Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Concerto para Flauta e Harpa, K. 299 / Franz Joseph Haydn (1732-1809): Concerto para Flauta, Hob VIIf: D1 (Nicolet, Richter)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Concerto para Flauta e Harpa, K. 299 / Franz Joseph Haydn (1732-1809): Concerto para Flauta, Hob VIIf: D1 (Nicolet, Richter)

Dando prosseguimento às gravações de Karl Richter com sua Münchener Bach Orchestra, FDP Bach traz mais uma joia de sua coroa: o concerto para Flauta, Harpa e Orquestra de Mozart.

A dupla Richter / Nicolet está em segundo lugar na lista dos nossos downloads. Desde que foi postado, creio que há uns 7 ou 8 meses atrás, sua gravação das Sonatas para Flauta e Cravo de nosso pai já tiveram um total de 571 downloads, atrás apenas do primeiro volume das bachianas.

Espero o mesmo sucesso com esses dois concertos maravilhosos, com a mesma dupla, e com uma excelente harpista, Rose Stein. Na verdade, esse concerto para flauta e harpa já havia sido postado com o Rampal, portanto eis uma ótima oportunidade para serem feitas as devidas comparações.

Não canso de indicar para meus amigos o andantino do segundo movimento desse concerto. Em minha opinião trata-se de uma das mais belas páginas da obra de Mozart, quiçá da história da música.  O trio Nicolet / Richter / Stein está afinadíssimo.

E a dupla Richter / Nicolet volta com tudo no Concerto para Flauta de Haydn.

Enfim, um cd pelo que tenho muito carinho e cuidado. Infelizmente encontra-se fora do catálogo da Teldec.

FDP Bach possivelmente não fará mais postagens até o final do Carnaval, está planejando uma viagem, e para complicar ainda mais seu computador resolveu falhar, portanto, não terei acesso ao meu acervo por alguns dias. Felizmente foi um problema elétrico, queimou a fonte, e o conteúdo dos meus HDs está garantido. De qualquer forma, ele já estava sendo negociado, e vai demorar um pouco para transferir o conteúdo para outro computador ainda a ser adquirido.

Ou seja, tenham todos um excelente Carnaval, e com certeza voltaremos com gás total na próxima semana..

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Concerto for Flauta e Harpa, K299 / Franz Joseph Haydn (1732-1809): Concerto para Flauta, Hob VIIf: D1 (Nicolet, Richter)

1 – Mozart – Concert for flute, Harp e Orchestra – Allegro
2 – Mozart – Concert for flute, Harp e Orchestra – Andantino
3 – Mozart – Concert for flute, Harp e Orchestra – Rondo – Allegro

4 – Haydn – Concert for flute and Orchestra – Allegro Moderato
5 – Haydn – Concert for flute and Orchestra  – Adagio
6 – Haydn – Concert for flute and Orchestra – Allegro molto

Munich Bach Orchestra
Karl Richter – Conductor
Aurele Nicolet – Flute
Rose Stein – Harpe

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FDP

Franz-Joseph Haydn (1732-1809) – Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor, Te Deum In C Major – Hob.Xxiiic:2

Uma obra prima haydniana nas mãos de Trevor Pinnock e seu English Concert & Choir. Esplêndida versão, com corais magníficos, para se ajoelhar e ficar em adoração, mesmo sendo ateu. Meu irmão PQP já se declarou fã ardoroso destas missas, então irei postar uma série delas, para seu deleite. Para uma análise mais apurada da obra, sugiro este link.

Franz-Joseph Haydn (1732-1809) -Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor, Te Deum In C Major – Hob.Xxiiic:2

1. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Kyrie
2. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Gloria: Gloria In Excelsis Deo
3. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Gloria: Qui Tollis
4. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Gloria: Quoniam
5. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Credo: Credo In Unum Deum
6. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Credo: Et Incarnatus Est
7. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Credo: Et Resurrexit
8. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Sanctus
9. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Benedictus
10. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Agnus Dei: Agnus Dei Qui Tollis
11. Missa In Angustiis “Nelson Mass”, Hob. Xxii:11 In D Minor – Agnus Dei: Dona Nobis Pacem
12. Te Deum In C Major – Hob.Xxiiic:2 – “Te Deum Laudamus” Allegro
13. Te Deum In C Major – Hob.Xxiiic:2 – “Te Ergo Quaesumus” Adagio
14. Te Deum In C Major – Hob.Xxiiic:2 – “Aeterna Fac Cum Sanctis Tuis -…Allegro Moderato “Aet

Felicity Lott · Carolyn Watkinson
Maldwyn Davies
David Wilson-Johnson
The English Concert and Choir
Trevor Pinnock

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O genial Haydn em 1792

Post original por FDPBach em 2008 / Repostagem por Pleyel em 2025

Edvard Grieg (1843-1907): Excertos de Peer Gynt (Hendricks, Salonen, Oslo Philh.)

Edvard Grieg (1843-1907): Excertos de Peer Gynt (Hendricks, Salonen, Oslo Philh.)

Para manter o clima escandinavo, minha próxima contribuição é de uma gravação estupenda do “Peer Gynt”, de Grieg, nas competentes mãos de Esa-Pekka Sallonen, regendo a Orquestra Filarmônica de Oslo, com seu respectivo coral e com a maravilhosa voz de Barbara Hendricks. Essa gravação se destaca exatamente pelas partes cantadas, que poucos conhecem. Geralmente o que é gravado são as duas suítes, se deixando de lado estas preciosidades vocais. Comprei este CD há muitos anos atrás, e nunca mais tive oportunidade de encontrá-lo em outro local. É uma gravação fora dos catálogos da Sony. Em minha opinião, as partes que se destacam, escolha difícil diante da beleza desta obra, são as conhecidas “Canção de Solveig”, interpretada por Hendricks, e o coral na conhecida passagem “In the Hall of Mountain King”. De qualquer forma, é uma gravação maravilhosa. Espero que seja devidamente apreciada, pois é um registro um tanto quanto raro.

Edvard Grieg (1843-1907) : Excertos de Peer Gynt (Hendricks, Salonen, Oslo Philh.)

1 Act one – Prelude : In the wedding garden
2 Act one – The bridal procession passes
3 Act one – Halling
4 Act one – Springar
5 Act two – Prelude : The abduction of the bride – Ingrid’s lament
6 Act two – In the hall of the mountain King
7 Act two – Dance of the mountain King’s daughter
8 Act three – Prelude : Deep in the coniferous forest
9 Act three – Solveig’s song
10 Act three – Ase’s death
11 Act four – Prelude : Morning mood
12 Act four – Arabian dance
13 Act four – Anitra’s dance
14 Act four – Solveig’s song
15 Act five – Prelude : Peer Gynt’s journey home
16 Act five – Solveig’s song in the hut
17 Act five – Whitsun hymn
18 Act five – Solveig’s lullaby

Barbara Hendricks
Oslo Philharmonic Chorus
Oslo Philharmonic Orchestra
Esa-Pekka Salonen
Data de gravação: mai 1989

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Aposto que você não sabe que eu sou tio-avô de Glenn Gould

FDP

.:interlúdio:. Eliane Elias Sings Jobim

A cantora paulista Eliane Elias se mudou jovem para os Estados Unidos. É mais um daqueles casos de músicos brasileiros que fazem muito sucesso no exterior mas são desconhecidos no Brasil. Dona de uma discografia imensa, ganhadora de inúmeros prêmios, incluindo dois Grammy Latinos, ela atua como uma embaixadora brasileira da boa música.

Já tocou com muitos músicos de jazz renomados, nem vou listá-los pois a lista é enorme. Teve uma filha com o trompetista norte americano Randy Brecker, a também cantora e compositora Amanda Brecker. Cunhada de um de meus saxofonistas favoritos, Michael Brecker, participou de um dos grandes grupos de Jazz dos anos 80 e 90, o Steps Ahead, banda que ainda pretendo trazer aqui no PQPBach.

Vou trazer para os senhores dois discos dela dedicados a Tom Jobim em sequência, um de 1998, ‘Eliane Elias Sings Jobim” e em outro momento “Eliane Elias Plays Jobim”, também gravado pelo prestigioso selo de Jazz Blue Note. Nos dois discos o que ouvimos é música brasileira de primeira qualidade, interpretada por músicos de altíssimo nível.

