Observação de PQP Bach.: esta postagem é originalmente de autoria de FDP Bach e sua data é de março deste ano. Só que ela é tão boa que fez com que eu comprasse o CD e substituísse seu arquivo de 128 kbps por um de 320 kbps. Só isso. Abaixo, o post de FDP Bach:
Meu primeiro contato com Frank Zappa foi através de uma fita cassete, comprada em alguma promoção, chamada “Frank Zappa meets The Mothers of Prevention”. Demorei um pouco para assimilar aquela confusão de sons, aquela ironia nem um pouco sutil, mas me chamou a atenção a qualidade dos músicos envolvidos.
Passados alguns anos, caiu-me em mãos outras duas fitas cassetes, que um colega de serviço me emprestou, chamada “The Best Band you never heard in your life”. Achei aquele título um tanto quando pretensioso, mas após ouvi-lo, tive de concordar. Nunca tinha ouvido nada parecido com aquilo, e a ouvi até arrebentar. Na época, era muito difícil e caro se conseguir cds importados, mesmo morando em São Paulo. Comprei o cd, duplo, e até hoje é meu cd favorito da imensa discografia de Frank Zappa.Tenho aproximadamente uns 20 cds dele, e a cada vez que os ouço descubro novos elementos, que apenas confirmam a genialidade de seu compositor. Como instrumentista, revolucionou a técnica do solo de guitarra, se tornando um virtuose do instrumento, referência para milhares de fâs.
Sem querer entrar em maiores detalhes, deixo-os para os especialistas, trago um CD emblemático da carreira do genial guitarrista, compositor, showman, enfim, como quiserem classificá-lo, pois me sinto incapacitado para tanto. Na verdade, foi um dos últimos trabalhos de Zappa, nesta altura de sua vida já totalmente detonado pelo câncer que iria matá-lo algum tempo depois.
P.S. Agradeço ao Rui Magalhães a gentileza de corrigir alguns erros cometidos no texto. Já os corrigi, escrevi de cabeça, sem ter tido o trabalho de conferir as informações.
Frank Zappa – Yellow Shark
1 Intro
2 Dog Breath Variations
3 Uncle Meat
4 Outrage At Valdez
5 Times Beach II
6 III Revisited
7 The Girl In The Magnesium Dress
8 Be-Bop Tango
9 Ruth Is Sleeping
10 None Of The Above
11 Pentagon Afternoon
12 Queti Cazzi Di Piccione
13 Times Beach III
14 Food Gathering In Post-Industrial American
15 Welcome To The United States
16 Pound For A Brown
17 Exercise, Nº 4
18 Get Whitey
19 G-Spot Tornado
Ensemble Modern
Frank Zappa & Peter Rundell – Condutors
FDP Bach
Ainda nesta semana, mais Frank Zappa!
Eu queria muito baixar esse disco aí, mas por algum motivo que eu não entendo o site do rapidshare diz que eu estou baixando algo já e tenho que esperar esse download acabar para começar outro; o estranho é que eu não tô baixando nada! Alguém sabe do que se trata??
Para todos os fins, desconecte, feche o browser e depois reconecte e tente baixar de novo.
Foi o que eu fiz… até reiniciei o pc. Bem, vou ligar pra um amigo técnico em informática pra ver se ele consegue me ajudar.
Bem, só para constar um depoimento público sobre o assunto “bizarrices da internet”, agora tudo voltou ao normal SEM EU REINICIAR O PC NEM NADA! Bem, como diz um amigo meu: tem coisas que só o tempo poderá dizer… (com ar profético na voz ao recitar)
Esse álbum é absolutamente genial, altamente recomendado. Podem postar também o Perfect Stranger de 1984, com regência do Boulez, contando com a Ensemble Intercontemporain.
Agora eu percebi que o Perfect Stranger já foi postado, perdão hahaha
Os três álbuns de Zappa disponibilizados aqui no blog são tidos como os mais geniais dele envolvendo experimentações na música clássica.
Este blog tá mais para PQP Jazz do que para Bach, é brincadeira, postagens de jazz no meio de música clássica/barroca, tudo a ver mesmo, outros blogs que primam pela arte maior como IN BACH WE TRUST E BRANLE DE CHAMPAGNE são os exemplos a ser seguidos pelos senhores!
Por favor, fique com eles, então. Ainda bem que há melhores. Que sorte a sua!
Sou amigo do blogueiro do Branle e sempre brinco com ele sobre sua variedade. É música barroca ou música barroca… Incrível.
P.S.- E Zappa faz jazz? Céus, é raro, mas às vezes a gente atrai um débil mental para cá.
Prezado Cabecinha de Prego: você alguma vez já pensou que se encontra mais riqueza em observar uma foresta do que observar só uma árvore? Entendeu…?
Esse pessoal que reclama sabe que tem um tesouro na mão, reclama de barriga cheia mesmo. PQP neles!!
