Pigmaleão, na mitologia grega, foi um rei da ilha de Chipre que, segundo Ovídio, poeta romano contemporâneo de Augusto, também era escultor e se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Ele havia decidido viver em celibato na ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, conhecidas como cortesãs. O mito de Pigmaleão, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares ou coletivas. A lenda de Pigmalião tem atraído vários artistas. O nome da estátua, depois que ela vira mulher, Galathea, não é encontrado nos textos antigos, mas aparece em representações artísticas modernas do mito. Uma versão moderna da lenda é a peça de George Bernard Shaw, Pigmalião, ou My Fair Lady, em que, em vez de uma estátua transformada em mulher, temos uma mulher do povo transformada em mulher da alta sociedade. A peça é também um musical e um filme.
O “ato de balé” de Rameau, Pygmalion, foi o primeiro trabalho do compositor a ter essa designação. O termo denota uma ópera de um ato com os números individuais de solo, duetos e coros, intercalados com episódios de dança que, geralmente, são mais representativos do que o traçado pela trama… A “ópera” foi apresentada 30 vezes em 1748 e foi revivida com aclamação arrebatadora três anos depois.
O conjunto de Christophe Rousset dispensa comentários. É um especialista neste repertório.
Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Pygmalion & Les Fêtes de Polymnie
01. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52: Ouverture
02. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 1: Air «Fatal Amour, cruel vainqueur» (Pygmalion)
03. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 2: Récit «Pygmalion, est-il possible» (Pygmalion, Céphis)
04. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Récit «Que d’appas ! Que d’attraits !» (Pygmalion, la Statue)
05. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Récit «D’où naissent ces accords ?»
06. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Récit «Quel prodige ? Quel dieu ?»
07. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Air «De mes maux à jamais»
08. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Récit «Du pouvoir de l’Amour» (L’Amour, Pygmalion & la Statue)
09. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: «Jeux et ris qui suivez mes traces» ariette vive et gracieuse
10. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Les différents caractères de la danse
11. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Sarabande pour la Statue
12. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Récit «Le peuple en ces lieux s’avance»
13. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: “Air gay pour l’entrée du peuple qui vient admirer la Statue” (Pygmalion, la Statue & chœurs)
14. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Gavottes
15. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: «L’Amour triomphe» (ariette)
16. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Pantomime niaise et un peu lente
17. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Pantomime très vive
18. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: «Règne, Amour» (ariette)
19. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Air gracieux
20. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Contredanse
21. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: I. Ouverture
22. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: II. Air grave et fier
23. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: III. Mouvement de Chaconne
24. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: IV. Air grave et majestueux
25. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: V. Premier et second Menuets
26. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: VI. Premier et second Passepieds
27. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: VII. Entrée des Peuples
28. Les Fêtes De Polymnie, Suite D’Orchestre, Rct 39: VIII. Gigue
29. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: IX. Air vif
30. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: X. Air fort gai
PERSONNEL
Les Talens Lyriques
Christophe Rousset, conductor
PQP