Nesta primeira postagem temos “Eliane Elias Sings Jobim” gravado pelo selo Blue Note. Nele ouviremos diversos clássicos da Bossa Nova, com produção do grande Oscar Castro Neves, onde a voz tímida, sem muita força, às vezes quase sussurrada de Eliane, contrasta por vezes com a impetuosidade de um piano virtuoso, porém discreto. Exceção é “Esquecendo Você”, onde um belíssimo solo de piano se destaca. Em “Falando de Amor” ela tem apenas o acompanhamento do violão de Castro Neves, um dos melhores momentos do disco, com certeza. Em “Garota de Ipanema”  “Ela é Carioca” e “A Felicidade” o sax de Michael Brecker se destaca, porém sem muitos vôos virtuosísticos do músico. O acompanhamento do Contrabaixo de seu companheiro Marc Johnson e a Bateria de Paulo Braga completam a lista dos músicos. Neste disco eu diria que a voz se sobressai ao piano, os solos são muito discretos e pontuais. Temos aqui com certeza um belíssimo disco de Bossa Nova.

Espero que apreciem.

1 Garota De Ipanema
2 Samba De Uma Nota Só
3 Só Danco Samba
4 Ela E Carioca
5 Anos Dourados
6 Desafinado
7 Falando De Amor
8 Samba Do Aviao
9 A Felicidade
10 Por Toda A Minha Vida
11 How Insensitive
12 Esquecendo Voce
13 Pois E
14 Amor Em Paz
15 Modinha
16 Caminhos Cruzados

Eliane Elias – Piano e Voz
Marc Johnson – Contrabaixo
Oscar Castro-Neves – Violão
Paulo Braga – Bateria
Michael Brecker – Sax Tenor
Café – Percussão

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FDP

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 5 e 6 de 6 – The English Concert – Pinnock

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 5 e 6 de 6 – The English Concert – Pinnock

Para esta última postagem das sinfonias haydnianas do período chamado “Sturm & Drang” eu havia preparado um texto já na semana passada, portanto bastava subir o arquivo compactado e postar. Me engana que eu gosto… exatamente às seis horas da tarde deste sábado o servidor do Pensador Selvagem entrou em crise, e nem com reza braba eu conseguia concluir a postagem. Quando voltei, uma hora depois, surpresa, o texto tinha sido apagado por algum fantasma cibernético, e portanto tive de improvisar.

Pois bem, temos aqui os cds 5 e 6 que trazem algumas pérolas, entre elas a genial sinfonia nº 45, conhecida como Sinfonia do Adeus. Por falta de tempo, não entrarei em detalhes sobre ela, sugiro a leitura detalhada do libreto anexado ao arquivo, libreto este que dá um histórico e detalhes de cada uma das sinfonias gravadas nestes seis cds.

Espero que tenham gostado da série. Os números dos downloads são impressionantes, me deixaram bastante contente.

Joseph Haydn (1732-1809) – The “Sturm und Drang” Symphonies – CDs 5 e 6 de 6

CD 5

01 – Symphony No.42 in D major – 1. Moderato e maestoso
02 – Symphony No.42 in D major – 2. Andantino e cantabile
03 – Symphony No.42 in D major – 3. Minuet_ Allegretto
04 – Symphony No.42 in D major – 4. Finale_ Scherzando e presto

05 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 1. Allegro con brio
06 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 2. Minuetto_ Allegretto (Canone in Dia
07 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 3. Adagio
08 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 4. Finale_ Presto

09 – Symphony No.46 in B major – 1. Vivace
10 – Symphony No.46 in B major – 2. Poco adagio
11 – Symphony No.46 in B major – 3. Minuet_ Allegretto
12 – Symphony No.46 in B major – 4. Finale_ Presto e scherzando

CD 6

01 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 1. Allegro assai
02 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 2. Adagio
03 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 3. Menuet (Allegretto)
04 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 4. Finale (Presto – Adagio)
05 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 5. Adagio

06 – Symphony in G, H.I No.47 – 1. (Allegro)
07 – Symphony in G, H.I No.47 – 2. Un poco adagio
08 – Symphony in G, H.I No.47 – 3. Menuet al Roverso
09 – Symphony in G, H.I No.47 – 4. Finale (Presto assai)

10 – Symphony in C, H.I No.50 – 1. Adagio e maestoso
11 – Symphony in C, H.I No.50 – 2. Andante moderato
12 – Symphony in C, H.I No.50 – 3. Menuet
13 – Symphony in C, H.I No.50 – 4. Finale. Presto

The English Concert
Trevor Pinnock – Harpsichord & Conductor

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E agora, Pinnock mais velhão
E agora, Pinnock mais velhão

FDPBach

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 3 e 4 de 6 – The English Concert – Pinnock

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 3 e 4 de 6 – The English Concert – Pinnock

Sucesso, sucesso, sucesso. Assim posso chamar a postagem dos dois primeiros cds desta baita coleção do grande Pinnock regendo o imortal Haydn. Isso mostra como existe um grande interesse por este compositor, estigmatizado e desprezado às vezes, mas que se impõe pela qualidade de suas composições.

Creio que a sinfonia mais conhecida deste grupo que ora trago seja a de nº 48, intitulada “Maria Thereza”, uma das principais obras sinfônicas compostas no século XVIII. É de se ouvir de joelhos, ainda mais com a brilhante interpretação do The English Concert nas mãos de Pinnock. Uma gravação destas não pode dar errado.

Divirtam-se.

Joseph Haydn (1732-1809) – The “Sturm und Drang” Symphonies – CDs 3 e 4 de 6

CD 3
01 – Symphony No.41 in C major – 1. Allegro con spirito
02 – Symphony No.41 in C major – 2. Un poco Andante
03 – Symphony No.41 in C major – 3. Menuet
04 – Symphony No.41 in C major -4. Finale_ Presto

05 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 1. Allegro
06 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 2. Adagio
07 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 3. Menuet_ Allegretto
08 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 4. Finale_ Allegro

09  – Symphony No.65 in A major – 1. Vivace e con spirito
10 – Symphony No.65 in A major – 2. Andante
11 – Symphony No.65 in A major – 3. Menuetto
12 – Symphony No.65 in A major – 4. Finale_ Presto

CD 4

01 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 1. Allegro
02 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 2. Adagio
03 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 3. Menuetto
04 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 4. Finale_ Allegro

05 – Symphony No.51 in B flat major – 1. Vivace
06 – Symphony No.51 in B flat major – 2. Adagio
07 – Symphony No.51 in B flat major – 3. Menuetto – Trio I & II
08 – Symphony No.51 in B flat major – 4. Finale_ Allegro

09 – Symphony No.52 in C minor – 1. Allegro assai con brio
10 – Symphony No.52 in C minor – 2. Andante
11 – Symphony No.52 in C minor – 3. Menuetto_ Allegretto
12 – Symphony No.52 in C minor – 4. Finale_ Presto

The English Concert
Trevor Pinnock – Harpsichord & Conductor

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Pinnock na meia idade
Pinnock na meia idade

FDPBach

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 1 e 2 de 6 – The English Concert – Pinnock

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 1 e 2 de 6 – The English Concert – Pinnock

A partir desta postagem estou iniciando uma série especial dedicada às sinfonias haydnianas. Nos primórdios do blog também fiz uma mega postagem a partir da sinfonia 88, com diversos regentes e orquestras, mas creio que os links já estejam apagados. Vou começar trazendo esta bela caixa da Archiv: as sinfonias compostas no período do “Sturm Und Drang”, movimento literário pré romântico, cujos principais expoentes foram Goethe e Schiller. Neste período Haydn já estava trabalhando para a família imperial austríaca, os Esterházy.

Para ser mais rápido, estarei postando dois cds de cada vez. Nestes dois primeiros, temos as conhecidas sinfonias de Nº 26, “Lamentations”, com seu sublime adágio, e a de nº 49, intitulada “La Passione”. Prestem atenção como em diversos momentos parece que ouvimos uma sinfonia de Mozart.

A orquestra é o excelente conjunto “The English Concert”, dirigido pelo sempre competente e versátil Trevor Pinnock. Coisa finíssima.

Espero que apreciem.

