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Conheci a música de Igor Stravinsky em meados de 1987, quando procurava desperadamente por discos de vinil de música clássica. Até então só tinha escutado música barroca, com Bach, Handel e Vivaldi e música clássica, com Mozart e Beethoven.
Certa vez cheguei em um daquelas pessoas lendárias que trabalhavam em suas residênciais com discos raros e deparei-me com um álbum com a obra Petruchka, com a Orquestra Sinfônica de Minessota e com Stanislaw Skrowaczewski na regência.
Esse disco fazia parte daquelas coleções de música erudita da Abril Cultural, Mestre da Música. Era uma espécie de álbum-livro, muito bonito por sinal, sinto saudades daqueles álbuns.
Depois de negociar muito, acabei conseguindo trocar 5 discos meus (nem lembro mais quais, mas com certeza não eram clássicos) por este álbum com Petruchka.
Estava louco para chegar em casa, “seco”, ansioso para ouvir a música daquele “novo” compositor. Quando cheguei no portão para entrar em minha casa que ajeitei o disco embaixo do braço para abrir o portão, o disco pulou fora da capa e estatelou-se no chão. Puxa, fui lá em cima e voltei. Apanhei o disco tão rapidamente que acho que acabei piorando a situação dele. Um dos lados tinha ficado muito arranhado. Depois de tentar limpar de todas as formas possíveis, acabei colocando o disco pra rolar e nos primeiros minutos, meus ouvidos acostumados com as músicas “certinhas” dos períodos, barroco e clássicos, estranharam aqueles sons. Fiquei perplexo, meus ouvidos ainda não estavam preparados pr’aquela música esquisita e dissonante e olha que nem era a Sagração da Primavera, mas escutei todo o lado intacto do disco e o que deu pra escutar do outro. A título de curiosidade, o lado intacto era o dos dois últimos quadros. Realmente eu não tinha gostado da música e corri desesperadamente na casa de uma prima que tinha uns 7 discos da coleção Mestre da Música pra ver se conseguia “empurrar” nela o malfadado disco. Pretendia trocar pelo disco que tinha as Quatro Estações de Vivaldi. Não deu pra “engabelar” a minha esperta prima, pois logo ela percebeu que o disco pulava demais e a música também não tinha agrado muito a seus ouvidos também despreparados. Acabei me livrando do disco através de outra troca desleal com o mesmo malaca de quem eu tinha adquirido o álbum.
Alguns anos de passaram e eu continuava a ouvir música barroca, música clássica e no máximo, música romântica, mas aquelas melodias stravinskyanas que eu tinha ouvido no máximo duas vezes, insistiam em ecoar na mínha cabeça. Os trechos que mais me enlouqueciam o juízo eram o do início do balé, ou seja, a Feira de Carnaval e a Cena da Feira de Carnaval à Noite. Quando não aguentei mais os assédios da obra na minha cabeça, comecei a tentar, desesperadamente, recuperar essa obra. Visitei alguns desse caras que negociavam discos, procurei em lojas, encontrava muitas outras obras (e foi assim que tive contato com a Sagração da Primavera), mas não encontrava Petruchka. A procura pela obra de Stravinsky abriu-me as portas para muitos outros compositores, sobretudo Bartok, Ravel e até mesmo Villa-Lobos.
Até que em um belo visitando um amigo, vi a coleção de discos clássicos do pai dele e me deparei novamente com Petruchka, com a orquestra Sinfônica de Londres na regência de Charles Dutoit e Tamas Vasary no piano, não era a mesma coisa, mas fiquei muito feliz. Quando eu já tinha desistido de procurar aquele álbum da coleção Mestres da Música, já nem escutava mais os meus vinis, pois a nova tecnologia – o cd, já dominava o mercado, entrei numa loja de discos e cds usados e encontrei não só o álbum Petruchka, mas também o da Sagração da Primavera, ambos da mesma coleção Mestres da Música e que ainda hoje guardo com muito carinho.
Stravinsky é sem dúvida, na minha opinião, o maior compositor de todos os tempos.
Feliz Aniversário Stravinsky, com certeza, a música nunca mais foi a mesma depois de você!!!!
Marcelo Stravinsky
nao te conheso mas feliz niver
Wanusa, você está de brincadeira, né?
parabens
Que coisa engraçada.. eu nem imaginava que hoje seria aniversário de Stravinsky.. e preparei sem saber a super postagem que está agendada pras 10 da noite de hoje!!!
