(Postado originalmente em 19 de abril de 2013, agora repostado com opção em formato FLAC)
Eu já estava com problemas internos por haver passado um tempo sem postar nada de música brasileira. Hoje sarei! E volto com um peso-pesado: Camargo Guarnieri. O cara é foda!
O tieteense Mozart Camargo Guarnieri tinha um pai fissurado em óperas: seus outros dois irmãos se chamavam Verdi e Rossini Camargo Guarnieri. Seu pai era barbeiro, mas ganhava a vida também como flautista, tocava em bailes e cinemas da pequena Tietê. Sua mãe era pianista. É de se esperar que, numa família como essas, as crianças saíssem inclinadas à música. E foi o que aconteceu: todos os filhos do casal tiveram iniciação musical com os pais desde muito pequenos. Talvez os pais de Mozart nunca imaginassem o quão longe o filho iria com a música, tornando-se um dos principais maestros e compositores do país.
Depois do primeiro e indiscutível lugar pertencente a Villa-Lobos no panteão dos compositores brasileiros do século XX , é bastante comum que coloquem Camargo Guarnieri logo ali do ladinho. O cara é muito bom e faz jus ao prenome de Mozart (ainda que não seja classicista). Suas obras, especialmente as sinfônicas e pianísticas, são de grande complexibilidade e denotam a mente brilhante do filho do barbeiro-flautista de Tietê.
Hoje postamos aqui a obra sacra integral de Camargo Guarnieri. Não é uma maravilha de CD, pois o coral tem alguns problemas (o timbre do conjunto não está muito bem limpo, há momentos em que se percebe as sopranos exagerando nos vibratos). No entanto, vale muito baixar o álbum, pois algumas peças são as únicas gravações que conheço: mal de música erudita brasileira: por ser pouco gravada, muitas vezes não temos muita opção.
Mais pra frente postaremos mais desse gênio que foi Camargo Guarnieri.
Apesar de qualquer senão, ouça, ouça! A obra de Guarnieri é belíssima! Deleite-se!
Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993)
Obra Sacra Integral
01. Salmo 23 (O Senhor é meu pastor)
02. Ave Maria – 1980
03. Ave Maria – 1937
04. Em Memória de meu Pai – Versículo do livro de Hebreus 13:6
05. Louvação ao Senhor (Salmo 150) Missa Dilígite, “Amai-vos uns aos outros”
06. I. Kirie
07. II. Gloria
08. III. Sanctus e Benedictus
09. IV. Agnus Dei Canto de Amor aos meus irmãos do mundo
10. I. Lento
11. II. Contemplativo
12. III. Confiante
Coral Camargo Guarnieri
Orquestra organizada para esta gravação
Flávio Santos, regente
2004
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FLAC (223Mb) encartes a 5.0 Mpixel MP3 (109Mb) encartes a 5.0 Mpixel
Excelente disco do jovem baixista, compositor, arranjador e bandleader argentino Mariano Otero e seu noneto. Neste disco, presta homenagem a seu professor Walter Malosetti, com composições originais do aluno Otero e de seu professor. O resultado é brilhante, o noneto mostra-se talentosíssimo ao fazer coexistir o moderno e o tradicional. Normalmente, os tributos são lugares confortáveis o suficiente para não se dizer nada de novo. Abundam homenagens inúteis a todos. Mas um tributo pode ser também uma operação de releitura, de compromisso com o homenageado e, acima de tudo, uma forma de dar primeiro plano a algumas músicas raras. Um achado!
Mariano Otero: Desarreglos
1 El maestro 04:42
2 Ale Blues 06:24
3 Mini 07:52
4 Grama 05:27
5 Walter´s Rithm 05:22
6 Avellaneda 02:45
7 Madrid 04:41
8 Pappo´s blues 05:15
9 Espíritu 05:53
10 Blues for Pepi 05:25
11 Adiós Lala 05:58
12 Clifford 05:18
Músicos: Mariano Otero Noneto:
Mariano Otero contrabajo
Juan Cruz De Urquiza trompeta, flugelhorn
Rodrigo Dominguez saxo tenor
Ramiro Flores saxos alto y tenor
Carlos Michelini saxos alto y tenor
Martín Pantyrer saxo barítono
Juan Canosa trombón
Francisco Lovuolo piano
Pepi Taveira batería
Seis Jardins Japoneses é uma coleção de impressões sobre os jardins que vi em Kyoto durante a minha estadia no Japão, no verão de 1993 e minhas reflexões sobre o ritmo naquela época.
Como o título indica, a peça é dividida em seis partes. Cada uma destas partes tem a aparência de um material específico rítmico, a partir da primeira parte simples, em que a instrumentação principal é introduzida, usando figuras polirrítmicos em ostinato ou complexas, com alternância de material rítmico e colorístico.
A seleção dos instrumentos tocados pelo percussionista é voluntariamente reduzido para dar espaço para a percepção das evoluções rítmicas. Além disso, as cores reduzidas são estendidas com a adição de uma parte eletrônica, em que ouvimos os sons da natureza, canto ritual, e instrumentos de percussão gravados no Colégio Kuntachi de Música. As seções já misturadas são acionados pelo percussionista durante a peça, a partir de um computador Macintosh.
Todo o trabalho para o processamento e mistura do material pré-gravado foi feito com um computador Macintosh no meu home studio. Algumas transformações são feitas com os filtros ressonantes no programa CANTO, e com o SVP Phaser Vocoder. Este trabalho foi feito com Jean-Baptiste Barrière. A mistura final foi feita com o programa Protools com o auxílio de Hanspeter Stubbe Teglbjaerg.
A peça é encomendada pela Academia Kunitachi de Música e dedicada a Shinti Ueno.
Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta
Estas obras, que costumam ser interpretadas ao alaúde ou transcritas para o violão, aqui as ouvimos no curioso e quase esquecido instrumento Lautenclavicymbel, ou Lauteklavier, ou ainda Lute-Harpsichord: o Cravo-Alaúde. Para nós e nossos tempos um exótico instrumento, semelhante a uma grande tartaruga emborcada e dotada de teclado; as cordas de tripa e sonoridade de um alaúde com maior projeção sonora e timbre particular. Embora o mestre Johann Sebastian tivesse em seu círculo de amigos o grande alaudista e compositor Silvius Leopold Weiss e que tenha composto para o seu encantador instrumento, sabe-se também que Bach possuía um Cravo-Alaúde e por ele tinha particular apreço. Embora não tenhamos registros precisos sobre a destinação das suas peças hoje interpretadas ao alaúde, muito possivelmente algumas poderiam ter sido pensadas para aquele originalíssimo cordofone; o que a presente gravação só vem a reforçar, pelo caráter de algumas das obras, a exemplo da Suíte em Dó Menor BWV 997, cujo impetuoso Prelúdio e a extraordinária e rara Fuga Da Capo nos apontariam uma possível concepção para o teclado. Ressaltemos também a impressionante Sarabande desta Suíte, pois sua melodia é similar à do coral que conclui a Paixão Segundo São Mateus, só que uma terça menor abaixo.