Joseph Haydn (1732-1809) – The “Sturm und Drang” Symphonies – CDs 1 e 2 de 6

CD 1
01 – Haydn – Symphony No.35 in B Flat, Hob.I-35 – I. Allegro di molto
02 – Haydn – Symphony No.35 in B Flat, Hob.I-35 – II. Andante
03 – Haydn – Symphony No.35 in B Flat, Hob.I-35 – III. Menuet. Un poco Allegretto
04 – Haydn – Symphony No.35 in B Flat, Hob.I-35 – IV. Finale. Presto

05 – Haydn – Symphony No.38 in C, Hob.I-38 – I. Allegro di molto
06 – Haydn – Symphony No.38 in C, Hob.I-38 – II. Andante molto
07 – Haydn – Symphony No.38 in C, Hob.I-38 – III. Menuet. Allegro
08 – Haydn – Symphony No.38 in C, Hob.I-38 – IV. Finale. Allegro di molto

09 – Haydn – Symphony No.39 in G minor, Hob.I-39 – I. Allegro assai
10 – Haydn – Symphony No.39 in G minor, Hob.I-39 – II. Andante
11 – Haydn – Symphony No.39 in G minor, Hob.I-39 – III. Menuet
12 – Haydn – Symphony No.39 in G minor, Hob.I-39 – IV. Finale. Allegro di molto

13 – Haydn – Symphony No.59 in A, Hob.I-59 ”Fire” – I. Presto
14 – Haydn – Symphony No.59 in A, Hob.I-59 ”Fire” – II. Andante o piu tosto Alle
15 – Haydn – Symphony No.59 in A, Hob.I-59 ”Fire” – III. Menuetto
16 – Haydn – Symphony No.59 in A, Hob.I-59 ”Fire” – IV. Allegro assai

CD 2

01 – Symphony in D minor, H.I No.26 ‘Lamentations’ – 1. Allegro assai con spirito
02 – Symphony in D minor, H.I No.26 ‘Lamentations’ – 2. Adagio
03 – Symphony in D minor, H.I No.26 ‘Lamentations’ – 3. Menuetto

04 – Symphony in F minor, H.I No.49 ‘La passione’ – 1. Adagio
05 – Symphony in F minor, H.I No.49 ‘La passione’ – 2. Allegro di molto
06 – Symphony in F minor, H.I No.49 ‘La passione’ – 3. Menuet
07 – Symphony in F minor, H.I No.49 ‘La passione’ – 4. Finale (Presto)

08 – Symphony in F, H.I No.58 – 1. Allegro
09 – Symphony in F, H.I No.58 – 2. Andante
10 – Symphony in F, H.I No.58 – 3. Menuet alla zoppa. Un poco Allegretto
11 – Symphony in F, H.I No.58 – 4. Finale. Presto

The English Concert
Trevor Pinnock – Conductor

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Pinnock quando jovem
Pinnock quando jovem

FDPBach

Robert Schumann (1810-1856): Sonatas para Violino (Abragimova, Tiberghien)

Robert Schumann (1810-1856): Sonatas para Violino (Abragimova, Tiberghien)

Ah, o Romantismo !!! Nestas Sonatas para Violino e Piano temos talvez o ápice deste movimento musical tão importante.  Alina Ibragimova e seu eterno e fiel escudeiro, Cédric Thibergien, em mais um CD lançado pelo selo Hyperion, nos  brindam com uma belíssima e cúmplice parceria (mais uma). Aqui ouvimos um Schumann quase visceral, como algo expulso das entranhas e exposto à luz do sol.  Talvez Ibragimova se contenha por vezes, mas acho que entendeu perfeitamente o que se exige na interpretação destas obras, infelizmente tão pouco executadas. Talvez a versão que mais me empolgou foi a da dupla Argerich / Kremer, lá anos 80, uma gravação da DG que muito me marcou. Já foi postada por aqui, talvez o link ainda esteja ativo.

Reza a lenda que Schumann não gostou do resultado final desta sua Sonata, por isso mergulhou mais a fundo na Segunda Sonata. Mas para nossa sorte não destruiu a partitura, e a publicou, apesar dos pesares. Assim a Hyperion Records apresenta esse CD, recém saído dos fornos:

The partnership of Alina Ibragimova and Cédric Tiberghien needs no introduction to Hyperion collectors, having been responsible over the last sixteen years for authoritative readings of much of the major repertoire for violin and piano. February’s Record of the Month is their latest collaboration, bringing compelling accounts of the three Schumann Violin Sonatas—passionate, intense works inspired by the calibre of musicians with whom Schumann associated in the early 1850s. But however distinguished those early performances by Joseph Joachim and Clara Schumann may have been, it’s difficult to imagine they could have surpassed these: this is a duo which can always be relied upon to produce rather special results.

Uma análise mais detalhada pode ser encontrada aqui.  

Assim começamos o ano de 2025, espero que venham mais preciosidades como essa. Alina Ibragimova sempre foge do convencional, e não teme se arriscar, sua discografia é uma prova disso. E espero que continue assim. Personalidade e cumplicidade, isso é o distingue essa dupla.

Violin Sonata No 1 in A minor Op 105
1 Mit leidenschaftlichem Ausdruck
2 Allegretto
3 Lebhaft

Violin Sonata No 2 in D minor Op 121
4 Ziemlich langsam – Lebhaft
5 Sehr lebhaft
6 Leise, einfach
7 Bewegt

Violin Sonata No 3 in A minor WoO27
8 Ziemlich langsam – [Lebhaft]
9 Intermezzo: Bewegt, doch nicht zu schnell
10 Scherzo: Lebhaft
11 Finale: Markiertes, ziemlich lebhaftes Tempo

Alina Ibragimova – Violino
Cédric Thibergien – Piano

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.:interlúdio:. Pat Metheny Group: Travels

.:interlúdio:. Pat Metheny Group: Travels

O que torna um artista um artista diferenciado e único? Além de sua técnica, claro, creio que seja sua capacidade de se reinventar, não ter medo de mudar, característica típica dos grandes mestres, e poucos ousaram e se reinventaram como Pat Metheny, que com certeza está inserido no rol dos grandes guitarristas dos século XX e XXI. Produziu muito e não teve medo de se arriscar. Em determinado momento fomos surpreendidos pela ausência nos discos de seus velhos amigos Lyle Mays e Steve Rodby.  Mergulhou então de cabeça em novos projetos, com registros ao vivo com outros músicos espetaculares, ou discos solo acompanhado apenas por um violão.

Já há muito tempo pretendia postar essa obra prima do seu grupo, o Pat Metheny Group, “Travels”,  gravado ao vivo ali nos inícios dos anos 80, e que mostra a força e qualidade deste músico excepcional. Sua técnica é impressionante, independente se usa a clássica Guitarra Ibanez semiacústica ou a Casio sintetizada, dois instrumentos aos quais ele sempre se manteve fiel.

Não temo em dizer que Pat Metheny criou um novo gênero do jazz, sempre apoiado pela gravadora ECM, que desde o início o ajudou a moldar uma personalidade musical própria,  Suas composições sempre nos dão uma sensação de imensidão, de longas estradas, longos espaços. Seus solos sempre mostram um virtuosismo contido, mas presente. As notas não são aleatórias, estão sempre onde deveriam estar. Para resumir, é um músico completo.

Dentre seus parceiros neste disco maravilhoso estão o pianista e tecladista Lyle Mays, o baixista Steve Rodby, dois músicos com os quais gravou vários discos clássicos, que culminaram em uma obra prima intitulada “The Road to You”, que é, em minha modesta e inútil opinião, um dos melhores discos ao vivo já gravados. Além dessa dupla, temos o baterista Dan Gotlieb e o nosso imenso Naná Vasconcelos.

Espero que apreciem.

Pat Metheny Group – Travels

1 Are You Going With Me?
2 The Fields, The Sky
3 Goodbye
4 Phase Dance
5 Straight On Red
6 Farmer’s Trust
7 Extradition
8 Goin’ Ahead / As Falls Wichita, So Falls Wichita Falls
9 Travels
10 Song For Bilbao
11 San Lorenzo

Pat Metheny – Guitar, Guitar Synths
Lyle Mays – Piano, Keyboards
Steve Rodby – Bass
Dan Gotlieb – Drums
Nana Vasconcelos – Percussion, Voice

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FDP

.:interlúdio:. Pat Metheny Group: The Road to You

.:interlúdio:. Pat Metheny Group: The Road to You

Durante aproximadamente 10 anos fiz uma ponte rodoviária entre Florianópolis, onde estudava e morava com meus pais e irmãos, e a cidade onde vivia minha futura esposa, companheira, namorada. Eu estudava e trabalhava em Floripa e ela trabalhava na cidade cujo nome não vem ao caso, então eu embarcava ou na sexta feira de noite ou no sábado de manhã e voltava para a capital catarinense no domingo de noite. São estas situações que  fortalecem um relacionamento, e mostram o quão importante é a confiança entre o casal:  estamos juntos há trinta e um anos. Enfim, para matar o tédio da viagem, que durava em média entre duas horas e duas horas e meia, eu ouvia música. Comprei um cd player portátil da Sony, que me acompanhou até há poucos anos atrás, e ia ouvindo meus cds.

