / Locke: The Tempest / Zelenka: Fanfare — Il Giardino Armonico

Jan Dismas Zelenka (1679-1745):
1. Fanfare in D major (02:11)

Heinrich Ignaz Franz Von Biber (1644 – 1704):
2. Battalia – Sonata – Allegro (01:52)
3. Battalia – Die liederliche Gesellsschaft von allerley Humor (Allegro) (00:45)
4. Battalia – Presto (00:26)
5. Battalia – The march (violin I solo) (01:03)
6. Battalia – Presto (2) (01:01)
7. Battalia – Aria (02:39)
8. Battalia – The battle (00:42)
9. Battalia – Lamento der Verwundten Musquetirer (Adagio) (01:31)
10. Passacaglia in C minor (04:55) — Luca Pianca, archlute
11. Anon. / Tune for the woodlark (00:20) – Giovanni Antoini, flautino
12. Sonata Violino solo representativa – Allegro (01:46)
13. Sonata Violino solo representativa – The nightingale (01:22)
14. Sonata Violino solo representativa – The cuckoo (00:42)
15. Sonata Violino solo representativa – The frog (00:42)
16. Sonata Violino solo representativa – Adagio (00:25)
17. Sonata Violino solo representativa – The hen & the cock (00:24)
18. Sonata Violino solo representativa – Presto (00:12)
19. Sonata Violino solo representativa – Adagio – The quail (00:42)
20. Sonata Violino solo representativa – The cat (00:25)
21. Sonata Violino solo representativa – The musketeers’ march (01:14)
22. Sonata Violino solo representativa – Allamande (01:41)
23. – Onofri, Enrico – Ricercare (01:52) Michele Barchi, gravicembalo / Riccardo Doni, organ
24. – Partita VII in C minor – Praeludium (03:24) Enrico Onofri, Marco Bianchi, viole d’amore / Giovanni Antonini, tenor chalumeau / Vittorio Ghielmi, bass and tenor violas da gamba / Luca Pianca, archlute / Michele Barchi, gravicembalo and organ
25. – Partita VII in C minor – Allamande (02:18)
26. – Partita VII in C minor – Sarabande (01:42)
27. – Partita VII in C minor – Gigue – Presto (01:22)
28. – Partita VII in C minor – Aria (01:35)
29. – Partita VII in C minor – Trezza (00:48)
30. – Partita VII in C minor – Arietta variata (05:58)

Matthew Locke (1621 – 1677):
31. – Canon 4 in 2 (00:48)
32. – Music for The Tempest – Introduction (01:03)
33. – Music for The Tempest – Galliard (01:30)
34. – Music for The Tempest – Gavot (01:06)
35. – Music for The Tempest – Sarabrand (03:02)
36. – Music for The Tempest – Lilk (00:54)
37. – Music for The Tempest – Curtain Tune (05:19)
38. – Music for The Tempest – First Act Tune – Rustick Air (01:18)
39. – Music for The Tempest – Second Act Tune – Minoit (01:32)
40. – Music for The Tempest – Third act tune – Corant (01:05)
41. – Music for The Tempest – Fourth act tune – A Martial Jigge (01:43)
42. – Music for The Tempest – Conclusion: A Canon 4 in 2

Il Giardino Armonico
Giovanni Antonini

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Parte dos membros do Il Giardino Armonico
O correto é tocar assim, viu?

PQP

Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas Opp. 31, 49, 53, 57 & 79 – Emil Gilels #BTHVN250

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 22 DE OUTUBRO DE 2008, RESTAURADO POR VASSILY EM 21/3/2020

Dando prosseguimento à saga Gilels/Beethoven, venho com dose dupla. As sonatas op. 31, e as 2 Sonatas Op. 49, além das de Opp. 53, 57 & 79. Isso mesmo, dois cds de uma só vez.

Destaques? Tanto a “Waldstein” quanto a “Apassionata” deixarão os senhores satisfeitos. Mas no conjunto, são dois cds excepcionais, sem dúvida alguma. Gilels sabe exatamente o que está fazendo, e conhece muito bem do assunto.

Deixarei programada para a sexta feira a postagem dos últimos dois cds da série, pois estarei ocupado na sala de aula.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – 3 Sonatas op. 31, 2 Sonatas Op. 49, Opp. 53, 57 & 79

CD 6

01 – Sonate No.16 G-dur op.31 No.1 – 1. Allegro vivace
02 – Sonate No.16 G-dur op.31 No.1 – 2. Adagio grazioso
03 – Sonate No.16 G-dur op.31 No.1 – 3. Rondo (Allegretto)
04 – Sonate No.17 d-moll op.31 No.2 ‘Der Sturm’ – 1. Largo – Allegro
05 – Sonate No.17 d-moll op.31 No.2 ‘Der Sturm’ – 2. Adagio
06 – Sonate No.17 d-moll op.31 No.2 ‘Der Sturm’ – 3. Allegretto
07 – Sonate No.18 Es-dur op.31 No.3 – 1. Allegro
08 – Sonate No.18 Es-dur op.31 No.3 – 2. Scherzo (Allegretto vivace)
09 – Sonate No.18 Es-dur op.31 No.3 – 3. Menuetto (Moderato e grazioso) & Trio
10 – Sonate No.18 Es-dur op.31 No.3 – 4. Presto con fuoco

CD 7

01 – Sonate No.19 g-moll op.49 No.1 – 1. Andante
02 – Sonate No.19 g-moll op.49 No.1 – 2. Rondo (Allegro)
03 – Sonate No.19 G-dur op.49 No.2 – 1. Allegro ma non troppo
04 – Sonate No.19 G-dur op.49 No.2 – 2. Tempo di Menuetto
05 – Sonate No.21 C-dur op.53 ‘Waldstein’ – 1. Allegro con brio
06 – Sonate No.21 C-dur op.53 ‘Waldstein’ – 2. Introduzione (Adagio molto)
07 – Sonate No.21 C-dur op.53 ‘Waldstein’ – 3. Rondo-Allegretto moderato
08 – Sonate No.23 f-moll op.57 ‘Appassionata’ – 1. Allegro assai
09 – Sonate No.23 f-moll op.57 ‘Appassionata’ – 2. Andante con moto
10 – Sonate No.23 f-moll op.57 ‘Appassionata’ – 3. Allo. ma non troppo – Presto
11 – Sonate No.25 G-dur op.79 – 1. Presto alla tedesca
12 – Sonate No.25 G-dur op.79 – 2. Andante
13 – Sonate No.25 G-dur op.79 – 3. Vivace

Emil Gilels – Piano

CD 6 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 7 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Ludwig van Beethoven – Sonatas para Pianoforte e Violoncelo (Wispelwey, Komen)

As cinco sonatas para piano e violoncelo compostas por Beethoven têm uma vantagem em relação às sonatas para violino e aos concertos: abrangem as três fases de sua produção musical. Ou seja, em apenas dois CDs, pode-se ouvir um panorama da evolução musical do compositor, de forma mais resumida do que ao ouvirmos as 32 sonatas para piano solo. Como escreveu o pianista Paul Komen, são como peças de um quebra-cabeças que se combinam para formar um retrato de Beethoven em todos os aspectos de sua vida musical.

A primeira fase das obras com opus segue modelos típicos de Haydn e Mozart, mas já com algumas características próprias. As duas sonatas do opus 5 (1796) seguem o mesmo esquema: primeiro movimento lento, como uma preparação para o que está por vir; segundo movimento rápido com um tema marcante; terceiro movimento em rondó, forma caracterizada por uma seção principal (A) que se repete como um refrão, alternando com uma ou mais seções secundárias (B, C, D, etc.)

A segunda fase tem como marco inicial a 3ª Sinfonia, “Heróica (1804), é o Beethoven mais grandioso, da ópera Fidelio (1805) e da 5ª Sinfonia (1808). Esta fase, associada à época das revoluções e guerras napoleônicas, vai mais ou menos até o opus 93 (8ª sinfonia) ou o opus 97 (Trio Arquiduque) ou um pouco depois, não há consenso. A Sonata para piano e violoncelo op. 69 (1807), com seus arroubos de sentimentos à flor da pele desde o primeiro movimento, representa perfeitamente essa face de Beethoven, e é hoje talvez a mais famosa deste ciclo de cinco sonatas. Assim como nas sinfonias mais famosas do compositor, a obra não tem aquela introdução lenta típica do classicismo vienense: o violoncelo já chega chutando a porta com um tema bastante sentimental (Allegro ma non tanto – uma boa descrição do caráter de toda a sonata).

