Um sanduíche de sonatas parrudas com recheio leve: as sonatinas Op. 49, que mal conseguem dar o ar de sua muita graça após o portento da “Waldstein”, e a pobre Op. 54, que já nasceu eclipsada pelas gigantes que aqui também a antecedem e a sucedem, embora seja uma ótima e primorosamente concisa composição. Dou-me conta de que faltou eu lhes sugerir aquilo que o patrão PQP sempre faz, que é começar a audição de uma série de sonatas justamente pela “Waldstein”, para saber se o resto vale a pena. Eu acho que PBS se sai muito bem, assim como o piano Broadwood de 1815 – que, se comparado ao instrumento de 1796 do mesmo fabricante que quase rompeu as costuras com a Sonata Op. 7, atesta a notável evolução que houve nos recursos do pianoforte concomitantemente à carreira de Beethoven.
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sonata para piano em Dó maior, Op. 53, “Waldstein”
1 – Allegro con brio
2 – Introduzione. Adagio molto
3 – Rondo. Allegretto moderato. Prestissimo.
Duas sonatas para piano, Op. 49
No. 1 em Sol menor
4 – Andante
5 – Rondo. Allegro
No. 2 em Sol maior
6 – Allegro ma non troppo
7 – Tempo di menuetto
Sonata para piano em Fá maior, Op. 54
8 – In tempo d’un menuetto
9 – Allegretto. Più allegro
Sonata para piano em Fá menor, Op. 57, “Appassionata”
10 – Allegro assai
11 – Andante con moto
12 – Allegro ma non troppo – Presto
Paul Badura-Skoda, piano (John Broadwood, Londres, ca. 1815)
Vassily