É difícil dizer qual é o meu concerto favorito para piano de Prokofiev. Fico sempre pendendo entre o segundo e o terceiro. Ambos tem momentos absolutamente brilhantes, passagens de um nível técnico altíssimo. Talvez eu penda minha balança para o Concerto de nº 2 de Prokofiev, mas com certeza ambos estão entre os meus Top 10, entre os meus concertos para piano compostos para este instrumento. E facilmente o coloco ao lado de outros monumentos da literatura pianística, como o “Imperador” de Beethoven ou o Segundo Concerto de Brahms. Hoje vou propor uma brincadeirinha com os senhores. Duas gravações bem diferentes do mesmo concerto de nº 2 de Prokofiev, tocados por dois pianistas oriundos de escolas bem diferentes. Um de sangue latino, quente, que faz derreter as teclas do seu piano, outro de sangue russo, mais contido e técnico, cerebral. Um embate clássico entre a razão x emoção. E curiosamente, duas gravações realizadas ao vivo, frente a uma platéia, ou seja, errou, errou, não tem como consertar. Não se trata de saber qual a melhor, e sim identificar as diferenças entre as interpretações. Claro que inconscientemente faremos nossas escolhas. Ah, em um caso, temos uma orquestra inglesa com um regente russo, em outro caso a orquestra e o regente são alemães.
Façam as suas escolhas.
01 – Klavier Konzert Nr. 2 in G minor – I. Andantino – Allegretto
02 – II. Scherzo – Vivace
03 – III. Intermezzo – Allegro Moderato
04 – IV. Finale – Allegro tempestoso
Evgeny Kissin – Piano
Philarmonia Orchestra
Wladimir Ashkenazy – Conductor
04 Klavier Konzert Nr. 2 in G minor – I. Andantino – Allegretto
05 – II. Scherzo – Vivace
06 – III. Intermezzo – Allegro Moderato
07 – IV. Finale – Allegro tempestoso
Horacio Gutierrez – Piano
Berliner Philharmoniker
Klaus Tennstedt – Conductor
Winter Light é um belíssimo disco da fase inicial deste velho e duradouro grupo de jazz, formado por músicos que se tornaram estrelas também individualmente. O Oregon é um grupo que oscila entre o vanguardismo e as melodias acessíveis, como faz um de seus membros em seus discos “singles”: Ralph Towner. Mas é jazz, sem nenhuma dúvida, e do bom. E, como o quarteto é formado de muitiinstrumentistas,a coisa fica sempre colorida e interessante.
Há inesperados solos de piano de Ralph Towner… Há um pulso delicado e pré-minimalista em algumas músicas e muita, mas muita improvisação. Ah, como na época ainda não tínhamos nos livrado da infuência indiana, Colin Walcott nos tortura moderadamente com algumas tablas.
Importante: este trabalho recebeu avaliação máxima de nove ouvintes na Amazon. Prova de que não só eu gosto dele.
Postado originalmente em 28 de março de 2013. Repostado com direito a FLAC
Pessoal, que baita CD!
Eu confesso aqui que sou meio grandiloquente e que geralmente me interessam mais obras compostas para orquestras completas. Conjuntos pequenos, especialmente duetos, algumas vezes acabam por me cansar pela monotonia que eventualmente causam. Mas monotonia não é nem de longe o que esses dois caras fenomenais – repito: FE-NO-ME-NAIS – fazem aqui.
O Duo Quanta, com o paulista Paulo Gazzaneo no piano e o paraibano Raïff Dantas Barreto no violoncelo, é imenso, amplo, generoso na interpretação das músicas. E eu, vergonhosamente, os desconhecia até há bem pouco tempo e, portanto, o encarte falará melhor que eu sobre a dupla:
Formado por artistas de sólida reputação no mercado artístico nacional, o Duo Quanta vem preencher uma lacuna ainda pouco abordada pelos músicos brasileiros: o repertório de nosso país para piano e violoncelo.
O presente CD, com obras de compositores de São Paulo, Rio de Janeiro e da Paraíba, marca a estreia do duo formado por Raïff Dantas Barreto e Paulo Gazzaneo no cenário artístico nacional. com a premissa principal de resgatar as obras brasileiras para esta formação. Em defesa da brasilidade de seu trabalho, o duo escolheu para este registro fonográfico o uso de instrumentos de fabricação nacional, evidenciando e pondo em prova a qualidade sonora de nosso acervo instrumental. Nas cordas do violoncelo de Saulo Dantas Barreto e na primazia dos harmônicos produzidos pelo piano Fritz Dobbert os artistas foram muito bem sucedidos no emprego da máxima capacidade sonora dos instrumentos utilizados, mostrando-nos que já dispomos de conhecimento para produzir instrumentos com a mesma propriedade dos grandes que a história da música já presenciou (extraído do encarte).
São 13 faixas que contemplam compositores brasileiros desde o romantismo, como o melodioso Henrique Oswald (seu Berceuse e sua Elegia são de grande inspiração), até os contemporâneos como João Linhares, cujo Côco é simplesmente genial, o difícil Osvaldo Lacerda, com uma Elegia e uma Cançoneta, e Amaral Vieira, com as intrigantes Elegia e Burlesca. Aparecem também, brilhantemente, os modernos: Ponteio e Dansa (escrita assim, à antiga) são as vibrantes obras de Camargo Guarnieri apresentadas neste álbum. Já seu colega José Siqueira, sempre complexo, sincopado e genial, completa o álbum com a espetacular Suíte Sertaneja, digna deste grande compositor que a concebeu.