Das poucas tentativas de se reconstruir e gravar num Alaúde-Cravo, um dos mais bem sucedidos resultados (para mim o melhor resultado) é o instrumento construído pelo musicista húngaro Gergely Sárközy, baseado em antigas cartas de lutenaria. Seu instrumento produz uma sonoridade bela, rica, encorpada e ao mesmo tempo suave. Quem for purista e tiver conhecido estas obras ao alaúde ou violão em interpretações ‘bem comportadas’, talvez venha a desdenhar, pois Sárközy interpreta com acentuada expressão e improvisa onde encontra espaço. Mas improvisa muito bem e logra convencer (o que nem todo intérprete de música barroca que improvisa consegue, soando às vezes engessado). Sárközy tem bom gosto e sua interpretação emociona. Pelo menos a mim vem emocionando há muito, que conheci a presente gravação do selo Hungaroton nos tempos do vinil (e sob estas pautas muitas garrafas passaram).
Preciso agora dizer que esta é a primeira postagem que faço no PQP Bach, um oasis de cultura e beleza nesses tempos do cólera. Fico enaltecido e grato pelo convite dos amigos integrantes dessa Távola Musical. Espero partilhar muito mais, retribuindo as felicidades que têm nos trazido com tanta generosidade e amor à música. Sendo assim uma primeira postagem, escolhi o nosso bom Pai João Sebastião para começar com sua bêncão.
Bach – Suites for Lute-Harpsichord – Gergely Sarkozy
1 Suite in E minor BWV 996 Praeludio. Passagio – Presto
2 Allemande
3 Courante
4 Sarabande
5 Bourree
6 Gigue
7 Choral Preludes from the Kirnberg Collection BWV 690 (b)
8 BWV 691
9 BWV 690
10 Suite in C minor BWV 997
11 Fuga
12 Sarabande
13 Gigue
14 Double
É difícil dizer qual é o meu concerto favorito para piano de Prokofiev. Fico sempre pendendo entre o segundo e o terceiro. Ambos tem momentos absolutamente brilhantes, passagens de um nível técnico altíssimo. Talvez eu penda minha balança para o Concerto de nº 2 de Prokofiev, mas com certeza ambos estão entre os meus Top 10, entre os meus concertos para piano compostos para este instrumento. E facilmente o coloco ao lado de outros monumentos da literatura pianística, como o “Imperador” de Beethoven ou o Segundo Concerto de Brahms. Hoje vou propor uma brincadeirinha com os senhores. Duas gravações bem diferentes do mesmo concerto de nº 2 de Prokofiev, tocados por dois pianistas oriundos de escolas bem diferentes. Um de sangue latino, quente, que faz derreter as teclas do seu piano, outro de sangue russo, mais contido e técnico, cerebral. Um embate clássico entre a razão x emoção. E curiosamente, duas gravações realizadas ao vivo, frente a uma platéia, ou seja, errou, errou, não tem como consertar. Não se trata de saber qual a melhor, e sim identificar as diferenças entre as interpretações. Claro que inconscientemente faremos nossas escolhas. Ah, em um caso, temos uma orquestra inglesa com um regente russo, em outro caso a orquestra e o regente são alemães.
Façam as suas escolhas.
01 – Klavier Konzert Nr. 2 in G minor – I. Andantino – Allegretto
02 – II. Scherzo – Vivace
03 – III. Intermezzo – Allegro Moderato
04 – IV. Finale – Allegro tempestoso
Evgeny Kissin – Piano
Philarmonia Orchestra
Wladimir Ashkenazy – Conductor
04 Klavier Konzert Nr. 2 in G minor – I. Andantino – Allegretto
05 – II. Scherzo – Vivace
06 – III. Intermezzo – Allegro Moderato
07 – IV. Finale – Allegro tempestoso
Horacio Gutierrez – Piano
Berliner Philharmoniker
Klaus Tennstedt – Conductor
Winter Light é um belíssimo disco da fase inicial deste velho e duradouro grupo de jazz, formado por músicos que se tornaram estrelas também individualmente. O Oregon é um grupo que oscila entre o vanguardismo e as melodias acessíveis, como faz um de seus membros em seus discos “singles”: Ralph Towner. Mas é jazz, sem nenhuma dúvida, e do bom. E, como o quarteto é formado de muitiinstrumentistas,a coisa fica sempre colorida e interessante.
Há inesperados solos de piano de Ralph Towner… Há um pulso delicado e pré-minimalista em algumas músicas e muita, mas muita improvisação. Ah, como na época ainda não tínhamos nos livrado da infuência indiana, Colin Walcott nos tortura moderadamente com algumas tablas.
Importante: este trabalho recebeu avaliação máxima de nove ouvintes na Amazon. Prova de que não só eu gosto dele.
Postado originalmente em 28 de março de 2013. Repostado com direito a FLAC
Pessoal, que baita CD!
Eu confesso aqui que sou meio grandiloquente e que geralmente me interessam mais obras compostas para orquestras completas. Conjuntos pequenos, especialmente duetos, algumas vezes acabam por me cansar pela monotonia que eventualmente causam. Mas monotonia não é nem de longe o que esses dois caras fenomenais – repito: FE-NO-ME-NAIS – fazem aqui.
O Duo Quanta, com o paulista Paulo Gazzaneo no piano e o paraibano Raïff Dantas Barreto no violoncelo, é imenso, amplo, generoso na interpretação das músicas. E eu, vergonhosamente, os desconhecia até há bem pouco tempo e, portanto, o encarte falará melhor que eu sobre a dupla:
Formado por artistas de sólida reputação no mercado artístico nacional, o Duo Quanta vem preencher uma lacuna ainda pouco abordada pelos músicos brasileiros: o repertório de nosso país para piano e violoncelo.
O presente CD, com obras de compositores de São Paulo, Rio de Janeiro e da Paraíba, marca a estreia do duo formado por Raïff Dantas Barreto e Paulo Gazzaneo no cenário artístico nacional. com a premissa principal de resgatar as obras brasileiras para esta formação. Em defesa da brasilidade de seu trabalho, o duo escolheu para este registro fonográfico o uso de instrumentos de fabricação nacional, evidenciando e pondo em prova a qualidade sonora de nosso acervo instrumental. Nas cordas do violoncelo de Saulo Dantas Barreto e na primazia dos harmônicos produzidos pelo piano Fritz Dobbert os artistas foram muito bem sucedidos no emprego da máxima capacidade sonora dos instrumentos utilizados, mostrando-nos que já dispomos de conhecimento para produzir instrumentos com a mesma propriedade dos grandes que a história da música já presenciou (extraído do encarte).
