Este CD maravilhoso estava comigo há mais de um ano, mas foi somente hoje que eu o escutei. A Cantata Itaipu foi composta por Glass no ano de 1989 em homenagem à hidrelétrica de mesmo nome, construída sobre o Rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai. O trabalho foi encomendado pela Orquestra Sinfônica de Atlanta. Atualmente, o presidente paraguaio Fernando Lugo, quer “um preço de mercado justo” (palavras dele) pela energia que o Paraguai vende ao Brasil. Mas isso é outra história. O texto da cantata de Glass foi composta em guarani, com tradução feita por Daniela Thomas, por informações não oficiais, parece que ela é filha do cartunista Ziraldo. Corrijam-me se estiver errado. Aproveitem!
Phillip Glass (1937-) – Itaipu and Three Songs
01. Mato Grasso [11:54]
02. Itaipu – The Lake (O Lago) [8:23]
03. Itaipu – The Dam (A Represa) [11:17]
04. Itaipu – To the Sea (Ao Mar) [4:52]
Los Angeles Master Chorale
Grant Gershon, regente
05. There are Some Men (Leonard Cohen) [2:52]
06. Quand les Hommes (Raymond Levesque) [2:59]
07. Pierre de Soleil (Octavio Paz) [4:02]
Crouch End Festival Chorus
David Temple, regente
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Carlinus (Revalidado por PQP)
Ela é mesmo filha do Ziraldo. Mas é Daniela, se não me engano, e não Daniele. O Thomas vem de seu ex-marido, Gerald Thomas.
Ok! Sabia que faltava algo!
Já estou baixando. Espero que seja uma obra do bom Glass, não do água com açúcar.
Um pedido, sei que inútil…rs. O balé “Istar”, de Martinu, que não encontro em parte alguma…Ah, e alguém disse que este é o melhor blog de música clássica do mundo: concordo. Superior a qualquer outro que conheço…
Haya, tenho alguma coisa da “Istar” do Martinu. Verei a possibilidade de postar – só não sei quando.
É realmente o melhor blog de música clássica do mundo. Também concordo.
E, me parece que Carlinus é mais receptivo às solicitações desesperadas do que os outros membros do PQPBACH. E ainta tem quem se prenda à pequenez de ficar corrigindo o seu português. O problema, aliás, não é bem esse, e sim, a estupidez. Mas, águas passadas, da nascente até a foz, se tornam águas salgadas…
O nome Itaipu significa “o som de uma pedra”. Escrito após uma visita à usina hidrelétrica em 1988, Itaipu está dividido em quatro partes e marcado por trechos cantados em guarani. No texto, a origem do mundo, ações divinas e como os primeiro homens chegaram àquele lugar. Não é preciso entender a língua entoada pelo coro para perceber a grandiosidade da coisa: música é, antes de tudo, som.
Na discussão sobre Itaipu, duas posições. Alguns dizem que Glass se rendeu às maravilhas tecnológicas da engenharia e da transformação da paisagem. Outros preferem relembrar que Glass sempre foi um homem engajado às causas socioambientais e que a sua preocupação é sempre manter o fator humano na equação. Na verdade Itaipu é o “retrato da natureza” pintado por Philip Glass em forma de notas musicais.
Muito bom, Mr. Butterfky.
Pra quem quiser conferir, há uma interpretação muito boa (a melhor em minha opinião) de Itaipu: Atlanta Symphony Orchestra, 1993. Regente: Robert Shaw. Sony Classical.
Já encontrei em algum lugar da internet, mas não lembro. Posto o link, se voltar a encontrar…
Obrigado, PQP!
Pelo que sei você não gosta do Glass!
Pois é. Tava passando e vi o CD. Nem consegui ouvir até o final… Bem… Fazer o quê?
A triste verdade é que a música foi feita em homenagem à usina mesmo, à obra de engenharia chamada Itaipu. Não tem nada de homenagem à natureza. Nada. Inclusive há um movimento chamado “o lago” (o segundo), que se refere ao lago que resultou da destruição do Salto de Sete Quedas, que, sem sombra de dúvidas, era muito mais bonita que qualquer usina hidrelétrica.
Com isso, não questiono a importância de Itaipu do ponto de vista energético, apenas digo que naquela época a preocupação ambiental ainda não era tão presente (começava a ser), e seria hipocrisia dizer que Philip Glass queria louvar a natureza, quando na verdade foi o contrário. Talvez tenha mudado de opinião depois, mas desconheço.
E também não questiono a qualidade da composição do Glass. Não é dos meus compositores favoritos de todos os tempos, mas é dos favoritos dos últimos tempos, e tenho gosto especial por algumas obras, dentre elas Itaipu. Ainda preferiria ver Sete Quedas novamente, mas fazer o quê? Agradeço a postagem e sua revalidação.
Estou com o PQP: Glass é dose.
Mais uma grande postagem!
A cada dia me apaixono mais pelo Glass.
Hey, PQP: Você poderia postar os cds das cantatas de Bach que havia no “Music is the Key”?
Grata!
Anne, creio que o PQP não tenha essa integral do Gardiner que estás solicitando. Eu a tenho, porém não tenho condições físicas (internet horrível) nem tempo para subir 57 cds para algum servidor para ele em seguida apagá-los, como vem acontecendo com alguns servidores, como deves estar acompanhando. Vou lhe dar uma dica: baixei essa coleção via torrent, e veio rapidinho, creio que em dois ou três dias. E para os mais puristas, veio em .flac, com todos os booklets. Se não souberes usar torrents, na própria internet vais encontrar diversos manuais de como usá-los.
Obrigada pela dica, fdpbach!
Vou procurar pelo torrent. Estou com pouco tempo pra baixar arquivos, mas vou tentar porque vale a pena!
Abraços.