Obras muito boas, escolhidas a dedo. Um baita repertório rico, com todas as síncopas, contratempos e outros tempos quebrados que são característicos de nossa música e tão nossos, intercalados com momentos de extremo lirismo, de melodias enlevantes.
Ouça, ouça! Deleite-se sem a menor moderação!
Palhinha: o Côco, de João Linhares (faixa 2):
Duo Quanta
Música Brasileira para Piano e Violoncelo
Astor Piazzolla é meio que unanimidade aqui no PQPBach. Todos amamos sua música incondicionalmente. Desde a primeira vez que o ouvi, em seu magnífico disco com Amelita Baltar, onde tocavam “Balada de un Loco” foi paixão a primeira audição. O velho LP ainda está guardado ali na estante, mas estou sem um toca discos decente para ouvi-lo.
O violinista Gidon Kremer abraçou a causa “Piazzolla” há alguns anos e já lançou alguns cds onde interpreta a obra do compositor argentino, não sei dizer quantos. Um deles, inclusive, cheguei a postar por aqui. Mas o curioso é como um lituano, Kremer, conseguiu compreender a obra de um argentino compositor de tangos, uma música que necessita de sangue, suor e lágrimas para interpretá-la.
Esse CD que ora vos trago foi lançado em 2001. Emocionante e delicado como não deveria deixar de ser um CD com obras de Piazzolla, ou mesmo inspiradas nele. Destaco a magnífica “”Chuiquilín de Bachin”, interpretado por um trio de cordas, mas que tem a participação mais que especial de Horacio Ferrer, um dos letristas favoritos de Piazzolla. O inconfundível sotaque porteño na voz de Ferrer é no mínimo, emocionante. Espero que apreciem.
1 La Calle 92
Ula Ulijona – viola
Marta Sudraba – Cello
2-4 Tango – Etudes
Gidon Kremer – Violin
5 Chiquilín de Bachin
Horacio Ferrer – Voice
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
6 Rio Sena
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
7-9 Tango – Etudes
Gidon Kremer – Violin
10 Viollonceles, Vibrez!
Marta Sudraba & Sol Gabetta – Cellos
11 Milonga sin Palabras
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
12 Tracing Astor
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
Leonid Desyatnikov – Piano
13 All in the Past (Remembering Oskar Strock) for Violin & Strings
Gidon Kremer – Violin
Kremerata Baltica
Há pouco mais de 50 anos, Charles Mingus, Eric Dolphy e o sexteto de Mingus davam esta inacreditável comprovação de musicalidade e talento para uma plateia de Bremen. Dois meses depois, Dolphy morreria da forma mais estúpida possível: na tarde de 18 de Junho de 1964, ele caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros não sabiam que ele era diabético e pensaram que ele (como acontecia com muitos jazzistas) estava sob overdose. Deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após o coma diabético. Aos 36 anos. Bastava-lhe uma injeção. São coisas que acontecem muito com negros.
O som do CD não é uma maravilha, mas é muito mais do que o suficiente para se notar que estamos entre gênios. Mingus era um sujeito duríssimo com sua banda. Certa vez acertou um direto no queixo de seu fiel trombonista Jimmy Knepper porque ele não acertava uma nota. Com Dolphy, a comunicação parecia ser telepática. Mingus dizia que não precisava conversar muito com Dolphy, que eles se entendiam silenciosamente antes de partir para outras dimensões. Verdade, partiam mesmo.
Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert
CD1
01 – A.T.F.W. [Art Tatum-Fats Waller]
02 – Sophisticated Lady
03 – So long Eric
04 – Parkeriana
CD2
01 – Meditations On Integration
02 – Fables Of Faubus
Charles Mingus, bass
Eric Dolphy, alto sax / flute / bass clarinet
Johnny Coles, trumpet
Clifford Jordan, tenor sax
Jacki Byard, piano
Dannie Richmond, drums
Excelente ópera de Handel. Passei o dia de ontem ouvindo e valeu a pena.
Da Wikipedia:
Alcina (HWV 34) é um ópera em três atos de autoria do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1785-1759). Sua estreia se deu no Royal Opera House de Covent Garden em 16 de abril de 1735, tendo sido uma das últimas óperas de sucesso do compositor. Um libreto de Antonio Marchi denominado Alcina delusa da Ruggiero foi musicado por Tomaso Albinoni em Veneza em 1725. A ópera foi revivida em 1732 sob o nome de Gli evenimenti di Ruggiero. No entanto, salvo por conta do argumento, não há relação entre esse texto e aquele utilizado por Händel. Winton Dean sustenta que o mais provável é que Händel tenha trabalhado sozinho adaptando o libreto da ópera de Ricardo Broschi L’Isola d’Alcina. Assim como outras óperas de Händel como Orlando e Ariodante, o enredo de Alcina tem por base a obra de Ludovico Ariosto Orlando Furioso, poema épico ambientado no tempo das guerras de Carlos Magno contra o Islã. A ópera contém várias sequências musicais para dança, compostas para a dançarina Marie Sallé e para o corpo de baile do Covent Garden.
No PQP, a categoria ópera foi apenas recentemente criada pelo Bisnaga. Não confie totalmente nela. Há mais óperas escondidas por aí…
Olafur Arnalds (ou Ólafur Arnalds) é um rapazinho que ainda não completou 30 anos. Nasceu em Mosfellsbær, na Islândia. A história do disco que posto hoje — um disco curtinho mas que está completinho — é muito legal: em abril de 2009, Arnalds compôs e lançou instantaneamente na internet uma faixa por dia durante sete dias. A coleção de faixas foi intitulada Found Songs. Ele repetiu a coisa no álbum Living Room Songs. A música de Olafur é meio estática, meio neo-clássica e por vezes é bem chatinha. Mas o cara está sendo muito ouvido na Europa. Confiram aê!