São 13 faixas que contemplam compositores brasileiros desde o romantismo, como o melodioso Henrique Oswald (seu Berceuse e sua Elegia são de grande inspiração), até os contemporâneos como João Linhares, cujo Côco é simplesmente genial, o difícil Osvaldo Lacerda, com uma Elegia e uma Cançoneta, e Amaral Vieira, com as intrigantes Elegia e Burlesca. Aparecem também, brilhantemente, os modernos: Ponteio e Dansa (escrita assim, à antiga) são as vibrantes obras de Camargo Guarnieri apresentadas neste álbum. Já seu colega José Siqueira, sempre complexo, sincopado e genial, completa o álbum com a espetacular Suíte Sertaneja, digna deste grande compositor que a concebeu.
Obras muito boas, escolhidas a dedo. Um baita repertório rico, com todas as síncopas, contratempos e outros tempos quebrados que são característicos de nossa música e tão nossos, intercalados com momentos de extremo lirismo, de melodias enlevantes.
Ouça, ouça! Deleite-se sem a menor moderação!
Palhinha: o Côco, de João Linhares (faixa 2):
Duo Quanta
Música Brasileira para Piano e Violoncelo
Astor Piazzolla é meio que unanimidade aqui no PQPBach. Todos amamos sua música incondicionalmente. Desde a primeira vez que o ouvi, em seu magnífico disco com Amelita Baltar, onde tocavam “Balada de un Loco” foi paixão a primeira audição. O velho LP ainda está guardado ali na estante, mas estou sem um toca discos decente para ouvi-lo.
O violinista Gidon Kremer abraçou a causa “Piazzolla” há alguns anos e já lançou alguns cds onde interpreta a obra do compositor argentino, não sei dizer quantos. Um deles, inclusive, cheguei a postar por aqui. Mas o curioso é como um lituano, Kremer, conseguiu compreender a obra de um argentino compositor de tangos, uma música que necessita de sangue, suor e lágrimas para interpretá-la.
Esse CD que ora vos trago foi lançado em 2001. Emocionante e delicado como não deveria deixar de ser um CD com obras de Piazzolla, ou mesmo inspiradas nele. Destaco a magnífica “”Chuiquilín de Bachin”, interpretado por um trio de cordas, mas que tem a participação mais que especial de Horacio Ferrer, um dos letristas favoritos de Piazzolla. O inconfundível sotaque porteño na voz de Ferrer é no mínimo, emocionante. Espero que apreciem.
1 La Calle 92
Ula Ulijona – viola
Marta Sudraba – Cello
2-4 Tango – Etudes
Gidon Kremer – Violin
5 Chiquilín de Bachin
Horacio Ferrer – Voice
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
6 Rio Sena
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
7-9 Tango – Etudes
Gidon Kremer – Violin
10 Viollonceles, Vibrez!
Marta Sudraba & Sol Gabetta – Cellos
11 Milonga sin Palabras
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
12 Tracing Astor
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
Leonid Desyatnikov – Piano
13 All in the Past (Remembering Oskar Strock) for Violin & Strings
Gidon Kremer – Violin
Kremerata Baltica
Há pouco mais de 50 anos, Charles Mingus, Eric Dolphy e o sexteto de Mingus davam esta inacreditável comprovação de musicalidade e talento para uma plateia de Bremen. Dois meses depois, Dolphy morreria da forma mais estúpida possível: na tarde de 18 de Junho de 1964, ele caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros não sabiam que ele era diabético e pensaram que ele (como acontecia com muitos jazzistas) estava sob overdose. Deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após o coma diabético. Aos 36 anos. Bastava-lhe uma injeção. São coisas que acontecem muito com negros.
O som do CD não é uma maravilha, mas é muito mais do que o suficiente para se notar que estamos entre gênios. Mingus era um sujeito duríssimo com sua banda. Certa vez acertou um direto no queixo de seu fiel trombonista Jimmy Knepper porque ele não acertava uma nota. Com Dolphy, a comunicação parecia ser telepática. Mingus dizia que não precisava conversar muito com Dolphy, que eles se entendiam silenciosamente antes de partir para outras dimensões. Verdade, partiam mesmo.
Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert
CD1
01 – A.T.F.W. [Art Tatum-Fats Waller]
02 – Sophisticated Lady
03 – So long Eric
04 – Parkeriana
CD2
01 – Meditations On Integration
02 – Fables Of Faubus
Charles Mingus, bass
Eric Dolphy, alto sax / flute / bass clarinet
Johnny Coles, trumpet
Clifford Jordan, tenor sax
Jacki Byard, piano
Dannie Richmond, drums
Excelente ópera de Handel. Passei o dia de ontem ouvindo e valeu a pena.
Da Wikipedia:
Alcina (HWV 34) é um ópera em três atos de autoria do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1785-1759). Sua estreia se deu no Royal Opera House de Covent Garden em 16 de abril de 1735, tendo sido uma das últimas óperas de sucesso do compositor. Um libreto de Antonio Marchi denominado Alcina delusa da Ruggiero foi musicado por Tomaso Albinoni em Veneza em 1725. A ópera foi revivida em 1732 sob o nome de Gli evenimenti di Ruggiero. No entanto, salvo por conta do argumento, não há relação entre esse texto e aquele utilizado por Händel. Winton Dean sustenta que o mais provável é que Händel tenha trabalhado sozinho adaptando o libreto da ópera de Ricardo Broschi L’Isola d’Alcina. Assim como outras óperas de Händel como Orlando e Ariodante, o enredo de Alcina tem por base a obra de Ludovico Ariosto Orlando Furioso, poema épico ambientado no tempo das guerras de Carlos Magno contra o Islã. A ópera contém várias sequências musicais para dança, compostas para a dançarina Marie Sallé e para o corpo de baile do Covent Garden.
No PQP, a categoria ópera foi apenas recentemente criada pelo Bisnaga. Não confie totalmente nela. Há mais óperas escondidas por aí…
Olafur Arnalds (ou Ólafur Arnalds) é um rapazinho que ainda não completou 30 anos. Nasceu em Mosfellsbær, na Islândia. A história do disco que posto hoje — um disco curtinho mas que está completinho — é muito legal: em abril de 2009, Arnalds compôs e lançou instantaneamente na internet uma faixa por dia durante sete dias. A coleção de faixas foi intitulada Found Songs. Ele repetiu a coisa no álbum Living Room Songs. A música de Olafur é meio estática, meio neo-clássica e por vezes é bem chatinha. Mas o cara está sendo muito ouvido na Europa. Confiram aê!
Olafur Arnalds: Found Songs
01. Day I Erla’s Waltz
02. Day II RAein
03. Day III Romance
04. Day IV Allt var Hljott
05. Day V Lost Song
06. Day VI Faun
07. Day VII Ljosid
Confesso que eu estava ansioso aguardando esta gravação. O incrível violinista italiano Giuliano Carmignola, um dos grandes nomes do violino barroco da atualidade, encara os Concertos para Violino de Papai Johann.
Já perdi as contas de quantas gravações já ouvi destes concertos. Mas aí reside uma das qualidades da genialidade de Bach: cada intérprete consegue extrair algo novo da obra, por mais gravada, estudada ou interpretada que ela seja. Cada cabeça, uma sentença, cada solista, uma leitura diferente, uma solução diferente. Mullova e Rachel Podger, só para citar duas violinistas contemporâneas, optaram por grupos orquestrais mínimos, dando destaque para o instrumento solista. Carmignola obviamente dá destaque para o violino, mas não esquece da genial orquestração que papai Johann escreveu para estas obras.
