Amazonas Baroque Ensemble: Dei Due Mondi – David Perez (1711 – 1778); José Palomino (1755 – 1810); Gaetano Maria Schiassi (1698 – 1754); António Leal Moreira (1758 – 1819)

Dei Due Mondi

Amazonas Baroque Ensamble

José Palomino (Espanha, 1755 – 1810)
David Perez (Nápoles, 1711 – Lisboa, 1778)
António Leal Moreira (Portugal, 1758 – 1819)
Gaetano Maria Schiassi (Bologna, 1698 – Lisboa, 1754)

Comentário do nosso amigo Ammiratore sobre este post: Oi Avicenna, acabei de ouvir e realmente existem muitas pérolas neste oceano que é o Barroco. Linda postagem. Os músicos dão vida às obras, magníficas as solistas, os violinos exatos e o cravo “bem temperado”. Parabéns.

Amazonas Baroque Ensamble é um grupo de músicos que compõe a Orquestra Barroca do Amazonas, dentre outros agrupamentos. São provenientes de países diferentes, com ampla formação e experiência profissional e se dedicam ao repertório inédito ou pouco conhecido do ambiente luso-brasileiro do século XVIII e sua área de influência cultural.

Tal repertório aqui presente foi obtido em atividades científicas apoiadas pela FAPEAM (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas) desenvolvidas no Laboratório de Musicologia e História Cultural da Universidade do Estado do Amazonas, ou através de musicólogos associados, pelo que agradecemos.

O grupo tem se apresentado em diversas cidades de Portugal, Espanha, Itália e Brasil, participando ainda de festivais diverso, quer no campo instrumental ou na música sacra e na ópera, dentre o que destaca-se a première moderna no Brasil de Guerras do Alecrim e Manderona (1737), de Antonio José da Silva (1705-1739) e Antonio Teixeira (1707-1774), em 2010. O grupo tem colaborado com artistas diversos, no intuito de valorizar o repertório que aborda e os intérpretes que a ele se dedicam.

Amazonas Baroque Ensamble
David Perez (Nápoles, 1711 – Lisboa, 1778)
01. Concerto per il flauto traverso e stromenti – I. Allegro
02. Concerto per il flauto traverso e stromenti – II. Grave
03. Concerto per il flauto traverso e stromenti – III. Allegro con brio
04. L’incerto mio pensiero
05. O almen qualor si perde
José Palomino (Espanha, 1755-1810)
06. Concerto o sia Quintetto per il clavicembalo – I. Allegro
07. Concerto o sia Quintetto per il clavicembalo – II. Andante – Allegro poco
David Perez (Nápoles, 1711 – Lisboa, 1778)
08. Io so qual pena sia
Gaetano Maria Schiassi (Bologna, 1698 – Lisboa, 1754)
09. Concerto in D a 5 – I. Allegro
10. Concerto in D a 5 – II. Andante
11. Concerto in D a 5 – III. Allegro
António Leal Moreira (Portugal, 1758 – 1819)
12. Misera me / Ah cangiar non può d’affetto

Cantores
• Mirian Abad – soprano
• Thelvana Freitas – mezzo-soprano
• Fabiano Cardoso – tenor
• Roberto Paulo Silva – barítono
Instrumentistas
• Gustavo Medina, Tiago Soares, Juliana Lima Verde, Andreza Viana – violino 1
• Manoella Costa, Silvia Raquel Lima, Raúl Gustavo Falcón – violino 2
• Gabriel Lima, Elcione Santos – viola
• Edoardo Sbaffi – violoncelo
• Diego Soares – contrabaixo
• Benjamin Prestes arquialaúde e guitarra barroca
• Mario Trilha/ Vanessa Monteiro – cravo e órgão
• Márcio Páscoa – flauta e direção musical; Arley Raiol – flauta

Dei Due Mondi – 2012
Amazonas Baroque Ensemble
Márcio Páscoa, dir.

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– Amazonas Baroque Ensemble

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Ensemble Turicum: Musique napolitaine des archives portugaises: Pergolesi, Gallasi, Leonardo Leo, David Perez

rawwljA produção musical italiana observada através de um filtro português.