Olafur Arnalds: Found Songs
01. Day I Erla’s Waltz
02. Day II RAein
03. Day III Romance
04. Day IV Allt var Hljott
05. Day V Lost Song
06. Day VI Faun
07. Day VII Ljosid
Confesso que eu estava ansioso aguardando esta gravação. O incrível violinista italiano Giuliano Carmignola, um dos grandes nomes do violino barroco da atualidade, encara os Concertos para Violino de Papai Johann.
Já perdi as contas de quantas gravações já ouvi destes concertos. Mas aí reside uma das qualidades da genialidade de Bach: cada intérprete consegue extrair algo novo da obra, por mais gravada, estudada ou interpretada que ela seja. Cada cabeça, uma sentença, cada solista, uma leitura diferente, uma solução diferente. Mullova e Rachel Podger, só para citar duas violinistas contemporâneas, optaram por grupos orquestrais mínimos, dando destaque para o instrumento solista. Carmignola obviamente dá destaque para o violino, mas não esquece da genial orquestração que papai Johann escreveu para estas obras.
Giuliano Carmignola juntou-se ao excelente conjunto Concerto Köln, um dos principais conjuntos de câmara alemães, e que já estão na ativa há décadas. O sangue quente italiano aliou-se ao espírito crítico, austero e por vezes ríspido do sangue alemão, e curiosamente o italiano se conteve em seus virtuosismos. Sua interpretação é correta, coerente, nos oferecendo uma opção diferente por exemplo, da já citada Rachel Podger, em minha opinião, um tanto quanto radical em suas escolhas, mas também excelente.
Não temo em considerar esse CD IM-PER-DÍ-VEL!! por trazer novos horizontes a estes concertos já tão gravados. Mostra um intérprete no apogeu de sua maturidade artística.
Trata-se de um cd para os senhores apreciarem de preferência sentados em suas melhores poltronas, apreciando cada detalhe, cada nuance destas obras primas do repertório violinístico.
01. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 1. (Allegro moderato)
02. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 2. Andante
03. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 3. Allegro assai
04. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 1. Allegro
05. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 2. Adagio
06. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 3. Allegro assai
07. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 1. Vivace
08. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 2. Largo ma non tanto
09. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 3. Allegro
10. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 1. Allegro
11. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 2. Largo
12. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 3. Presto
13. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 1. Allegro
14. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 2. Adagio
15. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 3. Allegro
Giuliano Carmignola – Violin
Mayumi Hirasaki – Second Violin on BWV 1043
Concerto Köln
Vamos concluir então essa excelente coleção com as obras de Shostakovich, com mais grandes nomes envolvidos em sua gravação.
Temos o segundo concerto para piano, com a brasileira Cristina Ortiz, os concertos para violino nas mãos de Viktoria Mullova e Gidon Kremer, e o concerto para violoncelo, com o Heinrich Schiff, sendo o filho de Shostakovich, Maxim, o regente junto à Orquestra da Rádio Bávara. Não posso esquecer de Rudolf Barshai com outra de suas orquestrações dos quartetos de corda, e o incansável Vladimir Ashkenazy, um dos maiores especialistas em Shostakovich. Só tem feras por aqui.
Achei a recepção desta coleção um tanto quanto morna, achei que teria mais downloads. Creio que algumas destas obras nunca tinham aparecido por aqui. Mas tudo bem, não podemos satisfazer a todos. A música deste grande compositor russo ainda é um tanto quanto desconhecida para nós daqui do sul do Equador,
CD 7
01. Festival Overture, Op.96
02. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Allegro
03. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Andante
04. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Allegro
Cristina Ortiz – Piano
05. Five Fragments, Op.42 – Moderato
06. Five Fragments, Op.42 – Andante
07. Five Fragments, Op.42 – Largo
08. Five Fragments, Op.42 – Moderato
09. Five Fragments, Op.42 – Allegretto
Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor
10. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Allegretto
11. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Moderato com moto
12. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Allegro non troppo
13 Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Adagio – attaca
14 Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Moderato
Chamber Orchestra of Europe
Rudolf Barschai – Conductor
15. 15. October – Symphonic Poem, Op.131
Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor
CD 8
01. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 I. Nocturne Moderato
02. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 II. Scherzo Allegro
03. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 III. Passacaglia Andante
04. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 IV. Burlesque Allegro con brio – Presto
Viktoria Mullova – Violin
Royal Philharmonic Orchestra
Andre Previn – Conductor
05. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 I. Moderato
06. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 II. Adagio
07. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 III. Adagio – Allegro
Atys foi a quarta tragedie-lyrique de Lully e foi encenada pela primeira vez em 1676 pela ”Academie Royale de Musique” na residência do rei em Saint-Germain-en-Laye. Diz-se que Luís XIV preferiu Atys a todas as outras óperas de Lully e sua opinião parece ter sido amplamente compartilhada, até certo ponto, tanto dentro quanto fora da França. Telemann, em uma carta a Carl Heinrich Graun, certa vez comentou que as árias francesas substituíram a moda anterior das cantatas italianas na Alemanha. De fato, Telemann afirmou: ”Conheci alemães, ingleses, russos, poloneses e até judeus que sabiam de cor passagens inteiras das óperas Belerofonte e Atys de Lully ”. Cinco cartas descobertas recentemente, todas relacionadas em maior ou menor grau à preparação e execução de Atys , e reproduzidas no livreto que acompanha esta gravação, acrescentam mais um testemunho à evidente estima em que a obra era tida. E aqui nós temos uma seleção de seus melhores lances com repetecos em vários ângulos e em câmera lenta. além de imagens do VARmengo.