E finalmente a última fase, de cerca de 1811 até sua morte em 1827, quando o compositor compôs poucas obras por ano, mas cada vez mais complexas, menos destinadas a agradar ao público da época e mais voltadas para o futuro (já surdo, ele provavelmente ligava pouco para os aplausos). Nesta última fase, em quase todas as obras aparece alguma fuga, forma musical típica dos tempos de J.S.Bach. Assim, Beethoven olha para o futuro ao mesmo tempo em que intensifica o estudo dos mestres do passado.

Na segunda metade do século XX, uma série de músicos também buscou estudar profundamente a música do passado a partir dos documentos de época: tratados, cartas, artigos, além, é claro, dos próprios instrumentos e das pistas que eles deixavam sobre a música de tempos idos.

Alexei Lubimov (nascido em Moscou, 1944), um dos pioneiros no uso de pianos de época, escreveu: “cada instrumento pode nos dar pistas sobre o que o compositor estava pensando e ouvindo enquanto trabalhava. Para mim, tocar música antiga em um piano moderno é uma transcrição, não a peça original.”.

O pianoforte Broadwood de 1823, usado nesta gravação, é do mesmo modelo daquele que foi enviado por John Broadwood para Beethoven em 1818 como um presente e homenagem de Clementi e outros amantes da música de Beethoven residentes na Inglaterra, um gesto que o compositor apreciou como uma grande honra. Este instrumento inglês faz uma excelente harmonia com o violoncelo de 1710, também de origem inglesa, produzindo sons que vão do mais frágil pianíssimo até explosões heroicas que levam esses instrumentos ao limite. O som do pianoforte, que dura menos tempo após o dedo sair da tecla (em comparação com pianos modernos), permite que as passagens mais rápidas soem com uma clareza admirável. Por outro lado, na fuga da quinta sonata (de 1815), a clareza contrapontística dos dois russos carecas é imbatível, mesmo 50 anos depois daquela antológica gravação. Na dúvida, fique com os dois: instrumentos modernos e antigos!

O pianoforte inglês Broadwood

Ludwig van Beethoven – Sonatas para Pianoforte e Violoncelo

Sonata Op.5 nº1 em Fá Maior

1-1         Adagio Sostenuto
1-2         Allegro
1-3         Rondo (Allegro Vivace)

Sonata Op.5 nº2 em Sol Menor

1-4         Adagio Sostenuto e Espressivo
1-5         Allegro Molto Più Tosto Presto
1-6         Rondo (Allegro)

Sonate Op.69 em Lá Maior

2-1         Allegro Ma Non Tanto
2-2         Scherzo (Allegro Molto)
2-3         Adagio Cantabile
2-4         Allegro Vivace

Sonate Op.102 nº1 em Dó Maior

2-5         Andante
2-6         Allegro Vivace
2-7         Adagio
2-8         Allegro Vivace

Sonate Op.102 nº2 em Ré Maior

2-9        Allegro Con Brio
2-10       Adagio Con Molto Sentimento d’Affetto
2-11       Allegro Fugato

Pieter Wispelwey – cello (Barak Norman, 1710)
Paul Komen – pianoforte (Broadwood, 1823)
Gravado na Igreja Protestante de Renswoude, Países Baixos, em Junho de 1991

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#BTHVN250, por René Denon

Pleyel

William Alwyn (1905-1985): Sinfonias nº 2 e nº 5, Concerto para Harpa

Esta é a era das novas invenções
Para matar corpos, e salvar almas,
Todas propagadas com as melhores intenções;
A lanterna de Sir Humphry Davy, com a qual
O carvão é extraído em segurança,
Viagens à África, expedições aos Polos,
São benefícios à humanidade, tão verdadeiros,
Talvez, como atirar nela em Waterloo.
(Lord Byron, Don Juan, 1819)

Lord Byron teve a genialidade de transformar o personagem do Don Juan, originalmente o grande conquistador triunfante, em um anti-herói libertino e perseguido pelo moralismo da Inglaterra capitalista. Ao contrário dos heróis guerreiros dos épicos gregos, o Don Juan de Byron, escravo dos seus sentimentos, vai sendo expulso por onde passa, cheio de paixões proibidas e de ilusões perdidas como as do Lucien de Rubempré de Balzac. Don Juan vai da Espanha à Turquia e à Inglaterra, mas não é o longo retorno de um vencedor como o Ulisses grego, é a sina de um libertino expulso a pedras como a Geni de Chico Buarque.

Em nossa saga, temos acompanhado a sinfonia, também apedrejada pelas vanguardas do século XX. Como diz Alex Ross em O resto é ruído: Wagner, Strauss e Mahler compensavam as sonoridades inovadoras com o uso intenso de acordes comuns; Scriabin manteve um sentido de centralidade tonal mesmo nas passagens de harmonia mais ousada. Schoenberg foi quem insistiu que era impossível retroceder. Com efeito, ele passou a dizer que a tonalidade estava morta – ou, como diria Webern mais tarde, “quebramos o pescoço dela”.

Essa citação de Schoenberg e Webern mostra, no meu entender, tudo que há de mais grotesco no século chamado de era dos extremos por Hobsbawn. Nunca antes desse século as ideologias e tecnologias permitiram que psicopatas sonhassem em acabar com uma raça ou cortar o pescoço da música tonal com sua tradição de séculos.

Nossa heroína, a sinfonia, precisou portanto correr como tantos outros exilados do século XX. Em dois lugares ela foi muito bem recebida, criou raízes e frutificou em abundância. Um deles, como vimos, foi a Rússia, com gênios de fama internacional. O outro foi a ilha que também recebeu o herói de Byron. Mas lá, a sinfonia evoluiu para se tornar uma subespécie raramente compreendida pelo mundo, mais ou menos como o sarcasmo inglês. Como o disco dos Arctic Monkeys de 2011, censurado em muitas lojas americanas por se chamar Suck it and see, expressão sem qualquer conotação sexual. O mundo pode até rir dos ingleses, mas eles riem do mundo e quem ri por último…

As sinfonias de William Alwyn, como as de Elgar, Vaughan Williams e Maxwell Davies, são raramente ouvidas no resto do mundo. Alwyn compôs cinco sinfonias, nas suas palavras são 4+1. As quatro primeiras formam um ciclo em que cada sinfonia, como um todo, tem o caráter de um movimento de sinfonia clássica à maneira de Haydn. A 1ª é como um Allegro, a 2ª tem o temperamento de um adagio, a 3ª o de um scherzo e a 4ª finaliza. A 5ª, composta décadas depois, homenageia o escritor Sir Thomas Browne (1605-1682) e sua elegia sobre a morte “Hydriotaphia: Urn Burial, or a Discourse of the Sepulchral Urns lately found in Norfolk”.

Gosto muito da segunda sinfonia de Alwyn. Os dois movimentos começam com um certo vigor e vão aos poucos se tornando mais tranquilos, culminando em um final (para cada movimento) calmo e pianissimo, com os instrumentos se retirando um a um e o som desaparecendo em um efeito de paz e plenitude similar ao dos finais dos adagios da Nona de Mahler e da Leningrado de Shosta.

Já ia me esquecendo: Alwyn, que compôs música para dezenas de filmes, faz música tonal sem vergonha nem medo de ser feliz. Os pretensiosos Schoenberg e Webern, que acreditavam ter assassinado a música tonal, quebraram a cara.

William Alwyn (1905-1985): Sinfonias nº 2 e nº 5, Concerto para Harpa “Lyra Angelica”

  1. Symphony No. 5, “Hydriotaphia”
  2. Harp Concerto, “Lyra Angelica”: I. Adagio
  3. Harp Concerto, “Lyra Angelica”: II. Adagio, ma non troppo
  4. Harp Concerto, “Lyra Angelica”: III. Moderato
  5. Harp Concerto, “Lyra Angelica”: IV. Allegro giubiloso – Andante con moto
  6. Symphony No. 2: I. Con moto – Molto moderato – Quasi Adagio molto calmato
  7. Symphony No. 2: II. Allegro molto – Moderato largamente – Molto

Royal Liverpool Philharmonic Orchestra

David Lloyd-Jones, Conductor

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Seja bem vindo ao PQP, William Alwyn!

