Andrew Lloyd Webber (1948) – Requiem [link atualizado 2017]


SURPREENDENTE!!!

Você deve estar se perguntando: mas é o Andrew Lloyd Webber mesmo? Aquele compositor de musicais, autor de Cats, Jesus Cristo Superstar e O Fantasma da Ópera?

Siiiim, é ele mesmo!

Há trinta anos atrás falecia o pai de Webber. O resultado dessa perda foi a obra mais intimista, mais dolorosa e, por que não dizer, mais visceral do compositor inglês radicado nos Estados Unidos: ele desceu do salto do populismo dos musicais e empenhou-se em uma peça mais elaborada, sem a preocupação de agradar ou não ao grande público. Era a derradeira homenagem que poderia prestar ao seu genitor, também compositor.
Aliás, Andrew Lloyd Webber vem de uma família de musicistas e compositores e conhece muito bem o repertório erudito. Assim, ele lança mão em seu Requiem das melhores formas contemporâneas de composição e de ótimas e instigantes sonoridades, alternando trechos pesadíssimos (Offertorium e Dies Irae) a cantos elevados e angelicais (como o famoso e belissimo Pie Jesu) e alguns lampejos nada discretos de ânimo (Hosanna).
Este Requiem mostra um compositor muito diferente do Lloyd Webber dos musicais, como dito logo de início, surpreendente: surpreendentemente elaborado e interessante. Não é de hoje que Requiens são repositórios de algumas partes das mais belas escritas pelo homem: podemos citar alguns estupendos, todos representados neste blog, como as peças fúnebres de Mozart, Nunes Garcia, FaurèNeukommVerdi Eli-Eri Moura.
Os Requiens são grandes monumentos à dor, à perda, à angústia, por um lado, mas também a um sentimento muito mais elevado: a saudade, palavra tão bela e tão nobre e que nem existe no idioma de nosso compositor anglo-americano: a melhor forma que ele encontrou para exprimi-la foi em música, e grande música! Nessa gravação, com os pesos-pesados Plácido Domingo e Sarah Brightman (antes de ser pop, embora eu ache seu timbre um tanto estridente) e o pouco conhecido, mas corretíssimo, Paul Miles-Kingston, um anjo cantando…
Ah, Ouça!

Andrew Lloyd Webber (1948)
Requiem

01. Requiem – Kyrie
02. Dies irae – Rex tremendae
03. Recordare
04. Ingemisco – Lacrymosa
05. Offertorium
06. Hosanna
07. Pie Jesu
08. Lux aeterna – Libera me

Placido Domingo, tenor
Sarah Brightman, soprano
Paul Miles-Kingston, soprano infantil
Winchestrer Cathedral Choir
Martin Nery, regente do coro
English Chamber Orchestra
James Lancelot, órgão
Lorin Maazel, regente

Palhinha: Pie Jesu (a música é maravilhosa, ouça-a de olhos fechados, pois o visual do vídeo é meio brega: anos 80, sabe…)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (82Mb)
Ouça! Deleite-se! … Mas antes, deixe um comentário para este postante.

Bisnaga

19 comments / Add your comment below

    1. Esse Pie Jesu foi muito gravado. Anna Netrebko o canta divinamente. Tem também um rapazinho, o Andrew Johnston, que canta de maneira muito doce, muito bonita.

  1. Adorei o ‘Pie Jesu’, nao vejo a hora do download acabar, para ouvir logo. E realmente, nunca (pelo o que eu lembro) ouvi um Réquiem ‘ruim’.

    Abraços, obrigado pelo post e continue firme…

  2. A OBRA DE WEBBER É LINDA, INTEIRA (REQUIEM), PENA QUE NÃO ME FOI PERMITIDO BAIXÁ-LA, NO MEDIAFIRE, ACESSO NEGADO, O CLIPE DA PALHINHA EU JÁ TENHO. SE RESOLVER O PROBLEMA, POR FAVOR ME MANDE UM EMAIL. DESDE JÁ FICO GRATO PELOS ENORMES DELEITES QUE ESSE SITE JÁ ME DEU.

  3. Eu estava vasculhando o acervo do blog esses dias e como fiquei frustrado por não conseguir baixar esse Requiem! Parece que leram minha mente ao reupá-lo. Baixando exatamente agora. Muitíssimo obrigado!!!!!!!!!

    1. Sim, o mediafire mudou algumas políticas e 18 arquivos que postei não podiam mais ser baixados. Por serem poucos, subi os mesmos no Rapidshare. Acho que foram 15 dias de “seca”. Vou colocando a casa em ordem essa semana.

  4. Muito obrigado pelo post! Gostei Muito!Ótimo contar com este blog na divulgação da música…O “Pie Jesu” é muito bonito mesmo, é para ser ouvido de olhos fechados mesmo. Achei tão bom quanto o “Pie Jesu” do Réquiem do Gabriel Fauré…

  5. Estou nesse blog exatamente igual a quando entro em uma livraria. Muitas obras da qual desconheço e me prende a atenção. Maravilhoso seu trabalho! Belíssima obra .

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