Giuliano Carmignola juntou-se ao excelente conjunto Concerto Köln, um dos principais conjuntos de câmara alemães, e que já estão na ativa há décadas. O sangue quente italiano aliou-se ao espírito crítico, austero e por vezes ríspido do sangue alemão, e curiosamente o italiano se conteve em seus virtuosismos. Sua interpretação é correta, coerente, nos oferecendo uma opção diferente por exemplo, da já citada Rachel Podger, em minha opinião, um tanto quanto radical em suas escolhas, mas também excelente.
Não temo em considerar esse CD IM-PER-DÍ-VEL!! por trazer novos horizontes a estes concertos já tão gravados. Mostra um intérprete no apogeu de sua maturidade artística.
Trata-se de um cd para os senhores apreciarem de preferência sentados em suas melhores poltronas, apreciando cada detalhe, cada nuance destas obras primas do repertório violinístico.
01. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 1. (Allegro moderato)
02. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 2. Andante
03. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 3. Allegro assai
04. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 1. Allegro
05. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 2. Adagio
06. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 3. Allegro assai
07. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 1. Vivace
08. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 2. Largo ma non tanto
09. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 3. Allegro
10. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 1. Allegro
11. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 2. Largo
12. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 3. Presto
13. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 1. Allegro
14. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 2. Adagio
15. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 3. Allegro
Giuliano Carmignola – Violin
Mayumi Hirasaki – Second Violin on BWV 1043
Concerto Köln
Vamos concluir então essa excelente coleção com as obras de Shostakovich, com mais grandes nomes envolvidos em sua gravação.
Temos o segundo concerto para piano, com a brasileira Cristina Ortiz, os concertos para violino nas mãos de Viktoria Mullova e Gidon Kremer, e o concerto para violoncelo, com o Heinrich Schiff, sendo o filho de Shostakovich, Maxim, o regente junto à Orquestra da Rádio Bávara. Não posso esquecer de Rudolf Barshai com outra de suas orquestrações dos quartetos de corda, e o incansável Vladimir Ashkenazy, um dos maiores especialistas em Shostakovich. Só tem feras por aqui.
Achei a recepção desta coleção um tanto quanto morna, achei que teria mais downloads. Creio que algumas destas obras nunca tinham aparecido por aqui. Mas tudo bem, não podemos satisfazer a todos. A música deste grande compositor russo ainda é um tanto quanto desconhecida para nós daqui do sul do Equador,
CD 7
01. Festival Overture, Op.96
02. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Allegro
03. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Andante
04. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Allegro
Cristina Ortiz – Piano
05. Five Fragments, Op.42 – Moderato
06. Five Fragments, Op.42 – Andante
07. Five Fragments, Op.42 – Largo
08. Five Fragments, Op.42 – Moderato
09. Five Fragments, Op.42 – Allegretto
Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor
10. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Allegretto
11. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Moderato com moto
12. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Allegro non troppo
13 Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Adagio – attaca
14 Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Moderato
Chamber Orchestra of Europe
Rudolf Barschai – Conductor
15. 15. October – Symphonic Poem, Op.131
Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor
CD 8
01. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 I. Nocturne Moderato
02. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 II. Scherzo Allegro
03. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 III. Passacaglia Andante
04. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 IV. Burlesque Allegro con brio – Presto
Viktoria Mullova – Violin
Royal Philharmonic Orchestra
Andre Previn – Conductor
05. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 I. Moderato
06. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 II. Adagio
07. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 III. Adagio – Allegro
Minhas férias estão acabando, e isso significa que o tempo disponível para preparar postagens também. Por isso, tenho de deixar as coisas mais ou menos preparadas, ainda mais que já há algum tempo apenas eu e PQPBach estamos envolvidos nas postagens. Monge Ranulfus de vez em quando colabora, de acordo com seu tempo disponível, assim como Mestre Avicenna.
Vou acelerar então um pouco as postagens e trazer três cds de uma só vez desta coleção do Shostakovich. E a partir de agora as coisas começam a ficar melhor, se é que se pode melhorar o que já está bom.
1 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – I. Introduction and night patrol
2 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – II. Funeral march
3 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – III. Flourish and dance music
4 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – IV. The hunt
5 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – IX. Ophelia’s song
6 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – V. Pantomime of the actors
7 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VI. Procession
8 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VII. Musical pantomime
9 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VIII. Banquet
10 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – X. Cradle song
11 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XI. Requiem
12 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XII. Tournament
13 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XIII. Fortinbras’s march
14 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – I. Overture
15 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – II. Bureaucrat’s dance
16 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – III. Drayman’s dance
17 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – IV. Tango
18 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – V. Intermezzo
19 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VI. The colonial slavegirl’s dance
20 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VII. The Yes-Man
21 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VIII. General dance and apotheosis
22 The Golden Age – Suite, op.22a – I. Introduction
23 The Golden Age – Suite, op.22a – II. Adagio
24 The Golden Age – Suite, op.22a – III. Polka
25 The Golden Age – Suite, op.22a – IV. Dance
Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi – Conductor
CD 6
1 Overture on Russian and Kirghiz Folk Themes, Op.115
Royal Concertgebow Orchestra
Bernard Haitink – Conductor
2 The Song of the Forests, Op.81 – When the War Ended
3 The Song of the Forests, Op.81 – We will clothe our homeland with forests
4 The Song of the Forests, Op.81 – Memories of the Past
5 The Song of the Forests, Op.81 – The Pioneers Plant the Forest
6 The Song of the Forests, Op.81 – The Young Communists go Forth
7 The Song of the Forests, Op.81 – A walk in the future
8 The Song of the Forests, Op.81 – Glory
Mikhail Kotliarov – Tenor
NIkita Storojev – Bass
9 Funeral and Triumphal Prelude, op.130
New London Children´s Choir
Brigthon Festival Chorus
Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor
Nestas minhas merecidas férias tenho aproveitado para colocar em dia a audição de alguns cds que, apesar de me serem muito queridos, ainda os ouço com pouca frequência devido às atribulações do dia a dia. Esta coleção do I Musici interpretando Vivaldi é um destes casos. Já a tenho há alguns anos, mas raramente à ouço. Fica esquecida num canto da estante, e em um belo momento, a recupero.
O op. 7 traz dez concertos para violino e dois para oboé. Mais uma vez o destaque aqui são os solistas, Salvatore Accardo e Heinz Holliger, dois gigantes em seus instrumentos. Beleza, sensibilidade, técnica, virtuosismo, são alguns dos adjetivos que eu poderia aplicar, mas são desnecessários, diria até mais, redundantes. Por isso, vamos ao que viemos.
