Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (9/9) #BTHVN250

Gulda arremata a integral das sonatas para piano de Beethoven com excelentes interpretações para as três derradeiras. Gosto especialmente da Op. 110, e admiradores de sua versão antológica para o “Cravo bem Temperado” ouvirão seus ecos na incrível fuga final. Já quem esperava que o também jazzista Fritschi fosse botar as manguinhas de fora nos trechos do assim chamado “proto-jazz” nas sublimes variações que concluem a Op. 111 vai se surpreender com o pulso que ele mantém ao longo de todo movimento, coroando sem arrebatamentos a série que é um dos pináculos da literatura pianística. E espero que quem conhece Gulda somente como o tiozão excêntrico de barrete na cabeça, imagem que ele consolidou na maturidade e velhice, possa admirar o consumado mestre que ele era e, em que pese a má qualidade de som de suas gravações de juventude (pois Gulda é, disparadamente, o mais mal gravado dos grandes pianistas), explorar um pouco mais sua vasta e muito variada discografia.

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

1 – Sonata para piano no. 30 em Mi maior, Op. 109 (1820)
– Vivace ma non troppo – Adagio espressivo – Prestissimo
– Andante – molto cantabile ed espressivo
– Moderato cantabile – Molto espressivo

2 – Sonata para piano no. 31 em Lá bemol maior, Op. 110 (1821)
– Allegro molto
– Adagio ma non tropo – Fuga – Allegro ma non troppo

3 – Sonata para piano no. 32 em Dó menor, Op. 111 (1821-2)
– Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
– Arietta – Adagio molto semplice e cantabile

Friedrich Gulda, piano

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Vassily

– Wie geht’s?

 

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2 comments / Add your comment below

  1. Só me posso curvar profundamente, por um lado, claro, perante o pianista Gulda, cuja estima geral pode agora, finalmente, ser julgada em pormenor a partir da minha própria percepção.

    E, claro, os meus agradecimentos também vão para esta iniciativa de colocar este tesouro à nossa disposição, certamente não foi em vão e será honrado com intenso lazer!

  2. Obrigado, FDP e Vassily. Adorei essa integral, que escutei de forma meticulosa. Há um rico acervo das sonatas no blog. Comecei a gostar de Gulda por conta dessa série. Não há versão do Op. 26 melhor, aqui mais severo e soturno que o habitual. Demorei para me habituar à versão das sonatas intermediárias, pois não têm nenhum traço de introspecção e elevação sentimental; é muito interessante a versão rápida, seca e implacável, quase que fria, da sonata n. 23. Na verdade, não me habituei completamente a Waldstein, que passa a impressão de uma execução puramente mecânica e austera — mas o erro deve ser meu.

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