Pleyel

The 20th-Century Piano Concerto, Vol.2 – Vários compositores e artistas

O segundo CD desta curiosa série traz ao menos dois registros memoráveis, a saber, o Segundo Concerto de Prokofiev com Alexander Toratze acompanhado pelo então jovem Valery Gergiev, e a histórica gravação do Segundo Concerto de Béla Bártok com Stephen Kovacevich.
Para muitos essa mistura pode soar estranha, afinal o CD termina com o Concerto para Piano de Schönberg, cmo ninguém mais ninguém menos que Alfred Brendel. O ultra romântico Terceiro Concerto de Rachmaninoff ao lado de Bártok e de Prokofiev… enfim, escolhas do produtor. Mas o que vale realmente é audição destas gravações.

Disc 1
Piano Concerto No. 2 In G minor, Op. 16
Composed By – Prokofiev*
Conductor – Valery Gergiev
Orchestra – Kirov Orchestra
Piano – Alexander Toradze
1.1 I. Andantino
1.2 II. Scherzo. Vivace
1.3 III. Intermezzo. Allegro Moderato
1.4 IV. Finale. Allegro Tempesto
Piano Concerto No.3 In D Minor, Op. 30
Composed By – Rachmaninoff*
Conductor – Edo de Waart
Orchestra – The San Francisco Symphony Orchestra
Piano – Zoltán Kocsis
1.5 I. Allegro Ma Non Tanto
1.6 Intermezzo (Adagio)
1.7 III. Finale (Alle Breve)
Disc 2
Piano Concerto In G major
Composed By – Ravel*
Conductor – Ivan Fischer
Orchestra – Budapest Festival Orchestra
Piano – Zoltán Kocsis
2.1 I. Allegramente
2.2 II. Adagio Assai
2.3 III. Presto
Piano Concerto No. 2, BB 75
Composed By – Bartók*
Conductor – Sir Colin Davis
Orchestra – BBC Symphony Orchestra
Piano – Stephen Kovacevich*
2.4 I. Allegro
2.5 II. Adagio – Presto – Adagio
2.6 III. Allegro Molto
Piano Concert, Op. 42
Composed By – Schoenberg*
Conductor – Rafael Kubelik
Orchestra – Bavarian Radio Symphony Orchestra*
Piano – Alfred Brendel
2.7 I. Andante
2.8 II. Molto Allegro (Bar 176)
2.9 III. Adagio (Bar 264)
2.10 IV. Giocoso (Moderato) (Bar 329)

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Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas opp. 27 & 28 – Emil Gilels #BTHVN250

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 19 DE OUTUBRO DE 2008, RESTAURADO POR VASSILY EM 20/3/2020

A falta de tempo, aliada a clássica preguiça, além de um péssimo serviço prestado nas últimas semanas pelo rapidshare, são os atuais responsáveis pela minha falta de postagens. Ah também não posso esquecer de mencionar a chuva que cai insistentemente nos últimos dias. E estes dias úmidos nos deixam deprimidos. Não podemos fazer nada. O que realmente importa nesta altura do campeonato é que tenho ainda pouco menos de 20 dias de ano letivo.. depois disso, as tão esperadas e sonhadas férias.

Mais três obras primas do repertório pianístico nas mãos de Gilels… sem dúvida, uma excelente companhia para este final de semana chuvoso e sem graça que está fazendo.O destaque é a magnífica “Sonata ao Luar”. Conheci poucas versões tão inspiradas quanto esta. Gilels em seu apogeu.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – CD5 – Beethoven – 2 Sonatas Op. 27, Op. 28 – Gilels

01 – Sonate No.13 Es-dur op. 27 No.1 – 1. Andante – Allegro – Tempo I
02 – Sonate No.13 Es-dur op. 27 No.1 – 2. Allegro molto e vivace
03 – Sonate No.13 Es-dur op. 27 No.1 – 3. Adagio con espressione
04 – Sonate No.13 Es-dur op. 27 No.1 – 4. Allegro vivace – Presto
05 – Sonate No.14 cis-moll op. 27 No.2 ‘Mondschein’ – 1. Adagio sostenuto
06 – Sonate No.14 cis-moll op. 27 No.2 ‘Mondschein’ – 2. Allegretto
07 – Sonate No.14 cis-moll op. 27 No.2 ‘Mondschein’ – 3. Presto agitato
08 – Sonate No.15 D-dur op.28 ‘Pastorale’ – 1. Allegro
09 – Sonate No.15 D-dur op.28 ‘Pastorale’ – 2. Andante
10 – Sonate No.15 D-dur op.28 ‘Pastorale’ – 3. Scherzo. Allegro vivace
11 – Sonate No.15 D-dur op.28 ‘Pastorale’ – 4. Rondo. Allegro ma non troppo

Emil Gilels – Piano

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R. Gnattali (1906-1988) : Sinfonia Popular / Guerra-Peixe (1914-1993): Ponteado / C. Gomes (1836-1896) : Abertura da ópera “Fosca” / E. Krieger (1928): Abertura Brasileira

Em nosso passeio pelas grandes sinfonias do Século XX, já estivemos na Rússia, Polônia, Inglaterra, França e México. Hoje, vamos finalmente para o hemisfério sul. Nascido em Porto Alegre, filho de imigrantes italianos, Radamés Gnattali foi batizado em homenagem a um personagem de Verdi. Criou, no Rio de Janeiro, a Orquestra Brasileira, atuou na Rádio Nacional e na Globo, trabalhando como maestro, arranjador, além de fazer turnês pelo Brasil interpretando Villa-Lobos, Ernesto Nazareth e composições próprias, que eram sempre fortemente influenciadas pela música popular brasileira. Gravou LPs como “Vivaldi e Pixinguinha” (1983) com a Camerata Carioca. Fez música para o mundo, sem jamais esquecer suas raízes.

Trechos do encarte, pelo maestro Norton Morozowicz:

A nossa discografia, muito pequena, não é representativa do imenso acervo que indiscutivelmente reflete a qualidade de nossos autores.

Gnattali – Sua Sinfonia Popular, tão esquecida e pouco tocada, escrita em 1955/56 e dedicada a Léo Peracchi, constitui-se, através de seus quatro primorosos movimentos, em uma das mais belas páginas sinfônicas do repertório nacional.
Guerra Peixe – outro batalhador pela música brasileira, pesquisador e folclorista, embrenhou-se pelo sertão nordestino garimpando temas e canções, escrevendo importantes trabalhos entre eles os Maracatus de Recife e o seu Ponteado, escrito em 1955, síntese de brasilidade – encontrada no folclore e no popular – transposta para a música sinfônica.
Edino Krieger é um dos mais importantes compositores brasileiros vivos. Sua Abertura Brasileira, composta em Londres, é a primeira obra sinfônica da fase nacionalista do compositor que homenageia Luiz Gonzaga citando o tema do xote “Ela só quer, só pensa em namorar…”.

A Abertura da ópera Fosca, de Carlos Gomes, exemplo marcante do taento melódico e do domínio instrumental/orquestral característicos da produção deste brasileiro.

 

Radamés Gnattali
Sinfonia Popular
1. Allegro moderato
2. Expressivo com fantasia
3. Com espírito (Baião)
4. Allegro

César Guerra-Peixe
5. Ponteado

Carlos Gomes
6. Abertura da ópera “Fosca”

Edino Krieger
7. Abertura Brasileira

Orquestra Sinfônica da Universidade de Londrina
Norton Morozowicz, regente
Gravação ao vivo no Cine Teatro Ouro Verde, Londrina/PR, 2000

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Maestro Radamés

Pleyel

The 20th-Century Piano Concerto, Vol.1 – Vários compositores e artistas

A Coleção Philips DUO era uma espécie de Best of do selo Philips, e sempre tive um sonho de completá-la, pois foi graças a estas gravações que tive acesso a muita coisa boa. Felizmente, nos últimos anos acho que consegui alcançar meu objetivo de ter todos os volumes. E volto a repetir, tem muita coisa boa.

O Volume que ora vos trago (na verdade, serão dois volumes com dois cds cada) traz o que os produtores consideram os Melhores Concertos para Piano do Século XX, com toda a gama de artistas que tinham contratos com aquela gravadora. Alguns mais conhecidos, outros menos conhecidos, enfim, é uma boa oportunidade para conhecermos um pouco a produção do Século XX. Para quem gosta de gravações antigas, principalmente realizadas entre os anos 50, 60 e 70, é um prato cheio.

