Neste ótimo CD do selo alemão MDG, gravado lá em 2004, temos duas obras primas do compositor tcheco, compostas entre 1888 e 1893. Vamos começar pelo começo, então.
Depois de alguns anos sem escrever nada para o gênero Música de Câmera, Antonin Dvórak, já um compositor consagrado em 1888, escreve uma de suas obras primas, o belíssimo Quinteto para Piano e Cordas, op. 81, obra de uma beleza ímpar, principalmente seu segundo movimento, uma Dumka, música típica do folclore de seu país. Aliás, uma característica das obras desse compositor tão singular foi o uso de temas folclóricos em suas obras, basta lembrarmos de suas Danças Eslavas. Neste Quinteto encontramos um romantismo latente, lírico, reflexivo e altamente expressivo, tão característicos na obra do compositor.
O Quinteto para Cordas op. 97 foi composto em apenas cinco dias, entre 26 de junho e 1º de agosto de 1893, quando o compositor estava passando férias nos Estados Unidos. Ali Dvorák veio a se interessar pela música produzida pelos afro descendentes e nativos americanos daquele país, ajudando-os, a partir de um convite do Conservatório de Nova Iorque, a criar e a desenvolver uma música ‘nacionalista’ norte-americana. Por este motivo conseguimos encontrar a partir de então em sua obra diversas passagens inspiradas nessa música dita folclórica e popular norte americana , e é também por este motivo que esta peça, o Quinteto op. 93, ficou conhecido como “Americano”.
A primeira peça desse CD, o Quinteto para Piano op. 81 tem a interpretação do respeitado Leipziger Streichquartett, acompanhados pelo pianista Christian Zacharias, enquanto que no Quinteto para Cordas op. 97 ao conjunto de cordas de Leipzig junta-se o violista Hartmut Rohde.
Um belíssimo CD, sem dúvidas, com um excelente trabalho de engenharia de som.
01. Quintet Op.81 – I. Allegro, ma non tanto
02. Quintet Op.81 – II. Dumka. Andante con moto
03. Quintet Op.81 – III. Scherzo (Furiant). Molto vivace
04. Quintet Op.81 – IV. Finale. Allegro
05. Quintet Op.97 – I. Allegro, ma non tanto
06. Quintet Op.97 – II. Allegro vivo
07. Quintet Op.97 – III. Larghetto
08. Quintet Op.97 – IV. Allegro guisto
Leipziger Streichquartett
Christian Zacharias – Piano
Hartmut Rohde – viola
Mais um Vivaldi, e mais uma gravação absolutamente imperdível, com a soprano Sandrine Piau deixando-nos totalmente arrepiados com sua interpretação de “In Furore” e “Laude Pueri”, dois motetos extremamente originais do padre ruivo. Nunca deixo de me emocionar com sua força de interpretação, e com a beleza das obras, e acompanhados pela ótima “Academia Bizantina”, dirigida pelo jovem Ottavio Dantone. Já declarei minha obsessão em possuir toda esta coleção da Naive, que pretende lançar todas as obras de Vivaldi. As capas são lindíssimas, e a produção impecável. Inclusive, alguns outros CDs da série já foram postados aqui, e outros ainda o serão. Quem viver, verá. Além de trazer a maravilhosa Sandrine Piau (aliás, não é ela quem está na foto da capa, como eu erroneamente imaginava até algum tempo atrás), o CD nos traz também três concertos do padre ruivo, belissimamente interpretados pela Accademia Bizantina.
Antonio Vivaldi (1678-1741): In Furore Iustissimae Irae, Rv626, Sinfonia En Si Mineur, Rv169 ‘Al Santo Sepolcro’ , Laudate Pueri, Rv601, Concerto, Rv541, Concerto, Rv286 ‘Per La Solennita Di San Lorenzo’ (Piau, Montanari, Accademia Bizantina, Dantone)
Sinfonia RV169 ‘Al Santo Sepolcro’ In Si Minore
5 Adagio Molto 2:43
6 Allegro Ma Poco 2:20
RV601 ‘Laudate Pueri’ [Salmo 112]
7 Laudate Pueri – Allegro Non Molto 3:06
8 Sit Nomen Domini – Allegro 2:29
9 A Solis Ortu – Andante 3:30
10 Excelsus Super Omnes – Larghetto 3:19
11 Suscitans A Terra – Allegro Molto 2:16
12 Ut Collocet Eum – Allegro 1:43
13 Gloria Patri E Filio – Larghetto 4:02
14 Sicut Erat – Allegro 0:57
15 Amen – Allegro 1:48
Concerto RV541 Per Violino E Organo In Re Minore
16 Allegro 3:50
17 Grave 3:08
18 Allegro Molto 2:09
Concerto RV286 ‘Per La Solennità Di San Lorenzo’ In Fa Maggiore
19 Largo Molto E Spiccato – Andante Molto 5:17
20 Largo 2:44
21 Allegro Non Molto 4:26
Temos neste CD dois grandes concertos para piano, duas obras primas incontestes. O que eles tem em comum talvez seja o fato de terem sido compostos por compositores russos, e paro por aí. Tratam-se de obras muito diferentes em sua concepção e em sua estrutura. E talvez em suas diferenças eles se complementem.
Lançado lá em 2015, a gravação nos apresenta uma nova estrela dos teclados, a italiana Beatrice Rana, na época com meros 22 anos de idade. A impetuosidade da juventude foi um fator importante em seu desafio de encarar estas obras. É preciso se jogar de corpo e alma, mergulhar fundo para voltar renovado para a superfície. E Beatrice Rana encarou o desafio com muita força, talento e competência.
Lírica e terna, audaciosa e impetuosa, todos estes adjetivos podem ser aplicados a ela, e são necessários quando se encaram estes concertos. Nada é tão simples quanto parece, depois da tempestade vem uma relativa calmaria, para logo depois novamente se imprimir um ritmo alucinante e intenso. Imagino o quanto os músicos ficam exaustos depois de encararem estes dois petardos.
Enfim, um belíssimo CD para ser apreciado por aqueles que gostam de emoções fortes. Fui ver o que os clientes da amazon.com tinham a dizer sobre ele e quase todos foram unânimes em lhe dar merecidíssimas cinco estrelas. Não foi a estreia de Beatrice Rana no mercado fonográfico, anteriormente ela já lançara dois CDs, mas já nos mostra uma artista madura, apesar da idade, e que não teme os desafios.
Boa apreciação, como diria nosso querido colega Carlinus.
01 – Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16- I. Andantino – Allegretto
02 – Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16- II. Scherzo. Vivace
03 – Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16- III. Intermezzo. Allegro moderato
04 – Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16- IV. Finale. Allegro tempestoso
05 – Piano Concerto No. 1 in B-Flat Minor, Op. 23- I. Allegro non troppo e molto maestoso – Allegro con spirito
06 – Piano Concerto No. 1 in B-Flat Minor, Op. 23- II. Andantino semplice – Prestissimo
07 – Piano Concerto No. 1 in B-Flat Minor, Op. 23- III. Allegro con fuoco
Beatrice Rana – Piano
Orchestra Dell´Accademia Nazionale Di Santa Cecília
Antonio Pappano – Conductor
Já há algum tempo venho ensaiando a postagem dessa série, uma das melhores gravações que já ouvi dessas obras. Romântico inveterado que sempre fui, tenho a “Sonata Primavera” como a trilha sonora de minha juventude. Hoje, já adentrando na meia idade, a gravação da dupla Henryk Szeryng / Ingrid Haebler ainda soa nos meus ouvidos, trinta e poucos anos depois de ouvi-la pela primeira vez, e que me impactou profundamente, em uma fita cassete que arrebentou de tanto que ouvi. Lembro de ouvi-la no meu walkman caminhando pelas ruas de São Paulo, em finais de tarde tipicamente paulistanos, caóticos e barulhentos, ali no início dos anos 90. Beethoven já embalava meus sonhos e desejos.
Antje Weithaas nasceu em 1966, um ano mais nova que este que este que vos escreve, é uma das melhores violinistas da atualidade, muito discreta, e dedica boa parte de sua vida a dar aulas, porém, de vez em quando, entra na gravadora e sai com uma belíssima gravação. Já devo ter ouvido tudo o que ela gravou, e é difícil dizer que uma gravação é mais fraca que outra. Assim como sua integral dos Concertos de Max Bruch, seu Brahms também tem muita personalidade e se destaca como um dos melhores registros desse Concerto já realizados neste século.
Esta série das Sonatas de Beethoven tem três volumes, e Antje conta com a parceria do pianista Dénes Vájon. E vou trazê-los aos poucos, para serem melhor apreciados.
V0u começar pelo fim, esse é o terceiro volume, que não poderia começar melhor, pois abre com a maravilhosa Sonata Primavera, obra que sempre me emociona, mesmo depois de já ouvi-la dezenas, quiçá centenas de vezes. Weithaas opta por uma leitura mais conservadora e discreta, porém não deixa de nos emocionar com sua sensibilidade.
Longe de querer compará-la com gigantes do passado, como o próprio Szeryng, Antje Weithaas vem escrevendo seu nome com discrição no rol dos grandes solistas da atualidade. Vale a pena conhecê-la.
P.S. Após concluir o texto desta postagem, fui no site da violinista e me deparei com esta notícia:
Antje Weithaas na lista de melhores do German Record Critics’ Prize pela primeira vez: Beethoven Vol. 3 premiado como gravação de referência
Pela primeira vez, Antje Weithaas foi premiada com um lugar na lista dos melhores do Prêmio da Crítica Discográfica Alemã. O PdSK elogiou o Volume 3 da Gravação Completa de Beethoven de Antje Weithaas e Dénes Várjon como uma “gravação de referência que ninguém deve perder”.
Não preciso falar mais nada, né?
1 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – I. Allegro
2 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – II. Adagio molto espressivo
3 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – III. Scherzo. Allegro molto — Trio
4 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – IV. Rondo. Allegro ma non troppo
5 Violin Sonata No. 6 in A Major, Op. 30 No. 1 – I. Allegro
6 Violin Sonata No. 6 in A Major, Op. 30 No. 1 – II. Adagio molto espressivo
7 Violin Sonata No. 6 in A Major, Op. 30 No. 1 – III. Allegretto con variazioni
8 Violin Sonata No. 1 in D Major, Op. 12, No. 1 – I. Allegro con brio
9 Violin Sonata No. 1 in D Major, Op. 12, No. 1 – II. Tema con variazioni. Andante con moto
10 Violin Sonata No. 1 in D Major, Op. 12, No. 1 – III. Rondo. Allegro
11 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – I. Allegro moderato
12 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – II. Adagio espressivo
13 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – III. Scherzo. Allegro
14 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – IV. Poco Allegretto
Mais um belo lançamento do selo Alpha, com um Mozart impecavelmente interpretado, e historicamente informado. A sonoridade da orquestra nos surpreende primeiramente, mas depois nos acostumamos, e o som amadeirado da flauta de François Lazarevitch ajuda a emoldurar em um belo quadro estas obras primas do repertório para a Flauta.
Já trouxe outras gravações para os senhores destes mesmos concertos, e cada uma delas tem seus méritos, sem exceção. Fã incondicional que sou de Jean Pierre Rampal, ainda considero suas gravações as mais importantes, já históricas, por que não dizer, assim como a de Aurèle Nicolet, todas presentes e com os links ativos para os senhores apreciarem.
O que posso destacar destes registros que ora vos trago é sua atualidade, não apenas pelo fato de ser um CD recém lançado, mas também pela questão de interpretação mesmo. François Lazarevitch é um flautista muito seguro e competente, lembrando que ele também tem de dirigir a orquestra. As cadenzas são de sua própria autoria, e não posso deixar de citar o comentário do próprio solista falando sobre elas, que por sua vez cita um musicólogo do século XVIII, Daniel Gottlob Türk, livremente traduzido por este que vos escreve ( texto incluído no booklet):
“Pode não ser inapropriado comparar uma cadência a um sonho. Muitas vezes sonhamos no espaço de alguns minutos sobre eventos reais que vivenciamos nos termos mais vívidos e marcantes, mas sem coerência ou consciência clara. O mesmo vale para uma cadência: graças às suas mudanças repentinas e às surpresas que cultiva, a cadência é como o sonho do movimento ao qual está ligada”.
Que mais poderia acrescentar a esta belíssima passagem? Espero que apreciem. Como comentei, trata-se de um lançamento muito recente do sempre ótimo selo Alpha.
CONCERTO POUR FLÛTE EN RÉ MAJEUR, KV 314
1 I. Allegro aperto 2 II. Adagio ma non troppo 5’52
3 III. Rondeau. Allegro
CONCERTO POUR FLÛTE ET HARPE EN DO MAJEUR, KV 299
4 I. Allegro
5 II. Andantino
6 III. Rondeau. Allegro
CONCERTO POUR FLÛTE EN SOL MAJEUR, KV 313
7 I. Allegro maestoso
8 II. Adagio ma non troppo
9 III. Rondo. Tempo di Menuetto
François Lazarevitch – Flûte & Direction
Sandrine Chatron – Harpe
Les Musicien de Saint-Julien
FDP Bach resolveu voltar ao século XX em suas próximas postagens. Teremos Bártok, Prokofiev, Stravinsky e talvez Strauss no pacote. Vamos começar com Bela Bártok. FDP tem um carinho especial para com esta coleção da integral das obras para piano e orquestra do genial pianista, compositor e pesquisador húngaro. Não sabe o por quê… Zoltan Kocsys é um intérprete que captura muito bem o espírito da obra, talvez pelo fato de também ser húngaro, e a direção de Ivan Fischer é sempre correta e segura. Enfim, uma gravação de excelência.
Béla Bartók (1881-1945): The Works for Piano & Orchestra (Kocsis, Fischer)
Piano Concerto No. 1
1-1 Allegro Moderato 8:40
1-2 Andante 6:47
1-3 Allegro Molto 6:37
Music For Strings, Percussion, And Celesta
1-4 Andante Tranquillo 7:22
1-5 Allegro 7:30
1-6 Adagio 7:24
1-7 Allegro Molto 7:01
Piano Concerto No. 2
2-1 Allegro 9:17
2-2 Adagio – Piu Adagio – Presto 12:51
2-3 Allegro Molto 6:00
Rhapsody For Piano And Orchestra, Op. 1
2-4 Adagio Molto 13:56
2-5 Poco Allegretto 9:55
Scherzo For Piano And Orchestra
3-4 Introduzione (Adagio Ma Non Troppo) 6:51
3-5 Allegro Vivace – Scherzo (Allegro) 9:46
3-6 Trio (Andante) 5:09
3-7 Scherzo Da Capo (Allegro Vivace) 8:15
Conductor – Ivan Fischer
Orchestra – Budapest Festival Orchestra
Piano – Zoltán Kocsis
Uma gravação de As Quatro Estações melhor do que esta de Carmignola + Marcon vai ser difícil…. Dia destes postei Haydn, com seu magnífico oratório “As Estações”, em homenagem à mudança de estação. Como ainda estamos vivenciando essa mudança de estação resolvi trazer essa gravação que particularmente é a minha favorita dentre as tantas existentes no mercado atualmente. Carmignola é um dos grandes violinistas da atualidade, e um dos maiores especialistas no violino barroco, e contando com a cumplicidade de Andrea Marcon e a excelente Venice Baroque Orquestra, dá um show de talento, versatilidade e técnica. Tudo bem, ele comete algumas liberdades que podem assustar alguns fãs mais fanáticos de Vivaldi, mas adoro esse CD em seu conjunto.
Para se ouvir em uma manhã como a de hoje, tipicamente de outono: temperatura agradável, sol ainda não tão forte e um ventinho frio, que nos deixa com vontade de voltar para a cama.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Le quattro stagioni + 3 Concerti (Carmignola, Venice Baroque Orchestra, Marcon)
La Primavera • Spring • Der Frühling • Le Printemps – Concerto No. 1 In E Major, Op. 8, No. 1, RV 269 (E-Dur / En Mi Majeur / In Mi Maggiore)
I. Allegro 3:19
II. Largo 2:18
III. Allegro 3:36
L’Estate • Summer • Der Sommer • L’Été – Concerto No. 2 In G Minor, Op. 8, No. 2, RV 315 (G-Moll / En Sol Mineur / In Sol Minore)
I. Allegro Non Molto 4:57
II. Adagio 2:18
III. Presto 2:15
L’Autunno • Autumn • Der Herbst • L’Automne – Concerto No. 3 In F Major, Op. 8, No. 3, RV 293 (F-Dur / En Fa Majeur / In Fa Maggiore)
I. Allegro 4:34
II. Allegro Molto 3:21
III. Allegro 2:49
L’Inverno • Winter • Der Winter • L’Hiver – Concerto No. 4 In F Minor, Op. 8, No. 4, RV 297 (F-Moll / En Fa Mineur / In Fa Minore)
I. Allegro Non Molto 3:04
II. Largo 1:47
III. Allegro 2:39
3 Violin Concertos (Premiere Recording):
Concerto In E-Flat Major, RV 257 (Es-Dur / En Mi Bémol Majeur / In Mi Bemolle Maggiore)
I. Andante Molto E Quasi Allegro 4:25
II. Adagio 2:32
III. Allegro 2:58
Concerto In B-Flat Major, RV 376 (B-Dur / En Si Bémol Majeur / In Si Bemolle Maggiore)
I. Larghetto. Andante 4:25
II. Andante 2:24
III. Allegro 2:56
Concerto In D Major, RV 211 (D-Dur / En Ré Majeur / In Re Maggiore)
I. Allegro Non Molto 5:15
II. Larghetto 3:22
III. Allegro 5:29
Giuliano Carmignola – Baroque Violin
Andrea Marcon – Harpsichord, Organ & Conductor
Venice Baroque Orquestra
Obs. de PQP: nem venham perguntar. Assim como na postagem anterior, a coisa aqui também está estranha. Por que o Concerto Nº 2 vem antes do Nº 1? Eu sei lá. Só sei que vocês devem ouvir tudinho porque vale muito a pena. Gostei das gravações — são amplas e espaçosas, o piano é ousado e muito “presente”. Gostei.
A meu ver, uma excelente gravação do — na época — jovem Zimerman com o veteramo Bernstein. Não vou comentar mais porque já postamos este incrível concerto um milhão de vezes.
Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para Piano Nº 1 & 2 (Zimerman, Bernstein)
Konzert Für Klavier Und Orchester Nr. 2 B-dur Op. 83
1 Allegro Non Troppo 18:14
2 Allegro Appassionato 9:15
3 Andante 14:30
4 Allegretto Grazioso 9:02
Konzert Für Klavier Und Orchester Nr. 1 D-Moll Op. 15
1. Maestoso 24:32
2. Adagio 16:27
3. Rondo. Allegro Non Troppo 13:00
Com:
Krystian Zimerman, piano
Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein
Obs. de PQP: desconheço o motivo destes CDs terem sido postados desta maneira lá em maio de 2010, mas saibam que foi assim e que FDP não é nada maluco e deve ter seus motivos. Primeiro a Sinfonia N° 3 e depois a primeira, com as Variações Haydn no meio. O fato é que tudo aqui merece ser ouvido. A relação de Lenny com os Filarmônicos de Viena deram muito frutos e estes são referência de alta qualidade e musicalidade até hoje.
Pacotaço para começar bem o domingo. Já postei esta versão da Sinfonia nº 3, assim como a Sinfonia nº4, e elas são até hoje as minhas gravações de referência. Um sonho de consumo que tenho são os DVDs desta coleção, já que todas estas gravações são ao vivo, mas o preço da DG ainda está salgado. Quem sabe a um dia a gente ganha na Mega Sena…
Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 3, Variações sobre um tema de Haydn / Sinfonia Nº 1 (Bernstein)
Symphonie Nr. 3 F-dur Op. 90 = Symphony No. 3 In F Major, Op.90
1 1. Allegro Con Brio 15:33
2 2. Andante 9:41
3 3. Poco Allegretto 7:04
4 4. Allegro 9:33
Variationen Über Ein Thema Von Joseph Haydn Op. 56a = Variations On A Theme By Joseph Haydn, Op. 56a (20:26)
5a Chorale St. Antoni: Andante
5b Variation I: Poco Più Animato
5c Variation II: Più Vivcace
5d Variation III: Con Moto
5e Variation IV: Andante Con Moto
5f Variation V: Vivace
5g Variation VI: Vivace
5h Variation VII: Grazioso
5i Variation VIII: Presto Non Troppo
5j Finale: Andante
Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68
1. Un Poco Sostenuto – Allegro 17:29
2. Andante Sostenuto 10:52
3. Un Poco Allegretto E Grazioso 5:34
4. Adagio – Allegro Non Troppo Ma Con Brio 17:54
Este disco é um “must have”, obrigatório para todos os que apreciam a música espanhola, mais especialmente a obra do grande Manuel de Falla.
Temos aqui as principais obras de Falla, “La Vida Breve”, “El Amor Brujo” e “Lo Sombrero de Tres Picos”, além de outras obras menos conhecidas, porém não menos belas, na interpretação que consagrou a grande mezzo´soprano Victoria de Los Angeles.
O então jovem Carlo Maria Giulini a acompanha regendo a Filarmônica de Londres, em “El Amor Brujo”, enquanto que o regente espanhol Rafael Fruhbeck de Burgos a dirige em “La Vida Breve”, e em “El Sombrero de tres picos”.
“La Vida Breve” é uma pequeno Drama Lírico dividido em dois atos e quatro quadros. A música de Falla é uma homenagem à música flamenca, e são diversos os momentos em que se pode destacar na obra.
“El Amor Brujo” é uma obra para balé encomendada a Falla por Pastora Imperio, a mais famosa bailarina flamenca de sua época. De acordo com a sinopse tirada da Wikipedia, El Amor brujo cuenta la historia de Candela, una muchacha gitana, cuyo amor por Carmelo se ve atormentado por su descreído antiguo amante. La obra es de carácter marcadamente andaluz, tanto en lo musical como en lo literario. El libreto fue escrito por Gregorio Martínez Sierra en dialecto andaluz, si bien se ha llegado a poner en duda su autoría, en favor de su mujer, María de la O Lejárraga García, feminista apasionada que publicó obras bajo el nombre de su marido. La música contiene momentos de gran belleza y originalidad, e incluye las famosas Danza del fuego fatuo y Danza del terror.
“El Sombrero de Tres Picos” é outro balé, “baseado en la novela homónima del escritor decimonónico Pedro Antonio de Alarcón. Se estrenó el 22 de julio de 1919 en el Alhambra Theatre de Londres bajo la batuta de Ernest Ansermet.
* En la historia de la danza teatral del siglo XX, ‘El sombrero de tres picos’ de Manuel de Falla puede reclamar un lugar tan significativo como el de la Petrushka de Ígor Stravinski. Ambas obras fueron producidas por el gran empresario Sergei Diaghilev y representadas por sus Ballets Rusos. Las dos rompen con las primitivas tradiciones temáticas que poblaban el género de princesas, apariciones y cisnes. Pero todavía más importante, quizás, es su visión de la burguesía con una cierta simpatía. En este sentido, en El sombrero… se reflejan las actitudes y aspiraciones de la Andalucía rural.
* Tras su estreno en Londres, la obra tuvo un rotundo éxito, elogiándose la acertada síntesis de música, baile, drama y decorado.
* Una primera versión de la obra, llamada El corregidor y la mujer del molinero fue representada en 1917 en el Teatro Eslava de Madrid como un fragmento de una pantomima de dos partes. Más tarde, Diaghilev conoció a de Falla y le convenció de la necesidad de retocar la obra con la intención de dotarla de mayor estructura teatral; el autor modificó su obra dándole más profundidad y sustancia.
* El ballet está basado en un cuento folclórico que comparte el espíritu de Beaumarchais, su brío y su profundo respeto por los recursos y el espíritu del segundo estrato de la sociedad.
Três obras primas de Manuel de Falla que encerram minha humilde e modesta homenagem à musica espanhola, tão rica e emotiva em detalhes. Volto a repetir que esta gravação é um primor, altamente recomendável.
Manuel de Falla: La vida breve; El amor brujo; El sombrero de tres picos
La Vida Breve
Acto Primero / Erster Akt / Act One / Premier Acte
¡Ah! ¡Ah! ¡Ande La Tarea! 2:51
Mi Querer Es Como El Hierro 3:05
¡Ramicos De Claveles! 2:38
Abuela, ¡No Viene! 2:13
Solo Tengo Dos Cariños 2:16
¡Ande La Tarea! 1:50
¡Vivan Los Que Ríen! 3:14
¡Malhaya El Hombre, Malhaya! 1:55
Salud…¿Qué? ¿Qué Pasa? 1:00
¡Paco! ¡Paco!…¡Mi Salud! 1:36
Dime, Paco 1:36
¡Paco!…¡Mi Chavala! 0:50
¿Ande Vas? 1:01
¡Mahlaya La Jembra Pobre! 2:20
Intermedio / Intermezzo 6:52
Acto Segundo / Zweiterr Akt / Act Two / Deuxième Acte
¡Olé!… ¡Ay! Yo Canto Por Soleares 3:08
Danza / Dance 3:19
¡Allí Está! Riyendo 3:32
¡Ay Qué Mundo Y Ay Qué Cosas! 0:41
¿No Te Dije? ¿La Ves? 2:35
¡Malhaya La Jembra Pobre! 1:39
Intermedio / Intermezzo 3:26
Danza / Dance 3:50
¡Carmela Mía! 1:48
¡Qué Gracia! 1:00
¡Yo No Vengo A Cantar! 3:35
Siete Canciones Populares Españolas
El Paño Moruno 1:19
Seguidilla Murciana 1:12
Asturiana 2:52
Jota 2:51
Nana 1:34
Canción 1:00
Polo 1:29
El Sombrero De Tres Picos
Introducción / Introduction 1:27
El Mirlo 1:47
El Petimetre Y El Cortejo 1:56
La Chica 1:09
El Corregidor 0:47
Danza De La Molinera 2:35
Minueto 1:05
Las Uvas 2:14
Fandango 1:53
Danza De Los Vecinos (Seguidilla) 3:16
Danza Del Molinero 3:04
La Detenciòn 1:33
Nocturno 2:43
Danza Del Corregidor 2:43
La Confrontación 2:08
Retorno Del Molinero 2:29
Danza Final 6:20
El Amor Brujo
Introducción Y Escena 0:34
En La Cueva 2:20
Canción Del Amor Dolido 1:38
El Aparecido 0:14
Danza Del Terror 2:01
El Circulo Mágico 2:44
A Medianoche 0:30
Danza Ritual Del Fuego 4:12
Escena 1:09
Canción Del Fuego Fatuo 1:34
Pantomimia 4:40
Danda Del Juego De Amor 3:00
Final = Finale: Las Campanas Del Amanecer 1:21
Soneto A Córdoba 2:26
Psyché 5:00
Baritone Vocals [El Cantaor] – Gabriel Moreno (tracks: 1-1 to 1-26)
Baritone Vocals [Manuel] – Luis Villarejo* (tracks: 1-1 to 1-26)
Bass Vocals [El Tío Sarvaor] – Víctor De Narke (tracks: 1-1 to 1-26)
Bass Vocals [La Voz De Un Vendedor] – Juan De Andia (tracks: 1-1 to 1-26)
Chorus – Orfeón Donostiarra (tracks: 1-1 to 1-26)
Chorus Master – Juan Gorostidi (tracks: 1-1 to 1-26)
Conductor – Carlo Maria Giulini (tracks: 2-18 to 2-30), Rafael Frühbeck De Burgos (tracks: 1-1 to 1-26, 2-1 to 2-17,)
Libretto By – Carlos Fernández Shaw (tracks: 1-1 to 1-26)
Mezzo-soprano Vocals [La Abuela, 2a. Vendedora] – Inés Rivadeneira (tracks: 1-1 to 1-26)
Orchestra – Orquesta Nacional De España (tracks: 1-1 to 1-26), Philharmonia Orchestra (tracks: 2-1 to 2-30)
Piano – Gonzalo Soriano (tracks: 1-27 to 1-33)
Soprano Vocals – Victoria De Los Angeles (tracks: 1-27 to 2-32)
Soprano Vocals [Carmela, 3a. Vendedora] – Ana María Higueras* (tracks: 1-1 to 1-26)
Soprano Vocals [Salud] – Victoria De Los Angeles (tracks: 1-1 to 1-26)
Tenor Vocals [Paco] – Carlo Cossutta (tracks: 1-1 to 1-26)
Tenor Vocals [Una Voz En La Fragua, Una Voz Lejana] – José María Higuero (tracks: 1-1 to 1-26)
Ah, essa Sonata “Arpergionne” de Schubert é uma delícia. Não há como não nos emocionarmos com ela. A beleza das melodias é única, como diria nosso colega PQPBach, provavelmente Schubert foi um dos maiores dos melodistas da história da música.
A dupla Wispelwey / Giacometti faz aqui neste cd uma leitura mais contida, não tão romantizada da “Arpeggione”, como as que estamos acostumados a ouvir. Talvez seja a sonoridade do pianoforte de Giacometti que contenha o excelente violoncelista holandês, o fato é que a dupla funciona muito bem, e explora com maestria os meandros dessa obra prima do repertório do violoncelo.
No cd eles também tocam as Sonatinas, op. 137, que originalmente foram escritas para violino, e que já trouxemos aqui mesmo no blog. A transcrição foi feita pelo próprio Wispelwey.
Franz Schubert (1797-1828): Arpeggione Sonata, 3 Sonatines, op. 137 (P. Wispelwey, P. Giacometti)
01 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – I. Allegro moderato
02 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – II. Adagio
03 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – III. Allegretto
04 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – I. Allegro molto
05 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – II. Andante
06 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – III. Allegro vivace
07 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – I. Allegro moderato
08 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – II. Andante
09 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – III. Menuetto and Trio
10 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – IV. Allegro
11 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – I. Allegro giusto
12 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – II. Andante
13 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – III. Menuetto and Trio
14 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – IV. Allegro moderato
Esse texto aí de baixo é da postagem original, lá de 2013. Muita água rolou por baixo da ponte, muita coisa aconteceu, e depois de ler o texto de apresentação pensei que talvez fosse a hora de trazer novamente essa espetacular série, desta vez completa, com seus cinco cds, um melhor que o outro, lhes garanto. Mehldau não é mais um menino, ao contrário, é hoje um sóbrio senhor, que ainda vem encantando seu público com seu virtuosismo, sensibilidade e técnica apuradíssima.
Vou botar os cinco cds de uma só vez, para serem apreciados devidamente, se possível, na sua sequência, não que isso seja obrigatório, ouçam da forma que quiserem.
Volto a reforçar que o texto abaixo é de 2013, claro que o Milton Ribeiro nesta altura do campeonato já conhece muito bem este pianista.
Nosso amigo Milton Ribeiro confidenciou-me dia destes que desconhecia Brad Mehldau. Eu fiquei espantando, ainda mais sabendo que o Milton é uma verdadeira enciclopédia da música, e conhece muita coisa e muita gente. Surpreendeu-me realmente, afinal de contas, o jovem pianista (nasceu em 1970) já está há um bom tempo na área, e já gravou com um monte de gente conhecida, como Pat Metheny, Anne Sophie von Otter, entre diversos outros.
Meu caro Milton, imagine um Keith Jarrett sem ter passado por todas as fases que passou até chegar à sua versão de trio acústico. Sei que estou exagerando, mas vejo Brad Mehldau como a evolução daquilo que Keith Jarrett acrescentou e ainda acrescenta à técnica do piano. O rapaz é um fenômeno e não teme se arriscar. Claro que não podemos esquecer de Bill Evans, Herbie Hancock, Thelonius Monk, Chick Corea, para citar apenas algumas das influências visíveis do rapaz; Então, una estas técnicas apuradíssimas, conseguidas através de anos sentados atrás do instrumento, aliadas a um virtuosismo espantoso, desconte a idade e a quantidade de heroína que Bill Evans consumiu… então podes ter uma idéia de quem é Brad Mehldau. Aí comece a ouvir este cd pela sua terceira faixa, uma homenagem a Thelonius Monk… e depois me diga o que achas. Se o conheço mais ou menos bem, sei que sua expressão será: onde diabos eu estava que não conheci esse cara antes?
Num primeiro momento, o espanto… depois a certeza de que estamos diante de um novo fenômeno do piano, e o que é mais importante, ainda jovem, e ainda podendo evoluir, e muito. Quando comecei a ouvir este rapaz, há pelo menos uns dez anos atrás, achei muita presunção da parte dele lançar uma série de cinco cds com o título de “Art of Trio”. Pensei comigo mesmo, quem esse cara está pensando que é? Ainda mais com toda a lista de excepcionais músicos que vieram antes dele e deram forma à este estilo tão característico do jazz, o Piano Trio. Depois entendi que na verdade se tratava de uma homenagem à todos aqueles gigantes que vieram antes dele, me apropriando de uma frase meio clichê, ele se apoiava sobre os ombros dos gigantes para mostrar a evolução da técnica, e do próprio jazz.
Em todos os CDs os músicos que acompanham serão sempre os mesmos: o baixista Larry Grenadier e o baterista Jorge Rossi.
As gravações foram realizadas entre 1997 e 2001.
Volume One
1 Blame It On My Youth
2 I Didn’t Know What Time It Was
3 Ron’s Place
4 Blackbird
5 Lament For Linus
6 Mignon’s Song
7 I Fall In Love Too Easily
8 Lucid
9 Nobody Else But Me
Live At The Village Vanguard – The Art Of The Trio Volume Two
1 It’s Alright With Me
2 Young And Foolish
3 Monk’s Dream
4 The Way You Look Tonight
5 Moon River
6 Countdown
Volume Three – Songs
1 Song-Song
2 Unrequited
3 Bewitched, Bothered And Bewildered
4 Exit Music (For A Film)
5 At A Loss
6 Convalescent
7 For All We Know
8 River Man
9 Young At Heart
10 Sehnsucht
Volume 4 Back At The Vanguard
1 All The Things You Are
2 Sehnsucht
3 Nice Pass
4 Solar
5 London Blues
6 I’ll Be Seeing You
7 Exit Music (For A Film)
Volume 5 Evolution Art Of The Trio
CD 1
1 The More I See You – Live
2 Dream’s Monk – Live
3 The Folks Who Live On The Hill
4 Alone Together – Live
5 It Might As Well Be Spring
6 Cry Me A River – Live
7 River Man – Live
CD 2
1 Quit – Live
2 Secret Love – Live
3 Sublation – Live
4 Resignation – Live
5 Long Ago And Far Away – Live
6 How Long Has This Been Going On? – Live
Como já avisou inúmeras vezes meu irmão PQPBach, nosso SAC é uma porcaria como os demais. Acontece que a diretoria do blog não está nem aí com as solicitações de seus leitores. Mas não somos tão cruéis. Quando podemos, atendemos. Se temos em nosso acervo, o que custa? Por exemplo, o leitor Carlos Eduardo Amaral solicitou valsas e outras obras de Strauss. PQP disse que não tinha, mas felizmente possuo uma gravação que irá satisfazer ao nosso leitor, e que deverá estar sendo postada nos próximos dias.
Mas por enquanto, irei atender ao nosso leitor do outro lado do mundo, diretamente da Nova Zelândia, que pediu Chopin, espeficicamente as Mazurkas. Aqui estão elas. Um aviso: antes que comecem as intermináveis discussões dos que irão defender Arrau, Horowitz, Ashkenazy, Pires, Polllini, sempre estarei postando Chopin com meu intérprete favorito, Arthur Rubinstein. E sei que terei a Laís Vogel para me defender, pois ela também é fã do bom velhinho. Talvez seja culpa de minha mãe, que já colocava os discos de Chopin sempre interpretados por ele, ou então, do programa “Concertos para a Juventude”, que a Globo transmitia nos idos dos anos 70, aos domingos de manhã. Quem é de minha geração ou mais velho, há de se lembrar deste programa. Rubinsten, Karajan, Böhm, Amadeus Quartet eram frequentadores assíduos do programa. Não me lembro se tinha um apresentador, acho que o Karabitchevisky apresentou durante um período. Enfim, foi o programa que apresentou a tal da música clássica para minha geração. Enfim, falei deste programa porque foi ali que ouvi as Polonaises e as Baladas de Chopin, e ali me fascinei por aquele velhinho empertigado sobre um Steinway, tocando divinamente. Sempre me chamou a atenção sua postura, coluna ereta, olhos fechados, total concentração, e no final um sorriso discreto, de saber que tinha cumprido seu dever.