Jean-Baptiste Lully (1632–1687): Atys (extraits) (Les Arts Florissants, William Christie)
1 Ouverture 1:51
Acte I
2 Allons, Allons Accourez Tous 4:01
3 Atys, Ne Feignez Plus 2:49
4 Allons, Allons, Accourez Tous, Cybèle Va Descendre: Ecoutons Les Oiseaux 5:36
5 Atys Est Trop Heureux – Un Amour Malheureux 6:21
Acte II
6 Je Veux Joindre En Ces Lieux la Gloire Et L’abondance 4:12
7 Tu T’étonnes, Mélisse 5:33
8 Célébrons la Gloire Immortelle 1:40
Acte III
9 Prelude. Dormons, Dormons Tous – Air Des Songes Agréables 9:55
Acte IV
10 Belle Nymphe, L’Hymen Va Suivre Mon Envie 3:26
11 O Vous Qui Prenez Part Au Bien de Ma Famille – Que L’on Chante, Que L’on Danse
12 La Beauté la Plus Sévère – D’une Constance Extrême Le Ruisseau Suit Son Cours Un Grand Calme Est Trop Facheux 3:13
13 Venez Former Des Nœuds Charmants 1:48
Acte V
14 Venez, Furieux Corybantes 6:50
15 Entrée Des Nymphes – Première & Seconde Entrées Des Corybantes 2:50
16 Que Le Malheur D’Atys Afflige Tout Le Monde 2:25
Conductor – William Christie
Orchestra – Les Arts Florissants
Vocals – Agnès Mellon, Bernard Delétré, Françoise Semellaz, Gilles Ragon, Guillemette Laurens, Guy De Mey, Isabelle Desrochers, Jacques Bona, Jean-François Gardeil, Jean-Paul Fouchécourt, Michel Laplénie, Noémi Rime, Véronique Gens
Minhas férias estão acabando, e isso significa que o tempo disponível para preparar postagens também. Por isso, tenho de deixar as coisas mais ou menos preparadas, ainda mais que já há algum tempo apenas eu e PQPBach estamos envolvidos nas postagens. Monge Ranulfus de vez em quando colabora, de acordo com seu tempo disponível, assim como Mestre Avicenna.
Vou acelerar então um pouco as postagens e trazer três cds de uma só vez desta coleção do Shostakovich. E a partir de agora as coisas começam a ficar melhor, se é que se pode melhorar o que já está bom.
1 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – I. Introduction and night patrol
2 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – II. Funeral march
3 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – III. Flourish and dance music
4 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – IV. The hunt
5 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – IX. Ophelia’s song
6 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – V. Pantomime of the actors
7 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VI. Procession
8 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VII. Musical pantomime
9 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VIII. Banquet
10 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – X. Cradle song
11 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XI. Requiem
12 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XII. Tournament
13 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XIII. Fortinbras’s march
14 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – I. Overture
15 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – II. Bureaucrat’s dance
16 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – III. Drayman’s dance
17 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – IV. Tango
18 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – V. Intermezzo
19 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VI. The colonial slavegirl’s dance
20 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VII. The Yes-Man
21 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VIII. General dance and apotheosis
22 The Golden Age – Suite, op.22a – I. Introduction
23 The Golden Age – Suite, op.22a – II. Adagio
24 The Golden Age – Suite, op.22a – III. Polka
25 The Golden Age – Suite, op.22a – IV. Dance
Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi – Conductor
CD 6
1 Overture on Russian and Kirghiz Folk Themes, Op.115
Royal Concertgebow Orchestra
Bernard Haitink – Conductor
2 The Song of the Forests, Op.81 – When the War Ended
3 The Song of the Forests, Op.81 – We will clothe our homeland with forests
4 The Song of the Forests, Op.81 – Memories of the Past
5 The Song of the Forests, Op.81 – The Pioneers Plant the Forest
6 The Song of the Forests, Op.81 – The Young Communists go Forth
7 The Song of the Forests, Op.81 – A walk in the future
8 The Song of the Forests, Op.81 – Glory
Mikhail Kotliarov – Tenor
NIkita Storojev – Bass
9 Funeral and Triumphal Prelude, op.130
New London Children´s Choir
Brigthon Festival Chorus
Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor
Há um problema com a música francesa, quem ignora? Até um de seus maiores compositores barrocos, Jean-Baptiste Lully, nasceu Giovanni Battista Lulli, na bela Florença. Lully tornou-se francês, tendo passado a maior parte de sua vida trabalhando na corte de Luís XIV. Seu estilo de composição foi imitadíssimo na Europa. Sem chegar à categoria de Rameau (nosso leitor há anos), Lully foi grande. E um grande idiota, pela forma como morreu. Inventou muitas coisas. Em 1671, passou a ocupar o posto de compositor oficial do rei. Três anos depois tornou-se mestre de música da família real. Criou o gênero sinfonie para preceder as óperas — até hoje é assim –, modificou o estilo das danças na ópera francesa introduzindo o minueto e danças mais rápidas. Elaborou a suíte, e organizou o grupo 24 Violons du Roi — primeiro conjunto especialmente criado para fins de concertos regulares para animar os balés da corte. Luis XIV gostava de se exibir dançando, Lully então desenvolveu a importância cênica da ópera, levando as bailarinas para o palco. A seguir, apresentamos algumas peças que Lully criou para peças de Molière.
