O texto do Carlinus tem algumas informações imprecisas, que podem gerar certa confusão. A Sinfonia no. 4 foi a segunda a ser composta, em 1841, mas ainda era uma obra embrionária, com o título provisório de “Fantasia sinfônica”. Schumann recuperou esta obra em 1851 (após, portanto, a composição das Sinfonias nos. 2 e 3), modificando bastante coisa e a publicando como Sinfonia no. 4.
A Sinfonia no. 4 que existe no repertório é *somente a versão definitiva* de 1851. A versão de 1841 é uma curiosidade que, se não me engano, foi gravada somente pelo Gardiner, neste ciclo realizado em instrumentos de época.
Outra coisa importante: a Sinfonia no. 4 nunca teve cinco movimentos, em versão alguma. É uma sinfonia nos quatro movimentos clássicos, mas encadeados, tocados sem interrupção. Algumas gravadoras, notadamente a Deutsche Grammophon (que tem mania de separar bastante as faixas de seus discos), colocam a transição entre terceiro e quarto movimentos em uma faixa separada. Mas isso não cria um movimento adicional. Com faixa própria ou sem faixa própria, a transição continua sendo apenas… uma transição!
(É uma transição extremamente bonita, aliás, em tudo próxima à transição entre scherzo e finale da Quinta de Beethoven.)
Texto do leitor-ouvinte José Eduardo.
Robert Schumann (1810-1856) – Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) e Sinfonia No. 2 in C major Op. 61
Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) (1841)
01. Andante con moto – Allegro di molto [08:18]
02. Romanza- Andante [03:48]
03. Scherzo- Presto [05:07]
04. Largo – Finale- Allegro vivace [06:47]
Sinfonia No. 2 in C major Op. 61 (1845-46)
05. Sostenuto assai – Allegro, ma non troppo [12:12]
06. Scherzo- Allegro vivace [07:01]
07. Adagio espressivo [10:08]
08. Allegro molto vivace [08:29]
Orchestre Révolutionnaire et Romantique
John Eliot Gardiner, regente
Carlinus
[restaurado por Vassily em 23/5/2020]
Nossa !
eu não sabia que a sinfonia nº 4 tinha 5 movimentos, qual seria o que não está no post ?
Abraços
Gabriel, talvez minhas palavras não tenham tido um nível de clareza suficiente para que eu me fizesse compreendido. Eu disse que a Sinfonia No. 4 passou por algumas revisões; e que a versão de 1851 chegou a ter 5 movimentos.
A gravação que consta neste CD (gravada pelo Gardiner) é versão original (de 1841) como se pode ver acima. Deixei isso indicado.
Saudações musicais!
Abraços e obrigado pelo comentario!
A sim, agora eu entendi !
Burrice é F*** né ?!
eihaiuehaiuehaie
Abraços musicas !
Calma, meu caro Gabriel!
Isso acontece!
Ô Carlinus, falando tanto em Schumann, Domingo, dia 26 de setembro, aqui no theatro municipal do rio, Luis Gustavo Torres, piano e Orquestra Sinfônica de Barra Mansa com Guilherme Bernstein, regente, vão tocar Introdução e Allegro Appassionato para piano e orquestra ( Schumann) e Mahler: Sinfonia N. 1 isso tudo por R$ 1,00 !!!
O texto do Carlinus tem algumas informações imprecisas, que podem gerar certa confusão. A Sinfonia no. 4 foi a segunda a ser composta, em 1841, mas ainda era uma obra embrionária, com o título provisório de “Fantasia sinfônica”. Schumann recuperou esta obra em 1851 (após, portanto, a composição das Sinfonias nos. 2 e 3), modificando bastante coisa e a publicando como Sinfonia no. 4.
A Sinfonia no. 4 que existe no repertório é *somente a versão definitiva* de 1851. A versão de 1841 é uma curiosidade que, se não me engano, foi gravada somente pelo Gardiner, neste ciclo realizado em instrumentos de época.
Outra coisa importante: a Sinfonia no. 4 nunca teve cinco movimentos, em versão alguma. É uma sinfonia nos quatro movimentos clássicos, mas encadeados, tocados sem interrupção. Algumas gravadoras, notadamente a Deutsche Grammophon (que tem mania de separar bastante as faixas de seus discos), colocam a transição entre terceiro e quarto movimentos em uma faixa separada. Mas isso não cria um movimento adicional. Com faixa própria ou sem faixa própria, a transição continua sendo apenas… uma transição!
(É uma transição extremamente bonita, aliás, em tudo próxima à transição entre scherzo e finale da Quinta de Beethoven.)
Grande José Eduardo!!! Adorei suas informações,isso estava mesmo meio confuso.
A versão de 1841 foi gravada pelo Masur; não confundir com a leitura excepcional que ele faz da de 1851 com a Gewandhaus.
Acresço ao já dito outra informação: instado pela postagem de Vassily, comecei meu trabalho (árduo!!! rsrs) de comparar as versões das sinfonias de Schumann que tenho aqui. E encontrei uma gravação (belíssima, por sinal) da versão de 1841 da Sinf. 4 feita por Derek Solomons com uma tal Authentic Orchestra, ele que fez gravações memoráveis de sinfonias de Haydn com o conjunto orquestral L’Estro Armonico. Vale conferir.
Outro achado: Roy Goodman com The Hannover Band também gravou a versão primeira da dita sinfonia.