 

As impressionantes bibliotecas e arquivos musicais portugueses ainda não estão plenamente descobertos para o mundo. Notícias sobre a livraria d’El Rey D. João IV já circulam amiúde, mas sem que se saiba algo mais para além do seu malfadado destino, desde o falecimento daquele monarca até os trágicos acontecimentos de 1755. Entrementes, é também verdade que pouca consciência ainda se tem sobre os tesouros que sobreviveram ao terramoto e de toda a música que se produziu e ouviu em solo lusitano nos sucessivos reinados de D. João V, D. José I, D. Maria I e D. João VI. Que a corte portuguesa, desde os primórdios do século XVIII, se entregaria completamente às vicissitudes da estética italiana é assunto já bastante escorreito. O que ainda escapa ao interesse da musicologia internacional é o facto de que Portugal, por conta desta dependência estética — facto que por si só não representa qualquer demérito -, se tornaria num dos mais convulsivos importadores de música durante mais dois séculos. Hábito que, aliás, remonta ao reinado de D. João IV, no frémito de constituir a sua tão decantada quanto ecléctica colecção musical.
Neste sentido, os arquivos portugueses conservam inúmeras páginas de música (óperas, música religiosa e instrumental) absolutamente inéditas, ou em cópias que em muito tornam interessantes as comparações que se podem desprender do confronto entre estas e os manuscritos italianos espalhados dentro e fora da península.

Sérgio Dias, Nápoles/Lisboa, inverno de 2003

Ensemble Turicum

Fundado em 1990 pelo cantor brasileiro Luiz Alves da Silva, o Ensemble Turicum [Turicum é o nome latino de Zurich] consagra a sua actividade à redescoberta, ao relance e à interpretação com a maior autenticidade possível da música de câmara e vocal da época barroca, executada com instrumentos históricos. Os seus membros têm uma longa experiência de colaboração com numerosos conjuntos barrocos de renome internacional (entre outros: Hesperion XX, a Capella Reial Barcelona, a Folia Madrid, Concerto Këln, Clemencic Conzert Wien, Ensemble 415 Genève).

O Ensemble Turicum, na sua formação de base, é composto por um quarteto de cordas, um instrumento de baixo contínuo e um cantor solista. Naturalmente, consoante os programas, convida outros cantores ou instrumentalistas para completar o conjunto. Entre as múltiplas actividades do Ensemble Turicum, destaca-se uma digressão pela Alemanha, em 1990, com as “Lamentações de Jeremias” no programa. Este programa compreendia música vocal de Antonio Vivaldi, por ocasião do 250º aniversário da sua morte, apresentado ao público em várias cidades suiças, uma representação do “Stabat Mater” de G.B. Pergolesi, com a participação da conhecida soprano espanhola, Isabel Rey. Para além dos célebres compositores já citados, o Ensemble Turicum sempre se preocupou em apresentar obras escolhidas de mestres menos conhecidos como, por exemplo, peças de Christian Geist, Francisco Vias, Domenico Gherardeschi e outros.

(extraído do encarte)

Giovanni Battista Pergolesi (Iesi, 1710-Pozzuoli, 1736)
01. Messa a 5 Voci – 1. Kyrie
02. Messa a 5 Voci – 2. Christe
03. Messa a 5 Voci – 3. Gloria
04. Messa a 5 Voci – 4. Laudamus (Soprano)
05. Messa a 5 Voci – 5. Gratias
06. Messa a 5 Voci – 6. Domine Deus (Soprano/Alto)
07. Messa a 5 Voci – 7. Qui tollis
08. Messa a 5 Voci – 8. Quoniam (Soprano)
09. Messa a 5 Voci – 9. Cum Sancto Spiritu
Leonardo Leo (San Vito, 1694-Napoli, 1744)
10. Sinfonia “Il Demetrio” – 1. Allegro
11. Sinfonia “Il Demetrio” – 2. Andantino
12. Sinfonia “Il Demetrio” – 3. Allegro
Antonio Galassi (Italie, c.1750-Portugal, 1790)
13. Te Deum – 1. Te Deum Laudamus
14. Te Deum – 2. Te gloriosus Apostolorum chorus
15. Te Deum – 3. Tu Patris sempiternus
16. Te Deum – 4. Tu devicto
17. Te Deum – 5. Tu ergo quaesumus
18. Te Deum – 6. Aeterna fac cum sanctis tuis
19. Te Deum – 7. Fiat misericordia
20. Te Deum – 8. In te Domine speravi
David Perez (Napoli, 1711-Lisboa, 1778)
21. Trio – 1. Andante
22. Trio – 2. Minuete

Ensemble Turicum: Musique napolitaine des archives portugaises – 2004
Luiz Alves da Silva & Mathias Weibel

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Avicenna

Américantiga Coro e Orquestra de Câmara – Compositores Brasileiros, Portugueses e Italianos do Século XVIII