Ah, como ele morreu? Em 8 de janeiro de 1687, Lully estava conduzindo um Te Deum em honra de Luís XIV, recém recuperado de uma doença. O compositor marcava o tempo, batendo com um grande bastão (o precursor da batuta) no chão, como era usual nesse período, quando atingiu o próprio pé, provocando uma infecção. Essa ferida evoluiu para uma gangrena, mas Lully recusou-se a amputar o pé. Em consequência, acabou morrendo, em 22 de março de 1687.
Jean-Baptiste Lully (1632–1687): Lully-Molière / Les Comedies-Ballets (Les Musiciens du Louvre, Minkowski)
1 L’Amour Médecin 10:34
2 Les Plaisirs De L’Île Enchantée: Deuxième Journée – La Princesse D’Elide 7:36
3 George Dandin – Le Grand Divertissement Royal De Versailles 13:02
4 Monsieur De Pourceaugnac – Le Divertissement De Chambord 3:54
5 Pastorale Comique 5:56
6 Le Bourgeois Gentilhomme 12:38
7 Les Amants Magnifiques 19:59
Isabelle POULENARD, soprano
Agnès MELLON, soprano
Gilles RAGON, ténor
Michel VERSCHAEVE, baryton
Bernard DELETRE, basse
Michel LAPLENIE, ténor
Philippe CANTOR, basse
Nestas minhas merecidas férias tenho aproveitado para colocar em dia a audição de alguns cds que, apesar de me serem muito queridos, ainda os ouço com pouca frequência devido às atribulações do dia a dia. Esta coleção do I Musici interpretando Vivaldi é um destes casos. Já a tenho há alguns anos, mas raramente à ouço. Fica esquecida num canto da estante, e em um belo momento, a recupero.
O op. 7 traz dez concertos para violino e dois para oboé. Mais uma vez o destaque aqui são os solistas, Salvatore Accardo e Heinz Holliger, dois gigantes em seus instrumentos. Beleza, sensibilidade, técnica, virtuosismo, são alguns dos adjetivos que eu poderia aplicar, mas são desnecessários, diria até mais, redundantes. Por isso, vamos ao que viemos.
CD 1
1-3 Concerto nº1 in B flat RV 465 for oboe
4-6 Concerto nº2 in C RV 188 for violin
7-9 Concerto nº3 in G minor RV 326 for violin
10-12 Concerto nº4 in A minor RV 354 for violin
13-15 Concerto nº5 in F flat RV 285a for violin
16-18 Concerto nº6 in B flat RV 374 for violin
CD 2
1-3 Concerto nº7 in B flat RV 464 for oboe
4-6 Concerto nº8 in G RV 299 for violin
7-9 Concerto nº9 in B flat RV 373 for violin
10-12 Concerto nº10 in F flat RV 294a for violin
13-15 Concerto nº11 in D RV 208a for violin
16-18 Concerto nº12 in D RV 214 for violin
Heinz Holliger – Oboe
Salvatore Accardo – Violin
I Musici
Mais um cd desta belíssima caixa com obras de Shostakovich. E aqui continuamos a ouvir trilha sonoras de filmes. Desconheço maiores detalhes sobre esses filmes, ou sob que circunstâncias essas obras foram compostas. Se o nosso mentor, PQPBach, puder nos atualizar, agradeceria sobremaneira.
Riccardo Chailly e a Royal Concertgebow Orchestra formaram durante muito tempo uma parceria única. A fama desta orquestra se solidificou com sua direção. Não por acaso ela lidera o “ranking” das orquestras da atualidade.
01. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- Presto
02. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- Andante
03. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- The Song of the counterplan
04. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Marche, the Street
05. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Galop
06. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Barrel organ
07. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- March
08. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Altai
09. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- In Kuzmina’s Hut
10. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- School children
11. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Storm breaks
12. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Snow storm
13. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Calm after the Storm
14. The Silly Little Mouse, animated film score, Op. 56
15. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Introduction
16. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Palace music
17. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Ball at the castle
18. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Ball
19. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- In the garden
20. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Military music
21. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Scene of the poi
22. The Great Citizen II, film score, Op. 55 (part lost)- Funeral march
23. Sofia Perovskaya, film score, Op. 132 (2 numbers missing)- Waltz
24. Pirogov, suite from the film score, Op. 76a (assembled by Atovmyan)- Scherzo
25. The Gadfly, suite from the film score, Op. 97a (assembled by Atovmyan)- Romance
26. Pirogov, suite from the film score, Op. 76a (assembled by Atovmyan)- Finale
Royal Concertgebow Orchestra
Riccardo Chailly – Conductor
Um novo compositor estreia hoje no PQP Bach. Daníel Bjarnason é um islandês, compositor e maestro, nascido em Reykjavík. É uma figura conhecida: já regeu a Los Angeles Philharmonic, The Ulster Orchestra, Winnipeg Symphony Orchestra, Britten Sinfonia, Adelaide Symphony Orchestra e sua música foi interpretada por gente como Gustavo Dudamel, James Conlon, Ilan Volkov, etc. Em seu país pertence ao selo-comunidade de compositores chamado Bedroom Community.
Os elogios recebidos por este álbum não são por acaso. O disco inicia por Bow to String, uma peça para infinitos violoncelos gravados pela mesma instrumentista, de nome Sæunn Þorsteinsdóttir — pronuncie você meu amigo, desejo-lhe em dobro. É uma esplêndida peça que você deverá conhecer. Processions é um belo Concerto para Piano cheio de personalidade e com final cinematográfico. O CD fecha suas cortinas com Skelja, uma tranquila composição para harpa e percussão.
