Quanto mais escuto Beethoven, mais robustece dentro de mim a percepção de que estou diante de uma dádiva, de um evento sacralizante. Beethoven era um homem de personalidade dura, indomável, mas de um gênio, de uma capacidade de fecundar ímpetos de sensibilidade. Não me canso de ouvir o mestre alemão. Minha paixão pela sua música é um acontecimento que me aviva. Faz surgir dentro de mim um contetamento ensolarado. Uma alegria silenciosa e reverente. Não é a alegria que surge de dentes escancarados, cínica, extravagante. É uma alegria que me leva a mim mesmo e me torna mais complacente para com comigo e para com os demais homens. Beethoven depura em mim o “sim”e o “não” da vida e me torna capaz de acreditar de que viver vale a pena. Estes dois deliciosos trios traduz em completa exatidão aquilo que minhas palavras parcas não foram capazes de pintar. Ouça e aprecie!
P.S. Encontrei o CD somente na Amazon francesa.
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio em Si bémol maior, Op. 11 e Trio em Mi bémol maior, Op. 38
Trio en Si bémol majeur, Op. 11
01. I. Allegro con brio
02. II. Adagio
03. III. Tema con variazioni ‘Pria ch’io l’impregno’
Trio en Mi bémol majeur, Op. 38
04. I. Adagio- Allegro con brio
05. II. Adagio cantabile
06. III. Tempo di minuetto
07. IV. Tema con variazioni
08. V. Scherzo
09. VI. Andante con moto alla marcia – Presto
Florent Héau, clarinete
Jérome Ducros, piano
Henri Demarquette, violoncelo
Carlinus
Falou e disse, Beethoven é isso mesmo…
Nem mais nem menos que Bach e Mozart, apenas uma sobriedade na música sem igual.
Prezado,
Amen.
abs,
Soares
Olá Carlinus!
Belo Post! Agora que tal mais Chopin?
Saudações musicais!
Calma, Adriano, muita calma nessa hora! Rrrss… Nesta próxima semana que se aproxima teremos “mais” do polonês chorão.
Abraços e um ótimo domingo!
Chopin deixa-nos muito calmos. Eh,eh!
Fico aguardando.
Bom fim de semana.
Querido, belo comentário do album e do Beethoven.
Muito obrigado por mais esta pérola.
É isso: a beleza da sonoridade nos traz a memória da Imago Dei, que não está distante,e sim mais íntimo e proximo do que nós mesmos…
Sagrada sincronia de simplesmente: Ser.
Tive o prazer de conhecer o Jérome Ducros no Recife, quando ele veio tocar no festival Virtuosi, junto com Philippe Jarrousky.
Ele é muito simpático e grande admirador de Proust.