Olha, meus amigos, que CD! É
IM-PER-DÍ-VEL !!!
e, como se não bastasse, EM-BAS-BA-CAN-TE, indo direto para a Galeria Especial de Mais Amados e Louvados. É por essas e outras que Sir Simon Rattle acabou em Berlim.
Estou meio sem palavras após ouvir este disco por inteiro três vezes consecutivas, assim de enfiada. (Nada de piadinhas, sou gaúcho mas não pratico). Então, faço a seguir uma meia tradução daquilo que o também embasbacado crítico da Gramophone escreveu.
Este registro dos concertos para piano de Bartók está entre os melhores. O entendimento entre Peter Donohoe, Simon Rattle e a CBSO é fantástico. Como disse na Gramophone, eles fazem o Primeiro Concerto para Piano parecer pura diversão. O Primeiro e o Segundo concertos são obras formidáveis, com o piano sendo tratado como um instrumento de percussão. Certamente, não são trabalhos fáceis de ouvir. Eles são tocados aqui com uma sensibilidade que traz à luz cada detalhe de sombreamento e textura. O Andante do Segundo (uma música norturna) é de meus favoritos e é aqui executado com todas as nuances. O terceiro concerto é absolutamente luminoso. O segundo movimento, com seus sons de natureza, está particularmente perfeito.
Para os fãs da música de Bartók, este disco é uma obrigação.
Obs. típica: nunca digo o nome de Bartók como ele deve ser pronunciado. Lembrete: o acento em húngaro não é tônico. Impossível dizer Bártok… A sonoridade de Bartók em português é muito mais bonita. E o mesmo vale para Ligeti. O correto é Lígeti.
IM-PER-DÍ-VEL !!!
Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano
Piano Concerto No. 1 in A major, Sz. 83, BB 91
1. I: Allegro Moderato – Allegro – Allegro Moderato
2. II: Andante
3. III: Allegro Molto
Piano Concerto No. 2 in G major, Sz. 95, BB 101
4. I: Allegro
5. II: Adagio – Presto – Adagio
6. III: Allegro Molto
Piano Concerto No. 3 in E major, Sz. 119, BB 127 (completed by Tibor Serly)
7. I: Allegretto
8. II: Adagio Religioso – Poco Piu Mosso – Tempo I
9. III: Allegro Vivace
Peter Donohoe, piano
City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle, conductor
PQP
Ola PQP..
Depois desses elogios rasgados, acho que vou baixar o disco. Gosto de Bartok, mas nunca ouvi nenhum desses concertos para piano.
grato pela postagem,
Daniel Mello.
Pois, é PQP. Concordo com Daniel. Esses teus elogios me fizeram baixar o disco, apesar de, como já comentei aqui no blog, meus ouvidos serem incompatíveis com a maioria da produção musical erudita do século XX.
E sobre a pronúncia do nome, concordo com o que disseste, em especial a palavra fodam-se. Acho terrível ver o povo pronunciando “Bitôven’. Pôrra! Além de tudo tá errado. Beethoven era alemão, e em alemão dois “e”s juntos não são pronunciados como “i”, como em inglês. Além disso, por anos chamei Wagner de “Ríxadi”, até que um belo dia, uma alemã me corrigiu: “Rikárd”, quase igual ao nosso “Ricardo”. Na literatura é a merma coisa. Caso vocês vejam na rua alguém falando sobre a obra de Vitô Igô tenham certeza: não sou eu. Comigo Victor Hugo é Vítor Ugo mesmo e pronto.
Mas resumindo: estou baixando, amanhã eu comento.
Desconhecia esta gravação, PQP e confesso que nunca tinha ouvido falar deste pianista.
Recomendo a todos estas peças. O adagio religioso do terceiro concerto é qualquer coisa no nível de Bach, divino. E olhe qe sou atéia.
Regina, de acordo.
FDP, tb não conhecia. O cara é fantástico.
Porra, eu vou pela cabeça de todos vocês: dload now.
amazing
thanks
Nunca existiu “w” nenhum em Beethoven, Vanderson, muito menos essa pronúncia maluca. De onde você tirou isso? Por curiosidade: a pronúncia de Beethoven em alemão é algo como “beetofen”.
Vanderson, a variação de escrita do nome de Tchaikovsky é facilmente explicável.
Russo não se escreve em caracteres romanos como português, inglês ou alemão. Russo se escreve em cirílico. Para nós não termos que aprender a escrever “Чайковский” para se referir ao compositor, transliteramos, tentando reproduzir os fonemas russos no alfabeto latino. Exceto em idiomas como o chinês mandarim, com romanização normatizada, transliterações são razoavelmente livres, regida por tradição e, por isso mesmo, muito mutáveis.
Para o russo, a transliteração mais usual é a da tradição inglesa: Tchaikovsky. Gosto dessa por ser mais universal. Mas alguns autores aportuguesam: Tchaikóvski. Na França o i ganha um trema: Tchaïkovski. E, na Alemanha, onde o “v” tem som de “f”, restaura-se o fonema “v” com a letra “w” e acrescenta-se um “s” ao “Tch”: Tschaikowski.
Já Beethoven é um nome alemão, nativo do alfabeto romano e por isso imutável para nós: uma vez Beethoven, sempre Beethoven, Beethoven até morrer.
Só tenho uma coisa a dizer dos Concertos para Piano de Bartok: são do caraglio!!!!
José Eduardo, essa história me lembrou um livro antigo com biografias de algumas personalidades famosas. Era muito curioso, pois os prenomes das personalidades eram traduzidos para o português. Era estranho ver escrito Sigismundo Freud, João Sebastião Bach, Luís de Beethoven, Frederico Francisco Chopin, Pedro Tchaikovski, etc.
José Eduardo tá certo.