Neste primeiro volume teremos desde Prokofiev até De Falla, passando, é claro, por Bártok, Stravinsky, Gershwin e Ravel. Temos aqui intérpretes como Clara Haskill, Steven Kovacevich, Zóltan Kóscis, dentre outros. Gostei muito da escolha do repertório e dos músicos envolvidos. Para pincelar um panorama do piano no século XX creio que todos estão muito bem representados. Na sequência trarei o segundo volume. Vamos, no momento, nos degustar com o Bártok de Kovacevich, o Prokofiev de Byron Janis, e o magnífico De Falla de Clara Haskill. Só tem fera aqui.

CD 1

Piano Concerto No. 3 In C
Composed By – Prokofiev*
Conductor – Kiril Kondrashin
Orchestra – Moscow Philharmonic Orchestra
Piano – Byron Janis
1.1 1. Andante – Allegro
1.2 2. Tema Con Variazione
1.3 3. Allegro Ma Non Tropo
Nights In The Gardens Of Spain
Composed By – De Falla*
Conductor – Igor Markevitch
Orchestra – Orchestre Des Concerts Lamoureux
Piano – Clara Haskil
1.4 1. En El Generalife
1.5 2. Danza Lejana
1.6 3. En Los Jardines de la Sierra de Córdoba
Piano Concerto In F
Composed By – Gershwin*
Conductor – Howard Hanson
Orchestra – Eastman-Rochester Orchestra
Piano – Eugene List
1.7 1. Allegro
1.8 2. Adagio
1.9 3. Allegro Agitato

Piano Concerto No. 3
Composed By – Bartók*
Conductor – Sir Colin Davis
Orchestra – The London Symphony Orchestra
Piano – Stephen Kovacevich*
2.1 1. Allegretto
2.2 2. Adagio Religioso
2.3 3. Allegro Vivace
Concerto For Piano And Wind Instruments
Composed By – Stravinsky*
Conductor – Sir Colin Davis
Orchestra – BBC Symphony Orchestra
Piano – Stephen Kovacevich*
2.4 1. Largo – Allegro – Più Mosso – Maestoso
2.5 2. Largo
2.6 3. Allegro
Rhapsody In Blue
Composed By – Gershwin*
Conductor – Howard Hanson
Orchestra – Eastman-Rochester Orchestra
Piano – Eugene List
2.7 Rhapsody In Blue
Piano Concerto In D For The Left Hand
Composed By – Ravel*
Conductor – Ivan Fischer
Orchestra – Budapest Festival Orchestra
Piano – Zoltán Kocsis
2.8 1. Lento
2.9 2. Allegro
2.10 3. Tempo I

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Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas opp. 22 & 26, Variações “Eroica”, Op. 35 – Emil Gilels #BTHVN250

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 15 DE OUTUBRO DE 2008, RESTAURADO POR VASSILY EM 19/3/2020

Trago mais um cd da “integral” incompleta de Beethoven na interpretação de Emil Gilels.

Com esta overdose pianística, pretendo apenas colocar a disposição de nossos leitores / ouvintes, principalmente àqueles que estão começando agora a “penetrar” neste mundo maravilhoso da música chamada clássica, interpretações de qualidade, com músicos de altíssimo nível, sempre ressaltando que minha preocupação antes de tudo é com a qualidade, e não a quantidade.

Gilels interpreta aqui as sonatas No.11 B-dur op.22, No.12 As-dur op.26, e as 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’, e como sempre, com competência de sempre.

Enjoy it.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Sonatas nºs 11, op.22, nº 12, op.26, 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’

01 – Sonate No.11 B-dur op.22 – 1. Allegro con brio

02 – Sonate No.11 B-dur op.22 – 2. Adagio con molta espressione

03 – Sonate No.11 B-dur op.22 – 3. Memuetto

04 – Sonate No.11 B-dur op.22 – 4. Rondo. Allegretto

05 – Sonate No.12 As-dur op.26 – 1. Andante con Variazioni

06 – Sonate No.12 As-dur op.26 – 2. Scherzo. Allegro molto

07 – Sonate No.12 As-dur op.26 – 3. Marcia funebre

08 – Sonate No.12 As-dur op.26 – 4. Allegro

09 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Introduzione

10 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Tema

11 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation I

12 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation II

13 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation III

14 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation IV

15 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation V

16 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation VI

17 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation VII

18 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation VIII

19 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation IX

20 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation X

21 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation XI

22 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation XII

23 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation XIII

24 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation XIV

25 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Variation XV

26 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Coda

27 – 15 Variationen mit Fuge Es-dur op.35 ‘Eroica’ – Finale alla Fuga

Emil Gilels – Piano

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Henri Dutilleux (1916-2013): Sinfonias nº 1 e 2, Métaboles, Le temps l’horloge, etc

No longo livro de Alex Ross “O Resto É Ruído – Escutando o Século XX”, o francês Henri Dutilleux é citado apenas uma vez, no final de um dos vários parágrafos sobre Boulez:

“Nessa época, Boulez não era mais messiaenista. … Boulez foi ter aulas com René Leibowitz … Boulez trouxe … Boulez teve … Boulez viu … Boulez também mostrou animosidade contra colegas compositores que se recusaram a segui-lo no caminho da modernidade. Quando, em 1951, Henri Dutilleux apresentou sua vibrante e diatônica Primeira Sinfonia, Boulez o saudou dando-lhe as costas.”

Dutilleux não precisa ficar ofendido. Outros famosos sinfonistas recebem apenas citações en passant: três menções a Vaughan Williams, uma a Roussel, nenhuma a Rachmaninoff. Reger é citado 3 vezes: em uma delas, fala-se um pouco de sua música, em um parágrafo dedicado a Schoenberg. Nas outras duas, o alemão Max Reger é apenas listado como – vejam que surpresa! – admirado por nazistas.

O que o livro de Alex Ross faz é repetir o grande mito fundador do modernismo musical do século XX, especialmente da música francesa e de inspiração francesa: a sinfonia como relíquia de um passado longínquo, tudo a ver com o romantismo de um Schubert ou de um Bruckner, nada a ver com a modernidade. Fauré, Debussy, Ravel preferiram fazer música orquestral em formas menos associadas ao romantismo, como o poema sinfônico, a valsa, a pavana ou o bolero. Messiaen e Boulez consideravam que a sinfonia em 4 movimentos e o concerto em 3 movimentos já tinham sido explorados até o limite por seus antecessores e buscaram formas novas, como a Turangalîla-Symphonie em 10 movimentos. Era a ideologia do progresso que, como define a antropóloga Anna Tsing, servia como um corrimão de histórias que contava aonde todos estavam indo e por quê. Para vocês verem como essa grande marcha para frente, sem possibilidade de marcha a ré, era contagiosa: Villa-Lobos tinha escrito 5 sinfonias antes de ir a Paris pela primeira vez em 1923. Uma vez tendo respirado o ar parisiense, Villa se dedicou fortemente aos Choros, depois às Bachianas, e a 6ª sinfonia surgiu apenas em 1944!

As sinfonias de Dutilleux aparecem, portanto, como dois pontos fora da curva na modernidade francesa. Compostas em 1951 e 1959, elas mostram um outro tipo de compositor: aquele que pretendia usar formas antiquíssimas, como a Passacaglia, mas com uma linguagem harmônica nova e inventiva, apesar de não ser 100% atonal. Na 2ª Sinfonia, uma orquestra de câmara dialoga com uma orquestra sinfônica, como em um concerto grosso barroco. “Duas personagens em uma só, uma como o reflexo da outra”, explica Dutilleux.

A outra obra que aparece aqui, Métaboles, é frequentemente ouvida nas salas de concerto, ao contrário das sinfonias. Fez parte do repertório de grandes maestros como Celibidache, Szell e Rattle. Assim como o Concerto para Orquestra de Lutoslawski faz um par com a primeira sinfonia do polonês, Métaboles, composta entre 1963-64, também é quase um concerto para os diferentes naipes orquestrais e faz um belíssimo trio com as sinfonias do francês.

Nas últimas décadas da sua vida, não sabemos se de forma deliberada ou por acaso, Dutilleux não compôs mais sinfonias e se dedicou a escrever principalmente obras orquestrais com instrumento solista, peças que entraram para o repertório das orquestras pelo mundo: para violino e orquestra, Tout un monde lointain… (1970) e Sur le même accord (2002), para violoncelo e orquestra, L’arbre des songes (1985).