Legal que as coisas casaram direitinho sem prévia combinação! Parabéns pela sacada de mestre!
É, posso dizer que Stravinsky (mais precisamente a Sagração) foi quem me fez virar um compositor “definitivamente”; digo “definitivamente” porque, na verdade, desde os meus primeiros acordezinhos no violão aos 13 anos eu sempre gostei de “compor” (na verdade aquilo lá tava mais pra “inventar um barulho diferente do que eu conhecia”), mas depois dos meus 18 anos, época que eu ficava ouvindo a Sagração no mínimo umas 2 vezes por dia, foi quando eu realmente parei e pensei “Pô! Olha o que esse cara faz com a orquestra! Que coisa doida isso de ‘espalhafatar’ a orquestra! Também quero!”, haha ;¬)
Feliz aniversário, senhor-cabeça-de-ovo!
Mês passado comprei num sebo aqui em curitiba vários discos desta coleção da Abril Cultura (inclusive Petrushka); e por apenas 1 real cada!
Por isso adoro tanto os sebos.
Abraço a todos e feliz aniversário ao inigualável Stravinsky!
Apesar de sua titaneidade, Stravinsky ainda perde para Bach…
Infelizmente ele escolheu o planeta errado, aqui Bach é supremo. Mas é um forte candidato para vice. Se bem que se pensarmos em termos relativos, a orquestração de Mahler… bem… deixa pra lá.
Um feliz aniversário. Feliz para sua memória, que nesse período é vangloriada, e para nós, reles, que nesse período temos amplo acesso à sua obra, devido às homenagens prestadas. É muita felicidade junta.
nao sei nao… Marcelo stravinsky? é parente? só pode ser mesmo, para cometer a sandice de dizer que o tal homenageado é o maior compositor de todos os tempos! Até Vivaldi, que Stravinsky costumava criticar, dizendo q ele compos o mesmo concerto para violino 600 vezes, é infinitamente maior que ele… o q dizer então de Bach, Mozart, Mahler, Beethoven, Brahms, Tchaikovisky, entre outros deuses da música? Ah, para com isso, santa estupidez!!!
Não se discute gosto, beecology! Apenas expus minha humilde opinião. A verdade é uma coisa relativa. Existem várias verdades. E essa, é uma verdade absoluta pra mim.
Abraço!
concordo, afinal… vc deu uma aula de cavalheirismo como a sua resposta, muito inteligente por sinal. Confesso que a minha réplica anterior foi gerada sob um fulminante acesso de inconformismo, tão rápido que foi meio impensado. É isso aí, gostei da sua postura, e até posso dizer que já tive momentos em que era seduzido pela obra de Stravinsky, lá pelos anos 80, quando chegou uma fita cassete em minhas mãos com a Sagração da Primavera e o Pássaro de fogo – pasmem, eu adorava!
Abrasssssssssssss
Quando comecei a gostar da dita música erudita, comecei, de certa forma, de maneira, inconscientemente, organizada. Ouvia Vivaldi, Bach e Handel no início. Depois comecei a apreciar Mozart, Haydn e Beethoven. Passei por Chopin, Liszt, Mendelsohn, Pagananini, Rossini e outros europeus românticos, Tchaikovsky e os compositores russos e Wagner, até chegar em Debussy, Ravel, Stravinsky, Villa-Lobos e toda uma gama de compositores modernos. Só comecei a apreciar a música anterior ao período Barroco quando já escutava as coisas mais modernas, essa foi a única parte desorganizada em minha vida de apreciação musical.
Abraço!
Mas me explica por que é difícil para algumas pessoas assimilar a música modernosa? Já tentei até Schoemberg (sei lé se está certo esse nome, mas subentende-se né) Questão de habituação? Ouvir algo dodecafônico, Alban Berg, Stravinsky,etc, etc, parece ser uma experiência dirigida ao restrito meio academico, e não para diletantes como eu; tenho a (talvez equivocada) impressão de que a música moderna soa mais como produto de um método científico do que como uma arte que toca o espírito, que emociona, que arrebata. Música experimental é para mim árdua, espinhosa, cercada de arame farpado tão impenetrável quanto a filosofia de Heidegger e a metafísica geral. Parabéns aos que enfrentaram as dificuldades e tiveram o mérito de entrar nessa redoma eletrificada, como você, e o Avoado (muito legal a explicação dele, muito edificante também). Estou muuuito acostumado com os medievais, barrocos, clássicos, e por aí vai… Acho que fui mais organizado q vc, comecei do mais fácil (nem tanto, diga-se – é verdade dizer que as partitas de Bach são fáceis de se ouvir?)
