Se a Telarc não começou a série do começo, não poderíamos esperar que ela terminasse pelo fim, não é mesmo? Pois as três últimas sonatas de Beethoven aqui estão, no miolo, o que as tira do contexto como as obras culminantes do compositor para seu instrumento favorito (embora ele ainda viesse a parir as geniais Variações Diabelli). Na minha opinião, não há testamento mais impressionante de uma evolução artística do que comparar as Sonatas op. 2, redondinhas e peroladas, com a concisão visionária da Sonata Op. 111, cuja “Arietta” final inclui um trecho que já foi chamado de “proto-jazz”:
A nós outros, bem, só nos resta dizer “amém”.
LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827)
SONATAS PARA PIANO, VOL. VI – JOHN O’CONOR
Sonata no. 30 em Mi maior, Op. 109
01 – Vivace, ma non troppo – Adagio espressivo
02 – Prestissimo
03 – Tema: Molto cantabile ed espressivo – Variazioni I-VI
Sonata no. 31 em Lá bemol maior, Op. 110
04 – Moderato cantabile molto espressivo
05 – Allegro molto
06 – Adagio ma non troppo – Fuga: Allegro ma non troppo
Sonata no. 32 em Dó menor, Op. 111
07 – Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
08 – Arietta: Adagio molto semplice e cantabile
John O’Conor, piano
Vassily Genrikhovich
Agora, as três magníficas últimas sonatas! Puxa, levei um susto com a última foto do O’Conor… Ele mudou demais!!! Até cabelo cresceu…
Bem, o Thomas Mann está mais para o Adagietto da quinta de Mahler…
De qualquer forma, brincadeiras à parte, parabéns pela ótima série de postagens com as sonatas do Ludovico interpretadas pelo João O’Conor!!
Abraços
Mário
Thomas Mann, Sonata opus 111, adoro… só o fino do fino!
Em 2013 eu tive o privilégio de assistir ao Pollini tocando ao vivo essas últimas 3 sonatas, em ordem. Choveram aplausos por uns 10 a 15 minutos, ele agradeceu n vezes, mas não tocou nenhum bis… Pelas mesmas razões que o Thomas Mann descreve tão bem: depois da opus 111, só resta o silêncio.
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