CD 1
1-3 Concerto nº1 in B flat RV 465 for oboe
4-6 Concerto nº2 in C RV 188 for violin
7-9 Concerto nº3 in G minor RV 326 for violin
10-12 Concerto nº4 in A minor RV 354 for violin
13-15 Concerto nº5 in F flat RV 285a for violin
16-18 Concerto nº6 in B flat RV 374 for violin
CD 2
1-3 Concerto nº7 in B flat RV 464 for oboe
4-6 Concerto nº8 in G RV 299 for violin
7-9 Concerto nº9 in B flat RV 373 for violin
10-12 Concerto nº10 in F flat RV 294a for violin
13-15 Concerto nº11 in D RV 208a for violin
16-18 Concerto nº12 in D RV 214 for violin
Heinz Holliger – Oboe
Salvatore Accardo – Violin
I Musici
Mais um cd desta belíssima caixa com obras de Shostakovich. E aqui continuamos a ouvir trilha sonoras de filmes. Desconheço maiores detalhes sobre esses filmes, ou sob que circunstâncias essas obras foram compostas. Se o nosso mentor, PQPBach, puder nos atualizar, agradeceria sobremaneira.
Riccardo Chailly e a Royal Concertgebow Orchestra formaram durante muito tempo uma parceria única. A fama desta orquestra se solidificou com sua direção. Não por acaso ela lidera o “ranking” das orquestras da atualidade.
01. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- Presto
02. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- Andante
03. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- The Song of the counterplan
04. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Marche, the Street
05. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Galop
06. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Barrel organ
07. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- March
08. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Altai
09. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- In Kuzmina’s Hut
10. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- School children
11. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Storm breaks
12. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Snow storm
13. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Calm after the Storm
14. The Silly Little Mouse, animated film score, Op. 56
15. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Introduction
16. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Palace music
17. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Ball at the castle
18. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Ball
19. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- In the garden
20. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Military music
21. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Scene of the poi
22. The Great Citizen II, film score, Op. 55 (part lost)- Funeral march
23. Sofia Perovskaya, film score, Op. 132 (2 numbers missing)- Waltz
24. Pirogov, suite from the film score, Op. 76a (assembled by Atovmyan)- Scherzo
25. The Gadfly, suite from the film score, Op. 97a (assembled by Atovmyan)- Romance
26. Pirogov, suite from the film score, Op. 76a (assembled by Atovmyan)- Finale
Royal Concertgebow Orchestra
Riccardo Chailly – Conductor
Um novo compositor estreia hoje no PQP Bach. Daníel Bjarnason é um islandês, compositor e maestro, nascido em Reykjavík. É uma figura conhecida: já regeu a Los Angeles Philharmonic, The Ulster Orchestra, Winnipeg Symphony Orchestra, Britten Sinfonia, Adelaide Symphony Orchestra e sua música foi interpretada por gente como Gustavo Dudamel, James Conlon, Ilan Volkov, etc. Em seu país pertence ao selo-comunidade de compositores chamado Bedroom Community.
Os elogios recebidos por este álbum não são por acaso. O disco inicia por Bow to String, uma peça para infinitos violoncelos gravados pela mesma instrumentista, de nome Sæunn Þorsteinsdóttir — pronuncie você meu amigo, desejo-lhe em dobro. É uma esplêndida peça que você deverá conhecer. Processions é um belo Concerto para Piano cheio de personalidade e com final cinematográfico. O CD fecha suas cortinas com Skelja, uma tranquila composição para harpa e percussão.
O mundo gira e as novidades e os novos talentos vão aparecendo. Vida longa e criativa para Daníel Bjarnason!
Daníel Bjarnason (1979): Processions
1. Bow to String I. “Sorrow conquers happiness” 05:20
2. Bow to String II. Blood To Bones 05:08
3. Bow to String III. Air to Breath 04:11
4. Processions I. In Medias Res 10:24
5. Processions II. Spindrift 12:33
6. Processions III. Red–handed 05:34
7. Skelja 06:21
Instrumentistas:
Bow to String
Sæunn Þorsteinsdóttir: Cello (or ‘an infinite number of cellos’)
Valgeir Sigurðsson: Programming on 1st movement, Sorrow conquers happiness
Outro excelente disco localizado na imensa discografia do Randy Brecker, não por acaso, ex-marido desta talentosíssima pianista brasileira, Eliane Elias. Aqui, Brecker cuida mais da produção e tem uma pequena participação vocal.O “resto” da galera com quem ela toca tem apenas Jack DeJohnete, Eddie Gomez e Peter Erskine, entre outras feras.
A discografia de Eliane Elias é bem grande, e diversificada e já ganhou diversos prêmios por ela. Gravou de tudo um pouco. E ainda se arrisca nos vocais. Seu último trabalho é dedicado a Chet Baker.
Se os senhores gostarem, trago outro dia seu CD dedicado a Tom Jobim.
1 – Hallucinations
2 – Cross Currents
3 – Beautiful Love
4 – Campari & Soda
5 – One Side of You
6 – Another Side of You
7 – Peggy´s Blue Skylight
8 – Impulsive
9 – When You Wish Upon a Star
10 – East Costin´
11 – Coming and Going
Eliane Elias – Vocais, Piano
Eddie Gomez – Bass
Jack DeJohnette – Drums
Peter Erskine – Drums
Café – Percussion
Barry Finnerty – Guitar
Mais um delicioso CD desta deliciosa caixa da DECCA com música de Shostakovich.
O Cd abre com uma Suíte de uma Opereta, Moscow-Cheryomuschki, uma suíte de um balé, e conclui com a trilha sonora composta para um filme. São peças curtas, leves, alegres e divertidas.
E mais uma vez Riccardo Chailly dá um show de versatilidade, totalmente à vontade frente à excelente The Philadelphia Orchestra. Não tem como não gostar desse repertório.
Como já notaram, o grande expert em Shostakovich é nosso mentor PQPBach. Conhece muito bem a vida e a obra do compositor russo, como já deixou demonstrado em outras postagens de Shosta, como carinhosamente o chama.
Mas vamos ao que viemos.
01. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite A Spin Through Moscow
02. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Waltz
03. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Dances (Polka – Galop)
04. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Ballet
05. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Introduction
06. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Polka
07. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Variations
08. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Tango
09. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Intermezzo
10. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Finale
11. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Overture
12. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Cliff
13. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Youth (Romance)
14. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Slap In The Face
15. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Barrel Organ
16. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Contredanse
17. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Galop
18. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Market Place
19. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Escape
20. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Montanelli
21. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Finale
22. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Austrians
23. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Gemma’s Room
The Philadelphia Orchestra
Riccardo Chailly – Conductor
Estas duas sinfonias de Mahler, colocadas nesta coleção na ordem inversa — primeiro a terceira e depois e segunda — são o que mais gosto em sua obra, logo após A Canção da Terra. São sinfonias com programas que depois foram rejeitados por Mahler, mas suas audições não enganam: dando razão à Adorno, são músicas que funcionam como romances. E bem longos. A terceira sinfonia abre com o maior movimento de todas as sinfonias. É um portento de 34 minutos e com uma estrutura onde cabe tudo: música de câmara, sinfônica, bandas militares, melodias sublimes e intencionalmente vulgares. É ciclotímica, a cada cinco minutos muda de comportamento. Parece um pot-pourri cuja comunicação é muito tênue. É uma verdadeira revolução que é mantida pelas duas sinfonias, mas que é mais clara aqui. O terceiro movimento da sinfonia nº 2 é aquele mesmo utilizado por inteiro na Sinfonia de Berio, talvez a maior homenagem que um compositor tenha feito a outro em todos os tempos. Como escreveu Marc Vignal no calhamaço “História da Música Ocidental” de Jean e Brigitte Massin, nestas sinfonias Mahler não hesita em momento nenhum de se fazer cúmplice do caos. Não parece haver nenhuma autocensura nestas obras mastodônticas e que provocaram o futuro de forma que ele não pôde nunca mais ser o mesmo.