O disco que provavelmente eu mais ouvi nestas viagens foi essa pintura, essa obra prima do Pat Metheny Group, “The Road to You” que, conforme comentei em postagem anterior, considero um dos melhores discos ao vivo já gravados. E um dos mais bonitos. Impossível não se render à beleza das harmonias, à incrível complexidade dos solos de Metheny e de seus músicos, e à voz maravilhosa de Pedro Aznar, com vocalizações incríveis, que me arrepiam até hoje quando às ouço. E hoje, pensando neste título tão singular, vejo que inconscientemente eu absorvia aquele disco como a trilha sonora daquela viagem semanal, o objetivo de todo aquele ‘sofrimento’ de ida e volta era o reencontro com a mulher amada, a certeza de que ela estava me esperando. Como comentei essa rotina durou dez anos, até eu me mudar em definitivo para a cidade dela, onde vivo até hoje, e onde pretendo terminar meus dias, sempre ao seu lado.

Passados quase vinte anos daquela rotina, e às vésperas de completar 60 anos, ouvindo novamente esse álbum duplo depois de alguns anos, ainda encontro nele as mesmas sensações e as mesmas emoções. E continuo com a mesma opinião: com certeza é um dos melhores e mais belos discos ao vivo já lançados. Cada faixa é uma explosão de sentimentos, cada solo é uma busca da nota perfeita, nada sobra ou falta. Poucos são os músicos que atingem este nível de qualidade e talento.

Ao ouvi-lo hoje, talvez a única diferença seja o fato de que não preciso chegar ao final da viagem e daquela maratona sonora para encontrar a mulher amada: ela está a apenas uma parede de distância, se me virar a vejo. E sorrio.

Pat Metheny Group: The Road to You

01 – Have You Heard
02 – First Circle
03 – The Road To You
04 – Half Life Of Absolution
05 – Last Train Home
06 – Better Days Ahead
07 – Naked Moon
08 – Beat 70
09 – Letter From Home
10 – Third Wind
11 – Solo From More Travels

Pat Metheny – Guitars
Lyle Mays – Piano & Keyboards
Steve Rodby – Bass
Paul Wertico – Drums
Armando Marçal – Percussion
Pedro Aznar – Percussin, Acoustic Guitar, Percussion, Sax, Voice

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FDP

 

Saint-Saëns (1835-1921): Concerto para Violoncelo e Orq. & Suíte para Violoncelo e Orq. / Offenbach (1819-1880): Barcarolle & Introdução, Oração e Bolero Para Violoncelo e Orq. (Camille Thomas, Orchestre National de Lille, Alexandre Bloch)

Saint-Saëns (1835-1921): Concerto para Violoncelo e Orq. & Suíte para Violoncelo e Orq. / Offenbach (1819-1880): Barcarolle & Introdução, Oração e Bolero Para Violoncelo e Orq. (Camille Thomas, Orchestre National de Lille, Alexandre Bloch)

Existe na música de Camille Saint-Saëns alguma coisa que me cativa, que me encanta. Sejam nos seus concertos para Piano, para Violino ou para Violoncelo, ou até mesmo no ‘Carnaval dos Animais’, existe um elemento que pode passar desapercebido em um primeiro momento, mas no decorrer das audições ele vem se destacando. Eu poderia classificá-lo como etéreo, inalcançável, não é palpável, ele está presente e nos causa esta sensação de paz e de bem estar. Não sei se estou me fazendo entender, ou é apenas um pequeno voo de minha imaginação. Encontro este mesmo elemento em outros compositores franceses, como Fauré, Poulenc, ou Debussy.

Mesmo sendo considerado um compositor do romantismo francês Saint-Saëns meio que fugiu das amarras destas classificações. Abriu caminho para os mestres citados acima. Deu uma assinatura, ou melhor, uma personalidade para a música francesa. Ou pelo menos é assim que o sinto. Reconheço que venho fazendo uma imersão em sua obra, ouvindo novamente seus concertos, e sua Sinfonia nº3.

Dado este aviso, os senhores então não irão estranhar que minhas próximas postagens serão dedicadas a este compositor tão singular.

A segunda parte deste belíssimo CD da jovem violoncelista francesa Camille Thomas é dedicado a Jacques Offenbach, um compositor que pouco apareceu por aqui, nestes dezoito anos de blog. E a obra que abre esta segunda parte é uma versão muito delicada e sensível da “Barcarolle”, da ópera “Les Contes d’Hoffmann”, onde Thomas é acompanhada pelos músicos do “Essemble Double Sens”. ” Introduction, Prière et Bolero for Cello And Orchestra, op, 22, nos mostra o lado solista de Offenbach, que foi um grande violoncelista.

O livreto do CD traz um belo texto de Camille Thomas, sugiro sua leitura. Explica ali os motivos da escolha deste repertório para sua estréia no selo Deutsche Grammophon.

Espero que apreciem esse belo CD. É de uma grande beleza, ideal para se ouvir em momentos de calma e tranquilidade.

CAMILLE SAINT-SAËNS 1835–1921
CONCERTO FOR CELLO AND ORCHESTRA NO. 1 IN A MINOR OP. 33

A Allegro non troppo – Allegro molto – Tempo I –
B Allegretto con moto – Tempo I – Un peu moins vite – Più allegro (Tempo I) –
C Molto allegro
D “MON CŒUR S’OUVRE À TA VOIX” 5:51 from Samson et Dalila
Transcription for Cello and Orchestra Cantabile

SUITE FOR CELLO AND ORCHESTRA OP. 16B
E 1. Prélude. Moderato assai
F 2. Sérénade. Andantino
G 3. Gavotte. Allegro non troppo
H 4. Romance. Molto adagio
I 5. Tarantelle. Presto non troppo

JACQUES OFFENBACH 1819–1880
J BARCAROLLE from Les Contes d’Hoffmann (Act III)
Arrangement for Violin, Cello, Piano and String Ensemble: Aleksandar Sedlar

INTRODUCTION, PRIÈRE ET BOLÉRO FOR CELLO AND ORCHESTRA OP. 22
Revision: Jean-Christophe Keck

K Introduction. Andante maestoso – Prière
L Boléro. Allegro vivo
M LES LARMES DE JACQUELINE OP. 76/2 from Harmonies des bois

BONUS “JE SUIS BRÉSILIEN” from La Vie parisienne (Act I)
Arrangement for Tenor, Cello and Orchestra: Alessandro Bares

CAMILLE THOMAS cello
NEMANJA RADULOVIĆ violin [10]
ROLANDO VILLAZÓN tenor [Bonus Track]
ORCHESTRE NATIONAL DE LILLE Région Hauts-de-France
ALEXANDRE BLOCH conductor [1‑9, 11‑13, Bonus Track]
ENSEMBLE DOUBLE SENS [10]

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FDPBach

Antonio Vivaldi (1678-1741): Intro, RV 636 / Dixit Dominus, RV 594 / Magnificat, RV 611 / Beatus Vir, RV 598 (Negri)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Intro, RV 636 / Dixit Dominus, RV 594 / Magnificat, RV 611 / Beatus Vir, RV 598 (Negri)

Desejando a todos um excelente Domingo de Páscoa, FDP Bach traz mais uma primorosa gravação de da música sacra de Vivaldi com Victorio Negri. É música para se meditar, para se refletir, mesmo sendo um agnóstico, enfim, para ficar em paz consigo mesmo.