Essa faceta do compositor é representada aqui por Les Citations (1985-1990), obra para uma peculiar formação: oboé, cravo, contrabaixo e percussão. O oboé parece reinar como solista, até o momento em que os outros instrumentos vão dando uns passinhos à frente e fazem suas intervenções.

Le temps l’horloge, completado em 2009 pelo compositor já nonagenário, traz uma soprano para solar com as orquestrações sempre muito originais de Dutilleux, dessa vez com destaque para o acordeão. Renée Fleming canta textos de três poetas sobre a passagem do tempo. O mais célebre, claro, é Enivrez-vous, de Baudelaire:

É preciso estar sempre embriagado. Isso é tudo: é a única questão. Para não sentir o horrível fardo do Tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.
Mas de que? De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser. Mas embriague-se.
(Baudelaire, trad. Jorge Pontual)

Henri Dutilleux (1916-2013) : Sinfonias, Métaboles, Le temps l’horloge, etc

  1. Symphonie n°1 (1951) – I. Passacaglia, II. Scherzo molto vivace, III. Intermezzo, IV. Finale con variazioni (33:26)
  2. Les Citations (1990) (14:17)
  3. Métaboles (1964) (16:57)
  4. Préludes pour piano – I. D’ombre et de silence, II. Sur un même accord, III. Le jeu des contraires (1988) (13:43)
  5. Symphonie n°2 (Le Double) – I. Animato, ma misterioso, II. Andantino sostenuto, III. Allegro fuocoso — Calmato (1959) (31:53)
  6. Sur le même accord (2001) (8:38)
  7. Le temps l’horloge – I: Le temps l’horloge, II: Le masque, III. Le dernier poème, IV. Interlude, V. Enivrez-vous (2009) (14:00)

Orchestre National de France, Daniele Gatti, Paris, 1 oct 2015 (1)
Orchestre Philharmonique de Radio France, Kwamé Ryan, Paris, 21 jan 2016, Maroussia Gentet (piano) (2-5)
Orchestre National de France, Kurt Masur, Paris, 14 nov 2003, Anne-Sophie Mutter (violin) (6)
Orchestre National de France, Seiji Ozawa, Paris, 23 apr 2009, Renée Fleming (soprano) (7)

FLAC: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 1   e  BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 2

MP3: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 1   e  BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 2

Obs: esta é uma compilação de gravações ao vivo de rádio, que você só encontra aqui no PQP Bach. Se possível, baixe em Flac, evitando a perda de qualidade dos arquivos.

O maestro canadense Kwamé Ryan

Pleyel

Anton Bruckner – Sinfonias 7, 8 e 9 – Eugen Jochum, Staatskapelle Dresden

Agora o bicho pega. Só tem peso pesado nesta conclusão de mais uma integral, desta vez, das Sinfonias de Bruckner, este compositor tão único dentro do universo de grandes compositores contemporâneos seus, como Brahms, Schumann, Wagner, Tchaikovsky, entre tantos outros. Mais do que nunca, nestas últimas três sinfonias é mais que nítida a influência da música de Wagner, a quem reverenciava.

Eugen Jochum como sempre reina soberano neste repertório, e a Staatskapelle Dresden sob seu comando dispensa comentários.

01. Symphony No.7 in E Major, WAB 107, 1. Allegro moderato
02. Symphony No.7 in E Major, WAB 107, 2. Adagio (Sehr feierlich und sehr langsam)
03. Symphony No.7 in E Major, WAB 107, 3. Scherzo (Sehr schnell)
04. Symphony No.7 in E Major, WAB 107, 4. Finale (Bewegt, doch nicht schnell)

01. Symphony No.8 in C Minor, WAB 108, 1. Allegro moderato
02. Symphony No.8 in C Minor, WAB 108, 2. Scherzo (Allegro moderato) –
03. Symphony No.8 in C Minor, WAB 108, 3. Adagio (Feierlich langsam)
04. Symphony No.8 in C Minor, WAB 108, 4. Finale (Feierlich)

01. Symphony No. 9 In D Minor, WAB 109, 1. Feierlich. Misterioso
02. Symphony No. 9 In D Minor, WAB 109, 2. Scherzo (Bewegt lebhaft) –
03. Symphony No. 9 In D Minor, WAB 109, 3. Adagio (Langsam, feierlich)

Staatskapelle Dresden
Eugen Jochum – Conductor

 

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

LINK PARA A SÉTIMA SINFONIA – BAIXE AQUI

 

 

Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas Op. 10 – Emil Gilels #BTHVN250

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 12 DE OUTUBRO DE 2008, RESTAURADO POR VASSILY EM 18/3/2020

Estou muito feliz com a receptividade de meus últimos posts. No Chopin de Kristian Zimerman já tivemos 271 downloads e com o Beethoven do Gilels já foram quase 100 downloads em menos de 3 dias. Com o Listz de Andsnes, tivemos 111 downloads em menos de três dias. Média excelente. Uma curiosidade: tentei baixar o cd duplo deste norueguês tocando Schubert (as últimas quatro sonatas) do avaxhome, no dia segunte à sua apresentação aqui em minha cidade: pois o rapidshare não havia apagado seus links, sendo que dois dias antes eu os testei e estavam todos funcionando perfeitamente? Coincidência ou dedo durismo, não sei…Enfim, mais chato que isso é o problema que estou tendo com o teclado de meu notebook, que comprei há pouco menos de dois meses.. o cursor insiste em pular para outro lugar enquanto estou escrevendo alguma coisa. Irritante, para não dizer outra coisa.

Pois então, eis mais três sonatas de Beethoven interpretadas pelo grande Emil Gilels. Muitos foram os elogios que ouvi sobre este pianista, um dos maiores de sua geração: sua interpretação é limpa, sem exageros, não se importa com performances mirabolantes e sim procura tirar da música sua essência: a melodia.  Minha colega de blog, Clara Schumann, elogiou a clareza de seu fraseado. Pelo que li, o supra sumo desta “integral” é sua Hammerklavier. Veremos… dia destes ainda ouvi esta sonata interpretada por uma jovem pianista russa (jovem à época em que gravou), Galina alguma coisa (desculpem, me atrapalho um pouco com os sobrenomes russos). A juventude desta moça atrapalhou um pouco a interpretação, que achei um tanto quanto abafada, talvez problemas de gravação, mas em certos momentos a achei meio apática, e isso não creio que algum engenheiro de som consiga resolver.

Mas estas 3 sonatas op. 10 trazem um pouco mais da genialidade beethoveniana, nesta fase já começando a tomar forma, tal qual um diamante bruto sendo lapidado. E Emil Gilels, do alto de sua experiência, e claro, talento, dá forma à estas obras primas do repertório pianístico.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – 3 Sonatas op. 10 – Emil Gilels

01 – Sonate No.5 c-moll op.10 No.1 – 1. Allegro molto e con brio
02 – Sonate No.5 c-moll op.10 No.1 – 2. Adagio molto
03 – Sonate No.5 c-moll op.10 No.1 – 3. Finale. Prestissimo
04 – Sonate No.6 F-dur op.10 No.2 – 1. Allegro
05 – Sonate No.6 F-dur op.10 No.2 – 2. Allegretto
06 – Sonate No.6 F-dur op.10 No.2 – 3. Presto
07 – Sonate No.7 D-dur op.10 No.3 – 1. Presto
08 – Sonate No.7 D-dur op.10 No.3 – 2. Largo e mesto
09 – Sonate No.7 D-dur op.10 No.3 – 3. Menuetto (Allegro) & Trio
10 – Sonate No.7 D-dur op.10 No.3 – 4. Rondo (Allegro)

Emil Gilels – Piano

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FDP Bach

Witold Lutoslawski (1913-1994): Sinfonias 1 e 2, Concerto for Orchestra, Jeux Venitiens, Livre pour Orchestre, Mi-Parti, etc

Na série de postagens com as grandes sinfonias do Século XX, trago hoje uma postagem original de CDF Bach em 2010. Não tenho notícias sobre o paradeiro deste irmão de PQP e FDP, quem souber dele, favor nos avisar nos comentários. O Lutoslawski da 1ª Sinfonia, do Concerto para Orquestra e da Música Fúnebre deve muito à linguagem de Bartók. Cito o que escreveu Itadakimasu em outra postagem dos primórdios deste site, quando muitos de nós tínhamos internet discada:
Verdade que é o primeiro Lutosławski, ligado claramente à música de Bartók (de fato, mesmo depois, ele continuaria umbilicalmente ligado, mas de formas mais sinuosas, complexas, ambíguas; aqui, não, tudo é direto e cristalino, ainda que esteja longe, muito longe, de ser a obra que Bartók não escreveu), mas seja o compositor teoricamente visto como conservador (e tenho muitas ressalvas a essa percepção), seja o vanguardista de pouco depois, Lutosławski é grande, fantástico em sua capacidade de manejar a massa sonora, na compactação e na fluência de suas peças, na sua capacidade de construir climas. Pessoalmente, gosto mais desta 1ª Sinfonia do que de qualquer peça puramente orquestral de Bartók (salvo, talvez, pelo início do Mandarim Miraculoso).