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Américantiga Coro e Orquestra de Câmara
Compositores Brasileiros, Portugueses e Italianos do Século XVIII

 

No primeiro CD do Américantiga Coro e Orquestra de Câmara, gravado em 1998, inconscientemente lançávamos aquele que seria o primeiro volume desta série que somente hoje se configura. Neste trabalho anterior, entitulado Música Brasileira e Portuguesa do século XVIII, iniciávamos a proposta de estabelecer conexões estilísticas entre essas duas produções musicais. Nesta série, que agora estruturamos, propomos traçar um panorama – por meio de gravações – das profundas relações existentes entre as produções artísticas, sobretudo a musical, do Brasil e da Hispano-américa do período colonial com as práticas musicais de Portugal e Espanha, que por sua vez foram influenciadas pela italiana, representada principalmente pelas assim chamadas “escolas” de Roma e Nápoles.

Para a compreensão deste fenômeno podemos citar os casos de Domenico Scarlatti, importante compositor que atuou nas cortes de Lisboa e principalmente Madri, e de Davide Perez – napolitano de origem espanhola – que veio a ser um dos principais compositores a serviço de D. José I de Portugal.

Outro fato importante é o de muitos jovens compositores portugueses terem se aperfeiçoado na Itália durante o reinado de D. João V (1706 – 1750), graças, sobretudo, à riqueza proporcionada pela descoberta de ouro na província brasileira das Minas Gerais. O estilo musical que absorveram será modelo para sua produção e, consequentemente, para a produção musical brasileira do período colonial, representada pelos compositores atuantes no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Nordeste.

O momento culminante deste processo para a história da música no Brasil é a vinda da corte de D. João VI para o Rio de Janeiro, em 1808, com a criação do Teatro de Ópera São João e da Real Capela de Música – o mais importante centro fomentador e de criação musical das Américas da primeira metade do século XIX.
(Ricardo Bernardes, no encarte)

O Barroco é puramente a origem do Jazz aonde o instrumentista, para ser bom, teria que improvisar o melhor possível. (Grout, Donald J.& Claude V. Palisca, History of Western Music, Norton, Londres, 2001)

Francesco Durante (Itália, 1684-1755)
01. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 1. Magnificat anima mea
02. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 2. Et misericordia eius
03. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 3. De possuit potentes
04. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 4. Suscepti Israel
05. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 5. Sicut locutus est
06. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 6. Sicut erat in principio

Nicola Fargo (Itália, 1677-1745)
07. Credo in unum Deum a 5 vozes e baixo contínuo – 1. Credo in unum Deum
08. Credo in unum Deum a 5 vozes e baixo contínuo – 2. Et incarnatus est
09. Credo in unum Deum a 5 vozes e baixo contínuo – 3. Crucifixux etiam pro nobis
10. Credo in unum Deum a 5 vozes e baixo contínuo – 4. Et ressurexir tertia die
11. Credo in unum Deum a 5 vozes e baixo contínuo – 5. Sanctus et Benedictus
12. Credo in unum Deum a 5 vozes e baixo contínuo – 6. Agnus Dei

José Alves (Portugal, sec. XVIII)
13. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 1. Dixit Dominus
14. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 2. Donec ponam
15. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 3. Juravit Dominus
16. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 4. Tu es sacerdos
17. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 5. Gloria Patri
18. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 6. Sicut erat in principio

José Totti (Itália, 1780 – Portugal, 1832)
19. Solitario bosco ombroso (duo de sopranos com teorba)
David Perez (Itália, 1711 – Portugal, 1778)
20. Requiem em fá menor a 4 vozes, fagote obbligato e baixo contínuo – 1. Requiem aeternam
21. Requiem em fá menor a 4 vozes, fagote obbligato e baixo contínuo – 2. Kyrie eleison

atrib. Antonio da Silva Leite (Séc. XVIII)
22. Xula Carioca
Anônimo brasileiro Séc. XVIII

23. Modinha: É delícia de amor
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
24. Te Deum laudamus (1801) a 4 vozes e órgão 1. Te Deum laudamus
25. Te Deum laudamus (1801) a 4 vozes e órgão 2. Te ergo quasumus
26. Te Deum laudamus (1801) a 4 vozes e órgão 3. Aeterna fac

Compositores Brasileiros, Portugueses e Italianos do Século XVIII – 2002
Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. II
Américantiga Coro e Orquestra de Câmara
Regente: Ricardo Bernardes

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vitrola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna