O austríaco Alfred Brendel (1931) foi um dos melhores pianistas do século XX. Mas também foi ensaísta — escrevia sobre música — e poeta. Era especialista principalmente em Mozart, Schubert, Haydn, Beethoven e Schoenberg. Em 2008, em razão da artrite, decidiu retirar-se dos palcos. Então fez uma grande excursão pela Europa. Seu último concerto público foi em 18 de dezembro, em Viena, na Grande Sala do Musikverein. São justamente partes desta excursão que temos aqui. O velho mestre dá um show num repertório onde é craque absoluto, o da música germânica clássica e romântica. Brendel se aposentou no auge e esta gravação é uma bela recordação e uma bem-vinda coda de seu importante legado.
Mozart / Haydn / Beethoven / Schubert / Bach: The Farewell Concerts (Alfred Brendel)
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
Piano Concerto No. 9 in E Flat Major, K.271 – “Jeunehomme”
1. 1. Allegro 10:43
2. 2. Andantino 13:17
3. 3. Rondeau (Presto) 10:45
Alfred Brendel
Wiener Philharmoniker
Charles Mackerras
Franz Joseph Haydn (1732 – 1809)
4. Variations in F Minor, Hob. XVII:6 11:38
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
Piano Sonata No. 15 in F Major, K. 533/494
5. 1. Allegro, K.533 7:55
6. 2. Andante, K.533 9:38
7. 3. Rondo (Allegretto), K.494 7:23
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Piano Sonata No. 13 In E Flat Major, Op. 27, No. 1
1. 1. Andante – Allegro – Tempo I 4:47
2. 2. Allegro molto e vivace 2:00
3. 3. Adagio con espressione 3:05
4. 4. Allegro vivace – Tempo I – Presto 6:31
Franz Schubert (1797 – 1828)
Piano Sonata No. 21 in B-Flat Major, D. 960
5. 1. Molto moderato 15:17
6. 2. Andante sostenuto 9:10
7. 3. Scherzo (Allegro vivace con delicatezza) 4:05
8. 4. Allegro ma non troppo 9:19
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
7 Bagatelles, Op. 33
9. 4. Andante 3:33
Franz Schubert (1797 – 1828)
4 Impromptus, Op. 90, D. 899
10. No. 3 in G-Flat Major (Andante) 6:16
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
11. Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 659 (Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 659) 5:45
Alfred Brendel, piano
PQP
pérola
Postagem tocante!
Em 2008, assisti de modo muito especial a um desses Farewel concerts, no Schloss Schwentigen, próximo de Heidelberg. Fiquei nos bastidores, e ele, ao entrar, de modo quase ritual, antes de sentar ao piano, cumprimentou as 3 ou 4 pessoas que ali estávamos. Toque taumatúrgico! Como esquecer? Obrigado, Guru máximo.
Muito bom
Essa sonata 21 e esse Impromptu são das mais lindas despedidas possíveis. Vou guardar esse disco como a relíquia que ele será no futuro. Lindo, lindo, lindo!