Continuemos com os franceses, portanto. Em sua postagem anterior, nossa querida Clara Schumann optou por um Debussy nas mãos de Baremboim, num período em que este regente fez um belo trabalho frente à Orquestra de Paris.
FDP infelizmente deu de presente as versão do famigerado “Bolero”, de Ravel, na interpretação do mesmo Baremboim, frente à mesma orquestra. Dentre as inúmeras versões que ouviu dessa obra, essa versão foi a que mais lhe satisfez. O andamento conseguido pelo argentino foi o que mais lhe agradou, nem muito lento, nem muito rápido.
Eis que, em certa viagem feita a São Paulo já há alguns anos, encontrou em promoção esse maravilhoso cd, onde o grande Pierre Boulez interpreta Ravel, frente à Filarmônica de Berlim. Um francês regendo um francês, sim, era o que procurava, mesmo que estivesse frente à poderosa Filarmônica de Berlim. Nestes momentos é que podemos ver a versatilidade desta orquestra. Reconheço que a versão que Karajan fez desse mesmo Bolero frente à esta mesma orquestra não me satisfez nem um pouco. Achei-a um tanto pesada. Enfim, questão de gosto.
Serei um pouco mais generoso nessa postagem. Vou colocar junto o libreto em formato .pdf, com artigo bem elucidativo, claro, com a qualidade tradicional da Deutsche Grammophon. Com a famigerada capa, é claro…
Maurice Ravel (1875-1937) – Ma Mére l´Oye, Une Barque sur l´océan, Alborada del Gracioso, Rapsodie Espagnole, Boléro
01 – Ma Mére l´Oye – Prelude- Très lent
02 -Ma Mére l´Oye -Danse du rouet et scène- Allegro
03 -Ma Mére l´Oye -Pavane de la belle au bois dormant- Mouvement de Valse modéré
04 -Ma Mére l´Oye -Les entretiens de la Belle et la Bête- Mouvement de Valse modéré
05 -Ma Mére l´Oye -Petit Poucet- Très modéré
06 -Ma Mére l´Oye -Interlude
07 -Ma Mére l´Oye -Très Modé
08 – Ma Mére l´Oye – Apothése- Le jardin féerique- Lent et grave
09 – Une Barque sur L´océan – Très souple de rythme
10 – Alborada del Gracioso – assez vif
11 – Rapsodie espagnole – Prelude à la nuit- Très modéré
12 – Rapsodie espagnole – Malagneña- Assez vif
13 – Rapsodie espagnole – Habanera- Assez lent et d’un rythme las
14 – Rapsodie espagnole – Assez animé
15 – Boléro – Tempo di Bolero moderato assai
CD – BAIXE AQUI
LIBRETO – BAIXE AQUI
Meu caro irmão FDP,que belíssimo presente!!!!eu adoro o bolero!beijos da sua,Clara Schumann
“Les Uns et Les Autres”, foi o catapultar de Ravel aos jovens, que desconheciam, e que os franceses souberam realmente introduzir tão magistral por Maurice Bejard, no filme.
E mais uma vez agradeçer ao P.Q.Bach pela qualidade.
JMAbreu
Pessoal, não sabia por onde pedir, então vai por aqui: será que não rola um “postizinho” com o Trio de Ravel? Deu uma vontade de ouvi-lo e não tenho por aqui… e acho que seria um ótimo post! :¬D~~~
Obrigado desde já!
Que maravilha! ‘Ma mere’ é colossau, muito obrigado por compartilhar esse presente
O Karajan é bruto mesmo para sinfonias como as de Schumann ou de Beethoven. Deixa-as bem apolíneas, equilibradas à força dionisíaca. Para pequenas peças ou obras sacras ele é muito lento ou arrasta demais.