Vamos começar pelo que interessa:
IM-PER-DÍ-VEL !!!!
Thelonious Monk entrou no estúdio no fim de 1967 / início de 1968 com seu longevo quarteto — Charlie Rouse (sax tenor), Larry Gales (baixo) e Ben Riley (bateria) — para gravar um novo álbum, um álbum cheio de novidades. Nada menos que quatro composições novas foram estreadas por Monk neste disco, o último pela Columbia. Seu período na gravadora foi marcado pela baixa produção. Lá, lançou vários discos ao vivo, todos eles somente com músicas antigas, nenhuma inédita. A Columbia, em resposta, não renovou seu contrato. O quarteto desfez-se.
Acessível, belo, muito desigual em termos rítmicos — contando inclusive com a valsa Ugly Beauty. Underground, com sua incrível capa que nos dá saudades dos vinis, vai desde o blues melancólico de Easy Street, até a alegria de Green Chimneys, desde a simplicidade de Thelonious às complexidades de Boo Boo’s Birthday. Quando passamos a régua, o que sobra é um trabalho primoroso.
Thelonious Monk – Underground
1. Thelonious 3:19
2. Ugly Beauty 10:45
3. Raise Four 7:01
4. Boo Boo’s Birthday (Take 11) 5:57
5. Easy Street 7:52
6. Green Chimneys 13:11
7. In Walked Bud 6:50
8. Ugly Beauty (Take 4) 7:38
9. Boo Boo’s Birthday (Take 2) 5:36
10. Thelonious (Take 3) 3:12
Monk, piano
Larry Gales, bass
Charlie Rouse, tenor sax
Ben Riley on drums
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PQP
Que capa, PQP!!!!!!!
Avicenna
SEN-SA-CIO-NAL.!! A capa, o disco…
Discaço!
E a capa, realmente uma das mais sensacionais da história do jazz.
Apesar de ter lançado grandes discos pela Columbia, realmente o Monge se limitou a regravar temas de sua autoria (as inédias, são pouquíssimas, quase tudo ficou como sobra de estúdio, lançado posteriormente nas reedições dos cds) e muitos standards.
O motivo da saída é bem prosaico, como conta o mestre José Domingos Raffaelli:
“Realmente, a interferência dos big shots das gravadoras na obra dos artistas sempre foi funesta, de um modo geral.
Isso lembra-me o motivo pelo qual Thelonious Monk abandonou abruptamente a Columbia, para a qual gravou uma série de discos e tinha contrato vigente quando ocorreu esse quiproquó.
Procurado por Monk para saber os planos para seu novo disco, o então produtor Teo Macero, da Columbia, que produziu “n” discos de Monk e outros artistas da gravadora, disse-lhe com todas as letras:
– Você vai gravar um álbum com canções dos Beatles.
Sentindo-se bastante ofendido, Monk deu-lhe as costas sem dizer uma palavra e nunca mais voltou à Columbia.
Aliás, ele nunca mais gravou para qualquer gravadora americana.
Os últimos discos em seu nome foram para a gravadora inglesa Black Lion quando Monk estava em turnê na Europa com os Giant All Stars (Dizzy Gillespie, Kai Winding, Sonny Stitt, Al McKibon e Art Blakey), resultando num excepcional CD em piano-solo e outro magnífico em trio, com McKibon e Blakey”.
Do caralho o post. Ótimo CD! Tem direito até um vocal em umas das músicas. Vou chutar aqui, mas diria que é um belo cool jazz
Eu tinha esse LP e perdi quando vim morar aqui no Brasil, é muito bom, T.Monk esta genial (como sempre)neste excelente disco.Valeu! PQP de primeira.