A Mazurka é originária do folclore polonês, e Chopin compôs 57. É um monte, mesmo. Mas são peças relativamente curtas, 3 minutos em média de duração. É isso aí.
4 Mazurkas, Op. 6
1-1 No. 1 In F-Sharp Minor 2:38
1-2 No. 2 In C-Sharp Minor 2:42
1-3 No. 3 In E Major (Vivace) 2:05
1-4 No. 4 In E-Flat Minor (Presto Ma Non Troppo) 0:41
5 Mazurkas, Op. 7
1-5 No. 1 In B-Flat Major (Vivace) 2:35
1-6 No. 2 In A Minor (Vivo Ma Non Troppo) 3:30
1-7 No. 3 In F Minor 2:52
1-8 No. 4 In A-Flat Major (Presto Ma Non Troppo) 1:06
1-9 No. 5 In C Major (Vivo) 0:36
4 Mazurkas, Op. 17
1-10 No. 1 In B-Flat Major (Vivo E Resoluto) 2:29
1-11 No. 2 In E Minor (Lento Ma Non Troppo) 1:59
1-12 No. 3 In A-Flat Major (Legato Assai) 4:21
1-13 No. 4 In A Minor (Lento Ma Non Troppo) 4:33
4 Mazurkas, Op. 24
1-14 No. 1 In G Minor (Lento) 2:49
1-15 No. 2 In C Major (Allegro Non Troppo) 2:15
1-16 No. 3 In A-Flat Major (Moderato) 2:08
1-17 No. 4 In B-Flat Minor (Moderato) 5:06
4 Mazurkas, Op. 30
1-18 No. 1 In C Minor (Allegretto Non Tanto) 1:38
1-19 No. 2 In B Minor (Vivace) 1:28
1-20 No. 3 In D-Flat Major (Allegro Non Troppo) 2:53
1-21 No. 4 In C-Sharp Minor (Allegretto) 3:43
4 Mazurkas, Op. 33
1-22 No. 1 In G-Sharp Minor (Mesto) 1:37
1-23 No. 2 In D Major (Vivace) 2:46
1-24 No. 3 In C Major (Semplice) 1:36
1-25 No. 4 In B Minor 5:33
4 Mazurkas, Op. 41
1-26 No. 1 In C-Sharp Minor (Maestoso) 3:30
2-1 No. 2 In E Minor (Andantino) 2:12
2-1 No. 3 In B Major (Animato) 1:11
2-3 No. 4 In A-Flat Major (Allegretto) 2:11
3 Mazurkas, Op. 50
2-4 No. 1 In G Major (Vivace) 2:31
2-5 No. 2 In A-Flat Major (Allegretto) 3:08
2-6 No. 3 In C-Sharp Minor (Moderato) 5:21
3 Mazurkas, Op. 56
2-7 No. 1 In B Major (Allegro Non Tanto) 4:22
2-8 No. 2 In C Major (Vivace) 1:44
2-9 No. 3 In C Minor (Moderato) 5:47
3 Mazurkas, Op. 59
2-10 No. 1 In A Minor (Moderato) 3:51
2-11 No. 2 In A-Flat Major (Allegretto) 2:36
2-12 No. 3 In F-Sharp Minor (Vivace) 3:40
3 Mazurkas, Op. 63
2-13 No. 1 In B Major (Vivace) 2:17
2-14 No. 2 In F Minor (Lento) 1:45
2-15 No. 3 In C-Sharp Minor (Allegretto) 2:18
2-16 Mazurka In A Minor, Op. Post. “A Emile Gaillard” 2:33
2-17 Mazurka In A Minor, Op. Post. “Notre Temps” 3:17
4 Mazurkas, Op. Posth. 67
2-18 No. 1 In G Major (Vivace) 1:10
2-18 No. 2 In G Minor (Cantabile) 1:59
2-20 No. 3 In C Major (Allegretto) 1:37
2-21 No. 4 In A Minor (Allegretto) 3:05
4 Mazurkas, Op. Posth. 68
2-22 No. 1 In C Major (Vivace) 1:41
2-23 No. 2 In A Minor (Lento) 2:47
2-24 No. 3 In F Major (Allegro Ma Non Troppo) 1:27
2-25 No. 4 In F Minor (Andantino) 3:14
Capa ilustrativa, pois não sei de onde saiu este bom CD.
FDP Bach continua sua saga rampaliana, trazendo para seus ouvintes/leitores mais deste gigante francês, Jena Pierre Rampal. Neste cd, ele toca Vivaldi, Bach e TelemanN. Prestem muita atenção na facilidade com que ele aparentemente toca. Há momentos em que pensamos, poxa, mas quando é que este cara respira… feeling único, com uma técnica fantástica. Enjoy.
Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750), George Phillip Telemann (1681-1767): Concertos e Suíte (Rampal)
Antonio Vivaldi (1678-1741) –
1. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : I. Allegro
2. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : II. Largo
3. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : III. Alegro
4. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’: I. Allegro
5. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’ : II. Largo
6. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’ : III. Presto
Performed by I Solisti Veneti
with Jean-Pierre Rampal, Dorothy Linell, Isaac Stern, Daniele Roi
Conducted by Claudio Scimone
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
7. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: I. …
8. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: II. Largo
9. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: III. Presto
10. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: I. Allegro
11. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: II. Larghetto
12. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: III. Allegro ma non
tanto
Performed by Prague Ars Rediviva Orchestra
with Frantisek Slama, Jean-Pierre Rampal, Isaac Stern, Frantisek Posta, Josef Hala
Conducted by Milan Munclinger
George Phillip Telleman (1681-1767)
13. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Ouverture
14. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Les Plaisirs
15. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Air a l’italien
16. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Menuets I & II
17. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Rejouissance
18. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Passepieds I & II
19. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Polonaise
with Isaac Stern, Jerusalem Music Centre Chamber Orchestra
Conducted by Jean-Pierre Rampal
Domingo chuvoso de inverno, e nada melhor que Mozart para nos acompanhar como trilha sonora. É incrível como a música desse gênio é capaz de tornar as coisas mais fáceis, deve atingir certas áreas de nosso cérebro que causam essa sensação de bem estar, de estar bem consigo mesmo. Vocês não sentem isso também?
Lembro que essas sinfonias me foram apresentadas por esse mesmo maestro, em um CD do antigo selo CBS, com essa mesma orquestra, e quando vi aquela capa com aquele homem com cabelo esquisito pensei, será que isso aqui é bom? Mas aí entrou em ação o velho clichê que diz que não devemos julgar um livro pela capa, e nada mais correto em se afirmar com relação àquele CD, que não tenho mais, perdeu-se nas areias do tempo. Mas reencontrei estes três mesmos atores, Orquestra, Maestro e Mozart, em uma bela caixa que traz gravações ao vivo, com o mesmo repertório, a saber, as Sinfonias de nº 40 e 41. Que bela sensação a de sentir as mesmas emoções depois de tanto tempo. Até parece que Rafael Kubelik e a Orquestra da Rádio Bávara nasceram um para o outro, e Mozart serviu de elemento de ligação.
Tudo aqui flui tão facilmente, tão leve, que nem parece que é ao vivo. Só no final das obras ouvimos as palmas, acaloradas como não poderia deixar de ser. Essas últimas sinfonias nunca soaram tão perfeitas, elegantes, quanto nas mãos de Kubelik, mesmo gostando muito de outros maestros regendo. Talvez Karl Böhm seja o que soe mais próximo em termos de coesão e coerências sonoras.
O monumental último movimento da Sinfonia nº 41, provavelmente a mais perfeita tradução da genialidade de Mozart em suas sinfonias, traduz um pouco o que quero dizer. Enxergamos nessa música tão forte, tão envolvente, aquele elemento transformador, aquele “IT”, aquela coisa que torna tudo tão perfeito, e nos faz acreditar que sim, a vida vale a pena, apesar de todo o mal que nos cerca. Kubelik, neste registro, já idoso, maduro, ciente de toda a grandeza daquela partitura, em seus últimos anos de vida, traduz e deixa transparecer essa sensação de bem-estar.
E viva a música !!!
Symphony No. 40 In G Minor, K. 550
1 Molto Allegro
2 Andante
3 Menuetto: Allegretto
4 Allegro Assai
Symphony No. 41 In C Major, K. 551 (“Jupiter”)
5 Allegro Vivace
6 Andante Cantabile
7 Menuetto: Allegretto
8 Molto Allegro
Symphonie-Orchester Des Bayerischen Rundfunks
Rafael Kubelik – Conductor
Os pedidos para obras para piccolo foram tão insistentes, que resolvi colaborar. Mas que não se pense que o atendimento às solicitações serão tão frequentes e imediatas. Casualmente, FDP Bach recém havia conseguido este velho e bom CD com obras para piccolo e orquestra. Por isso resolveu atender a solicitação.