As excepcionais solistas Margareth Marshall, Felicity Lott e Ann Murray trazem um brilho extra a esta gravação, apesar de considerar o John Alldis Choir a grande estrela destas gravações.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Intro, RV 636 / Dixit Dominus, RV 594 / Magnificat, RV 611 / Beatus Vir, RV 598 (Negri)

Introduzione Al Dixit, RV 636
1 Allegro: Canta In Prato 4:34
2 Recitativo: Sacra Fulgescit Nobis 0:49
3 Allegro: Avenae Restrictae Sinceri 0:52

Dixit Dominus, RV 594
4 Allegro: Dixit Dominus 2:24
5 Largo: Donec Ponam 5:13
6 Allegro: Virgam Virtutis Tuae 2:57
7 Andante: Tecum Principium 4:03
8 Adagio – Allegro: Juravit 2:47
9 Allegro: Dominus A Dextris Tuis 1:58
10 Largo – Allegro Molto: Judicabit 3:20
11 Andante: De Torrente 3:34
12 Allegro: Gloria Patri 1:29
13 Allegro: Sicut Erat 2:42

Magnificat, RV 611
14 Adagio: Magnificat 1:38
15 Allegro: Et Exultavit 2:13
16 Andante Molto: Quia Respexit 3:28
17 Andante: Quia Fecit 2:21
18 Andante Molto: Et Misericordia 3:01
19 Presto: Fecit Potentiam 0:31
20 Allegro: Deposuit Potentes 0:58
21 Allegro: Esurientes 2:23
22 Largo – Allegro – Adagio: Suscepit Israel 1:01
23 Andante: Sicut Locutus Est 2:52
24 Largo – Andante – Allegro: Gloria Patri 2:07

25 Beatus Vir, RV 598 7:51

Margareth Marshall, Felicity Lott, Sally Burgess – Sopranos
Susan Daniel, Ann Murray – Mezzo-Sopranos
Linda Finni, Anne Collins – Contraltos
Anthony Rolph-Johnson – Tenor
Robert Holll – Bass

John Alldis Choir
English Chamber Orchestra
Vittorio Negri

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FDP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Lauda Jerusalem, RV 609 / Introduzione al Gloria, RV 642 / Gloria, RV 589 / Laudate Pueri, RV 602, Laudate Dominum, RV 606 (Negri)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Lauda Jerusalem, RV 609 / Introduzione al Gloria, RV 642 / Gloria, RV 589 / Laudate Pueri, RV 602,  Laudate Dominum, RV 606 (Negri)

Caro PQP, creio que ninguém tenha reclamado do seu recente barroquismo simplesmente porque todos adoram o barroco. Por isso, voltarei ao barroco, e novamente com Vivaldi. Além disso, temos o aniversário de nosso pai, no próximo dia 21, portanto, mais um festival barroco. Esse cd que estou postando faz parte de uma caixa da Philips intitulada “Vivaldi – Sacred Choral Music”, e vem bem ao encontro com a Semana Santa. Pretendo postar alguns volumes da série até o domingo de Páscoa.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Lauda Jerusalem, RV 609 / Introduzione al Gloria, RV 642 / Gloria, RV 589 / Laudate Pueri, RV 602, Laudate Dominum, RV 606 (Negri)

Choral Music
1-1 Lauda Jerusalem RV609 (Psalm 147) 8:02

Introduzione Al Gloria RV642
1-2 1.Ostro Picta (Allegro) 3:07
1-3 2.Sic Transit Vana (Recitativo) 1:09
1-4 3.Linguis Favete (Allegro) 3:09

Gloria In D RV589
1-5 1.Gloria In Excelsis (Allegro) 2:12
1-6 2.Et In Terra Pax (Andante) 5:06
1-7 3.Laudamus Te (Allegro) 2:26
1-8 4.Gratias Agimus Tibi (Adagio-Allegro) 1:34
1-9 5.Domine Deus, Rex Coelestis (Largo) 4:16
1-10 6.Domine Fili (Allegro) 2:08
1-11 7.Domine Deus, Agnus Dei (Adagio) 4:56
1-12 8.Qui Tollis (Adagio-Allegro) 1:02
1-13 9.Qui sedes (Allegro) 2:27
1-14 10.Quoniam (Allegro) 0:46
1-15 11.Cum Sancto Spiritu (Allegro) 2:58

Laudate Pueri RV602 (Psalm 112)
1-16 1.Laudate Pueri (Allegro) 2:41
1-17 2.A Solis Ortu (Allegro) 2:21
1-18 3.Excelsus Super Omnes (Andante) 1:08
1-19 4.Quis Sicut Dominus (Andante) 3:05
1-20 5.Sit Nomen Domini (Allegro) 0:29
1-21 6.Suscitans (Allegro) 1:35
1-22 7.Ut Collocet (Allegro Molto) 1:18
1-23 8.Sit Nomen Domini (Allegro) 0:03
1-24 9.Gloria Patri (Andante) 2:57
1-25 10.Sicut Erat (Allegro) 1:45

1-26 Laudate Dominum RV606 2:04

Margareth Marshall, Felicity Lott – Sopranos
Ann Murray – Mezzo-Soprano
Birgit Finnila – Contralto
John Alldis Choir
English Chamber Orchestra
Vittorio Negri – Direction

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FDP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Piano Sonatas – CDs, 6, 7 e 8 de 8 (Ronald Brautigam)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Piano Sonatas – CDs, 6, 7 e 8 de 8 (Ronald Brautigam)

Muito bem, depois de um pequeno período de férias, no qual deixei o PQPBach matar saudades dos senhores, e vice-versa, estou trazendo os três últimos cds desta ótima coleção das sonatas para piano de Beethoven. E aqui só tem petardo, começando com a “Waldstein”, passando pela “Appassionata”, e “Hammerklavier”, entre outras obras primas do repertório. São obras consolidadas, definitivas. Não precisam de apresentação, verdadeiros tour-de-force para os intérpretes. E Brautigam é um senhor pianista,com certeza um dos grandes nomes do instrumento neste novo século, e todas suas recentes gravações são de primeira linha, sem dúvidas.

Pois bem, então concluo mais uma integral. Espero que tenham gostado e vamos em frente porque atrás vem gente e quem fica parado é poste.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Piano Sonatas – CDs, 6, 7 e 8 de 8 (Ronald Brautigam)

CD 6

01 – Sonate Nr.21 C-Dur ‘Waldstein,’ Op.53 – Allegro Con Brio
02 – Sonate Nr.21 C-Dur ‘Waldstein,’ Op.53 – Adagio Molto — Attacca Subito Il Rondo
03 – Sonate Nr.21 C-Dur ‘Waldstein,’ Op.53 – Allegretto Moderato – Prestissimo

04 – Sonate Nr.22 F-Dur, Op.54 – In Tempo D’un Menuetto
05 – Sonate Nr.22 F-Dur, Op.54 – Allegretto — Più Allegro

06 – Sonate Nr.23 F-Moll ‘Appassionata’, Op.57 – Allegro Assai
07 – Sonate Nr.23 F-Moll ‘Appassionata’, Op.57 – Andante Con Moto – Attacca l’Allegro
08 – Sonate Nr.23 F-Moll ‘Appassionata’, Op.57 – Allegro Ma Non Troppo – Presto

09 – Sonate Nr.24 F#-Dur, Op.78 – Adagio Cantabile – Allegro Ma Non Troppo
10 – Sonate Nr.24 F#-Dur, Op.78 – Allegro Vivace

11 – Sonate Nr.25 G-Dur, Op.79 – Presto Alla Tedesca
12 – Sonate Nr.25 G-Dur, Op.79 – Andante
13 – Sonate Nr.25 G-Dur, Op.79 – Vivace

CD 7

01 – Sonata No.26 in E flat major, Op. 81a ‘Das Lebewohl’ – Das Lebewohl
02 – Sonata No.26 in E flat major, Op. 81a ‘Das Lebewohl’ – Abwesenheit
03 – Sonata No.26 in E flat major, Op. 81a ‘Das Lebewohl’ – Das Wiedersehen

04 – Sonata No.27 in E minor Op. 90 – Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung
05 – Sonata No.27 in E minor Op. 90 – Nicht zu geschwind  und sehr singbahr vorgetragen

06 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Allegro
07 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Scherzo. Assai vivace
08 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Adagio sostenuto (Appassionato e con molto sentimento)
09 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Largo – Allegro risoluto – Fuga a tre voci, con alcune licenze

CD 8

01 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Etwas lebhaft
02 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Lebhaft. Marschmassig
03 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Langsam und sehnsuchtsvoll
04 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Geschwinde

05 – Sonata No.30 in E major, Op. 109 – Vivace
06 – Sonata No.30 in E major, Op. 109 – Prestissimo
07 – Sonata No.30 in E major, Op. 109 – Gesangvoll

08 – Sonata No.31 in A flat major, Op. 110 – Moderato cantabile
09 – Sonata No.31 in A flat major, Op. 110 – Allegro molto
10 – Sonata No.31 in A flat major, Op. 110 – Adagio ma non troppo – Fuga

11 – Sonata No.32 in c minor, Op. 111 – Maestoso
12 – Sonata No.32 in c minor, Op. 111 – Arietta

Ronald Brautigam – Piano

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FDP

Johann Nepomuk Hummel (1178-1837) – Sinfonias de Mozart de nº 35 a 41 em arranjo para Quarteto com Piano, Flauta, Violino e Violoncelo

É difícil para quem conhece estas obras há quase uma vida, em gravações históricas, com orquestras com diversos músicos, em gravações historicamente informadas ou não, enfim, é difícil absorver estas gravações destes arranjos das Sinfonias de Mozart para um quarteto formado por uma Flauta, um Piano, um Violino e um Violoncelo. Tudo bem que os arranjos foram feitos por Hummel, aluno e amigo de Mozart, e um dos grandes nomes do classicismo. Mesmo com todo o esforço e competência do ótimo quarteto de músicos reunidos para este projeto, fica a sensação de que falta alguma coisa. Ou não, dependendo do que se for esperar.

