Interessantíssima essa gravação de Lubimov, que se utiliza de um piano fabricado de acordo com um modelo de 1802. Curioso para entendermos como era a sonoridade dos instrumentos da época, e para entendermos como soava para os contemporâneos de Beethoven estas suas três obras primas, as nossas mui amadas “Sonata ao Luar”, a “Waldstein” e a “Sonata Tempestade”. Excelente a escolha do pianista.
Como falei, aqueles que não estão muito familiarizados com a sonoridade destes pianos, em um primeiro momento vão estranhar, mas é uma questão de acostumar os ouvidos, a música faz o resto.
Espero que apreciem. O selo Alpha prima pela qualidade de suas gravações.
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Moonlight, Waldstein, Storm
01. Piano Sonata No. 14 in C-sharp minor ‘Quasi una fantasia’ Op. 27 No. 2 I. Adagio sostenuto
02. II. Allegretto
03. III. Presto agitato
04. Piano Sonata No. 21 in C major Op. 53 I. Allegro con brio
05. II. Introduzione Adagio molto – attacca (in F major)
06. III. Rondo. Allegretto moderato – Prestissimo
07. Piano Sonata No. 17 in D minor Op. 31 No. 2 I. Largo – Allegro
08. II. Adagio
09. III. Allegretto
Alexei Lubimov – Pianoforte Erard 1802 copy by Christopher Clarke
Caro FDP Bach:
Tomando carona no seu texto, sua postagem também é interessantíssima! Muitas vezes ouvimos sonatas do mestre de Bonn tocada num piano moderno sem considerar que não era esse o instrumento usado na época.
Perfeito!
FDP, que maravilhosa gravação de Lubimov! Tenho o ciclo completo de Beethoven com Brautigam gravado em diversas cópias de pianofortes da época, além de várias sonatas com o Paul Badura-Skoda num Broadwood, mas o Érard ficou magnífico, especialmente na Op. 53.
Fiquei curioso para saber o porquê dos SEIS pedais. Alguma explicação no encarte?
Meu caro Vassily, não enviei o booklet pois é muito grande, mas vou subir pro pqpshare e te mando o arquivo.
Muito grato, FDP!
E eu pensei hoje: “preciso de um Beethoven”, e sabia direitinho onde procurar. Muito obrigada. Aqui, tudo é sempre impecável!
Muito interessante… e belo.
Nunca tinha ouvido um piano de época. O som a princípio me pareceu com um toque de cravo (o instrumento, não o tempero), mas pode ser porque as caixas de som do meu PC não são muito boas. Mesmo assim, algumas peças que eu já conhecia tocadas em pianos de cauda me pareceram como se fossem inéditas de tão diferente o timbre do instrumento usado nesta gravação.
Viva a arqueologia musical!
O Ronald Brautigam usa pianos feitos com base em modelos alemães e austríacos… Estou curioso pra ouvir essa gravação numa cópia do Erard.
Pra quem não sabe, os pianos franceses Erard dominaram a música francesa de 1777 até os anos 1910, ainda eram comum (ao lado dos Pleyel) na época de Debussy…