A seguir, textos retirados da Wikipedia sobre estas sinfonias.
Sinfonia Nº 2
A Sinfonia no 2, em Dó Menor (termina em Mi Bemol Maior) por Gustav Mahler foi escrita entre 1888 e 1894. Ela foi publicada em 1897 (Leipzig, Hofmeistere) e passou por uma revisão em 1910. Ela também é conhecida como Sinfonia da Ressurreição porque faz referências à citada crença cristã.
Histórico
Mahler compôs o primeiro movimento em 10 de setembro de 1888. Em 1893 completou o Andante e o Scherzo.
Em fevereiro de 1894, durante os funerais do pianista e regente Hans von Büllow, Mahler ouviu um coro de meninos cantarem o hino Auferstehen (Ressurreição), da autoria de Friedrich Klopstock. O hino impressionou tanto Mahler que ele resolveu incorporá-lo ao Finale da sinfonia que estava em preparação. Ao mesmo tempo decidiu que a Ressurreição seria o tema principal da obra.
Características
A Segunda Sinfonia é a primeira sinfonia em que Mahler usa a voz humana. Ela aparece na última parte da obra, no clímax, tal qual a Sinfonia no 9 de Beethoven. Além da influência de Beethoven, percebe-se traços de Bruckner e Wagner na composição.
Apesar da origem judia, Mahler sentia fascínio pela liturgia cristã, principalmente pela crença na Ressurreição e Redenção. A Segunda Sinfonia propõe responder à pergunta: “Por que se vive?”. Simbolicamente ela narra a derrota da morte e a redenção final do ser humano, após este ter passado por uma período de incertezas e agrúrias.
A Sinfonia no 2 foi escrita para uma orquestra com as seguintes composição: 4 flautas (todas alternando com 4 piccolos), 4 oboés (2 alternando com corne-inglês), 3 clarinetes (Sib, La, Do – um alternando com clarone), 2 clarinetes em Mib, 3 fagotes, 1 contrafagote, 10 trompas em fá (4 usadas fora do palco, menos no final), 8-10 trompetes em fá e dó (4 a 6 usados fora do palco, menos no final), 4 trombones, 1 tuba contrabaixo, 7 tímpanos (um fora do palco), 2 pares de pratos (um fora do palco), 2 triângulos (um fora do palco), Caixa clara, Glockenspiel, 3 sinos (Glocken, sem afinação), 2 bombos (um fora do palco), 2 tam-tams (alto e baixo), 2 harpas, órgão,quinteto de Cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda Dó grave). Há ainda: Soprano Solo, Contralto Solo e um Coro Misto.
Os movimentos
Na sua forma final a sinfonia, cuja duração aproximada é de 80 minutos, é formada por cinco movimentos distribuídos da seguinte forma:
1. ‘Totenfeier’: Allegro maestoso. Mit durchaus ernstem und feierlichem Ausdruck (~23 minutos)
2. Andante moderato. Sehr gemächlich. Nicht eilen (~10 minutos)
3. In ruhig fliessender Bewegung (~10 minutos)
4. ‘Urlicht’ . Sehr feierlich, aber schlicht (~5 minutos)
5. Im Tempo des Scherzos. Wild herausfahrend (’Aufersteh’n’) (~35 minutos)
A sinfonia narra a queda e morte do herói sinfônico, as suas dúvidas, fé e ressurreição no Dia do Juízo Final.
O primeiro movimento é sobre a morte, no segundo a vida é relembrada e o terceiro apresenta as dúvidas quanto à existência e ao destino. No quarto movimento o herói readquire a sua fé e a esperança. No quinto e último movimento ocorre a Ressurreição, na forma imaginada por Mahler.
FDP Bach escreveu acerca da Sinfonia Nº 2:
“The earth quakes, the graves burst open, the dead arise and stream on in endless procession….. The trumpets of the apocalypse ring out… And behold, it is no judgement…. There is no punishment and no reward. An overwhelming love illuminates our being. We know and are.” (From Mahler’s 1894 description of the symphony.)”
Era assim que o próprio Mahler definia sua Sinfonia nº 2. Gosto muito dela, principalmente de seus dois primeiros movimentos. É uma obra de fôlego, pesada, que realmente nos esgota. Não recomendaria como uma primeira audição mahleriana. Mas, uma vez passado o temor, nunca cansamos de ouví-la.
Li alguns comentários muito interessantes na postagem da “Titã”, com os quais me identifiquei. Principalmente aqueles que falavam da dificuldade de se assimilar uma obra tão complexa. Confesso que demorei a ouvir Mahler, e ainda o temo, mesmo passados alguns anos do primeiro contato com a sua obra. E o meu primeiro contato foi, como para muitos, com a Sinfonia nº5, o a do famoso adagieto, utilizado com maestria no filme do Visconti. Mas trata-se de uma questão de educação dos ouvidos. Uma vez assimilada a forma com que a sinfonia se estrutura fica mais fácil sua compreensão. E isso vale para qualquer música. Será um pouco difícil gostar em uma primeira audição, mas com o tempo, se acostuma. Se não se acostumar, bem, que podemos fazer?
Bernstein, como sempre, está a vontade regendo Mahler. E se os senhores tiverem oportunidade, sugiro a aquisição da série de DVDs que o trazem regendo estas sinfonias. Ver Bernstein regendo é um espetáculo à parte. Ele se joga com tal ímpeto na condução da obra que, no final, está totalmente esgotado. Os DVDs foram lançados pela Deutsche Grammophon, e são dirigidos pelo grande Humphrey Burton, que faz uma edição primorosa da apresentação.
E como sempre, a gravação é recheada de estrelas de primeira grandeza: a maravilhosa contralto wagneriana Christa Ludwig, e a então jovem soprano americana, Barbara Hendricks.
Creio que será uma bela forma de se passar a tarde de sábado, pois a obra tem mais de 80 minutos de duração.
Jorge de Sena, em 1967, escreveu o seguinte poema sobre esta música:
MAHLER: SINFONIA DA RESSURREIÇÃO
Ante este ímpeto de sons e silêncio,
ante tais gritos de furiosa paz,
ante o furor tamanho de existir-se eterno,
há Portas no Infinito que resistam?