O Lutoslawski  da 2ª Sinfonia e do Livre pour Orchestre escreve de modo mais complexo, menos ligado à música folclórica, mas sempre buscando criar uma conexão íntima com o ouvinte, ainda que isso não vá acontecer com 100% das pessoas. Sem problemas: nem toda mensagem jogada em uma garrafa vai ser lida, nem todo poço furado encontra água. Como escreveu Lutoslawski, seu objetivo ao compor era “encontrar pessoas que no fundo de suas almas sintam o mesmo que eu sinto… Essas são as pessoas mais próximas de mim, ainda que eu não as conheça pessoalmente. Considero a atividade criativa como um tipo de pescaria de almas, e a melhor cura para a solidão, esta forma tão humana de sofrimento.” Fiquem com a postagem original de CDF Bach, que foi uma dessa almas pescadas.

Não há nada mais complexo e difícil que ouvir. Quando paramos de falar (um grande passo, aliás), não necessariamente paramos para ouvir. A mente continua sua tagarelice até entrar em uníssono com o interlocutor. Para os mais incontidos, frases rápidas são exclamadas para ressaltar as idéias do outro (que na verdade são também do ouvinte). No fim, tudo continua como começou. O prazer que sentimos na concordância desfaz qualquer possibilidade de aprendermos algo diferente.

A música, no entanto, nos faz aprender um bocado sobre essas deficiências. Ouvindo a música de Haydn, por exemplo, consigo ver minhas limitações, principalmente quando o mestre me prega aquelas surpresas: tudo levando a um caminho e, pronto! Dou de cara com um caminho inusitado e nunca imaginado por mim. No futebol, a experiência foi a mesma. Lembro de ter sido um jogador razoável na minha infância, mas ficava puto da vida com os dribles que um fedelho me dava. Ouvir, assim como viver, é confrontar nossas fraquezas. E quem está disposto a isso com frequência?

Outro compositor que mostra muito como é limitada minha imaginação é o polonês Witold Lutoslawski. Sua linguagem não é fácil, mas tem uma unidade e coerência que ajuda o ouvinte a seguir adiante. No fim tenho a sensação de que ganhei muito com meu silêncio.

Witold Lutoslawski (1913 – 1994): Concerto for Orchestra
/ Jeux Venitiens / Livre pour Orchestre / Mi-Parti

CD 1
1. Symphonic Variations
2. Symphony No. 1 – I:- Allegro guisto
3. Symphony No. 1 – II: Poco adagio
4. Symphony No. 1 – III: Allegro misterioso
5. Symphony No. 1 – IV: Allegro vivace
6. Musique funèbre.mp3
7. Symphony No. 2 – I: Hésitant
8. Symphony No. 2 – II: Direct

CD 2
1. Concerto for Orchestra: I. Intrada (Allegro Maestoso)
2. Concerto for Orchestra: II. Capriccio, Notturno E Arioso (Vivace)
3. Concerto for Orchestra: III. Passacaglia, Toccata E Corale (Andante Con Moto – Allegro Giusto)
4. Jeux Vénitiens
5. Livre Pour Orchestre
6. Mi-parti

CD 3
1. Preludia i fuga 1 Preludes Nos 1-7
2. Preludia i fuga 2 Fugue
3. Trois Poèmes d’Henri Michaux I: Pensées
4. Trois Poèmes d’Henri Michaux II: Le grand combat
5. Trois Poèmes d’Henri Michaux III: Repos dans le malheur
6. Paroles tissées
7. Trzy postludia No. 1

Performed By Polish Radio NSO
Witold Lutoslawski

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dsdsd
Lutoslawski: imaginativo e original

CDF / Pleyel

Anton Bruckner – Sinfonias 4, 5 e 6 – Eugen Jochum, Staatskapelle Dresden

Continuando a integral, hoje estou trazendo três obras primas absolutas de Bruckner (não que as outras não sejam, principalmente as últimas), o cara que criou um mundo sonoro próprio em pleno Romantismo. Hoje temos a mais ‘acessível’ das sinfonias, a Quarta Sinfonia, um petardo sonoro, que nos deixa atordoados em um primeiro momento, mas com o tempo nos envolve até nos deixar totalmente saciados. Comentei em postagem anterior que para melhor entendermos este universo sonoro são necessárias muitas audições, para melhor absorvermos sua complexidade. E Jochum, melhor que ninguém, é maestro ideal para nos apresentar isso.

O maior bruckneriano do grupo, sim, ele mesmo, o próprio PQPBach, já nos deu diversas ‘aulas’ sobre o compositor e sua obra. Sugiro a leitura de seus antigos posts para uma melhor compreensão do homem-compositor.

01. Symphony No.4 in E flat major – ‘Romantic’, WAB 104, 1. Bewegt, Nicht Zu Schnell
02. Symphony No.4 in E flat major – ‘Romantic’, WAB 104, 2. Andante Quasi Allegretto
03. Symphony No.4 in E flat major – ‘Romantic’, WAB 104, 3. Scherzo: Bewegt – Trio: Nicht Zu Schnell
04. Symphony No.4 in E flat major – ‘Romantic’, WAB 104, 4. Finale: Bewegt, Doch Nicht Zu Schnell

01. Symphony No.5 in B Flat Major, WAB 105, 1. Introduction (Adagio) –
02. Symphony No.5 in B Flat Major, WAB 105, 2. Adagio (Sehr langsam)
03. Symphony No.5 in B Flat Major, WAB 105, 3. Scherzo: Molto Vivace – Schnell
04. Symphony No.5 in B Flat Major, WAB 105, 4. Finale: Allegro Moderato

01. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106, 1. Maestoso
02. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106, 2. Adagio. Sehr feierlich
03. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106, 3. Scherzo: Nicht Schnell – Trio: Langsam
04. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106, 4. Finale: Bewegt, Doch Nicht Zu Schnell

Staatskapelle Dresden
Eugen Jochum – Conductor

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Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas Opp. 7, 13 & 14 no. 2 – Emil Gilels #BTHVN250

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 7 DE OUTUBRO DE 2008, RESTAURADO POR VASSILY EM 17/3/2020

Minha troca de emails com o mano pqp tem uma característica interessante: o minimalismo. Muitas vezes ficamos semanas sem nos falar, e quando mando notícias, às vezes extensas, ele simplesmente responde com um Ok, ou então, quando informei que estava postando este Gilels ele respondeu simplesmente “já baixando”.

Quando ele me convidou para fazer parte deste blog, mal tinhamos trocado algumas mensagens no Orkut, mas entendíamos que nossa paixão pela causa era a mesma. Quase dois anos depois, temos a grata satisfação de ver os números: 60.000 mil acessos no mês de setembro. O que mais podemos fazer a não ser agradecer? E como ele falou, o retorno no investimento do blog está bem protegido destas quebradeiras do mercado financeiro internacional, não existe queda de bolsa nesta área. A quantidade de blogs existentes que tem a mesma finalidade quintuplicou, alguns peso pesadíssimos como é o caso do Avaxhome e do classicalheaven, entre milhares de outros, mas o PQP Bach resiste oferecendo antes de tudo, qualidade, e não quantidade (um amigo maluco do mano PQP acaba de postar 154 cds da coleção Bach 2000, que teve a direção do Harnoncourt e do Leonhardt no avaxhome, e no seu próprio blog, o Brainle de Champaigne, cujo link está aí ao lado). Jamais me passaria pela cabeça encarar tal desafio, pois o tempo despendido é imenso e, claro, nosso ADSL é uma piada de mau gosto, com suas velocidades ridículas. Se levo em média uma hora para upar um arquivo de 90 MB para o rapidshare, imagine 154 cds…

Mais um cd da coleção das Sonatas de Beethoven interpretadas por Gilels, entre elas a “Patétique”. Beethoven em excelentes mãos. Fiquei feliz com a recepção destes cds, já que se trata de outro bom velhinho já falecido, como comenta o mano pqp, ao defender seu Pollini. Gilels foi um gigante do teclado, não canso de repetir. Logo estarei postando sua gravação dos concertos de Brahms, incluídos na lista da Grammophone como uma das 100 melhores gravações de todos os tempos.