Bem, falei demais, abrasssssssssssss!!
Foi justamente por meu diletantismo que me afastei dos conceitualistas como Cage, pois sua obra mais parece uma conversa fiada do que qualquer outra coisa.
Sei que pode soar pedante dizer que ouvir música moderna é uma questão de prática, pois, realmente, parece que seus ouvintes estão sobre todos os demais extratos. No entanto, não foi isso que quis dizer, mas apenas que é isso mesmo: uma questão de prática. Se estivessemos habituados a escutá-la desde a tenra infancia, provavelmente não a achariamos espinhosa (pelo menos é o que penso).
Realmente algumas peças são mais espinhosas, e me soam vazias. No entanto, peças como os quartetos de Villa-Lobos, aos quais diversas pessoas disseram-me serem o “caos”, parecem-me completamente naturais, apesar de um dia não terem sido. Não estou dizendo que forçe-me a aceitar ouvir seus quartetos, simplesmente acho, realmente, seus sons agradáveis, principalmente o 12º e o 8º.
O mesmo vale para compositores mais modernos, como Xenakis. Ao ouví-lo é possível perceber que sua música não é constituida de partes, mas de estruturas que se relacionam e mudam constantemente, e acompanhar essa evolução me é um deleite. Realmente é um processo de audição muito mais cerebral do que os demais, no entanto me é agradável. Quando quero ouvir algo mais emocionante e arrebatante, ouço também músicas de outros períodos. Enfim, são modelos de audição diferentes, mas ambos possuem, para mim, o mesmo equilíbrio estético, só que em aspectos diferentes.
Abraço.
Quando digo que não é constituida de partes, me refiro à forma sonata e seus temas, divididos em “partes”. Em Xenakis essas partes são módulos que se correlacionam em um universo sonoro em constante mudança.
…É, parece meio viajado, mas foi a melhor forma que consegui achar para descrever minha impressão sobre suas obras.
A música moderna é cerebralista, quase um processo científico. Concordo em grande parte. Agora, o que é a música renascentista senão isso? Um processo científico de teste de harmonias, nada espontâneo. É quase uma metodologia de pesquisa sonora. Simplesmente, os intuitos são outros, e ninguem afirma que a música renscentista não é arte, devido à sua cientificidade.
“Stravinsky é sem dúvida, na minha opinião, o maior compositor de todos os tempos.”
E um dos mais feios também, hahaha.
Interessante sua história.
Obrigado Exigente!
Adoro pensar em situações simples e cotidianas. Aprecio esse jeito meio crônica de escrever e sendo sobre as minhas experiências, ninguém mais expert do que eu mesmo! Hahaha!
“maior compositor”??? comôassim, ele tinha doismetremeio????
O cara só era baixinho, mas “peidava” muito podre, sacou?!?!?!
O cabra é bom, mas eu prefiro o velho João Sebastião Bach, Beethoven e o nosso Villa-Lobos que não é muito valorizado porque é brasileiro, no Brasil devido a sídrome de cachorro vira-lata do povo brasileiro, e isso acaba refletindo no resto do mundo.
Tigre, não acho que Villa-Lobos não seja valorizado. Na verdade, a música erudita como um todo, sofre um certo problema de divulgação. Villa-Lobos é pra mim e pra muitos outros amantes da música universal, um compositor genial e tão grande quanto qualquer outro.
Muito legal, Marcelo, a maneira como você relata como passou a gostar de Igor Stravinsky. Aconteceu algo parecido comigo com Beethoven. Eu, particularmente, nunca ouvi nada dele conscientemente, porque detesto música moderna de maneira geral.
Mas podes crer que farei questão de procurar e baixar aqui no blog as músicas dele, para que eu possa ter certeza do que eu falo, e prometo escutar as músicas quantas vezes forem necessárias para um bom entendimento. Isso é muito importante.
Para finalizar, não sei se você sabe, mas embora Stravinsky não admirasse a produção musical de Beethoven, ele chegou a admitir que a Grande Fuga Op. 133 do compositor alemão era o ápice da música ocidental. Você sabia disso?
Um abraço!
