Faz algum tempo que não trago alguma gravação de Herbert von Karajan, então vamos cobrir esta lacuna com esta espetacular versão da obra de Richard Strauss, “Ein Heldenleben”, ou “Vida de Herói”, se quiserem saber do que se trata a obra. O solista é Michael Schwalbé, que durante muito tempo foi spalla (líder dos violinistas de uma orquestra) da Filarmônica de Berlim. Provavelmente esta será a melhor versão que os senhores irão ouvir desta obra. Aliás, vamos reconhecer que o Kaiser era foda quando se tratava de Richard Strauss, principalmente com estas gravações realizadas ali no começo dos anos 60 (apesar de que esta gravação é de 1959), para muitos o melhor período do maestro frente a poderosa Orquestra.
Para completar o CD, a DG nos brinda com algumas das “Danças Húngaras”, de Brahms. Ainda não entendi o porquê de elas estarem aqui, talvez seja apenas economia por parte da gravadora, que não quis deixar o CD com a obra de Strauss. Vai saber o que se passa na cabeça destes produtores. Lembro que este CD faz parte da “Complete Recordings on Deutsch Grammophon” do próprio Karajan.
Portanto, deleitem-se, senhores. Com certeza um CD que leva o selo de ‘IM-PER-DÍ-VEL !!! do PQPBach.
01. Richard Strauss Ein Heldenleben op. 40 1. Der Held
02. Richard Strauss Ein Heldenleben op. 40 2. Des Helden Widersacher
03. Richard Strauss Ein Heldenleben op. 40 3. Des Helden Gefährtin
04. Richard Strauss Ein Heldenleben op. 40 4. Des Helden Walstatt
05. Richard Strauss Ein Heldenleben op. 40 5. Des Helden Friedenswerke
06. Richard Strauss Ein Heldenleben op. 40 Des Helden Weltflucht und Vollendung
07. Johannes Brahms Ungarische Tänze 1. Nr. 5 g-moll
08. Johannes Brahms Ungarische Tänze 2. Nr. 6 D-dur
09. Johannes Brahms Ungarische Tänze 3. Nr. 17 cis-moll
10. Johannes Brahms Ungarische Tänze 4. Nr. 3 F-dur
11. Johannes Brahms Ungarische Tänze 5. Nr. 1 g-moll
12. Johannes Brahms Ungarische Tänze 6. Nr. 20 e-moll
13. Johannes Brahms Ungarische Tänze 7. Nr. 19 h-moll
14. Johannes Brahms Ungarische Tänze 8. Nr 18 D-dur
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor
Caro PQP, também notei com uma certa perplexidade a esdrúxula união “Vida de Herói” x “Danças Húngaras”. Esse tipo de mistura às vezes resvala numa quebra de identidade, nos levando a pensar ‘devo guardar na estante de R. Strauss ou na de Brahms?’. Fiquei ainda pensando onde entra a EMI na história, visto que o Kaiser tinha contrato com a DG? Grato pela postagem.
Marcelo, o Karaaan também tinha um contrato com a EMI.
Pois é, até achei na minha coleção uma gravação pela EMI de 2 concertos de Beethoven com Weissenberg ao piano, e o Karajan regendo a O. F. Berlim.
Quando esta gravação de Strauss foi lançada em LP, não havia um “acompanhamento” das Danças Húngaras… Veja a capa do LP com o Karajan vestido de motoqueiro (ou outra coisa que a imaginação lhe permitir)…
https://blogs.yahoo.co.jp/gustav_xxx_2003/65517734.html
Mas, na era dos CDs, assim que foram lançados, a questão do tempo (em horas e minutos, não andamento) de música de cada CD era parte da estratégia de venda. Um CD deveria conter mais ou menos uma 9a. Sinfonia de Beetoven, uns 79 – 80 minutos. Aliás, essa decisão teve influência de Morita (dono da SONY) e de von Karajan. Assim, como no tempo dos LPs havia o lado B, no caso dos CDs havia os “preenchimentos”, “contra-pesos”…
Neste caso, o CD é claramente do Strauss, as Danças Húngaras era o que havia à mão para preencher com gravações da mesma orquestra e maestro. É diferente de um disco onde a coletânea é o que é mais importante. Veja um exemplo no disco The Journey, do cravista Trevor Pinnock.
http://www.linnrecords.com/recording-journey.aspx
Abração!
Caro Olivero, bem observado, com o advento do CD a indústria fonográfica passou a se basear nos 75 a 80 minutos de música, como estratégia de venda.
Uma correção: deixei um comentário aqui, e na saudação inicial escrevi “Caro PQP”.
Retificando: Caro FDPBach.
Grato,
Abraços.