Ludwig van Beethoven (17670-1827) – Sonatas Opp. 7, 13 & 14 nr.2 – Emil Gilels

01 – Sonate No.4 Es-dur op.7 – 1. Allegro molto e con brio
02 – Sonate No.4 Es-dur op.7 – 2. Largo, con gran espressione
03 – Sonate No.4 Es-dur op.7 – 3. Allegro – Minore – Allegro
04 – Sonate No.4 Es-dur op.7 – 4. Rondo. Poco Allegretto e grazioso
05 – Sonate No.8 c-moll op.13 ‘Pathétique’ – 1. Grave – Allegro di molto e con brio
06 – Sonate No.8 c-moll op.13 ‘Pathétique’ – 2. Adagio cantabile
07 – Sonate No.8 c-moll op.13 ‘Pathétique’ – 3. Rondo. Allegro
08 – Sonate No.10 G-dur op.14 No.2 – 1. Allegro
09 – Sonate No.10 G-dur op.14 No.2 – 2. Andante
10 – Sonate No.10 G-dur op.14 No.2 – 3. Scherzo. Allegro assai

Emil Gilels – Piano

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Honegger (1892-1955): Sinfonias nº 2 e No. 3 “Liturgique” / Stravinsky: Concerto para orquestra de cordas

A sinfonia, após Beethoven, se tornou uma forma épica, apropriada para grandes obras afirmativas de sentimentos românticos, espirituais ou trágicos. Não é à toa que, no período imediatamente antes, durante e após a longa 2ª Guerra Mundial, abundam sinfonias de peso: do lado comunista do mundo, as de Shostakovich, Prokofiev e Lutoslaswki; do lado ocidental, a Sinfonia Litúrgica de Honegger, composta entre 1945 e 46, é a mais célebre por expressar a tragédia daquele período, com uma pontinha de esperança quand même.

O próprio Honegger escreveu um extenso programa para a sinfonia, deixando explícita a conexão da música com os horrores da guerra e o desejo de paz. “Eu quis simbolizar a reação do homem moderno contra a maré da barbárie, da estupidez, do sofrimento…”, escreveu o compositor. Como sabemos, o homem que não conhece a história está condenado a repeti-la.

Herbert von Karajan, que regia muito pouca música do século XX, colocou esta sinfonia no seu repertório habitual e foi um dos maiores intérpretes dela, assim como da 2ª sinfonia, para cordas e trompete, escrita durante a guerra. Como escreveram dois comentaristas da Amazon:

It’s never really been out of fashion amongst some to denigrate von Karajan for being smooth and suave when he should be rough and ready, etc. etc. In any event, when he was personally sold on a piece, and championed it in the concert hall, there were few rivals. The Honegger 3rd (and 2nd, really) was one such piece. And yes, Karajan’s magician’s way of getting the Berlin Philharmonic into, and becoming, the piece is certainly in evidence here.

To call the strings impeccable in Symphony 2, (composed 1941), is an understatement, this is the Berlin Philharmonic we’re talking about, under Karajan they were by far the finest strings in the world. Hell, they were the best orchestra in the world, period.
Symphony 3, “Liturgique”, (composed 1945-46), receives a one of a kind, supreme reading as well. It is nigh-definitive, the dies irae passionate, the adagio suitably expansive and moving, the final dona nobis pacem stunning in its virtuosity. Just like the second symphony this music was inspired by World War II and there’s plenty of tragic emotion in the work.

Honegger: Symphony No.2 For Trumpet And Strings (1941)
1. I: Molto moderato – allegro
2. II: Adagio mesto
3. III: Vivace, non troppo
Honegger: Symphony No.3, “Liturgique” (1946)
4. I: “Dies Irae” – Allegro marcato
5. II: “De Profundis Clamavi” – Adagio
6. III: “Dona Nobis Pacem” – Andante
Stravinsky: Concerto In D For String Orchestra, “Basler” (1946)
7. I: Vivace
8. II: Arioso. Andantino
9. III: Rondo. Allegro
Berliner Philharmoniker, Herbert von Karajan

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Karajan – amado e odiado por milhões. Em sua defesa, cabe lembrar que ele jamais plagiou discursos de Goebbels

Pleyel

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias 1, 2 e 3 – Eugen Jochum, Staatskapelle Dresden

Eugen Jochum já estava com seus setenta e muitos anos quando gravou novamente a integral das Sinfonias de Bruckner, desta vez com a magnífica Staatskapelle Dresden. E é esta integral que vou trazer para senhores, de três em três, para serem melhor degustadas. Sim, porque Bruckner não é um compositor que se deva ouvir sem se prestar a devida atenção. É muita informação que recebemos em cada compasso, gosto da expressão que diz suas sinfonias parecem Catedrais Musicais, tamanha sua portentosidade e magnificência. Exageros a parte, a música de Brucker é realmente difícil de ser assimilada em um primeiro momento. São necessárias várias audições de cada uma delas para se entender um pouco de sua complexidade.

Neste primeiro momento vou trazer as três primeiras, Jochum não gravou a Sinfonia nº 0. Ao menos nesta integral. para os senhores terem ideia da importância deste registro, basta dizer que a Warner Classics, que detém os direitos da EMI, lançou novamente esta integral no mercado, pela enésima vez, creio.

Tenho certeza de que os senhores irão degustar com muito prazer essa papa finíssima…

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias 1, 2 e 3 – Eugen Jochum, Staatskapelle Dresden

01. Symphony No.1 In C Minor, WAB 101, 1. Allegro molto mode
02. Symphony No.1 In C Minor, WAB 101, 2. Adagio
03. Symphony No.1 In C Minor, WAB 101, 3. Scherzo. Lebhaft
04. Symphony No.1 In C Minor, WAB 101, 4. Finale. Bewegt und

01. Symphony No.2 in C Minor, WAB 102, 1. Moderato
02. Symphony No.2 in C Minor, WAB 102, 2. Andante
03. Symphony No.2 in C Minor, WAB 102, 3. Scherzo. Maessig schnell
04. Symphony No.2 in C Minor, WAB 102, 4. Finale. Mehr schnell

01. Symphony No.3 in D Minor, WAB 103, 1. Mehr langsam, Misterioso
02. Symphony No.3 in D Minor, WAB 103, 2. Adagio, bewegt, quasi Andante
03. Symphony No.3 in D Minor, WAB 103, 3. Ziemlich schnell
04. Symphony No.3 in D Minor, WAB 103, 4. Allegro

Staatskapelle Dresden
Eugen Jochum – Conductor

 

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FDP

Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas Op. 2-2 & 3, WoO 47-1 & 2 – Emil Gilels #BTHVN250

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 7 DE OUTUBRO DE 2008, RESTAURADO POR VASSILY EM 16/3/2020

Sim, eu sei que tinha prometido a mim mesmo dar um tempo nestas integrais, mas como ando pouco inspirado ultimamente, resolvi encarar a empreitada de postar mais uma integral, desta vez com as Sonatas de Beethoven pelas mãos maravilhosas de Emil Gilels. Meu projeto era colocar o Schubert de Brendel, o Schumann de Kempff, ou até mesmo o Beethoven de Brendel, mas sei que a loucura de final de ano nas aulas vai me deixar absolutamente sem tempo, por isso estou postando o que está mais próximo, esta integral de Gilels está disponível no meu HD, enquanto que as outras opções teriam de ser procuradas na bagunça de meus cds e dvds.Além do mais, não se trata de uma integral, pois faltam algumas sonatas, mas o importante aqui não é a quantidade, e sim a qualidade.

Gilels com certeza é um dos gigantes do piano do Século XX. Suas interpretações de Beethoven e Tchaikovsky estão entre as mais importantes, e isso numa época em que a concorrência era grande e pesada (basta lembrarmos de Rubinstein, Sviatoslav Richter, Wilhelm Kempff, para citar alguns).Foi um dos primeiros artistas soviéticos, junto com outro gigante, David Oistrakh, a excursionar pela Europa, em um período em que isso era pouco comum de acontecer, lembrando que falamos do período stalinista. Comecemos com as sonatas da juventude de Beethoven.