O mundo gira e as novidades e os novos talentos vão aparecendo. Vida longa e criativa para Daníel Bjarnason!
Daníel Bjarnason (1979): Processions
1. Bow to String I. “Sorrow conquers happiness” 05:20
2. Bow to String II. Blood To Bones 05:08
3. Bow to String III. Air to Breath 04:11
4. Processions I. In Medias Res 10:24
5. Processions II. Spindrift 12:33
6. Processions III. Red–handed 05:34
7. Skelja 06:21
Instrumentistas:
Bow to String
Sæunn Þorsteinsdóttir: Cello (or ‘an infinite number of cellos’)
Valgeir Sigurðsson: Programming on 1st movement, Sorrow conquers happiness
Outro excelente disco localizado na imensa discografia do Randy Brecker, não por acaso, ex-marido desta talentosíssima pianista brasileira, Eliane Elias. Aqui, Brecker cuida mais da produção e tem uma pequena participação vocal.O “resto” da galera com quem ela toca tem apenas Jack DeJohnete, Eddie Gomez e Peter Erskine, entre outras feras.
A discografia de Eliane Elias é bem grande, e diversificada e já ganhou diversos prêmios por ela. Gravou de tudo um pouco. E ainda se arrisca nos vocais. Seu último trabalho é dedicado a Chet Baker.
Se os senhores gostarem, trago outro dia seu CD dedicado a Tom Jobim.
1 – Hallucinations
2 – Cross Currents
3 – Beautiful Love
4 – Campari & Soda
5 – One Side of You
6 – Another Side of You
7 – Peggy´s Blue Skylight
8 – Impulsive
9 – When You Wish Upon a Star
10 – East Costin´
11 – Coming and Going
Eliane Elias – Vocais, Piano
Eddie Gomez – Bass
Jack DeJohnette – Drums
Peter Erskine – Drums
Café – Percussion
Barry Finnerty – Guitar
Mais um delicioso CD desta deliciosa caixa da DECCA com música de Shostakovich.
O Cd abre com uma Suíte de uma Opereta, Moscow-Cheryomuschki, uma suíte de um balé, e conclui com a trilha sonora composta para um filme. São peças curtas, leves, alegres e divertidas.
E mais uma vez Riccardo Chailly dá um show de versatilidade, totalmente à vontade frente à excelente The Philadelphia Orchestra. Não tem como não gostar desse repertório.
Como já notaram, o grande expert em Shostakovich é nosso mentor PQPBach. Conhece muito bem a vida e a obra do compositor russo, como já deixou demonstrado em outras postagens de Shosta, como carinhosamente o chama.
Mas vamos ao que viemos.
01. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite A Spin Through Moscow
02. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Waltz
03. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Dances (Polka – Galop)
04. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Ballet
05. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Introduction
06. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Polka
07. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Variations
08. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Tango
09. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Intermezzo
10. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Finale
11. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Overture
12. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Cliff
13. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Youth (Romance)
14. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Slap In The Face
15. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Barrel Organ
16. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Contredanse
17. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Galop
18. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Market Place
19. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Escape
20. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Montanelli
21. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Finale
22. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Austrians
23. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Gemma’s Room
The Philadelphia Orchestra
Riccardo Chailly – Conductor
Curioso que, fãs que somos de Prokofiev, suas sonatas para piano pouco apareçam por aqui. Não dá para explicar. A única vez em que me lembro em que esta integral esteve aqui presente foi há uns quatro anos atrás, uma postagem que o próprio PQPBach fez.
Mas vamos suprir essa falta inexplicável. Sei que existem outras lacunas em nosso blog, mas convenhamos, as sonatas para piano de Prokofiev não podem faltar.
Yefim Bronfan mostra que tem fôlego para encarar esse petardo. As sonatas são aqui apresentadas em sua sequência natural, de 1 a 9. São três cds de pura maestria e virtuosismo.
Antes das reclamações, aqueles que tiverem versões com conversão a 320 kbp/s se apresentem para colaborar, e não fiquem dando bronca nos comentários. É o que temos para o momento. Se quéx quéx, se não quéx, tem quem queira…
CD 1
01 – Sonata No.1 in F minor Op.1 – Allegro
02 – Sonata No.2 in D minor Op.14 – I. Allegro, ma non troppo
03 – II. Scherzo. Allegro marcato
04 – III. Andante
05 – IV. Vivace
06 – Sonata No.3 in A minor Op.28 – Allegro tempestoso
07 – Sonata No.4 in C minor Op.29 – I. Allegro molto sostenuto
08 – II. Andante assai
09 – III. Allegro con brio, ma non leggiero
CD 2
01 – Sonata No.5 in C major Op.38 – I. Allegro tranquillo
02 – II. Andantino
03 – III. Un poco allegretto
04 – Sonata No.6 in A major Op.82 – I. Allegro moderato
05 – II. Allegretto
06 – III. Tempo di valzer lentissimo
07 – IV. Vivace
08 – Sonata No.7 in B-flat major Op.83 – I. Allegro inquieto
09 – II. Andante caloroso
10 – III. Precipitato
CD 3
01 – Sonata No.8 in B-flat major Op.84 – I. Andante dolce. Allegro moderato
02 – II. Andante sognando
03 – III. Vivace
04 – Sonata No.9 in C major Op.103 – I. Allegretto
05 – II. Allegro strepitoso
06 – III. Andante tranquillo
07 – IV. Allegro con brio, ma non troppo presto
Repertório raro e interessante. Martinu lembra muito Hindemith com sua música altamente contrapontística e bem humorada. Gostei muito, ainda mais depois de saber que ele foi expulso do Conservatório de Praga por sua “incorrigível negligência”. Ele foi violinista, mas os muitos amantes da viola que nos frequentam podem deliciar-se com seus Três Madrigais para Violino e Viola. Atenção também para as outras duas peças que colocamos aí em cima, no título. Baita disco!