Há infinito que resista a não ter portas
para serem forçadas? Há um paraíso
que não deseje ser verdade? E que Paraíso
pode sonhar-se a si mesmo mais real que este?
Sinfonia Nº 3, copiado da Wikipedia
A sinfonia Nº3 em ré menor, de Gustav Mahler foi composta entre 1893 e 1896. É uma obra bastante longa (a maior sinfonia de Mahler), a mais longa do reportório romântico, aproximadamente cem minutos de música.
Estrutura
A sinfonia está dividida em seis andamentos:
1. Kräftig entschieden (forte e decisivo) (36 minutos)
2. Tempo di Menuetto (Tempo de minueto) (10 minutos)
3. Comodo (Scherzando) (confortável, como um scherzo) (18 minutos)
4. Sehr langsam–Misterioso (muito lento, misteriosamente) (10 minutos)
5. Lustig im Tempo und keck im Ausdruck (Alegre em tempo e atrevido em expressão) (4 minutos)
6. Langsam–Ruhevoll–Empfunden (lento, tranquilo, profundo) (26 minutos)
Em cada uma das primeiras quatro sinfonias de Gustav Mahler, o próprio criou uma explicação da narrativa destas sinfonias. Na terceira, a explicação de cada andamento, é a seguinte:
1. “Chega o Verão”
2. “O que me dizem as flores do campo”
3. “O que me dizem os animais da floresta”
4. “O que me dizem os homens”
5. “O que me dizem os homens”
6. “O que me diz o amor”
Todos estes títulos foram publicados em 1898.
Originalmente a Sinfonia possuía um sétimo andamento, “O que me dizem as crianças”, porém este foi colocado na Sinfonia No.4, no último andamento.
Análise
Esta obra está composta em seis andamentos, divididos em duas partes: A primeira compreende o primeiro andamento, muito longo. A segunda agrupa os restantes andamentos. No quarto andamento a parte do contralto é um texto de “Assim falou Zaratustra” do Friedrich Nietzsche. No andamento seguinte, o coro das crianças canta um tema de “Das Knaben Wunderhorn” (A trompa mágica do rapaz). O andamento final é um hino ao amor, que conclui a sinfonia com um adagio que faz meditar.
Kräftig entschieden
O monumental primeiro andamento da terceira sinfonia, um dos mais longos escritos por Mahler (entre 30 a 35 minutos de música), importa-nos imediatamente para um universo mineral, uma ruptura completa com o quotidiano da vida. O andamento, todo ele muito bem estruturado quase parece uma sinfonia de Mozart, tendo um carácter monumental. O desenvolvimento temático, descritivo e filosófico, dá uma grande possibilidade de interpretação ao ouvinte, possibilidade essa com que Mahler descreve na explicação do andamento: “Chega o Verão”.
FDP Bach escreveu acerca da Sinfonia Nº 3:
Chegamos à Sinfonia nº 3. E que sinfonia… e que orquestra (FIlarmônica de Nova York)… e que coral… e que solista…(novamente A divina Christa Ludwig), e Bernstein em seu domínio…
A seguir, uma análise mais apurada, tirada da Wikipedia.
“The symphony, though atypical due to the extensive number of movements and their marked differences in character and construction, is a unique work. The opening movement, grotesque in its conception (much like the symphony itself), roughly takes the shape of sonata form, insofar as there is an alternating presentation of two theme groups; however, the themes are varied and developed with each presentation, and the typical harmonic logic of the sonata form movement–particularly the tonic statement of second theme group material in the recapitulation–is replaced here by something new. The slow opening can seem to evoke the primordial sleep of nature, slowly gathering itself into a rousing orchestral march. A solo tenor trombone passage states a bold melody that is developed and transformed in its recurrences. Innovation is present everywhere in this movement, including its apparent length. At the apparent conclusion of the development, several solo snare drums “in a high gallery” play a rhythmic passage lasting about thirty seconds and the opening passage by eight horns is repeated almost exactly.
The third movement quotes extensively from Mahler’s early song “Ablösung im Sommer”(Relief in Summer). The fourth is a setting of Friedrich Nietzsche’s “Midnight Song” from Also sprach Zarathustra, while the fifth, “Es sungen drei Engel”, is one of Mahler’s Des Knaben Wunderhorn songs.
It is in the finale, however, that Mahler reveals his true genius for stirring the soul. The construction of it is masterful, and the interplay of a developing chromatic harmony and sonorous string melody, developed and re-orchestrated with perfect grace and poise builds to a conclusion that, though seemingly overblown when heard in isolation, is, in the wider context of the symphony, both musically justified and emotionally overwhelming. The symphony ends with repeated D major chords and timpani statements before one final long chord.”
Mahler – Sinfonias Nº 2 e Nº 3
CD2 Gustav Mahler – Leonard Bernstein – Symphonie no. 3
Sinfonia Nº 3
01. Symphony #3 – Kraftig. Entschieden
02. Symphony #3 – Tempo di Menuetto. Sehr massig
03. Symphony #3 – Comodo. Scherzando. Ohne Hast
New York Philarmonic
Leonard Bernstein
CD3
Gustav Mahler – Leonard Bernstein – Symphonie no. 3 & 2
01. Symphony #3 – Sehr langsam. Misterioso. Durchaus ppp
02. Symphony #3 – Lustig im Tempo und keck im Ausdruck
03. Symphony #3 – Langsam. Ruhevoll. Empfunden
Christa Ludwig : mezzo-soprano
New York Choral Artists
Brooklyn Boys Chorus
New York Philarmonic
Leonard Bernstein
CD4
Gustav Mahler – Mahler The Complete Symphonies & Orchestral Songs
01. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 2. Andante moderato
02. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 3. [Scherzo], In ruhig fliessenttaca
03. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 4. Ulrich, Sehr feierlich, aber
04. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 5. Im Tempo Des Scherzo, Wild H
Barbara Hendricks : soprano
Christa Ludwig : mezzo-soprano
Westminster Choir
New York Philarmonic
Leonard Bernstein
Curioso que, fãs que somos de Prokofiev, suas sonatas para piano pouco apareçam por aqui. Não dá para explicar. A única vez em que me lembro em que esta integral esteve aqui presente foi há uns quatro anos atrás, uma postagem que o próprio PQPBach fez.
Mas vamos suprir essa falta inexplicável. Sei que existem outras lacunas em nosso blog, mas convenhamos, as sonatas para piano de Prokofiev não podem faltar.
Yefim Bronfan mostra que tem fôlego para encarar esse petardo. As sonatas são aqui apresentadas em sua sequência natural, de 1 a 9. São três cds de pura maestria e virtuosismo.