Dentre as inúmeras e infrutíferas tentativas de se tornar músico, ou pelo menos de aprender a tocar um instrumento, FDP Bach se aventurou pelo mundo da flauta. Não a transversal, com a qual nunca conseguiu sequer pegar a embocadura, e sim aquele singelo e equivocadamente considerado simplório instrumento chamado de flauta doce. Se não me engano sua afinação era em Mi. Enfim, aprender até que aprendeu um pouco, graças à insistência de uma freira, professora de música onde FDP estudou em uma época do século passado… Enfim, até chegamos a ensaiar uma apresentação em um evento qualquer, mas FDP não teve coragem, e desistiu… nosso pai deve ter se revirado na tumba, tanto de raiva quanto de vergonha. E por falar em Albinoni, até hoje arrisco assoprar na velha Yamaha (sim, ainda a tenho) aquele tradicional adágio, assim como uma despudorada e desavergonhada versão do Jesus, Alegria dos Homens, a tradicional Cantata BWV 140 de nosso pai… Até que toco direitinho… Mas sem público, por favor…
Gravação curiosa essa que estou liberando… Confesso que fui enganado, mas depois considerei esse equívoco até que bom. Afinal, o nome que mais chama atenção na capa é o de Jean Pierre Rampal, ao qual já dediquei algumas postagens, mestre soberano deste instrumento maravilhoso. Mas o que chamo de equívoco é o fato de que Rampal nessa gravação apenas é o regente da Orchestre National de France. O solista se chama Jean-Louis Beaumadier, do qual nunca tinha ouvido falar até então. E o dito cujo toca muito bem… Também, imagina a pressão de tocar flauta ao lado do maior flautista do século XX, um dos maiores instrumentistas do século… E o que é pior, ou melhor, dependendo do ponto de vista, tendo-o como orientador… Sua interpretação, tanto dos concertos para piccolo de Vivaldi, quanto as fantasias para flauta de Telemann, é segura, correta, sem equívocos. Um belo resultado, um CD agadabilíssimo de se ouvir.. FDP espera que seus ouvintes/leitores sintam-se tão recompensados quanto ele ao ouvirem essas obras.
Inicio com esta postagem algo que eu e Clara Schumann nomeamos como Festival Barroco… Vivaldis, Telemanns, Handels, nosso pai Bach, claro, nossos irmãos CPE e Wilhelm, com certeza estarão presentes… mas chega de blá, blá, blá…
Recadinho de PQP, que acaba de reativar este link: Gostei mais das Fantasias de Telemann no final do CD do que dos concertos do Padre Vermelho…
Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerti per Piccolo, P.78, P.83, P.79 e P.77 / Georg Phillip Telemann: Sept Fantasies (Beaumadier, Rampal)
01 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.78- 1. Allegro
02 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.78- 2. Largo
03 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.78- 3. Allegro molto
04 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en la mineur P.83- 1. Allegro
05 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en la mineur P.83- 2. Larghetto
06 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en la mineur P.83- 3. Allegro
07 Antonio Vivaldi- Concerto pour piccolo en do majeur P.79- 1. Allegro non molto
08 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.79- 2. Largo
09 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.79- 3. Allegro molto
10 Antonio Vivaldi – Concerto pour flute en la mineur P.77- 1. Allegro molto
11 Antonio Vivaldi – Concerto pour flute en la mineur P.77- 2. Largo
12 Antonio Vivaldi – Concerto pour flute en la mineur P.77- 3. Allegro molto
13 Georg P. Telemann – Fantaisie No.1 en la majeur (Vivace-Adagio-Allegro)
14 Georg P. Telemann – Fantaisie No.2 en la majeur (Grace-Vivace-Adagio-Allegro)
15 Georg P. Telemann – Fantaisie No.4 en si bémol majeur (Andante-Allegro-Presto)
16 Georg P. Telemann – Fantaisie No.5 en do majeur (Presto-Largo-Presto-Largo-Allegro-Allegro)
17 Georg P. Telemann – Fantaisie No.8 en mi mineur (Largo-Spirituoso-Allegro)
18 Georg P. Telemann – Fantaisie No.9 en mi majeur (Affettuoso-Allegro-Grave-Vivace)
19 Georg P. Telemann – Fantaisie No.12 en sol mineur (Grave-Allegro-Grave-Allegro-Dolce-Allegro-Rondeau (presto)
Orchestre National de France
Jean-Pierre Rampal – Conductor
Jean-Louis Beaumadier – Flute, picollo Haynes
Fiz tanta propaganda para o rapaz que nada mais justo que mostrar um pouco de seu talento neste cd excepcional, só com obras de Franz Liszt.
Ouvi este cd três vezes seguidas, e posso recomendá-lo sem pestanejar. Sei que alguns leitores consideram a obra de Lizst um monte de notas sem sentido, mas talvez ao ouvirem esta interpretação mudem de opinão. Sim, concordo, é um virtuosismo exagerado o que se pede para interpretar estas obras, mas creio que Andsnes consegue demonstrar que por trás de tantas notas existe vida. Sobre este cd, o editorial da amazon.com escreveu o seguinte:
“An index to the excellence of Leif Ove Andsnes’s Liszt recital is that he makes familiar works exciting and fresh-sounding and obscure ones persuasive and accessible. Andsnes turns the “Mephisto” Waltz No. 1 from a tired circus stunt into a tone poem daring in its effrontery and voluptuous in its lyricism. He plays the “Dante” Sonata without the usual penny-awful bludgeoning and sentimental blustering and lifts its treatment of love, chaos, and redemption to an exalted level. The infrequently performed “Andante lagrimoso” (No. 9 of the Harmonies poétiques et religieuses) is haunting in its unceasing alterations between pain and serenity. And in late works–such as the Second and Fourth “Mephisto” Waltzes and the “Valse oubliée” No. 4–the pianist shows us how far Liszt had traveled from romanticism toward both expressionism and impressionism, making us understand how these works lit the paths of composers as diverse as Debussy, Schoenberg, and Bartók. If you buy only one recording of Liszt’s piano music this year, make it this.
Confesso que não tenho muita familiaridade com a obra de Liszt, com excessão de seus concertos para piano, já postados aqui, e sua Sinfona “Fausto”, além, é claro, de suas rapsódias, e sempre me chamou a atenção sua capacidade de fazer espetáculo. Segundo seus biógrafos, Liszt seria um showman da época, e seu virtuosismo enquanto pianista se transmitiu à sua obra, de difícil execução para os solistas. O cd que ora posto tem momentos de puro virtuosismo, sim, mas ao mesmo tempo, graças a um excepcional intérprete, vemos que “the pianist shows us how far Liszt had traveled from romanticism toward both expressionism and impressionism, making us understand how these works lit the paths of composers as diverse as Debussy, Schoenberg, and Bartók, como bem exemplifica o editorial da amazon. Outro comentarista do mesmo site diz que nunca viu tanto vigor e paixão numa interpretação de uma obra de Liszt. E assino embaixo, ainda mais depois daquela excepcional performance que tive o raro prazer de presenciar semana passada.
Ah, e não se preocupem, a saga Gilels/Beethoven continua.
Franz Liszt – Liszt Piano Recital – Leif Ove Andsnes
01. Apres une lecture du Dante (Années de pèlerinage, 2e année Italie)
02. Valse Oubliee No 4
03. Mephisto Waltz No 4
04. Die Zelle in Nonnenwerth Elegie Version 4
05. Ballade No 2
06. Mephisto Waltz No 2
07. Andante Lagrimoso (Harmonies Poe iques et Religieuses No 9)
08. Mephisto Waltz No 1 Der Tanz in der Dorfschenke
Prezados, como estarei viajando no final de semana, minha contribuição para o blog está sendo postada h0je, quinta feira. E começarei com Vivaldi. Mas não se trata de qualquer Vivaldi, e sim de um Vivaldi interpretado por nossa musa inspiradora, com sua voz angelical, Emma Kirkby. Já postei duas outras obras com esta maravilhosa soprano inglesa, especialista no repertório renascentista e barroco. Neste CD Kirkby interpreta Motetos e a Magnificat do padre ruivo. Peças maravilhosas, sensíveis e que mostram o domínio que a sardenta Kirby tem de sua voz. Falar de Vivaldi é chover no molhado. Nunca conheci alguém que dissesse não gostar de sua música. Espero que gostem tanto quanto eu gostei.
08 – Concerto in g, RV157 – 1. Allegro
09 – 2. Largo
10 – 3. Allegro
11 – Concerto alla rustica in G, RV151 – 1. Presto
12 – 2. Adagio
13 – 3. Allegro
14 – Motet, RV680 – 1. Lungi dal vago volto
15 – 2. Augelletti, voi col canto
16 – 3. Allegrezza, mio core
17 – 4. Mi stringerai si, si
18 – 1. Magnificat anima mea Dominum
19 – 2. Et exsultavit spiritus meus in Deo
20 – 3. Et misericordia eius a progenie
21 – 4. Fecit potentiam in brachio suo
22 – 5. Esurientes implevit bonis
23 – 6. Suscepit Israel puerum suum
24 – 7. Sicut locutus est ad patres
25 – 8. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto
Tafelmusik Baroque Orchestra Conducted by Jeanne Lamon
Emma Kirkby – soprano
Meu irmão PQP Bach já postou uma bela versão destas mesmas Suítes Inglesas, com o grande Gustav Leonhardt, com certeza um dos maiores intérpretes que nosso pai já teve. Mas os gouldmaníacos logo se manifestaram, e começaram a pedir mais gravações do canadense. Fucei, então, meus cds de mp3, e logo encontrei essas gravações. Somos todos gouldmaníacos, com certeza. Essa sua versão das Suítes Inglesas é magnífica, e não canso de ouvi-la. Ainda tenho meu LP com essa gravação, aliás, e fiquei muito feliz quando consegui a versão em mp3. Mas vamos ao que interessa.
Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suítes Inglesas BWV 806-811 (Glenn Gould)
Suite No. 1 In A Major, BWV 806 = A-dur = En La Majeur = In La Maggiore
1-1 I. Prélude 2:45
1-2 II. Allemande 2:10
1-3 III. Courante I 1:47
1-4 IV. Courante II 2:11
1-5 V. Double I 2:06
1-6 VI. Double II 1:59
1-7 VII. Sarabande 4:07
1-8 VIII. Bourrée I 1:16
1-9 IX. Bourrée II – Bourrée I Da Capo 2:14
1-10 X. Gigue 2:00
Suite No. 2 In A Minor, BWV 807 = A-moll = En La Mineur = In La Mineur
1-11 I. Prélude 4:31
1-12 II. Allemande 1:34
1-13 III. Courante 1:11
1-14 IV. Sarabande – Les Agréments De La Même Sarabande 3:03
1-15 V. Bourrée I 1:26
1-16 VI. Bourrée II – Bourrée I Da Capo 2:00
1-17 VII. Gigue 2:17
Suite No. 3 In G Minor, BWV 808 = G-moll = En Sol Mineur = In Sol Mineur
1-18 I. Prélude 2:53
1-19 II. Allemande 1:44
1-20 III. Courante 1:20
1-21 IV. Sarabande – Les Agréments De La Même Sarabande 3:19
1-22 V. Gavotte I (Ou La Musette) 0:50
1-23 VI. Gavotte II – Gavotte I Da Capo 1:10
1-24 VII. Gigue 1:52
Suite No. 4 In F Major, BWV 809 = F-dur = En Fa Majeur = In Fa Maggiore
2-1 I. Prélude 4:25
2-2 II. Allemande 2:46
2-3 III. Courante 0:54
2-4 IV. Sarabande 3:01
2-5 V. Menuett I 1:20
2-6 VI. Menuett II – Menuett I Da Capo 1:57
2-7 VII. Gigue 2:15
Suite No. 5 In E Minor, BWV 810 = E-moll = En Mi Mineur = In Mi Mineur
2-8 I. Prélude 4:43
2-9 II. Allemande 2:58
2-10 III. Courante 1:51
2-11 IV. Sarabande 1:59
2-12 V. Passepied I (En Rondeau) 1:06
2-13 VI. Passepied II – Passepied I Da Capo 1:37
2-14 VII. Gigue 2:04
Suite No. 6 In D Minor, BWV 811 = D-moll = En Ré Mineur = In Re Mineur
2-15 I. Prélude 8:25
2-16 II. Allemande 3:11
2-17 III. Courante 2:46
2-18 IV. Sarabande 3:07
2-19 V. Double 2:15
2-20 VI. Gavotte I 1:34
2-21 VI. Gavotte II – Gavotte I Da Capo 2:19
2-22 VIII. Gigue 2:56
Até ter acesso a esse CD, eu não conhecia esse arranjo para orquestra de cordas que Mahler fez da obra prima de Schubert, o Quarteto para Cordas “A Morte e a Donzela”. Ainda não tenho uma opinião formada na verdade, precisaria ouvir mais vezes para absorver, tão acostumado que estou com a versão para Quarteto para Cordas. Em se tratando de uma obra dessa envergadura, provavelmente umas das maiores composições já escritas para o gênero, a empreitada é um tanto arriscada.
Ao mesmo tempo, o nome de Mahler, um mestre em se tratando de composições para orquestras de grande porte, lembramos imediatamente de seu magnífico Quarteto para Cordas, e o que dizer do Adagietto de sua Quinta Sinfonia? Obras de rara sensibilidade para um compositor acostumado compor para grandes conjuntos orquestrais, como comentei acima. Em minha humilde opinião, entendo que a interpretação da excelente “Praga Camerata” está um pouco acelerada para o meu gosto, já no primeiro movimento entendo que devia ser mais cadenciado, como podemos ouvir na ótima gravação do “Orlando Quartet”, que postei há pouco tempo. Não sei quais as recomendações de Mahler para o arranjo, e se o maestro foi fiel a essas recomendações. Mas enfim, à parte a estranheza que esses arranjos podem causar em um primeiro momento para aqueles apaixonados pela obra, Schubert está presente, com certeza, com toda a sua carga emotiva e sentimental.
A Sonata “Arpegione’ também mantém-se fiel ao original, porém lhes garanto que a estranheza permanece, mas nada que venha a comprometer o resultado. Afinal, apesar de tudo, é Schubert.
Vale a pena conferir.
01. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810 “Death and the Maiden” (Arr. for String Orchestra by Gustav Mahler): I. Allegro moderato
02. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810 “Death and the Maiden” (Arr. for String Orchestra by Gustav Mahler): II. Andante con moto
03. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810 “Death and the Maiden” (Arr. for String Orchestra by Gustav Mahler): III. Scherzo. Allegro moderato
04. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810 “Death and the Maiden” (Arr. for String Orchestra by Gustav Mahler): IV. Presto
05. Arpeggione Sonata in A Minor, D. 821 (Arr. for Cello and Strings by Michal Kaňka): I. Allegro moderato
06. Arpeggione Sonata in A Minor, D. 821 (Arr. for Cello and Strings by Michal Kaňka): II. Adagio
07. Arpeggione Sonata in A Minor, D. 821 (Arr. for Cello and Strings by Michal Kaňka): III. Allegretto
Dando continuidade à obra de câmara integral de Brahms, e ainda com os quintetos, vamos agora ao CD 5.
Eu tinha na cabeça, como uma idéia fixa, frases do quinteto para clarineta e cordas de Brahms, que para mim sugere a cor, o som, a fragrância, o espírito, enfim, do outono. Depois de despedir docemente uma rapariga americana que chorou no meu ombro as dores dum amor mal correspondido (o noivo tinha fugido para a Índia), liguei o telefone para a minha secretária e disse: “Mary, faça passar o próximo paciente”.
Erico Verissimo, Solo de Clarineta, Vol. 1
Johannes Brahms (1833-1897): Complete Chamber Music (CD 5 de 11) – Clarinet Quintet in B minor, Op 115, String Quintet No. 2 in G major, Op. 111 (Berlin Philarmonic Octet / Herbert Stahr)
Clarinet Quintet in B minor, Op 115
1 – Allegro
2 – Adagio
3 – Andantino – Presto non assai – ma con assentimento
4 – Com moto
String Quintet No. 2 in G major, Op. 111
5 – Allegro non troppo, ma con brio
6 – Adagio
7 – Un poco allegretto
8 – Vivace ma non troppo presto
Por FDP Bach: Sviastoslav Richter foi um grande pianista, um dos grandes do século XX. Esta gravação dos concertos de Liszt é histórica, realizada ainda na década de 60, ao lado de outro grande russo, Kiril Kondrashin, que rege a Filarmônica de Londres. Creio que o grande trunfo da dupla Richter / Kondrashin nestas gravações é seu pleno controle da execução, de uma meticulosidade impressionante. Richter não se deixa envolver por demais com a estrutura romântica da obra, a interpreta com racionalidade, diferentemente de outros intérpretes, que resolvem se jogar de corpo e alma na execução. Espero que apreciem.
Por PQP Bach: Curta nota sobre a obra pianística de Liszt: Apesar do pouco sucesso de quase todas as suas obras orquestrais e corais, Liszt seguiu com coerência ferrenha, certo de que estava a produzir para o futuro. E ele realizou-se plenamente apenas na música para piano, seu instrumento. Ainda assim é bom não levar em conta grande parte dela. As variações e fantasias sobre melodias de óperas são medonhas, assim como as danças e as valsas da moda. São músicas de virtuosismo vazio, que apenas serviam como suporte para os concertos do super-astro do teclado que foi Liszt durante boa parte de sua vida. Porém, os dois Concertos para Piano, as peças poéticas Années de pèlerinage e as Harmonies poétiques et religieuses e, principalmente, a incontestabilíssima Sonata para Piano em Si Menor, são outra conversa.
