O cara viveu 31 anos, escreveu uma obra enorme e cheia de luminosidade. Onde teria parado Schubert são não tivesse morrido tão jovem? Na verdade, eu sei que todos vocês gostariam de fazer esta pergunta. Então eu a farei novamente. Onde acabaria Schubert se não tivesse morrido aos 31 anos? Após compor os maravilhosos Quartetos 13, 14 e 15, como seria o 16° e os seguintes? E os Trios, Lieder, etc.? Por que nos deixou tão cedo, carajo? E peças como este belo Octeto 803, quantas mais teríamos? Eu sei lá. Só sei que Schubert é uma de minhas mais caras preferências neste mundo.
Franz Schubert (1797-1828): Octetos, D. 803 e D. 72
Octet in F Major, D. 803, Op. Post. 166
1. I. Adagio – Allegro 00:10:57
2. II. Adagio 00:11:25
3. III. Allegro vivace – Trio 00:06:14
4. IV. Andante with variations 00:11:52
5. V. Menuetto: Allegretto 00:07:23
6. VI. Andante molto – Allegro 00:09:51
Octet in F Major, D. 72
7. Menuetto: Allegretto – I. Trio II. Trio 00:05:23
8. Allegro 00:04:39
Schubert Ensemble
PQP
Pergunta que também que podemos fazer para Mozart, para Pergolesi, para Chopin… No caso de Schubert, porém, também podemos pensar sobre o seguinte: apesar de ele ter grandes obras desde a adolescência, as suas melhores, a concentração das obras primas está em seus últimos anos de vida. A presença da morte é constante nessas obras, os andamentos que lembram marchas fúnebres. Eu acredito que Schubert estava certo de que morreria de sífilis, a doença o afetou muito psicologicamente. Embora tenha morrido de febre tifoide. A aproximação da morte precoce, segundo seu entendimento, estimulou-o a deixar sua obra mais densa, mais profunda, mais original também, talvez pela ânsia de deixar a sua assinatura antes de morrer. Por isso, é possível que se ele não sentisse a morte tão perto e tão jovem, não tivesse composto tão grandes obras em tão pouco tempo.
O Octeto D-806 é belíssimo, é uma pena ser tão pouco conhecido, o outro nunca ouvi, estou curioso em conhecer…