Como comentei acima, Hummel foi aluno de Mozart, este já um compositor estabelecido, entrando na fase final de sua vida, enquanto que o aluno ainda era uma criança. Mas se tratava de uma criança bem dotada, que foi um compositor interessante, com muitas obras publicadas, além de exímio pianista, e que acompanhou o mestre na fase de criação de obras primas como das óperas “Don Giovanni” e “Bodas de Fígaro”.

Trago dois CDs para os senhores. No primeiro teremos as Sinfonias de nº 35, 36 e a maior de todas, de nº 41. Deve ter sido uma tarefa difícil para Hummel fazer estes arranjos, afinal a riqueza da orquestração, adaptar os diferentes timbres para apenas quatro instrumentos, enfim, deve ter sido uma tarefa quase ingrata, mas podemos sentir nestes arranjos o amor e o respeito que ele sentia pela obra de Mozart. E ele encarou esta empreitada já na década de 1820, quando ainda era Kappelmeister em Weimar, já entrando nos últimos anos de sua vida, como comentei acima, era um compositor respeitado.

As três sinfonias favoritas de muita gente estão no segundo CD, as de nº 38, 39 e 40, a mais bela de todas, em minha humilde e inútil opinião. Lembro que ainda na adolescência ouvi esta de nº 40 em um belíssimo LP com o Karl Böhm, com a Orquestra Filarmônica de Viena (já postado por aqui). Foi paixão na primeira audição. Eu ainda era um adolescente aprendendo o básico da vida, e aquela música me deixou sem ação. É este o impacto que a música de Mozart provoca em nós em um primeiro momento: nos deixa sem direção, sem rumo.

Para alguns puristas, pode soar blasfêmia transformar estas obras primas orquestrais em um mero Quarteto com Flauta. Não sei, acho que a música de Mozart é tão intensa e perfeita que sempre vai soar bem de qualquer forma. Tirando o estranhamento inicial, as mudanças nos ritmos, a falta da massa orquestral, acabamos por nos acostumar, e de repente, aí está a genialidade mozartiana em todo o seu esplendor. Vale a pena conferir.

Symphony No. 36 in C major, ‘Linz’, K. 425
1 Adagio – Allegro spiritoso
2 Poco adagio
3 Menuetto
4 Presto
Symphony No. 35 in D major, ‘Haffner’, K. 385
5 Allegro con spirito
6 Andante
7 Menuetto
8 Presto
Symphony No. 41 in C major, ‘Jupiter’, K. 551
9 Allegro vivace
10 Andante cantabile
11 Menuetto: Allegretto
12 Molto allegro

Symphony No. 38 in D major, ‘Prague’, K. 504 (AE 546)
1 Adagio – Allegro
2 Andante
3 Presto
Symphony No. 40 in G minor,K. 550 (AE 547)
4 Allegro molto
5 Andante
6 Minuetto: Allegro
7 Finale: Allegro assai 4
Symphony No. 39 in E flat major, K. 543 (AE 548)
8 Adagio – Allegro
9 Andante
10 Minuetto: Allegretto
11 Finale: Allegro

Uwe Grodd – Flute
Friedemann Eichhorn – Violin
Martin Rummel – Cello
Roland Krüger – Piano

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Georg Phillipp Telemann (1681-1767): A Christmas Oratorio (Reinische Kantorei, Das Kleine Konzert, Hermann Max)

O texto abaixo tirei de um site alemão que comercializa CDs. Resume bem esse belíssimo CD do selo alemão CPO, sempre uma garantia de qualidade:

“Georg Philipp Telemann deixou para a posteridade uma obra de variedade e quantidade quase desconcertantes: A música de câmara vocal e instrumental, os concertos e as suítes orquestrais, os oratórios e as óperas amontoam-se para formar uma montanha que levará certamente gerações a analisar completamente. Só o número das suas cantatas de igreja (que sobreviveram) ronda os quatro dígitos, e é necessária uma determinação extraordinária para reunir um pasticcio significativo a partir desta superabundância, como Hermann Max fez para a presente produção: O diretor do Rheinische Kantorei e do Kleines Konzert trouxe à luz do dia cinco cantatas do período de Telemann em Hamburgo e Frankfurt que não tinham sido gravadas nem impressas até à data e combinou-as num “Oratório de Natal” que cobre a época festiva desde o nascimento de Jesus até à Epifania – uma hipótese, é certo, mas que pode extrair as mais belas justificações tanto das convenções históricas como dos seus resultados sonoros. As redescobertas musicais são as mais genuínas de Telemann, como revela a posição consistentemente operática das cantatas individuais e do oratório delas derivado: Recitativos dramáticos, cenas de diálogo e árias, bem como os coros, que não se limitam ao seu papel reflexivo, dão origem a um evento animado que outrora transformava o espaço da igreja num palco sublime no qual o inacreditável se transformava em fé.”

Nosso Grão – Mestre PQPBach intimou seus colaboradores a preparar material para a postagem de Natal, a Postagem do Natal em que o PQPBach completa sua maioridade. Não precisei procurar muito em meu acervo para encontrar essa maravilha de CD, um primor de execução e qualidade de gravação, tão característicos do selo CPO. Como conta o texto acima, o trabalho de arqueologia musical que Hermann Max fez nos brinda com cinco belíssimas cantatas que Telemann compôs, com temática natalina. Sim, algumas árias até tem um tom operístico, mas em se tratando de Telemann, nada mais nos surpreende.

Garanto para os senhores que o que ouvirão aqui é puro deleite musical, independente de suas crenças religiosas.

Desejo a todos um Feliz Natal e um 2025 cheio de realizações.

Siehe, ich verkündige euch große Freude TVWV 1:1333 (Kantate zum Ersten Weihnachtstag)
1  Arie: Siehe! Ich verkündige euch große Freude
2 Arie: Ihr Hirten, denket nicht
3 Choral: Dies hat er alles uns getan
Choral: Dies hat er alles uns getan
4 Rezitativ: O teuer wertes Wort des Lebens
5 Choral: Also hat Gott die Welt geliebt
6 Arie: Uns von allem Bösen zu erlösen
7 Chor: Gelobet sei der Herr
8 Choral: Drum, frommer Christ

Tönet die Freude, belebte Trompeten TVWV 1:1410 (Kantate zum Zweiten Weihnachtstag)

9 Arie: Tönet die Freude
10 Choral: Zwingt die Saiten in Cithara
11 Rezitativ: Ich hebe mich auf deiner Gnade Flügel
12 Chor: Amen! Lob und Ehre
13 Choral: Seligstes Wesen
14 Rezitativ: O schöne Nacht
15 Chor: Wir beben, Gott Jakobs
16 Rezitativ: Bote Gottes!
17 Arie: Tiefen ewig großer Milde
18 Choral: Heut hat der Herr den Jammerstand
19 Rezitativ: Messias kömmt
20 Choral: Herr, sei gebenedeit

Darzu ist erschienen die Liebe Gottes TVWV 1:166 (Kantate zum Dritten Weihnachtstag)

21 Arie: Darzu ist erschienen die Liebe Gottes
22: Rezitativ: Gott, deine Liebe ist ein Abgrund ohne Grund
23 Arie: Zion lobt dich in der Stille
24 Rezitativ: Wenn nach der Nacht der Glanz der Sonne wieder lacht
25 Duett: Wir sind frei von Kett und Banden
26 Rezitativ: Ja, ja, gelobet sei des Höchsten Name
27 Choral: Lob, Ehr und Dank sei dir gesungen

Wünschet Jerusalem Glück TVWV 1:1726 (Kantate zu Neujahr)
28 Chor: Wünschet Jerusalem Glück
29 Rezitativ: Das neue Jahr schenkt uns die ersten Blicke
30 Arie: Glück und Friede
31 Rezitativ: Ein einzig Wort
32 Arie: In Jesu Namen
33 Choral: Zu danken und zu loben dich

Ihr Völker, bringet her dem Herrn TVWV 1:1919 (Kantate zu Epiphanias)
34 Chor: Ihr Völker, bringet her dem Herrn
35 Rezitativ: Ich Armer, ach!
36 Arioso: Opfere Gott Dank
37 Rezitativ: Auf, auf, mein Herz
38 Arie: Auf, auf, mein Herz
39 Rezitativ: So lang ich’s noch in meinem Leibe trage
40 Choral: Du willst ein Opfer haben

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Johannes Brahms (1833-1897): Concertos para Piano e Orquestra (Gilels, Jochum, BPO)

Johannes Brahms (1833-1897): Concertos para Piano e Orquestra (Gilels, Jochum, BPO)

Envolvido com outras questões, como os 200 anos de nascimento de Wagner, e,  principalmente, com os problemas que estou tendo com minha operadora de telefonia, esqueci que um dos compositores favoritos do blog, Johannes Brahms, completaria hoje 180 anos de idade. Sim, o bom e velho Johannes está de aniversário.