Franz Liszt (1811-1887): Concertos para Piano (Richter / Kondrashin)
1. Piano Concerto No. 1 In E flat: 1. Allegro maestoso
2. Piano Concerto No. 1 In E flat: 2. Quasi adagio
3. Piano Concerto No. 1 In E flat: 3. Allegretto vivace – Allegro animato
4. Piano Concerto No. 1 In E flat: 4. Allegro marziale animato
5. Piano Concerto No. 2 In A: Adagio sostenuto assai – Allegro agitato assai
6. Piano Concerto No. 2 In A: Allegro moderato
7. Piano Concerto No. 2 In A: Allegro deciso – Marziale un poco meno allegro
8. Piano Concerto No. 2 In A: Allegro animato
Composed by Franz Liszt
Performed by London Symphony Orchestra with
Sviatoslav Teofilovich Richter
Conducted by Kiril Kondrashin
Poderia classificar esse CD como curioso, mas a versatilidade dos músicos do Albion Essemble está acima dessa classificação tão simplista. É Beethoven, sim, não precisam ficar assustados, afinal, estamos acostumados a grandes conjuntos orquestrais interpretando a Abertura “Egmont” ou a “Sinfonia nº1”. Talvez os mais puristas fiquem de cabelo em pé, reclamem, esbravejem, mas veja bem, estas transcrições foram realizadas ainda em tempos de Beethoven vivo, ou seja, devem ter passado por sua aprovação. Parece que era moda e muito comum encontrar estas transcrições disponíveis ali no começo do século XIX. Uma curiosidade acerca destas transcrições, o texto foi retirado de outro CD do mesmo Albion Ensemble:
“É amplamente reconhecido que a maior parte do vasto corpo de trabalho do período clássico para pequena banda de sopro, ou ‘Harmonie’, foi planejada para ser usada como música de fundo – isto é, música para fazer serenata aos nobres e ricos ou para acompanhar as suas refeições (Tafelmusik). Embora em muitos casos a qualidade da música, seja ela original ou arranjada, é variável, existe também um belo repertório que merece a escuta mais atenta. Talvez o primeiro grande expoente da música Harmonie tenha sido Mozart, que soube imbuir toda a sua obra, independentemente da função a que se destinava, de uma profundidade faltando na produção de muitos de seus contemporâneos menores. É difícil imaginar a nobre Serenata em E bemol, K375, ou a grande e grave Serenata em dó menor, K388, sendo música destinada apenas a capturar um interesse passageiro do ouvinte. Assim também, nesta gravação, encontramos música Harmonie digna do primeiro plano.
A música Harmonie tornou-se um gênero particularmente na moda em Viena após o Imperador da dinastia, dos Habsburgos José II, estabeleceu em sua corte um grupo que veio a ser conhecido como Kaiserlich Harmonia königlich. Este conjunto fundado em 1782 era um octeto composto por dois oboés de cada clarinetes, fagotes e trompas, diferindo de outras pequenas bandas de sopro, que eram empregadas em todo o mundo e na Europa a partir de meados do século, na medida em que os seus músicos não eram apenas criados uniformizados, mas também os principais músicos profissionais vienenses da época.”
As peças que o “Albion Ensemble” gravou nesse CD são bem conhecidas pelos fãs do compositor. Começando pela abertura “Egmont”, e terminando com a emblemática Sonata ‘Patetique’, escrita para piano, o que podemos ouvir aqui não são simplificações, ao contrário. Cada peça foi cuidadosamente transcrita, obedecendo o modelo original, claro que com as ressalvas e adaptações necessárias. Nas obras orquestrais obviamente sentimos falta da própria massas orquestral, e na Sonata Patética, principalmente em seus momentos mais intensos, sentimos falta da impulsividade percussiva do solista, não sei se me fiz entender.
Deixo ao crivo dos senhores o veredito desse CD. Gostei do que ouvi, antes de tudo, muito respeito a originalidade da empreitada, e claro, um profundo conhecimento da obra de Beethoven. É mais comum nos dias de hoje ouvirmos as sinfonias transcritas para piano, como a conhecida versão de Liszt, disponível aqui mesmo no PQPBach. Lembrei-me agora de um membro do blog que infelizmente aparece muito pouco por aqui, o Marcelo Stravinsky, que se declara um fã incondicional de versões alternativas, transcrições, etc. Esse com certeza é um CD que ele vai apreciar.
Para maiores informações, sugiro a leitura do livreto anexo ao arquivo compactado.
Ludwig van Beethoven (1770-1827): Music for Wind Ensemble – The Albion Ensemble
01 – Egmont, Op. 84_ Overture
02 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ I. Adagio molto – Allegro con brio
03 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ II. Andante cantabile con moto
04 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ III. Menuetto – Allegro molto e vivace
05 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ IV. Finale. Allegro molto vivave
06 – Fidelio, Op. 72_ Overture
07 – Fidelio, Op. 72, Act II_ March
08 – Piano Quintet in E-Flat Major, Op. 16_ II. Andante cantabile
09 – Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13, _Pathetique__ I. Grave – Allegro di molto e con brio
10 – Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13, _Pathetique__ II. Adagio cantabile
11 – Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13, _Pathetique__ III. Rondo. Allegro
THE ALBION ENSEMBLE
GEORGE CAIRD, VICTORIA WOOD oboes
ANGELA MALSBURY, MICHAEL HARRIS clarinets
PETER FRANCOMB, SIMON MORGAN horns
GARETH NEWMAN, ROBIN KENNARD bassoons
MARTIN FIELD contrabassoo
Nossa leitora/ouvinte Lais Vogel gentilmente nos enviou o texto que segue abaixo. Achei interessante postá-lo. O texto sintetiza muito bem o que deve ser dito a respeito desta gravação.
“Gente, olha que noticia boa e interessante:
“O Brahms que todos aguardavam”, diz a Gramophone.
“Saiu hoje no site da revista inglesa Gramophone a resenha do CD com os dois concertos de Brahms tocados pelo Nelson. O (temido) crítico Jed Distler inicia a avaliação dizendo: “Esta é a gravação dos concertos para piano de Brahms que todos nós esperávamos”.
“O álbum duplo (lançado este ano pela Decca, no Brasil inclusive) já tinha sido muito elogiado pelo site americano Classics Today (www.classicstoday.com) e por jornais brasileiros. Agora foi coroado com a crítica da Gramophone. Vale a pena adquiri-lo, e não por motivos patrióticos. As interpretações de ambos os concertos são realmente primorosas. Eu as comparei com o registro clássico de Gilels/Jochum (que considero a ‘versão padrão’ dessas obras) e, para minha própria surpresa, gostei mais da do Freire com o maestro Chailly. Os tempi são mais fluentes que os de Jochum e, ainda assim, a clareza orquestral não é sacrificada. Ao contrário: Chailly (e os técnicos da Decca) nos faz(em) ouvir coisas que passam despercebidas em outras gravações. Freire está endiabrado e prova que é um pianista de primeira linha, pois dá conta do recado sem fazer a orquestra pisar no freio e sem embolar as notas. Ele usa, sim, mais pedal do que Gilels, tendo assim mais legato no seu som. Mas não usa esse recurso para esconder imperfeições técnicas. É questão de estilo… e Brahms permite isso (muito mais que Mozart ou Bach). Enfim, quem for fã do Nelson ou desses concerti de Brahms, pode comprar o CD sem medo. Ah, eu não sou funcionária da Decca, nem vendedora de CDs. Sou apenas uma admiradora do Nelson e de Brahms.”
Confesso que estou ouvindo a gravação pela primeira vez, e já fazem umas duas semanas que baixei esse material. Já postei anteriormente estes mesmos concertos com o Pollini, e futuramente, a pedidos de nossa querida Clara Schumann irei postá-los com o seu Brendelzinho (Brendelzão, eu diria). E também confesso que estou adorando. A Orquestra do Gewandhaus de Leipzig é fantástica, e o Freire está no apogeu de sua forma.
Também volto a reiterar que sou apaixonado por estes concertos, principalmente pelo segundo, o qual embalou minhas paixões adolescentes, como já salientei.
Mas vamos ao que interessa…
Johannes Brahms (1833-1897): Concertos para Piano Nº 1 e 2 (Freire / Chailly)
Piano Concerto No.1 In D Minor / D-moll / En Ré Mineur, Op. 15 (46:34)
I Maestoso
II Adagio
III Rondo: Allegro Non Troppo
Piano Concerto No.2 In B-Flat Major / B-dur / En Sí Bémol Major, Op. 83 (48:53)
I Allegro Non Troppo
II Allegro Appassionato
III Andante
IV Allegretto Grazioso
Nelson Freire – Piano
Gewandhausorchester
Riccardo Chailly – Director
Belo CD da jovem Hilary Hahn, que, por sinal, esteve se apresentando aqui no Brasil há alguns meses. O Concerto para Violino de Elgar é muito bonito, apesar de pouco gravado, e Hahn, apesar da precocidade quando da gravação desse CD, nos emociona com sua interpretação. Este foi um de seus primeiros CDs pelo selo alemão Deutsche Grammophon, e ela aqui está muito bem acompanhada pelo incansável Colin Davis, que rege a Sinfônica de Londres. Não sou muito fã dos compositores ingleses, mas não há como não se render ao “The Lark Ascending” de Vaughan Williams. Já ouvi diversas outras interpretações para essa obra, entre as quais poderia destacar a do maluquinho Nigel Kennedy, e pode-se ver que Hahn fez, e ainda faz, as lições de casa direitinho. Os comentaristas da Amazon deram 4 estrelas e meia para este CD. Concordo. O conjunto da obra é altamente recomendável e delicado. Ótimo para se ouvir num dia de chuva, claro que sempre acompanhado por um bom vinho.
Edward Elgar (1857-1934) – Violin Concerto / Ralph Vaughan Williams (1872-1958): The Lark Ascending (Hahn / Davis)
Edward Elgar – Violin Concerto in B minor, Op. 61
1 – Allegro 17min59
2 – Andante 12min18
3 – Allegro molto 19min26
Ralph Vaugham Williams 4 – The Lark Ascending, romance for violin & orchestra 16min21
Hilary Hahn – Violin
London Symphony Orchestra
Sir Colins Davis – Conductor