Ivan, se me permite acrescentar um pouco de didatismo, se você não suporta os modernistas, tente começar pelo começo, assim como o Marcelo Stravinsky. Não digo começar do barroco, mas sim do início do modernismo, com compositores como Wagner(no caso, final do romantismo), Mahler, Debussy, Richard Strauss, Schostacovich, entre outros, com escala crescente de “esquisitice”. Pelo menos comigo funcionou, fui até John Cage, e aí voltei (achei que estava já muito longe), até me estabilizar no serialismo integral.
O segredo, na realidade, é tentar não ter um chilique a cada acorde meio torto, porque, nesse caso, o chilique dura do início ao fim da peça. Tente simplesmente ouvir, ampliando sua percepção harmônica. Hoje sei que os acordes modernos não são nem de longe aleatórios, mas sim perfeitamente propositais e ordenados, simplesmente forçando nossa percepção harmônica. Hoje me soam absolutamente naturais. Pense na música indiana, por exemplo, com todos aqueles “tateiteiteite tátátá”: porque os indianos não consideram aquilo estranho? Porque seus ouvidos estão adaptados a tal harmonia, e pude confirmar isso, pois com as insitentes audições acostumei-me a ela eu também.
Praticamente toda a nossa música popular moderna seria considerada uma cacofonia completa na idade média, tempo no qual os acordes ainda estavam sendo descobertos e testados, e um C7 faria qualquer um revirar os olhinhos e ter um chilique (tal qual nós, ouvindo música moderna e vanguardista).
Outro aspecto que torna a música moderna estranha é o fato de ela ter retornado para o modelo de ambiente harmônico do barroco: a polifonia. Mesmo a música barroca soa estranha para alguns que começaram seu caminho pela romântica, e acostumaram seus ouvidos a acompanharem uma melodia e seu acompanhamento. A polifonia não nos dá ponto de apoio, tudo parece uma “nuvem sonora”, que, a menos que o ouvinte esteja a ela acostumado, torna-se monótona. Acrescente a isso os acordes “tortos”, e temos o maravilhoso ambiente sonoro do modernismo (algo que hoje já não digo ironicamente).
Claro, não estou aqui como professor, mas como colega de classe, então a decisão de concordar ou não é sua. Abraço.
Obrigado Ricardo e que bom que de alguma forma você foi sensibilizado em relação a música de Igor Stravinsky. Não garanto que você a aprecie de início, mas no mínimo achará muito curiosa.
Já li tanta coisa a respeito de Stravinsky que as vezes chego a ficar confuso. Talvez eu tenha uma vaga lembrança a respeito dessa colocação, mas nada que tivesse chamado muito a minha atenção. De qualquer forma agradeço e aprecio muito a sua colaboração.
Todos temos muitas histórias para contar e é exatamente esse o objetivo deste BLOG, compartilhar cultura.
Abraço!
Não conheço muita coisa de musica moderna. Meu primeiro contato com Stravisky foi com ‘Les Noces’, dois cds por ‘déreal’, o outro, não menos estranho, de Respighi, ‘Maria Egiziaca’. tudo muito estranho mas a gente acaba acostumando, um pouco. Mas vira e mexe sem ser judeu faço minha teshuva com Bach, Mozart, Beethoven.
perguntinha para voce e o avoado: vocês já chegaram ao Giacinto Scelsi? tenho um quarteto dele… no Kammermusikkammer tem um flac (ou ape) com todos os quartetos que ainda não baixei. o que tenho é via utorrent. . algumas musicas consigo ouvir, mas este quarteto (se não me engano o de numero 3) parece um pernilongo zunindo, heheh, é sério.
Aliás, o post ficou como “sem categoria”. Só avisando.
Deixei assim, sem categoria, propositadamente, já que não disponibilizei nada para download.
Acho útil colocar um tag para o Stravinsk. Esse post tem grande papel didático, apesar de não conter um download. Alguem que esteja procurando obras do autor provavelmente se interessaria em ler essa sua história, parece um espelho de nós mesmos. Acredito que ninguem tenha passado a gostar de Stravinsky e do modernismo sem um desagrado inicial e posterior insistência.
Nesse caso, o pessoal aí do blog usa uma categoria chamada Comunicados e proclamações, ou coisa do tipo, se não me engano.
