Robert Schumann (1810-1856) – Cenas infantis – e Fryderyk Szopen (1810-1849) – Sonata n° 3 e Noturno n° 2

“CD Caio Pagano, piano – Obras de Schumann e Chopin

“No 11º CD da série ‘Música de CONCERTO’, o pianista Caio Pagano interpreta Kinderszenen (Cenas Infantis) op. 15, de Schumann; e Sonata para piano nº 3 em si menor op. 58 e Noturno op. 27 nº 2 de Chopin.

“Caio Pagano é um concertista, professor e acadêmico renomado internacionalmente. Desde 1986 ele é professor de piano na Arizona State University, tendo recebido honroso título de professor regente (Regents’ Professor), uma das mais altas honrarias concedidas por universidades norte-americanas. Pagano combina um profundo conhecimento de música, literatura e outras artes, o que confere autoridade única a suas interpretações. Sua brilhante técnica está sempre acompanhada de um exuberante lirismo, inteligência e sendo de estilo. Caio Pagano é um artista Steinway.”

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Essa é uma postagem da alçada de FDP e Carlinus, mas ocorreu-me de fazê-la em consideração a Avicenna pois recebi dele o presente CD em São Paulo. Esse disco com Caio Pagano foi o último a ser lançado pela Concerto, em 2010 (sabia dele mas, como não assino a revista, não o tinha ouvido ainda), e rende homenagem já sabida ao compositores citados – em tempo, não sei por que Hugo Wolf foi sumariamente esquecido em seu sesquicentenário de nascimento. Me agrada a interpretação de Pagano, porém como Schumann e Chopin me dão um desgosto profundo (vide posts e comentários meus por aí no blog), com certeza o destino desta gravação será a prateleira de alguma mulher refinada que eu venha a cortejar nas gafieiras da vida. Antes, compartilho-a com vocês.

BAIXE AQUI

CVL

PS.: Ah, sim. Acostumem-se com a grafia do nome de Chopin em polonês.

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  1. Bullshit o “Szopen”. Isso é invencionice. Nem na Polônia se faz assim. O pai do compositor era francês e o sobrenome sempre foi grafado como no original, mesmo na época em que assinava “Fryderyk Franciszek”.

  2. Mesmo se o José Eduardo tiver razão, no mínimo foi uma ótima “pegadinha”. Até chegar no último parágrafo eu estava curiosíssimo para saber quem era esse compositor desconhecido da primeira metade do séc. XIX, e onde o Caio Pagano o havia encontrado – rsrsrs

  3. Claro que basta ver as tags no título da postagem, mas só tive essa idéia depois de ler o post inteiro…
    Muito boa a pegadinha!!!

  4. Mais ou menos, Eduardo: de fato o sobrenome foi herdado do pai francês e se escreve tal qual o conhecemos. Assim o nome completo realmente é Fryderyk Franciszek Chopin. E confirmo de sua parte que o nome do museu dele em Varsóvia, onde já estive, é Muzeum Fryderyka Chopina – i. é, Museu de Fryderyk Chopin (com a letra “a” assinalando o genitivo em polonês). No entanto muitos poloneses, por sentimento nativista, usam a tal grafia que citei. Se é invencionice, é da parte deles.

  5. CVL, sem dúvida a invencionice não é sua. Mas isso não a torna menos invencionice 😉

    (É como “ludopédio” e coisas do tipo. Algumas invencionices pegam – por exemplo, “escanteio” e “cardápio”, termos artificiais inventados no final do século 19 para não usarmos o inglês “corner” e o francês “menu”.)

  6. Nem tanta invencionice, Eduardo. Se o povo incorpora e a gramática não rejeita, não há problema. A transliteração de Chopin para Szopen inclusive é necessária para que se respeite a fonologia da língua polonesa, que determina o dígrafo sz para o som do nosso ch (existe também o s com acento agudo, que é um ch mais fraco, dito só com os dentes em vez de com a boca toda), já que ch em polonês é como o j espanhol. Vou consultar um amigo meu para que ele me forneça mais informações sobre o uso de Szopen pelos poloneses.

  7. Uma pequena contribuição: li em alguma biografia de Chopin que o pai dele, francês, era de origem polonesa, e transliterou seu nome do polonês para o francês, o que faz sentido. Lá em Varsóvia, o povo pronuncia Chôpen, que seria a pronúncia polonesa de Szopen. E já que o próprio carregava um pouco de terra polonesa pra jogarem no túmulo dele, que seja Chopin/Szopen.

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