J. S. Bach (1685-1750) – Variações Goldberg em versão para Trio de Cordas – LINK REVALIDADO


<– Mesma transcrição, mas com outros instrumentistas. Em comum, apenas a presença de Mischa Maisky.

Ah, você torceu o nariz achando que isso não é bom? Pois digo que o Organista Doido surpreendeu e matou a pau em sua primeira colaboração para o PQP Bach. Quando ele me escreveu que o violinista Dmitry Sitkovetsky havia dedicado sua transcrição a Glenn Gould pensei:

– Ou esse Mítia fez algo brilhante ou é um baita pretensioso.

Logo aos primeiros compassos das Goldberg, nota-se que Sitkovetsky — o qual chamarei de Mítia de agora em diante — fez algo brilhante, tão brilhante que me obrigou a pedir para Maurizio Pollini adiar por algumas horas sua entrada com a “Appassionata”, fato que pode me criar sérios problemas com a co-gestora e co-fundadora da Fundação Maurizio Pollini, Sra. Lais Vogel.

As Goldberg já receberam todo o tipo de abordagens aqui neste blog — inclusive uma versão para metais a cargo do Canadian Brass — e não vou descrevê-las, mas vou confidenciar-lhes uma coisa: ela e a Oferenda Musical são as músicas que mais amo neste mundo e, se quiserem me ver feliz, é só botá-las para tocar. Até em filme de Hannibal Lecter fica linda e me mesmerizado, embasbacado, estupefato e, paradoxalmente, feliz.

J.S. Bach – Variações Goldberg em versão para Trio de Cordas

1. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Aria
2. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 1- 2- 3
3. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 4- 5- 6
4. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var 7- 8- 9
5. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 10-11-12
6. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 13-14-15
7. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 16-17-18
8. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 19-20-21
9. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 22-23-24
10. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var. 25-26-27
11. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Var.28-29-30
12. Goldberg – Variationen: Version For String Trio, BWV 988: Aria da capo

Dmitry Sitkovetsky, violino
Gerard Causse, viola
Mischa Maisky, violoncelo

Dmitry Sitkovetsky, transcrição “In Memoriam Glenn Gould”

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Boa transcrição do rapazinho acima, Dmitry Sitkovetsky.
Boa transcrição do rapazinho acima, Dmitry Sitkovetsky.

PQP

14 comments / Add your comment below

  1. Essa postagem não pode ficar sem um comentário.
    Seria um pecado deixar passar assim, despercebida, essa pérola.
    Essa música é a beleza mais pura.
    Depois de ouvir isso, o mundo é outro, as coisas brilham sob outra luz.
    É necessário que alguém diga que as variações Goldberg, nessa versão para trio de cordas, ecoam dentro da alma.

  2. Caros amigos PQP Bach, FDP Bach e associados;

    primeiramente, digo que seu blog é uma pérola em meio a tantos sites e coisas afins que encontramos na internet – é fonte única.

    Num frio dia de inverno, muitíssimo belo, aqui em Curitiba (gosto do frio!), pela primeira vez entrava em seu blog : foi o bastante para aquecer e preencher meu coração e mente ávidos por música erudita. Desde então este sítio me é o que Cravo bem temperado foi para Chopin e Liszt – o pão de todos os dias.

    E meus “dedos” ficam naturalmente atraídos a um certo link na coluna à direita do blog: Bach, J. S. Bach, esse grande homem, mestre, brilha acima dos séculos qual um tesouro inigualável. Foi um artesão que dominou por completo o métier, nos legando o que produziu: sua Música (maiúsculo proposital).

    Para concluir, deixo algumas sugestões de obras do mestre que, caso os amigos tenham, poderiam ser postadas aqui no blog. Desejo ser útil, dando uma “contribuição”, modo de agradecer tantas boas surpresas que diariamente aqui nos esperam.

    Ei-las:

     os seis motetes;
     a continuação da postagem das cantatas;
     o Cravo bem temperado na versão para cravo;
     as Variações de Goldberg na versão para cravo;
     as Suites Françaises na versão para cravo;
     as Invenções e Sinfonias na versão para cravo.
     o Concerto Italiano para dois cravos;
     a Ouverture dans le goût Français para dois cravos;
     outras obras “menores” para cravo solo que afiguram no catálogo BWV dos números 772 a 994 (por exemplo, a Fantasia e Fuga Cromática, BWV 903).

    A música é algo único para o homem, sendo igualmente para mim; desejo que seja a todos que ainda virão – afinal, como escreveu Shakespeare em seu Muito barulho por nada, “umas tripas de um carneiro estendidas sobre um pedaço de madeira podem extasiar a alma do homem. É o violino” (Otto M. Carpeaux).

    Cordialmente,

    Guilherme (“Guillaume Legat”) – Curitiba.

  3. Não há palavras suficiente para agradecer a este blog pela postagem desta Obra Sublime de Bach, muito bem valorizada nestes arranjos para corda.
    Muito Obrigado!

  4. Senhores, qual é aquela versão do filme Hannibal? lembro também que em uma propaganda da BRASILTELECOM ouvi. Alguém sabe dizer?

  5. DO filme Hannibal não sei dizer, mas no primeiro filme, “O Silêncio dos Inocentes”, a versão é do Glenn Gould, inclusive em determinada cena do filme aparece uma fita cassete na qual está escrito o nome dele, com “Goldberg Variations” .

  6. Pô! Também, Mischa Maisky no violoncelo, quer mais o quê? Onde quer que esse cara bote o arco vira uma interpretação ‘gostosa’, para dizer o mínimo. Assim como o “Carnaval dos Animais” de Saint-Saëns, que ele vêm junto com Julian Rachlin, Janine Jensen, Nobuko Imai, Richard Hyung-Ki Joo (sim, o pianista anglo-koreano da dupla humorística Igudesman & Joo), e outras peças camerísticas, como o Quinteto para Piano do Shostakovich (com alguns dos anteriores e outros), só para falar os dois mais recentes na minha memória.

    Falando como músico, que também se diverte: “todo o apoio às transcrições”!

  7. Compartilho da paixão pelas Variações e a Oferenda, embora a Arte da Fuga seja minha obra mais adorada. Curiosa gravações esta – baixando e agradecendo.

  8. Nada como boa musica para tornar melhor o final de uma “longa”, mas produtiva segunda feira.

    *Estranho como ainda me assusto quando “do nada”, me pego cantarolando alguma parte desta obra, Musica tão perfeita e ao mesmo tempo tão “simples”, fácil de lembrar.

    A propósito, caso ainda não tenha feito ao longo destes anos que acompanho discretamente o blog:

    Muitíssimo obrigado pelo trabalho que fazem!

  9. Não passo 15 dias sem ouvir as goldberg em qualquer instrumentação (ou as tocatas ou as partitas ou principalmente a Arte da Fuga). São a perfeição.

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