O filósofo alemão Ernst Bloch, em sua obra “O Espírito da Utopia” faz a seguinte observação sobre a música de Brahms:

“Ele tem colorido: seu som orquestral tem sido comparado, não desfavoravelmente, á terra das urzes do norte da Alemanha, que de longe aparece como uma larga,monótona extensão, mas cujas cinzas, quando penetramos, subitamente se dissolvem numa miríade de pequeninas flores e partículas de cor”.

Malcolm McDonald, em sua excelente biografia de Brahms, de onde também tirei esta citação de Bloch, obrigatória para os apaixonados pela obra do compositor, assim inicia o prefácio dessa biografia:

“Brahms tinha uma forte consciência da importância de sua música, mas era menos seguro quanto a vir esta a ser entendida pela posteridade. Nos seus momentos de mais melancolia predisse que se tornaria um “mestre desprezado” e suas obras apenas um privilégio de especialistas, com as de Cherubini, que tanto admirava. Ficaria surpreso, e até um tanto constrangido, ao saber que desde sua morte nada chegou de fato a prejudicar o seu prestígio popular como um dos mestres supremos da música européia. Algumas obras podem ser menos ou mais queridas, mas de um modo geral em suas composições se mantém comodamente na principal vertente dos gêneros que ele mais enriqueceu: orquestral, de câmara, para piano, canções. (…).”

Em diversos momentos aqui no PQPBach demonstramos nossa afeição por esse gênio da música ocidental. A homenagem que ora faço, mesmo modesta, é de coração.Todos os que acompanham o blog há algum tempo sabem a admiração que tenho pelos concertos para piano do compositor, considero inclusive o segundo como o principal e melhor concerto já composto para o instrumento. E para prestar esta homenagem, resolvi trazer uma das melhores gravações que possuo, a que Emil Gilels realizou para a Deutsche Grammophon, acompanhado por Eugen Jochum, que rege a Filarmônica de Berlim. Definitivamente, trata-se de uma batalha de gigantes, onde não existem vencedores ou vencidos, apenas nós, meros e mortais ouvintes, que ficamos embevecidos com tamanha precisão, concisão e genialidade demonstradas por todas as partes envolvidas.

Sugiro também a leitura do blog de Milton Ribeiro, que ainda agora pouco, postou um belo texto em homenagem à data: https://miltonribeiro.ars.blog.br/2013/05/07/e-johannes-brahms-faz-180-anos/.

Uma boa audição.

Johannes Brahms (1833-1897): Concertos para Piano e Orquestra (Gilels, Jochum, BPO)

CD 1

01 Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15- Maestoso
02 Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15- Adagio
03 Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15- Rondo

CD 2

01 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Allegro non troppo
02 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Allegro appassionato
03 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Andante
04 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Allegretto grazioso

05 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 1 ‘Capricio’ in A minor
06 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 2 ‘Intermezzo’ in A minor
07 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 3 ‘Capriccio’ in G minor
08 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 4 ‘Intermezzo’ in E major
09 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 5 ‘Intermezzo’ in E minor
10 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 6 ‘Intermezzo’ in E major
11 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 7 ‘Capriccio’ in D minor

Emil Gilels – Piano
Berliner Philharmoniker
Eugen Jochum – Conductor

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Brahms peidando

FDP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Bach Restored – Combattimento

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Bach Restored – Combattimento

O excelente conjunto holandês ‘Combattimento’ fez um incrível trabalho de arqueologia musical aqui neste CD, reconstruindo quatro Concertos de Bach e uma Partita. O texto abaixo foi retirado do site da gravadora, a Etcetera :

This CD contains five new reconstructions of lost works by Bach, known only through later arrangements by the master himself. They were all made by Pieter Dirksen, Combattimento’s harpsichordist and renowned Bach researcher. Central here are the two Concertos for three harpsichords and strings BWV 1063 and 1064, which are in fact very difficult to realize convincingly in their surviving form. These monumental compositions appear here in a considerably reduced scorings – BWV 1063r for two violins, strings and continuo, BWV 1064r for three violins, two violas and continuo – which brings out the beauty of Bach’s music in a convincing way. The collection also includes the well-known Violin Concerto in G minor BWV 1056r (albeit with a completely “new” middle movement reconstructed on the basis of a 7-bar fragment), the Partita for lute or harpsichord BWV 997 in its alleged original form for violin and lute, and a reconstruction of Bach’s “little” Harpsichord Concerto in D minor BWV 1059r. 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Bach Restored – Combattimento

É um trabalho realizado com muita dedicação e paixão pela obra de Bach, feito por gente que vive e respira a obra de Johann Sebastian vinte e quatro horas por dia. Vale e muito a pena conhecer.

1. Concerto for two violins in D minor, BWV 1063r: I. Allegro
2. Concerto for two violins in D minor, BWV 1063r: II. Alla Siciliana
3. Concerto for two violins in D minor, BWV 1063r: III. Allegro
4. Concerto for violin in G minor, BWV 1056r: I. Allegro
5. Concerto for violin in G minor, BWV 1056r: II. Largo
6. Concerto for violin in G minor, BWV 1056r: III. Presto
7. Concerto for three violins in D major, BWV 1064r: I. Allegro
8. Concerto for three violins in D major, BWV 1064r: II. Adagio
9. Concerto for three violins in D major, BWV 1064r: III. Allegro
10. Partita for violin and lute in G minor, BWV 997r: I. Preludio
11. Partita for violin and lute in G minor, BWV 997r: II. Fuga
12. Partita for violin and lute in G minor, BWV 997r: III. Sarabande
13. Partita for violin and lute in G minor, BWV 997r: IV. Gigue
14. Partita for violin and lute in G minor, BWV 997r: V. Double
15. Concerto for harpsichord in D minor, BWV 1059r: I. Allegro
16. Concerto for harpsichord in D minor, BWV 1059r: II. Adagio
17. Concerto for harpsichord in D minor, BWV 1059r: III. Presto

Combattimento

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FDP

Carl Phillip Emanuel Bach (1714-1788): Concerto Duplo para Cravo, Pianoforte e Orquestra, Sonatina para 2 Cravos e Orquestra, Concerto Duplo para 2 Cravos e Orquestra (Leonhardt, Immerseel, Curtis, Kelley, Collegium Aureum)

Carl Phillip Emanuel Bach (1714-1788): Concerto Duplo para Cravo, Pianoforte e Orquestra, Sonatina para 2 Cravos e Orquestra, Concerto Duplo para 2 Cravos e Orquestra (Leonhardt, Immerseel, Curtis, Kelley, Collegium Aureum)

O conjunto Collegium Aureum foi fundado em 1962 na Alemanha, e sua especialidade é a música barroca tocada em instrumentos e informação de época. Vou trazer nas próximas postagens, algumas pérolas que este extraordinário conjunto gravou em seus cinquenta e três anos de existência. Nesta primeira postagem, temos dois concertos duplos de C.P.E. Bach, o filho mais talentoso do nosso mentor Johann Sebastian. A formação é um tanto quanto exótica, mas serve para melhor compreendermos o processo de transição entre e o barroco e o classicismo, e a ascensão do pianoforte enquanto instrumento solista. E só tem fera nessas gravações, gente que respira música barroca já há décadas, como Gustav Leonhardt, Alan Curtis e Jos van Immerseel.