01 – Sonate No.2 A-dur op.2 No.2 – 1. Allegro vivace
02 – Sonate No.2 A-dur op.2 No.2 – 2. Largo appassionato
03 – Sonate No.2 A-dur op.2 No.2 – 3. Scherzo. Allegretto
04 – Sonate No.2 A-dur op.2 No.2 – 4. Rondo. Grazioso
05 – Sonate No.3 C-dur op.2 No.3 – 1. Allegro con brio
06 – Sonate No.3 C-dur op.2 No.3 – 2. Adagio
07 – Sonate No.3 C-dur op.2 No.3 – 3. Scherzo. Allegro
08 – Sonate No.3 C-dur op.2 No.3 – 4. Allegro assai
09 – Sonate Es-dur WoO 47 No.1 – 1. Allegro cantabile
10 – Sonate Es-dur WoO 47 No.1 – 2. Andante
11 – Sonate Es-dur WoO 47 No.1 – 3. Rondo vivace
12 – Sonate f-moll WoO 47 No.2 – 1. Larghetto maestoso – Allegro assai
13 – Sonate f-moll WoO 47 No.2 – 2. Andante
14 – Sonate f-moll WoO 47 No.2 – 3. Presto

Emil Gilels – Piano

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BTHVN250 – Beethoven (1770-1827): The Beethoven Journey – Concertos para Piano ∞ Mahler Chamber Orchestra – Leif Ove Andsnes ֍

BTHVN250 – Beethoven (1770-1827): The Beethoven Journey – Concertos para Piano ∞ Mahler Chamber Orchestra – Leif Ove Andsnes ֍

BTHVN

Concertos para Piano

Fantasia Coral

Andsnes

Mahler Chamber Orchestra

 

Estamos em festa! As postagens homenageando o grande Ludovico estão surgindo, reunindo-se em um grande coro – Millionen – saudando o compositor mais Herz und Verstand que eu conheço!

Os Concertos para Piano ocupam um espaço importante na obra de Beethoven, mas diferentemente das Sonatas para Piano e dos Quartetos de Cordas, que foram produzidos ao longo de todas as fases criativas do mestre, a composição de concertos parou no alto do seu período heroico. De qualquer forma, ouvir os concertos na sequência é uma experiência e tanto, mesmo que isso seja dividido em dois ou três concertos…

O conjunto que escolhi para esta postagem tem a formação não muito usual de solista e regente, pelo menos para Concertos de Beethoven. Essa prática é mais comum para Concertos de Mozart. Além disso, temos uma orquestra de câmera, o que cria uma expectativa de interpretação com tintas de HIP, do movimento de instrumentos de época. Mas nada disso deve preocupar nosso seguidor, pois temos aqui ótimas interpretações e som excelente. Estas gravações são o resultado de um projeto intitulado ‘The Beethoven Journey’, idealizado e levado a cabo pelo pianista norueguês, que é excelente solista e muito atuante em conjuntos de câmera. Ele mesmo explica como foi o projeto: “Com a performance do Concerto para Piano No. 1, de Beethoven, no Festival de Stresa, em agosto de 2011, começarei a minha ‘Jornada Beethoven’ […]. O objetivo deste projeto é tocar e gravar os cinco extraordinários Concertos para Piano com os maravilhosos músicos da Mahler Chamber Orchestra em um ciclo de quatro anos, começando em 2012. Espero que você se junte a nós para esta viagem de descoberta musical que promete ser iluminativa e exuberante”.

O pacote também inclui a Fantasia Coral, que foi escrita para terminar o mastodôntico concerto que Beethoven promoveu em dezembro de 1808, no qual foram apresentadas nada mais do que as Quinta e Sexta Sinfonias.

O projeto começou com os Concertos Nos. 1 e 3, gravados ao vivo no Festival da Primavera de Praga, no histórico auditório chamado Rodolfinum. Em seguida vieram os Concertos Nos 2 e 4, gravados em Londres em 2013. O último álbum foi gravado ao vivo novamente no Festival da Primavera de Praga, em 2014.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

CD1

Concerto para Piano No. 1 em dó maior, Op. 15

  1. Allegro con brio
  2. Largo
  3. Rondo – Allegro

Concerto para Piano No. 3 em dó menor, Op. 37

  1. Allegro con brio
  2. Largo
  3. Rondo – Allegro

CD2

Concerto para Piano No. 2 em si bemol maior, Op. 19

  1. Allegro con brio
  2. Adagio
  3. Rondo – Molto allegro

Concerto para Piano No. 4 em sol maior, Op. 58

  1. Allegro moderato
  2. Andante con moto
  3. Rondo (Vivace)

CD3

Concerto para Piano No. 5 em mi bemol maior, Op. 73 ‘Emperor’

  1. Allegro
  2. Adagio um poco moto – attacca
  3. Rondo – Allegro

Fantasia para Piano, Coro e Orquestra em dó menor, Op. 80 ‘Fantasia Coral’

  1. Adagio
  2. Allegro – Allegretto, ma non tropo, quase Andante con moto

The Prague Philharmonic Choir

Mahler Chamber Orchestra

Leif Ove Andsnes, piano e regente

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FLAC | 668 MB

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MP3 | 320 KBPS | 439 MB

 

Estas gravações estão na lista das melhores gravações das obras de LvB segundo a Gramophone. Vejam como eles são elogiosos, falando do último disco a lançado: ‘As qualidades que fizeram os lançamentos anteriores tão irresistíveis estão presentes aqui também: a naturalidade com que o piano e a orquestra se integram e conversam e, às vezes, medem as suas forças; a leveza das texturas; a sutileza dos detalhes’.

Confira você e depois me diga. Pode usar o famoso ‘LEAVE A COMMENT’, no alto da página.

Aproveite!

RD

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto, Romances, The Creatures of Prometheus – Lorenzo Gatto, Orchestre de Chambre Pelléas, Benjamin Levy

Vamos deixar os dinossauros descansarem um pouco e vamos ouvir algo bem mais recente, 2014, para ser mais exato. Foi quando o violinista Lorenzo Gatto uniu-se ao maestro Benjamin Levy e à Orchestre de Chambre Pelléas para gravarem o monumental Concerto para Violino de Beethoven, uma das maiores criações de Ludwig, e provavelmente o maior dos Concertos já compostos parar este instrumento.

Alguns mais acostumados com a obra podem estranhar um pouco a sonoridade da Orquestra, afinal se trata de uma Orquestra pequena, ao contrário de uma Sinfônica ou uma Filarmônica com trocentos músicos. Mas creio que esse pequeno número de músicos torna tudo mais intimista, e Lorenzo Gatto pode melhor explorar todo o lirismo da obra. Prestem atenção nos momentos mais lentos do primeiro movimento para melhor entenderem do que estou falando. Gatto é um grande músico, sem dúvida. O texto abaixo foi retirado do site do próprio violinista:

As Lorenzo says, in an interview by Frederike Berntsen: ‘Beethoven’s freedom, his revolutionary sense of liberty, appeals to me greatly. The structure in his music is very strong, the rhythm powerful. At the same time, there is an idealistic, romantic undertone.’
Conductor Benjamin Levy: ‘We share a strong common ground; to avoid an overly romantic interpretation, we studied the historical practice of playing whilst using modern instruments. Our interpretation is a mix of old and new. We feel that our chamber music like approach makes this music stronger compared to a big orchestra.’
Lorenzo: ‘We do try to convey Beethoven’s message, but not by studying tempo and dynamics with rigor. If his message is one of revolution and ideals, intertwined with life’s tragedies, than why should we think small?’”

Uma grande gravação, com certeza. Lorenzo Gatto ainda é jovem, meros 34 anos de idade, e com certeza irá retornar a este concerto dentro de alguns anos, talvez com uma nova abordagem, um novo entendimento. Quem viver, verá.

01. Die Geschöpfe des Prometheus (The Creatures of Prometheus), ballet, Op. 43 O
02. Violin Concerto in D major, Op. 61 1. Allegro ma non troppo
03. Violin Concerto in D major, Op. 61 2. Larghetto
04. Violin Concerto in D major, Op. 61 3. Rondo Allegro
05. Romance for violin & orchestra No. 1 in G major, Op. 40
06. Romance for violin & orchestra No. 2 in F major, Op. 50

Lorenzo Gatto – Violin
Orchestre de Chambre Pelléas
Benjamin Levy – Conductor

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