Para baixar e chorar, de tão lindo e dilacerante que é.
Às vezes eu sinto que é bom fazer uma postagem arrasa-quarteirão, enfiar goela adentro de vocês uma baita música e, bem, encarem esta postagem como tal. Um Réquiem Alemão de Brahms já foi postado no PQP, mas em duas gravações que, numa boa, não são tudo aquilo. O que posso fazer se Herreweghe e Gardiner ficam abaixo de Abbado e a Filarmônica de Berlim? Nada, né? É curiosa a relação que a Filarmônica de Berlim tem com o Réquiem. Karajan o gravou 4 vezes, sempre superando-se e, em 1993, Abbado tratou de fazer o mesmo… Questão de costume, talvez.
Dois acontecimentos fizeram Brahms compor o seu Réquiem: o falecimento, em 1856, do amigo e mentor Robert Schumann — então ele compôs o primeiro movimento — e a morte de sua mãe em fevereiro do ano de 1865 — quando completou a obra, estreada em 1868. O Réquiem tem uma letra estranha, pois fala pouco em Deus, mas há nele um indiscutível e profundo sentimento religioso. Sim, sou ateu, porém saibam que é uma tremenda bobagem chamá-lo de Réquiem Ateu. Cito isto porque tal absurdo foi bastante divulgado durante uma época. Basta ler o texto e ouvir a música para que notemos o tamanho da besteira.
Conheci o Réquiem quando adolescente, ao mesmo tempo que ouvia pelas primeiras vezes a Sinfonia Nº 1. Mal sabia que aquele grande compositor “sinfônico” seria amado por mim principalmente por sua música de câmara.
Em seu blog, o colega Milton Ribeiro referiu-se uma vez ao Réquiem Alemão.
J. Brahms (1833-1897): Um Réquiem Alemão (Abbado e a Filarmônica de Berlim)
1. Ein deutsches Requiem, Op.45 – 1. Chor: “Selig sind, die da Leid tragen”
2. Ein deutsches Requiem, Op.45 – 2. Chor: “Denn alles Fleisch, es ist wie Gras”
3. Ein deutsches Requiem, Op.45 – 3. Solo (Bariton) und Chor: “Herr, lehre doch mich”
4. Ein deutsches Requiem, Op.45 – 4. Chor: “Wie lieblich sind deine Wohnungen, Herr Zebaoth!”
5. Ein deutsches Requiem, Op.45 – 5. Solo (Sopran) und Chor: “Ihr habt nun Traurigkeit”
6. Ein deutsches Requiem, Op.45 – 6. Solo (Bariton) und Chor: “Denn wir haben hie keine bleibende Statt”
7. Ein deutsches Requiem, Op.45 – 7. Chor: “Selig sind die Toten, die in dem Herrn sterben”
Cheryl Studer, soprano
Andreas Schmidt, barítono
Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado
PQP
Brahms, o Neoclássico, detestava Liszt, o Ultra-Romântico. Engraçado que apreciava as valsas de J.Strauss, com seus repetitivos andamentos 3/4 e com todo o mesmo apelo popular que as composições “literárias” de Liszt. Escrevia para Clara Schumann o quanto admirava as valsas e como gostaria que a inspiração de muitas tivesse sido dele e não de Strauss. Vá entender. Talvez por ser sogro de Wagner…
ele dedestava Liszt!? exagero!ELE quase por pouco não ficou em sua companhia.E foi Lizst que o indicou a Schurman
Helmuth Rilling veio no começo do mês a São Paulo reger este Requiem. Não digam que não avisei, mandei recados e ninguém respondeu. 🙁
Eu fui, mas sou adolescente…achei insuportável! Eles repetiam tanto algumas frases que dava vontade de tacar o programa na cabeça do regente e gritar: “Já ouvi, seu imbecil!”
Hehehe! Abraço.
Sabe, Sander, eu ENTENDO Brahms. Não acho tão absurdas essas posições.
Rafael, ao menos gozas de boa saúde, não? :¬)))
Hahaha! :p
Hola estoy ojeando tu blog por primera vez y lo encuentro muy interesante. Yo también comparto la pasión por la música clásica. Este es mi blog “http://classicdownload.blogspot.com”lo abrí solo hace un par de dias. te añado a mis favoritos y rogaría me linkearas a mi para hacer mi blog más conocido. Gracias y no dejaré de vivitarte Ciao!!!
”Existem torturas as quais um homem não deveria ser submetido à mais de uma vez,uma delas é ouvir o Réquiem de Brahms”
Bernard Shaw, que achava o Réquiem ”Kitsch”
Antes da ”pedradas”…ehehe…eu adoro o R
A minha gravação predileta no entanto é mesmo com Abbado e a BPO porém com B.Terfel e Bárbara Bonney.Em DVD.
PQP!
Esplêndida postagem.
Confesso que estou conhecendo Brahms agora e ainda não ouvi o Requiem. Estou maravilhado, encantado com os dois concertos para piano e com o concerto para violino. Ah, é claro, e os sextetos de cordas, que são absolutos.
Hoje vou ouvir o concerto duplo.
Sugestão de postagem, já que andamos em clima brahmsiano: Variações sobre um tema de Haydn. Acredito que ainda não temos essa peça por aqui, não é?
Você recebeu a trilha do Dracula, do Kilar?
Abraço,
GS.
Se andas a admirar a música de câmara de Brahms, recomendo que ouças os Quartetos com Piano. Qualquer deles vale a audição. Abraço.
Baixei e muito me agradou!!!!!!!!!
Conheço essa obra desde de quando era criança, me lembro que era o coro do tabernaculo mormon, interpretaram divinamente, prefiro principalmente o terceiro “mov”.“Herr, lehre doch mich” feito por baritono…`
Ótimo!!!
Ë interessante como podemos rever nossos conceitos.
A gravação para mim, dessa obra, insuperável, era a do Fritz Lehman com a filarmonica de berlim (DG Originals), com a Maria Stader.
Digressão: Fdpbach idolatra a Emma Kirkby; a minha fascinação é por Maria Stader (vejam o que ela faz na Missa em dó menor de Mozart com o Ferenc fricsay), que não consigo me desvencilhar da atraçao que sinto por sua voz.
Mas o que quero falar é que ultimamente tenho me rendido a Herreweghe…
O Requiem de Mozart foi o primeiro album, que não seja de musica antiga e barroco, de Herreweghe que ouvi.
E me encantou. E agora, tenho me rendido aos detalhes e colorido orquestral e coral que Herreweghe fez no Requiem Brahmsiano.
Creio que já comentei aqui que tenho problemas com o Abbado quando interpreta Brahms, me parece que falta força, intensidade. Mas seja como for, este Réquiem é sempre para ser ouvido com o que há de mais fundo em nós.
Eu concordo com o AI Reiffer, às vezes eu percebo uma falta de “pegada” do Abbado quanto interpreta Brahms. Mas essa gravação, que eu baixei lá em 2008 aqui mesmo no PQP, é uma louvável exceção. É um arrasa-quarteirão sem dúvidas.
Momento glorioso e radiante.
Grato gratíssimo, família Bach, PQP e amigos.
É verdadeiramente sublime. Êxtase.
Nossa, só hoje vi esta postagem! Excelente PQP, adoro Brahms e adoro Abbado! Downloading… :o)