Coletâneas são desiguais, mas têm a vantagem de nos darem uma visão bastante clara das diversas vertentes de um artista, se ele as tiver, claro. Algumas das faixas abaixo já foram divulgadas no PQP, casos de Edges Of Illusion e Gone to the dogs, mas há outras extraordinárias, que me fazem desejar conhecer inteiramente os álbuns de onde saíram. Esta coletânea é uma espécie de isca. E eu a fisguei e estou bem feliz de ser puxado pelo anzol de Surman. A qualidade do som dos saxes e clarinetes do inglês é inacreditável.
John Surman – Selected Recordings (1976-1999)
1 Druid’s Circle
2 Number Six
3 Portrait of a Romantic
4 Ogeda
5 The Returning Exile
6 Edges Of Illusion
7 The Buccaneers
8 The Snooper
9 Mountainscape VIII
10 Figfoot
11 Piperspool
12 Gone To The Dogs
13 Stone Flower
John Surman – Soprano Saxophone, baritone saxophone, bass clarinet, recorder, synthesizer, keyboard
John Abercrombie – guitar
Paul Bley – piano
Gary Peacock – double-bass
Barre Phillips – double-bass
Chris Pyne – trombone
Terje Rypdal – guitar
PQP
Ontem à noite ocorreu um recital maravilhoso lá no Cultural (fica na Riachuelo). O Trio Elas por Elas (Hella Frank, Olinda Alessandrini e Inge Volkmann) tocou obras do casal Robert e Clara Schumann. No programa, o famoso Quarteto em Eb Op. 47 de Robert e o bem menos conhecido Trio em Gm Op. 17 de Clara. Surpreendeu-me a interpretação do quarteto dessas duas belas obras. É outra coisa pra quem está acostumado com a OSPA. Tudo bem, tudo bem, mas Música de Câmara é incrível e a sinfônica de POA ja não ta aquilo tudo. Falta alma e vida àquela orquestra. Enfim, foi uma noite inesquecível. O Quarteto de Schumann foi tratado com expressividade incrível. No belíssimo segundo movimento em Si bemol maior, algo que nunca percebi em gravações: Schumann escreveu para o violoncelo um si bemol grave abaixo da última corda (Dó). Assim, segundo a partitura, o violoncelista deve, durante um desenvolvimento dos outros instrumentos baixar a corda para então terminar com essa outra oitava. E o movimento acaba de modo irretocável. Os contrapontos do último movimento foram tocados com muita precisão. Excelente! Um recital e tanto!
Muito obrigado!! Será que algum de vocês tem alguns dos nórdicos da ECM??
Se vc falou que era imperdivel, eu baixei! O Nina Simone a quem, em mais de 50 anos de Jazz, eu achei uma chata – cantando – fui ouvir o “Good Bait”, e achei muito criativo: alguem disposto a interpretar Jazz e dominando o clássico …e o piano, só pode desenvolver a peça de maneira original e surpreender os “venerandos fosseis” que nem eu! Grato por essa descoberta tardia…Quanto ao surman, aguarde um pouco pois ainda estou “saboreando” a interpretação da Nina.