Adriano, não gosta de jazz, eu também não, mas rapaz, olha a quantidade de postagens de música clássica e barroca que tem neste blog, difícilmente acharás tantas postagens dos grandes mestres como aqui, sinceramente, este blog já me trouxe muita alegria e luz durante entediantes finais de semana entre outros, portanto meu caro, chega de besteira, e vida longa ao blog PQP BACH!
Rapaz, o camarada “reclamoso” aí acima não entendeu o próposito do blogger, PQP! Tadinho!
E os outros blogs são legais sim, mas só temos as obras para baixar, sem os comentários legais que acrescenta mais valor às postagens – nos outros blogs eu só entro para baixar; aqui, além disso, também me delicio com os textos que acompanham as obras, e esse é um diferencial considerável. Tá complicado, tem gente que reclama do Rapidshare, do “jazz”,…do Malmsteen! Eita!!
É por este tipo de comentário feito pelo Adriano que tenho postado cada vez menos. Não preciso disso.
PQP, agradeço a gentileza de teres postado este cd genial em 320 kbp/s.
É verdade. Quando leio um troço desses, me dá vontade de dizer “Então tá” e deletar tudo. Mas não dá para fazer isso pelas 68.000 visitas mensais e pelo tesouro que dividimos com eles. Deixemos este papel para alguma gravadora.
FDP, lembras quando o Bluedog postou seu primeiro CD de jazz no PQP? Lembras dos comentários de mal disfarçado racismo dizendo que a música erudita era européia e “caucasiana” (palavra que descobriram no Orkut…)? Talvez não seja o caso deste coitado, mas o estilo é o mesmo. Aliás, há um trombone de vara aguardando por ele lá em casa.
Sigamos.
Bem, respeito o blog, é um dos melhores da internet e tudo o mais, também não concordo com a crítica desreitosa e até preconceituosa do internauta Adriano, mas convenhamos, Zappa é quando muito bonzinho, como compositor também não me agrada em nada, mas estamos em uma democracia, não amigos, brindemos então a diversidade e estilos multiplos, o nazismo é passado!
Esse cd foi meu 1º contato com zappa. Não sei se é pq eu tava com a expectativa la em cima, mas achei fraco, com musiquinhas q não vão pra lugar nenhum…..
daqui a uns 6 meses eu tento de novo…. tipo é isso q faço com dream theater há uns 6 anos: tento de novo a cada 6 meses e sempre acho pior rsrsrsrsrs
ma não liga pro comentário du titio adriano não, nós amamos pqp jaz…. ops, bach :-))))
Não desanimemos por comentários destrutivos… Se eu fosse ligar para comentários assim, já teria abandonado o Blog, mas a quantidade de leitores que apreciam nosso voluntariado é bem maior e compensador.
As coisas são bem simples pra mim. Se eu não gosto de uma coisa ou não é bem a minha praia, nem comento.
Todos têm direito de se expressar como queiram, mas pelo amor de Deus, “cavalo dado não se olha os dentes”.
Luis Carlos, Ateeleo e Strava.
Neste caso, estou conseguindo discordar de todos!
OK, não há problema em gostar ou não de uma música. Eu acho Zappa instigante, mas não gostaria de compará-lo a outro compositor erudito. Ele é mais um “caso”, digamos assim.
O problema é que a crítica do Adrianü foi feita:
(1) sobre todo um gênero musical e tenho conhecimento suficiente — assim como opiniões suficientes de músicos — para poder dizer que sua união com o erudito é válida e, mais, é lógica, e
(2) Não creio que seja um caso de “a cavalo dado não se olha os dentes”, pois prezamos e destacamos a qualidade das coisas.
Ou seja, a discussão estética é OK, mas a queima de todo um gênero em função de… de que mesmo?… em função talvez de uma postura fechada, é inqualificável. O cara simplesmente não merece ter ouvidos. Ponto.
É isso mesmo, PQP: é válida e é lógica.
Zappa absorveu tudo das vanguardas musicais eruditas europeias do séc. XX e depois fez como Cage: deu as costas para a ridícula seriedade excessiva com que os europeus passaram a olhar suas experimentações (vide aquele quarteto de cordas para helicóptero de Stockhausen, que é uma piada – mas ousasse dizer isso pro alemão…) e foi tirar onda estabelecendo suas próprias experiências, ora extrapolando ora fundindo semânticas tão diversas quanto a do jazz, a da música concreta ou a da jazz-rock fusion, pra não citar outras. Yellow Shark talvez seja o ápice de sua ironia em forma de música, um grande concerto-happening recheado de críticas e de singular capacidade comunicativa.
Quanto a não gostar de Zappa, são outros quinhentos. Que não se goste, mas que não se detone: o cara tinha mais cultura (e senso) musical do que muitos compositores por aí – e ele, mais do que ninguém, desprezava qualquer fronteira entre popular, erudito, folclórico, conservador, progressista e o diabo a quatro.
Onde assino?
Caro P.Q.P. Bach não ligue pro que este beócio falou, afinal mesmo que o Zappa seja ruim(é só a minha opinião eu sei que não é a sua e respeito isso) todo mundo gosta de ouvir futilidades eu mesmo gosto de Babau do pandeiro!