Antes das reclamações, aqueles que tiverem versões com conversão a 320 kbp/s se apresentem para colaborar, e não fiquem dando bronca nos comentários. É o que temos para o momento. Se quéx quéx, se não quéx, tem quem queira…
CD 1
01 – Sonata No.1 in F minor Op.1 – Allegro
02 – Sonata No.2 in D minor Op.14 – I. Allegro, ma non troppo
03 – II. Scherzo. Allegro marcato
04 – III. Andante
05 – IV. Vivace
06 – Sonata No.3 in A minor Op.28 – Allegro tempestoso
07 – Sonata No.4 in C minor Op.29 – I. Allegro molto sostenuto
08 – II. Andante assai
09 – III. Allegro con brio, ma non leggiero
CD 2
01 – Sonata No.5 in C major Op.38 – I. Allegro tranquillo
02 – II. Andantino
03 – III. Un poco allegretto
04 – Sonata No.6 in A major Op.82 – I. Allegro moderato
05 – II. Allegretto
06 – III. Tempo di valzer lentissimo
07 – IV. Vivace
08 – Sonata No.7 in B-flat major Op.83 – I. Allegro inquieto
09 – II. Andante caloroso
10 – III. Precipitato
CD 3
01 – Sonata No.8 in B-flat major Op.84 – I. Andante dolce. Allegro moderato
02 – II. Andante sognando
03 – III. Vivace
04 – Sonata No.9 in C major Op.103 – I. Allegretto
05 – II. Allegro strepitoso
06 – III. Andante tranquillo
07 – IV. Allegro con brio, ma non troppo presto
Repertório raro e interessante. Martinu lembra muito Hindemith com sua música altamente contrapontística e bem humorada. Gostei muito, ainda mais depois de saber que ele foi expulso do Conservatório de Praga por sua “incorrigível negligência”. Ele foi violinista, mas os muitos amantes da viola que nos frequentam podem deliciar-se com seus Três Madrigais para Violino e Viola. Atenção também para as outras duas peças que colocamos aí em cima, no título. Baita disco!
Ah, e La Revue de Cuisine (Jornal de Cozinha, não?) é música felicíssima e GENIAL. Confira!
Bohuslav Martinu (1890-1959): Música de Câmara (La Revue de Cuisine; Noneto; 3 Madrigais)
Disc: 1
1. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Moderato
2. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Poco allegretto
3. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Andante moderato
4. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Scherzando, poco allegro
5. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Poco allegro
6. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Allegro moderato
7. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Lento
8. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Allegro
9. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Poco allegro
10. THREE MADRIGALS FOR VIOLIN AND VIOLA: Poco allegro
11. THREE MADRIGALS FOR VIOLIN AND VIOLA: Poco andante
12. THREE MADRIGALS FOR VIOLIN AND VIOLA: Allegro
13. MADRIGAL SONATA FOR FLUTE, VIOLIN AND PIANO: Poco allegro
4. TRIO IN F FOR FLUTE, CELLO AND PIANO: Poco Allegretto
5. TRIO IN F FOR FLUTE, CELLO AND PIANO: Adagio
6. TRIO IN F FOR FLUTE, CELLO AND PIANO: Andante – Allegretto Scherzando
7. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Allegro
8. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Andante
9. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Allegretto
10. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Poco Allegro
11. LA REVUE DE CUISINE: Prologue: Allegretto (Marche)
12. LA REVUE DE CUISINE: Tango (Lento)
13. LA REVUE DE CUISINE: Charleston (Poco A Poco Allegro)
14. LA REVUE DE CUISINE: Finale: Tempo Di Marcia
Mais Vivaldi com o selo de qualidade I Musici, desta vez tendo Pina Carmirelli como solista.
O Op. 6 de Vivaldi traz seis concertos para violino e cordas. Não há dúvidas quanto à qualidade da interpretação do conjunto I Musici. Coerência e um respeito muito grande pelo compositor são suas marcas registradas. Curioso também é essa alternância entre seus solistas, mas é facilmente explicável pela sua longevidade. Já são mais de sessenta anos de vida, e não por acaso músicos como Felix Ayo e Salvatore Accardo estiveram presentes em suas gravações. Pina Carmirelli foi uma de suas spallas, e essa sua gravação destes concertos de op. 6 são altamente recomendadas.
Com certeza eis uma belíssima trilha sonora para este ano novo. Espero que apreciem.
1-3 Concerto nº 1, in G Minor, RV 324
4-6 Concerto nº 2, in E flat, RV 259
7-9 Concerto nº 3, in G Minor, RV 3158
10-12 Concerto nº 4, in D, RV 216
13-15 Concerto nº 5, in E minor, RV 280
16-18 Concerto nº6, in D minor, RV 239
Antes que comecem as reclamações perguntando onde está o op. 3, “L’Estro Armonico”, explico: por algum motivo inexplicável não o tenho com o “I Musici”. Não me perguntem mais. Sei lá onde está, na verdade nem sei se já tive esse cd. Tenho duas outras opções, mas já mais recentes, com o Fabio Biondi e com o Christopher Hogwood. Se os senhores não se importarem, posso trazer alguma destas versões em outra ocasião. Certo?
Mas vamos ao interessa. “L’ Stravaganza” são uma série de doze concertos para violino do mestre veneziano. O solista é o incansável Felix Ayo, uma lenda neste repertório. Infelizmente não tenho o booklet para maiores informações se outros solistas se destacam.
CD 1
01 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.1
02 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.2
03 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.3
04 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.4
05 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.5
06 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.6
CD 2
01 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.7
02 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.8
03 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.9
04 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.10
05 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.11
06 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.12
Extraordinária e obrigatória coleção para os fãs e amantes da música de Shostakovich, inclusive para aqueles que não tem muita intimidade com a obra do compositor russo, tipo esse que vos escreve. Eu diria mais, essa coleção é IM-PER-DÍ-VEL !!!
Serão nove cds, onde o pessoal da DECCA caprichou na escolha dos solistas, repertório e maestros.
Começando muito bem, temos as sensacionais Jazz Suites, uma obra prima do compositor russo, e o Concerto para nº1 para Piano, Trompete e Cordas, tendo o pianista britânico Ronald Brautigam como solista e a Royal Concertgebow Orchestra e o Riccardo Chailly como regente. Como comentado acima, escolha impecável de solistas, de orquestra e de maestro.
Mas chega de falar e vamos ao que interessa.
01. Jazz Suite No.1 – Waltz
02. Jazz Suite No.1 – Polka
03. Jazz Suite No.1 – Foxtrot
04. Piano Concerto No. 1 in C minor I. Allegretto
05. Piano Concerto No. 1 in C minor II. Lento
06. Piano Concerto No. 1 in C minor III. Moderato
07. Piano Concerto No. 1 in C minor IV. Allegro con brio
08. Jazz Suite No.2 – March
09. Jazz Suite No.2 – Lyric Waltz
10. Jazz Suite No.2 – Dance1
11. Jazz Suite No.2 – Waltz1
12. Jazz Suite No.2 – Little Polka
13. Jazz Suite No.2 – Waltz2
14. Jazz Suite No.2 – Dance2
15. Jazz Suite No.2 – Finale
16. Tahiti Trot (Tea for two)
Ronald Brautigam – Piano
Peter Masseurs – Trompete
Royal Concertgebow Orchestra