Ah, e La Revue de Cuisine (Jornal de Cozinha, não?) é música felicíssima e GENIAL. Confira!
Bohuslav Martinu (1890-1959): Música de Câmara (La Revue de Cuisine; Noneto; 3 Madrigais)
Disc: 1
1. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Moderato
2. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Poco allegretto
3. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Andante moderato
4. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Scherzando, poco allegro
5. FIVE MADRIGAL STANZAS FOR VIOLIN AND PIANO: Poco allegro
6. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Allegro moderato
7. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Lento
8. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Allegro
9. Four Madrigals For Oboe, Clarinet And Bassoon: Poco allegro
10. THREE MADRIGALS FOR VIOLIN AND VIOLA: Poco allegro
11. THREE MADRIGALS FOR VIOLIN AND VIOLA: Poco andante
12. THREE MADRIGALS FOR VIOLIN AND VIOLA: Allegro
13. MADRIGAL SONATA FOR FLUTE, VIOLIN AND PIANO: Poco allegro
4. TRIO IN F FOR FLUTE, CELLO AND PIANO: Poco Allegretto
5. TRIO IN F FOR FLUTE, CELLO AND PIANO: Adagio
6. TRIO IN F FOR FLUTE, CELLO AND PIANO: Andante – Allegretto Scherzando
7. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Allegro
8. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Andante
9. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Allegretto
10. SONATINA FOR TWO VIOLINS AND PIANO: Poco Allegro
11. LA REVUE DE CUISINE: Prologue: Allegretto (Marche)
12. LA REVUE DE CUISINE: Tango (Lento)
13. LA REVUE DE CUISINE: Charleston (Poco A Poco Allegro)
14. LA REVUE DE CUISINE: Finale: Tempo Di Marcia
Mais Vivaldi com o selo de qualidade I Musici, desta vez tendo Pina Carmirelli como solista.
O Op. 6 de Vivaldi traz seis concertos para violino e cordas. Não há dúvidas quanto à qualidade da interpretação do conjunto I Musici. Coerência e um respeito muito grande pelo compositor são suas marcas registradas. Curioso também é essa alternância entre seus solistas, mas é facilmente explicável pela sua longevidade. Já são mais de sessenta anos de vida, e não por acaso músicos como Felix Ayo e Salvatore Accardo estiveram presentes em suas gravações. Pina Carmirelli foi uma de suas spallas, e essa sua gravação destes concertos de op. 6 são altamente recomendadas.
Com certeza eis uma belíssima trilha sonora para este ano novo. Espero que apreciem.
1-3 Concerto nº 1, in G Minor, RV 324
4-6 Concerto nº 2, in E flat, RV 259
7-9 Concerto nº 3, in G Minor, RV 3158
10-12 Concerto nº 4, in D, RV 216
13-15 Concerto nº 5, in E minor, RV 280
16-18 Concerto nº6, in D minor, RV 239
Antes que comecem as reclamações perguntando onde está o op. 3, “L’Estro Armonico”, explico: por algum motivo inexplicável não o tenho com o “I Musici”. Não me perguntem mais. Sei lá onde está, na verdade nem sei se já tive esse cd. Tenho duas outras opções, mas já mais recentes, com o Fabio Biondi e com o Christopher Hogwood. Se os senhores não se importarem, posso trazer alguma destas versões em outra ocasião. Certo?
Mas vamos ao interessa. “L’ Stravaganza” são uma série de doze concertos para violino do mestre veneziano. O solista é o incansável Felix Ayo, uma lenda neste repertório. Infelizmente não tenho o booklet para maiores informações se outros solistas se destacam.
CD 1
01 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.1
02 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.2
03 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.3
04 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.4
05 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.5
06 La Stravaganza Op 4 – Concerto n.6
CD 2
01 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.7
02 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.8
03 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.9
04 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.10
05 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.11
06 La Stravaganza Op. 4 – Concerto n.12
Extraordinária e obrigatória coleção para os fãs e amantes da música de Shostakovich, inclusive para aqueles que não tem muita intimidade com a obra do compositor russo, tipo esse que vos escreve. Eu diria mais, essa coleção é IM-PER-DÍ-VEL !!!
Serão nove cds, onde o pessoal da DECCA caprichou na escolha dos solistas, repertório e maestros.
Começando muito bem, temos as sensacionais Jazz Suites, uma obra prima do compositor russo, e o Concerto para nº1 para Piano, Trompete e Cordas, tendo o pianista britânico Ronald Brautigam como solista e a Royal Concertgebow Orchestra e o Riccardo Chailly como regente. Como comentado acima, escolha impecável de solistas, de orquestra e de maestro.
Mas chega de falar e vamos ao que interessa.
