Albinoni (1671-1751) & Telemann (1681-1767): Oboe Concertos – Han de Vries

Tomaso Albinoni  & Georg Philipp Telemann 

Oboe Concertos 

Esta postagem atende a um pedido: Me atrevo a pedir, solo si es posible, obras para oboe. Sim, Claudio, possibilíssimo!! Escolhi para isto um disco que mora aqui em casa faz tempo, muito tempo.

Veneziano como Vivaldi e seu contemporâneo, Albinoni foi músico completo. Treinado como violinista e cantor, casado com Margarita Raimondi, cantora de ópera, certamente era do ramo. Foi compositor de sonatas e concertos e tem várias publicações de conjuntos de obras.

O emprego é ótimo. Chato é ter que usar peruca…

O concerto italiano havia evoluído do concerto grosso (grupo de instrumentos solistas em oposição ao tutti) para os concertos para violino ou violoncelo (com cordas e contínuo). Nas primeiras décadas do século XVIII o boé passou também a exercer o papel de solista. Em seu Opus 7, Albinoni reuniu quatro concertos para cordas, quatro para dois oboés, cordas e contínuo e mais quatro para oboé, cordas e contínuo. Deve ter feito sucesso pois a fórmula se repetiu no Opus 9. Este disco traz os concertos para oboé do Opus 9.

Completanto o disco, três concertos de Georg Philipp Telemann, que também viveu neste maravilhoso período para a música. Telemann foi o mais famoso, versátil e produtivo compositor de sua geração, que inclui seu compadre Johann Sebastian Bach. Eu disse famoso, versátil e produtivo, não o maior…

Han de Vries, simpatia em pessoa!

O repertório do disco evidencia a diferença entre os estilos dos dois compositores, o veneziano e o alemão. Os concertos do Albinoni são, conforme ele mesmo explica, concertos com oboé. Ou seja, o oboé é mais integrada ao todo e, principalmente, canta – lembremos, o homem também foi cantor e casado com cantora. O adágio do Concerto No. 2, em ré menor, a segunda faixa do disco, é uma belíssima cantinela do oboé sobre o acompanhamento do primeiro violino que segue repetindo o mesmo motivo do início ao fim.

Enquanto os concertos de Albinoni são em três movimentos, Telemann segue mais a forma das sonatas, com quatro movimentos em pelo menos dois dos seus três concertos no disco. Além disso, Telemann explora mais o aspecto virtuosístico do oboé, colocando-o mais em oposição às cordas.

Esqueça essas coisas técnicas, coloque lá o disco para tocar e deleite-se, por que o Han de Vries é ótimo e o conjunto Alma Musica Amsterdam, regido pelo (cravista e expert barroco) Bob van Asperen acompanha tudo com perfeição. O CD é uma reunião de gravações feitas em 1981 e 1982 na Holanda, sob a cuidadosa produção de Gerd Berg.

Se música barroca não é sua praia, ouça apenas o primeiro concerto e considere. Se ele não lhe derreter o coração é por que ele é como o do Scarpia! Se você gosta de música barroca, vá em frente, ouça o disco todo. Mas, se você tem a carterinha de fã de Música Barroca, depois de ouvir o disco, vá lá e baixe todo o Opus 9 do Tomaso no post do Das Chucruten!

Tomaso Giovanni Albinoni (1671 – 1751)

Concerti a cinque Op. 9, para oboé e cordas

1-3. Concerto No. 2, em ré menor

4-6. Concerto No. 11, em si bemol maior

7-9. Concerto No. 5 em dó maior

10-12. Concerto No. 8 em sol menor

Georg Philipp Telemann (1681 – 1767)

Concertos para oboé, cordas e baixo contínuo

13-16. Concerto em mi menor

17-20. Concerto em ré menor

21-22. Concerto em fá menor

Han de Vries, oboé (Gottlieb Crone, Leipzig c. 1735)

Alma Musica Amsterdam

Bob van Asperen

Produção de Gerd Berg

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FLAC | 342 MB

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MP3 | 320 KBPS | 161 MB

Aproveite!!

René Denon

 

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