Adriano, Adriano, meu filho, vc poderia ter ficado sem essa… beócio, cabeça de prego, coitado, débil mental, vixe!!
Eu nem posso condenar os blogueiros pelo desânimo que eles relatam sentir ao ver “críticas” como essa (e eu ponho críticas entre aspas porque críticas costumam ser inteligentes, e não fruto de quem se julga superior apenas por ouvir música “erudita”). Acho que o caso é que um comentário ruim tende a se destacar em um blog como esse *justamente* pela aceitação ser tão grande. O caso é que, na maioria das vezes, o cara não se dá o trabalho de postar nem um “obrigado” que seja. E eu digo isso porque EU sou culpado disso também; baixo muita coisa boa aqui quase toda a semana, e acabo raramente postando meus agradecimentos. Portanto, os “reclamões” acabam parecendo um baita coral, quando na verdade são penas umas vozesinhas dissidentes.
Tudo bem, se o cara quer reclamar, é direito dele, ninguém pode proibir. Mas não desejo ver um trabalho tão belo e louvável ser arruinado por uns caras que não gostam de ver os outros se divertir. Pô, o PQP e o FDP postam Zappa aqui porque eles GOSTAM, e se a gente não gosta, a gente simplesmente pula pro próximo post. Tem “jazz” demais? Procura outros blogs! Por que é que este aqui tem que seguir o “exemplo” dos outros? Se fosse assim, estaríamos boiando em um mar de mediocridade. Mas não: temos o PQP, que deseja trilhar o seu próprio caminho, e por isso ele merece apenas elogios.
Zappa é bom demais. Eu conheço apenas as obras mais rock dele, e sou grande fã do Grand Wazoo, Roxy & Elsewhere, You Are What You Is e do Waka/Jawaka. Vou baixar o Yellow Shark assim que puder.
Obrigado, Fernando!
De minha parte, só posso agradecer-lhe as gentis palavras, Fernando. Nos anima mesmo.
Oba! Adoro descer a lenha nesse pessoal.
Sr. Adriano: você realmente acredita que a sociedade européia tenha feito a música de melhor qualidade, intocável, inalcançável e perfeita, subjugando todo o resto ao definí-la como “popular”. Que me diz das composições árabes, indianas, japonesas, e até mesmo brasileiras (do período pré e pós-colonial)? Todas pobres plebéias menores? Não acha isso bastante conveniente pelo fato de sermos uma ex-colônia européia? Será que os dois fatos possuem alguma relação? Os Jazzmen fizeram muitas inovações melódicas, ritmicas e harmônicas, equiparáveis aos dos trabalhos eruditos, como de Debussy e outros modernos, com acabamento tão bom quanto. De fato, penso que muitas composições de jazz e chorinho superam em muito diversas composições eruditas (infelizmente, Bach é insuperável. Podia ter nascido na Africa, assim as coisas não seriam tão injustas… , se bem que acho que ele não teria composto oratórios… fica na Alemanha mesmo).
…arte maior…?
Srs. blogueiros: Haja coragem para continuar postando. Assino em baixo dos ditos do Fernando. Eu também esqueço-me de agradecer muitas vezes, mas não o faço para não incomodar. Acredito que ter 500 comentários “valeu aí”, “puxa, muito bom”, “uau!”, e outras coisas entulhando também não ajudam muito, só falo quando acho que tenho algo a acrescentar. E realmente, esses blogues da “arte maior” são meio “mortos”. É sutil, mas os pequenos textos que antecedem as obras são fundamentais para a coloração do blog. Parabéns.
Bah velho! Esquece esse Adriano e posta Wienawski ae!
Aparentemente o disco veio incompleto (só até a faixa 15), e já é a segunda vez que eu baixo.
Giovanni, devido a problemas com meu computador, não tenho como resolver este problema a curto prazo. Sugiro procurares este cd em outros blogs, ou no avaxhome.
Grande post!
Zappa é um dos meus compositores preferidos (eruditos, não-eruditos, bigodudos…), e esse trabalho foi com certeza uma de suas maiores pretensões no fim da vida.
Zappa é um dos mais geniais compositores do século passado.
POR FAVOR, REPOSTEM-O !!!
É uma pena o que uma “laranja podre” faz com o resto da caixa!
Pena também que a grandiosidade de um músico contemporâneo, multimídea, inclassificável em qualquer único gênero como Zappa, tenha perdido espaço de comentários que poderiam estar gerando discussões calorosas sobre as maravilhosas incursões nas harmonias mais insólitas, para uma pessoa que nem se quer ouviu algo dele com ouvidos bem abertos e a alma solta. Zappa não é para qualquer um! é para quem se deixa levar por uma viagem nada convencional, para quem gosta de surpresas!
Abraços a todos!
Essa discussão foi uma das que me deixou mais orgulhoso deste blog.
POR FAVOR, REPOSTEM !