01. Jazz Suite No.1 – Waltz
02. Jazz Suite No.1 – Polka
03. Jazz Suite No.1 – Foxtrot
04. Piano Concerto No. 1 in C minor I. Allegretto
05. Piano Concerto No. 1 in C minor II. Lento
06. Piano Concerto No. 1 in C minor III. Moderato
07. Piano Concerto No. 1 in C minor IV. Allegro con brio
08. Jazz Suite No.2 – March
09. Jazz Suite No.2 – Lyric Waltz
10. Jazz Suite No.2 – Dance1
11. Jazz Suite No.2 – Waltz1
12. Jazz Suite No.2 – Little Polka
13. Jazz Suite No.2 – Waltz2
14. Jazz Suite No.2 – Dance2
15. Jazz Suite No.2 – Finale
16. Tahiti Trot (Tea for two)
Ronald Brautigam – Piano
Peter Masseurs – Trompete
Royal Concertgebow Orchestra
Não sei bem como classificar esse CD, mas sei de uma coisa: a voz de Anna Maria Jopek casa perfeitamente bem com a guitarra de Pat Metheny. Ou sei lá que tipo de instrumento ele está tocando em alguns momentos, só sei que é de cordas.
Algumas das canções são conhecidas dos fãs de Metheny, mas como não tenho o booklet desse cd não saberia dizer quem adaptou ou escreveu as letras. Ajuda é bem vinda. As poucas informações que obtive deste cd é que Anna Maria Jopek é polonesa, e uma das grandes cantoras de seu país na atualidade, lembrando que esse cd é de 2002.
O lirismo e beleza das melodias, aliados à voz suave e delicada de Jopek tornam este um cd único. A atmosfera é a mesma de alguns cds de Metheny, mas tem forte a personalidade de Jopek. Está lá o dedilhado impecável, o fraseado perfeito da guitarra de Metheny, mas como todo grande músico, ele não tenta impor sua marca, deixando a linda voz de Jopek se destacar.
Encontrei esse release no site allmusic: Originally released in 2002 in Europe and Japan, Upojenie (Ecstasy) is a collaboration between Pat Metheny and superstar Polish vocalist Anna Maria Jopek. It came into being after Jopek approached the guitarist at a jazz festival in Warsaw in 2001. Her original idea was to perform some of her own work, some of Metheny’s, and some Polish folk songs (exactly what happened). The collaboration was recorded over four months in Poland; it is something wholly other than the sum of its parts might suggest. Co-produced by composer Marcin Kydrynski (Jopek’s husband) and Metheny, with Jopek and Pawel Bzim Zarecki, this set marries together the guitarist’s signature meld of jazz, pop, and American forms with electronics, early folk melodies, classical melodies, and arrangements with exotic instrumentation and Jopek’s otherworldly but gentle voice. For Metheny fans, this is a unique opportunity on two fronts: to hear new versions of his own tunes with different arrangements, titles, and lyrics, as well as the opportunity to be introduced to an immense talent. Now that the set has been released stateside, it becomes an opportunity for fans of contemporary jazz and sophisticated adult pop as well. The set commences with the duet “Cicy Zapada Zmrok” (Here Comes the Silent Dusk), a traditional evening prayer sung by Jopek with Metheny on the 42-string Pikasso guitar. It’s skeletal, ethereal, and haunting, yet in Metheny’s hands, the melody transcends its origin and becomes a song that could have been sung on the North American plains as well as in Eastern Europe. Another duet, “Biel” (Whiteness), written by Kydrynski, features the singer buoyed by Metheny’s classical and baritone guitars. It feels spacious enough to have been recorded in a church, but its roots are in samba.
These tracks are the anomalies on the album, however. More often Metheny and Jopek are accompanied by a full band mainly comprised of crack Polish session players, including the great pianist Leszek Mozdzer. Check the version of Metheny’s “High Tide, Love Tide, the Breath of Time…,” titled “Przyplyw, Odplyw, Oddech Czasu…” (Tell Her You Saw Me) here, with lyrics by Magda Czapinska. The nearly whispered, restrained multi-tracked vocals, a soprano guitar, and lithe basslines, acoustic piano, loops, timpani, and percussion create a web of gossamer and ether before the tempo changes and all sounds seem to bleed into one warm blanket of sound with the considerable emotions in this music all on display. “Are You Going with Me,” the original single from this set, is an instrumental with wordless vocals that evolves from the arrangement found on Offramp into something far more folkish and mysterious. Jopek’s own “Czarne Slowa” (Black Words) is a deeply sad, piano-driven love song, a ballad with somber overtones hinting at an intricate folk-jazz hymn. The nostalgic “By On Byl Tu” (“Let It Stay” from the Pat Metheny Group’s Travels) becomes a hymn of longing and homecoming with the guitarist’s classical guitar kissed by Mozdzer’s piano, upright bass, and drums. But in Jopek’s round, warm, seemingly ageless vocal, this song is almost a lullaby, with gorgeous interplay between the instruments. The domestic issue of this set contains two bonus cuts including a live number. Metheny fans who couldn’t afford the import should jump on this, and those who have an interest in sophisticated pop singers from Stacey Kent to Inara George should consider this as well. Upojenie is international jazz as poetry in motion.
Enfim, um belíssimo CD, ótimo para trilha sonora de um encontro de bons amigos …
01 – Cichy Zapada zmrok
02 – Przyplyw, Odplyw, Oddech Czasu
03 – Tam Gdzie Nie Siega Wzrok
04 – Biel
05 – Czarne Slowa
06 – Letter From Home
07 – Are You Going With Me
08 – Zupelnie Inna Ja
09 – Mania Mienia
10 – By on Byl Tu
11 – Upojenie
12 – Piosenka Dla Stasia
13 – Nie Jedyne Niebo
14 – Polskie drogi