Por algum motivo, resolvi postar esta gravação da Sinfonia Fantástica de Berlioz, realizada em 1968, para homenagear este que foi com certeza o maior regente inglês do século XX, Sir Colin Davis, me perdoem os fãs de Sir John Barbirolli.
Resolvi postar Berlioz porque para mim Berlioz/Davis eram uma dupla infalível. Davis gravou incansavelmente a obra do francês, a Philips inclusive lançou duas coleções, uma com 9 cds, com a obra orquestral, e a outra com 6 cds, que trazia a obra Sacra do francês, que em minha ignorância nunca acreditei ser tão grande. Mas enfim, Berlioz encontrou no inglês seu mais aguerrido defensor. E até o final de sua vida Davis continuou a apresentar e gravar sua obra.
Norman Lebrecht, o famoso crítico musical, publicou ontem em sua coluna uma curta e sincera nota, com o título de “Sad loss: The foremost English conductor of his time”. Sim, uma triste e lamentável perda. Se não me engano, o mano PQPBach teve a oportunidade de assistir a uma de suas apresentações frente à Sinfônica de Londres, ou neste ano ou no ano passado. Melhor que ninguém, ele pode dar sua opinião sobre este excepcional regente, Sir Colin Davis, que morreu no último dia 13, sábado, aos 85 anos de idade.
01 Symphonie Fantastique – 01 Reveries, Passions
02 Un bal
03 Scene aux champs
04 Marche au supplice
05 Songe d’une nuit du Sabbat
Royal Concertgebow Orchestra
Sir Colin Davis – Conductor
6 – Romeo and Juliet – 06 Scene d’amour
7 – 07 La reine Mab, ou la fee des songes
London Symphony Orchestra
Sir Colin Davis – Conductor
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FDPBach
Uau, esta notícia me pegou de surpresa. Justo quando eu ouvia (de novo) o 2º Concerto para piano de Bartók regido pelo Sir Davis.
É realmente uma pena que todos tenham seu tempo de ir embora, como aconteceu com tantos grandes compositores, antes mesmo de nós nascermos. Mas quem sabe, talvez em um outro mundo, Davis esteja agora apertando a mão de Berlioz…
Aprendi a admirar Davis ao ouvir sua leitura da Nelsonmesse, de meu mestre favorito, Haydn. São muitos os que o estarãoi recebendo no céu, a começar de Berliuoz, mas também Mozart, Beethoven, Brahms (sua leitura da sinf 3 é espetacular)…
Que pena! Se tem uma ironia na dupla Davis/Berlioz é que os ingleses não gostam muito dos franceses, e vice-versa. Pelo menos é o que eu já ouvi falar…
Certamente outros devem estar dando a mão a Davis, acolhendo-o agradecidos: Haydn, Mozart, Brahms (ah, a sua Sinf. 3 nas mãos do inglês…)
É curiosa a semelhança entre o maestro e o compositor, especialmente no DVD do Réquiem – que pra mim é o maior, música dos mortos por excelência, sem transcendencias celestiais – buraco e fogo eterno. Rs A série nuit deté, por exemplo, é inigualável com Colin Davis, vais ver que é o próprio Berlioz que descobriu a pedra filosofal e se fez eterno.
O link dessa gravação está quebrado. Dá pra restabelecer?