Não poderia deixar postar o link pra quem não viu do ‘ensaio erótico’ de Stravinsky, ainda mais num post de aniversário!
http://pqpbach.opensadorselvagem.org/stravinsky-conducts-stravinsky-vol-9-e-vol-10/
Ah, o post do Pássaro de Fogo do Ígor… hauahueah! Imagine que nome forte para um quarto mais caro de um motel de luxo: “SUÍTE DO PÁSSARO DE FOGO”, ahuahaeueh
Boa demais sua explanação, avoado. Não tem porque eu concordar ou discordar. Agora mesmo terminei a minha primeira audição da “Sagração da Primavera”. Percebo claramente que se trata de uma obra-prima musical. Imagino a cara do povo na época. O que se fazia no final do século XIX era muito diferente. Existem momentos de uma carga expressiva e emocional surpreendentemente intensa. De imediato, essa obra me surpreendeu mais do que os quartetos de Bartok.
Não achei muito “complicado” ouvir a Sagração não. Há momentos belíssimos, como as “Rondas da Primavera”. A introdução da segunda parte parece inacreditavelmente produzida por um aparelho eletrônico. É impressionante a riqueza timbrística da obra como mum todo.
De modo geral, gostei muito da “Sagração da Primavera” Mais até do que devia… brincadeirinha…rsrsrsrs
Agora é sério: vale sim a pena conhecer.
rapidin… disse Tigre: …”e o nosso Villa-Lobos que não é muito valorizado porque é brasileiro, no Brasil devido a sídrome de cachorro vira-lata do povo brasileiro”…
Disse Avoado: “Hoje sei que os acordes modernos não são nem de longe aleatórios, mas sim perfeitamente propositais e ordenados, simplesmente forçando nossa percepção harmônica.
Digo eu: É justamente esse o problema do nosso grande Villa-Lobos, ele não entendeu que as inovações harmônicas e rítimicas de compositores como Debussy e stravinsky não eram simplismente aleatórias e resolvel fezer sua música baseado nisso, as vezes sem sentido, sem nexo e sem rumo algum… onde ele quiz chegar com aquela “A Foresta amazônica”??????… mas ainda assim acho q ele foi um dos maiores cientistas da cultura brasileira de todos os tempos. Ainda bem q ele existiu…
Ahh! e parabéns a Stravinski, não sou tb muito fã de musica moderna não, mas acho as suítes do Pássaro de fogo uma das obras mais linda q ja escutei, e a sagrção da primavera é uma das obras primas mais importantes e avassaladoras da história música. Thanks…
Rapaz,
Eu tenho a coleção completa ‘Mestres da Música’ em vinil, inclusive com o “brinde” de 5 LPs com óperas que voce recebia se fizesse a coleção completa.
Tenho uma outra coleção em fitas K-7, também da Abril, adorava ouvir de cabo a rabo quase até furar o disco ou rasgar as fitas.
Colecionei-as inteirinhas quando eu ainda “era criança, lá em Barbacena”.
No início também achava que Stravinski havia jogado pedra na cruz, revirando no túmulo os compositores antecedentes, mas é pura poesia, claro que não o coloco no altar com Bach, Vivaldi ou Bheethoven, mas é para deleitar também.
E como bom pai já encaminhei minha filhota belo bom caminho da boa música, estuda piano e violoncelo, graças a Deus…..!
E já entende mais da minha coleção de Cds e Lps que eu.
Interessante, E.F.M.R.! Legal você já ter iniciado sua filha no mundo da música erudita. Qual a idade dela? A minha tem quatro e já gosta das músicas que eu escuto. E quanto a sua coleção, é a com a capa em preto e branco ou as das capas coloridas? Essas coleções foram lançadas várias vezes.
Abraço!
Pessoal,
me desculpe,
escrevi Beethoven errado no post anterior,
Sorry.
A adolescencia é o marco, é aqui que as crianças rompem com o passado e se rebelam e, revelam, a minha tem 13 anos, plena adolescencia, mas por enquanto ainda não se rebelou, por enquanto tem se revelado.
E olha que incrível, falamos de vinil e hoje meu pai me presenteou com um disco do Waldir Azevedo e do Polly (Dois Bicudos não se Beijam) em impecável estado de conservação, sem um risquinho. Perfeito.
Não é de musica erudita, claro, mas para mim é um presente e tanto.
Igor Strawinsky foi um compositor de que época??
barroco, romântico ou classico???
desde ja agradeço a resposta!
Stravinsky foi um modernista nato e rebelde, mas que soube buscar influência em fontes antigas, sendo por isso, chamado de neoclassicista e que mais tarde flertaria com o dodecafonismo de Schoenberg, ou seja, um ser, indiscutivelmente, metamórfico.