Um de nossos mais habituais visitantes, o ilustre FM, parece adorar András Schiff. Eu não chego a ser um adepto de sua forma de interpretar a obra que mais ouvi até hoje, mas sua gravação é muito boa. Se não chega às alturas de Hantaï ao cravo, dou-lhe a chance de ir às semifinais das interpretações ao piano, onde deverá enfrentar a segunda gravação de Glenn Gould, enquanto que na outra semi teremos duas surpresas absolutas: os espetaculares Murray Perahia X Simone Dinnerstein. O árbitro Edílson Pereira de Carvalho aconselhou os amigos do PQP Bach a fazerem suas apostas numa final entre Gould e Perahia. Quando perguntei a ele o resultado da finalíssima, ele me pediu uma soma tão alta que escolhi aguardar pelo embate.
Aria mit verschiedenen Veränderungen (Goldberg-Variationen) BWV 988
1. Aria mit 30 Veränderungen, BWV 988 “Goldberg Variations” – Aria – Variations 1-5 11:40
2. Aria mit 30 Veränderungen, BWV 988 “Goldberg Variations” – Variations 6-10 7:42
3. Aria mit 30 Veränderungen, BWV 988 “Goldberg Variations” – Variations 11-15 14:01
4. Aria mit 30 Veränderungen, BWV 988 “Goldberg Variations” – Variations 16-20 9:18
5. Aria mit 30 Veränderungen, BWV 988 “Goldberg Variations” – Variations 21-25 15:31
6. Aria mit 30 Veränderungen, BWV 988 “Goldberg Variations” – Variations 26-30 – Aria 14:00
András Schiff, piano
PQP
Mui Reverendo frére PQP,
Eu já ia embalando um domingo que prometia Ravel/Matschulat + Nietzsche/Marton (no SC, 16h – e foi supimpa!) à base de John Surman (Proverbs and songs), quando leio sobre seu torneio Goldberg, adiantando semifinais e finalíssimas.
Sustento minha predileção por András Schiff, por seu colorido e imaginação poética. Contudo, nas VGoldberg uma certa contenção reflexiva e muito jogo nos andamentos caem muito bem, o que dá luzinha de 12 casas a GGould.
Fui, todavia, escrutinar a coleção uma vez mais.
Achemos um lugar para a versão de Claudio Arrau, repleta de nuances e com uma consistência rítmica fantástica. Ela está na linhagem Schiff/Perahya.
Hantai joga bem mas… (vinde, pedradas) …onde está a personalidade? Falta catimba e meio de campo.
GGould II vai, sem dúvida, direto para as finais.
Na mostra paralela, achemos lugar para as versões para 2 violões (Duo Caputo Pompilio) e para trio de cordas (Sitkovetsky, Causse, Maisky).
Eu sigo procurando quem execute isto em nossa micro-paróquia. Todos gostam da idéia, mas ninguém encara.
…ademais… notícia de primeira mão: prepare-se para o Concerto de Mitra, a resposta de nossa trincheira do paganismo ao surto decembrino de Concertos de Natal…
mtooo bom!!!
porém, como aki faltava Schütz.. e agora tem…
percebi q meu colega de classe, o Froberger, tb num está aki!!!
PQP e FDP…. eskeceram do J. J. Froberger?!?!?
Bem… vamos baixar e escutar. Vamos ver, pesar, verificar, tendo em vista Gould.
Rosalyn Tureck nem entra na disputa? Prefiro ela a GG.
Em relação às invenções e sinfonias, prefiro muito mais a versão do András que a do GG, com exceção da primeira, onde o Gould é superior, mesmo com o tempo lento, pois o Schiff exagera nos ornamentos. Já quanto às variações, escuta bem mais complexa, vai um tempo ainda a comparação.
O morador do ar lembra muito bem que poderiam considerar a Rosalyn Tureck, inspiração inconteste do GG (não me lembro, mas parece que o próprio Gould declarou usar a Rosalyn como referência).
Acrescento uma pitada… Schiff novo (ECM) ou velho (DECCA)????
Na verdade, os adjetivos referem-se às gravações e não ao próprio Schiff.