As Missas de Haydn são um capítulo à parte da História da Música. São belíssimas e criticadíssimas. Em primeiro lugar, seriam alegres, felizes demais para o serviço religioso. Em segundo lugar, cada uma delas teria (e tem!) tal unidade que seriam inúteis para a igreja — onde normalmente as Missas são interrompidas pelas preces. Mas, gente, são tão lindas que as salas de concerto as abraçaram como se fossem filhas queridas que tivessem sofrido sequestros por parte de um comando de padres.
A Harmoniemesse que abre esta coleção é exuberante e feliz e a Heiligmesse não fica muito atrás. Agora, uma alerta: não se engane, estas 6 Missas compostas no final da década de 1790 para o patrão Esterházy são as melhores obras vocais de Haydn. Deixe as insinceras A Criação e As Estações de lado. Aqui está o verdadeiro tesouro. Gardiner não me deixa mentir.
Disc 1:
Mass for soloists, chorus, organ & orchestra in B flat major (“Harmoniemesse”. “Missa para Banda de Sopros”), H. 22/14
1. Kyrie – Kyrie 8:03
2. Gloria – Gloria 2:04
3. Gratias – Gratias 5:46
4. Quoniam – Quoniam 3:10
5. Credo – Credo 2:43
6. Et incarnatus – Et incarnatus 3:44
7. Et resurrexit – Et resurrexit 2:38
8. Et vivam venturi saeculi – Et vivam venturi saeculi 1:38
9. Sanctus – Sanctus 3:05
10. Benedictus – Benedictus 3:55
11. Agnus Dei – Agnus Dei 2:54
12. Dona nobis – Dona nobis 2:53
Missa Sancti Bernardi von Offida, for soloists, chorus, organ & orchestra in B flat major (“Heiligmesse”), H. 22/10
13. Kyrie – Kyrie 4:22
14. Gloria in excelsis Deo – Gloria in excelsis Deo 2:03
15. Gratias agimus tibi – Gratias agimus tibi 3:39
16. Quoniam tu solus Sanctus – Quoniam tu solus Sanctus 2:35
17. Credo in unum Deum – Credo in unum Deum 1:16
18. Et incarnatus est – Et incarnatus est 3:55
19. Et resurrexit – Et resurrexit 3:46
20. Sanctus – Sanctus 1:43
21. Benedictus – Benedictus 4:56
22. Agnus Dei – Agnus Dei 3:11
23. Dona nobis pacem – Dona nobis pacem 2:41
Monteverdi Choir
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner
PQP
Que felicidade encontrar esse cd por aqui, e que venham logo os seguintes! E que honra poder inaugurar a série de comentários a essas obras-primas! E que alegria ver o entusiasmo de Pqpbach ao postar essa maravilha. Só não gostei do “insinceras” para A criação e As estações (rsrs). Depois de ver o vídeo da execução desta última pelo Norrington fiquei ainda mais impressionado com o poder dessa obra. E quanto às missas do velho mestre, quando vocês vão postar a de Santa Cecília, com o Preston no comando? Para mim é a melhor execução desta que para mim é a mais fabulosa missa do austríaco. No mais, é agradecer por esse presente: grande abraço e vida longa ao PQPBACH, os beneficiados somos nós!
Detalhe: as seis missas foram compostas entre 1796 e 1802.
Que maravilha!!!
Fantástico, simplesmente fantástico
Essas obras tem o espírito de Haydn, e Gardiner faz uma interpretação memorável, com certeza foram poucas as vezes onde Haydn esteve em tão boas mãos para ser interpretado como nesses cds
Putaquepariu, Bach. Andava há tempos à cata dessas missas, a partir de um fragmento que já tinha, a 03 ‘Teresienmesse’, Hob.XXII(12) – III. Ateu convicto que sou, é difícil explicar para meus familiares e para os parcos amigos que história é essa de amar missas, inclusive as magistrais de Haydn. Sempre digo que, existisse Deus, seria na música religiosa (amptiga, não o horroroso gospel de hoje) que revelaria o divino. Putaquepariu. PQP Bach, estou encantado.
ElcioW, se me permite a sugestão, vá atrás também das gravações que o Pinnock fez da Nelson e da Theresienmesse. E ainda a Schöpfungsmesse com o Marriner (essa com orquestra convencional, mas ainda, a meu ver, a melhor gravação desta missa). No mais, é agradecer ao PQPBach pelas postagens e pela possibilidade dessa troca de informações. Abraços haydnianos
Pedro, permito, claro, comentário. Demorei a responder porque ainda estou à cata das obras que mencionou. Reconheço, sou meio (muito) lerdo quando se trata de internet.Agradeço-o pelas dicas. : o)
Interessante, PQP, você colocar as missas acima da “Criação”: há pouco tempo li que na época de Haydn ela foi logo celebrada como a sua obra-prima incontestável, tendo sido várias vezes executada e incensada na França, Rússia, Estados Unidos etc, países que na época nunca tinham ouvido falar nas sinfonias ou nas missas do austríaco.
Parece que hoje em dia as sinfonias e missas são muito mais ouvidas do que os oratórios de duas horas, eu por exemplo nunca tive duas horas disponíveis pra ouvi-los com calma…