Este é mais um arquivo que nos foi repassado pelo pequepiano WMR.
Alto nível. Gostei bem mais deste CD duplo do que do quádruplo que postamos há uma semana. Creio que a diferença não é somente a música, mas também a qualidade do organista e do som do órgão de Frédéric Muñoz quando comparado com os mesmos itens de Stefano Molardi. As obras são Missas para coro e órgão. Raras vezes (ou nunca) ambos intervêm juntos, o que causa um efeito e tanto. O clima é variado e sempre adequado ao texto. O som do órgão não forma aquele entediante paredão que parece tapar nossos ouvidos até matá-los por sufocamento. É música de devoção, sensível a contextos, sem ser o mero mais do mesmo de tanta música religiosa. Merulo era um renascentista batuta.
Claudio Merulo (1533-1604): Missa Virginis Mariae / Toccata / Magnificat
Disc 1
Toccata decima del 10 tono
1. Toccata decima del 10 tono 00:13:37
Merulo, Claudio
Missa Virginis Mariae
2. Kyrie 00:09:15
3. Gloria 00:25:23
Disc 2
Missa Virginis Mariae
1. Credo Angelorum 00:10:28
2. Sanctus 00:11:18
3. Agnus Dei 00:08:53
Magnificat dell’ottavo tono
4. Magnificat dell’ottavo tono 00:08:43
Laurentino Saenz de Buruaga
Santa Cruz Benedictine Abbey Schola
Frédéric Muñoz
PQP
“O som do órgão não forma aquele entediante paredão que parece tapar nossos ouvidos até matá-los por sufocamento.”
HAHAHAHAHA, exatamente minha sensação com música para órgão em geral!
Pois é…
Ainda não ouvi os discos com Stefano Molardi pra comparar.
Confesso que no início cheguei a sentir certa falta do paredão ensurdecedor do órgão. O som me parecia xôxo, faltava alguma coisa. Mas ao longo das faixas fui me acostumando até que os detalhes se acenderam e tudo se iluminou e passei a apreciar a delicadeza das músicas.
Um belo par de discos. Obrigado pro compartilhar.
De nada! Gostei de ler teu comentário.