Carl Phillip Emanuel Bach (1714-1788): Concerto Duplo para Cravo, Pianoforte e Orquestra, Sonatina para 2 Cravos e Orquestra, Concerto Duplo para 2 Cravos e Orquestra (Leonhardt, Immerseel, Curtis, Kelley, Collegium Aureum)

Doppelkonzert fur Cembalo, Fortepiano und Orchester Es-dur Wq.47 –

1.1 Allegro di molto
2.2 Larghetto
3.3 Presto

Eric Lynn Kelley – Harpsichord
Jos van Immerseel – Fortepiano

Sonatine fur 2 Cembali und Orchester D-dur Wq.109

4 Presto – Tempo di Minuetto

Eric Lynn Kelley – Harpsichord

Doppelkonzert fur 2 Cembali, Fortepiano und Orchester F-dur Wq. 46

5.1 Allegro
6.2 Largo
7.3 Allegro assai

Alan Curtis – Fortepiano
Gustav Leonhardt – Harpsichord
Collegium Aureum

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A lição de música (Vermeer)

FDP

 

Antonio Vivaldi (1678-1741): Gloria, RV 589, Sinfonia al Santo Sepolcro, RV 169, Laetatus Sum (Psalm 122), RV 607, Magnificat, RV 610b, Laudate Dominum omnes gentes (Psalm 117), RV 606, Sonata à 4 al Santo Sepolcro, RV 130, In Exitu Israel (Psalm 114). RV 604 (Parrott)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Gloria, RV 589, Sinfonia al Santo Sepolcro, RV 169, Laetatus Sum (Psalm 122), RV 607, Magnificat, RV 610b, Laudate Dominum omnes gentes (Psalm 117), RV 606, Sonata à 4 al Santo Sepolcro, RV 130, In Exitu Israel (Psalm 114). RV 604 (Parrott)

Retorno às postagens de música sacra com um ousado projeto de Andrew Parrott e seu Taverner Consort and Players. Ousado pelo fato de Parrott só ter escolhido vozes femininas para seu coral, além das solistas.

Vivaldi was well known as, among other things, the music director of the famous all-girl orchestra of the Ospedale della Pietà orphanage in Venice, for which he wrote many of his most famous sacred works, including the Gloria. Andrew Parrott is the first to try recording these works with an all-female cast (well, singers, anyway). He handles the published SATB scoring by simply transposing the tenor and bass parts up an octave–the resulting chords are occasionally surprising but always persuasive. The Magnificat and the short Psalm settings are less familiar but equally convincing. Parrott includes some beautifully sung plainchant; the Taverner Players make the Sonatas (is “sublime” too strong a word for Vivaldi?) exquisite. –Matthew Westphal

Andrew Parrott é um grande especialista no repertório vocal barroco, e esta sua versão para esta obra tão conhecida de Vivaldi se utilizando apenas de coral feminino mostra que ele não teme experimentar, e o cd chega a ter momentos realmente magníficos. Espero que apreciem como eu apreciei e ainda aprecio.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Gloria, RV 589, Sinfonia al Santo Sepolcro, RV 169, Laetatus Sum (Psalm 122), RV 607, Magnificat, RV 610b, Laudate Dominum omnes gentes (Psalm 117), RV 606, Sonata à 4 al Santo Sepolcro, RV 130, In Exitu Israel (Psalm 114). RV 604 (Parrott)

1 Kyrie `cum Jubilo` (Canto Gregoriano) 1:43

2 Gloria RV 589, I. Gloria In Excelsis Deo 2:28
3 Gloria RV 589, II. Et In Terra Pax 4:47
4 Gloria RV 589, III. Laudamus Te 2:33
5 Gloria RV 589, IV. Gratias Agimus Tibi 0:28
6 Gloria RV 589, V. Propter Magnam Gloriam Tuam 0:55
7 Gloria RV 589, VI. Domine Deus 3:24
8 Gloria RV 589, VII. Domine Fili unigente 2:18
9 Gloria RV 589, VIII. Dominus Deus, Agnus Dei 4:39
10 Gloria RV 589, IX. Qui Tollis Peccata Mundi 1:11
11 Gloria RV 589, X. Qui Sedes Ad Dexteram Patris 2:30
12 Gloria RV 589, XI. Quoniam Tu Solus Sanctus 0:51
13 Gloria RV 589, XII. Cum Sancto Spiritu 3:04

14 Sinfonia `Al Santo Sepolcro` RV 169 3:51

15 Laetatus Sum RV 607 (Psalm 121) 3:36

16 Hymnus, Ave Maria Stella (Canto Gregoriano) 3:26

17 Magnificat RV 610b, I. Magnificat Anima Mea 1:01
18 Magnificat RV 610b, II. Et Exultavit 2:15
19 Magnificat RV 610b, III. Et Misericordia 3:23
20 Magnificat RV 610b, IV. Fecit Potentiam 1:18
21 Magnificat RV 610b, V. Esurientes Implevit Bonis 1:33
22 Magnificat RV 610b, VI. Suscepit Israel 0:41
23 Magnificat RV 610b, VII. Sicut Locutus Est 1:21
24 Magnificat RV 610b, VIII. Gloria Patri 1:53

25 Antiphona, Salve Regina (Canto Gregoriano) 2:59

26 Laudate Dominum Omnes Gentes RV 606 (Psalm 116) 1:52

27 Sonata ‘Al Santo Sepolcro’ RV 130 3:47

28 In Exitu Israel RV 604 (Psalm 113) 3:52

Composed By – Antonio Vivaldi
Contralto Vocals – Margaret Cable
Mezzo-soprano Vocals – Alison Place, Catherine King
Soprano Vocals – Emily Van Evera, Nancy Argenta
Taverner Consort and Players
Andrew Parrott – Conductor

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Bernini fez o divino orgasmo chegar à escultura da Beata Ludovica Albertoni

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Debussy – Images – Saskia Giorgini

O novo CD da pianista italiana Saskia Giorgini me caiu em mãos em junho, ou seja, e aguardou uns dois meses e meio para ser ouvido, pacientemente. E que grande achado que fiz. Na profusão de novos títulos que nos são apresentados quase que diariamente fica difícil de escolher. Fã que sou do selo Pentatone, não hesitei em adquirir o CD, tendo a certeza de que por trás de uma gravadora de qualidade teremos grandes músicos.

Poucos foram os discos que me impactaram tanto já na primeira audição, foi uma grande uma surpresa ouvir este CD que ora vos trago. Um comentarista da internet destacou a alegria incontida da interpretação, e concordo com o comentário, conseguimos ouvir um Debussy limpo, sem vícios, delicioso de se ouvir.

Espero que logo tenhamos a possibilidade de ouvir Saskia Giorgini tocando o indefectível ‘Clair de Lune’, da ‘Suite Bergamasque’ , provavelmente será um deleite para os ouvidos. Ela encara com incrível maturidade e naturalidade um repertório de dificílima execução, aliando sua extrema sensibilidade à uma técnica perfeita. O resultado é um álbum que flui, quase que sem obstáculos.

Enfim, sangue novo em um repertório muito conhecido e explorado, porém ainda cheio de possibilidades, como toda obra de arte que podemos chamar de Clássico. Saskia Giorgini consegue nos apresentar um Debussy de altíssimo nível, e como comentei acima, aguardo ansioso suas próximas gravações.

01. Tarantelle styrienne, L. 69
02. Deux Arabesques, L. 66 No. 1, Andantino con moto
03. Deux Arabesques, L. 66 No. 2, Allegretto scherzando
04. Nocturne in D-Flat Major, L. 82
05. Pour le Piano, L. 59 I. Prélude
06. Pour le Piano, L. 59 II. Sarabande
07. Pour le Piano, L. 59 III. Toccata
08. Estampes, L. 100 I. Pagodes
09. Estampes, L. 100 II. Soirée dans Grenade
10. Estampes, L. 100 III. Jardin sous la Pluie
11. Images, Première serie, L. 110 No. 1, Reflets dans l’eau
12. Images, Première serie, L. 110 No. 2, Hommage à Rameau
13. Images, Première serie, L. 110 No. 3, Mouvement
14. Images, Deuxième série, L. 111 No. 1, Cloches à travers les feuilles
15. Images, Deuxième série, L. 111 No. 2, Et la lune descend sur le temple qui fut
16. Images, Deuxième série, L. 111 No. 3, Poissons d’or
17. L’Isle joyeuse, L. 106 L’isle joyeuse, L. 106

Saskia Giorgini – Piano

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Richard Strauss (1864-1949): Don Quixote, Romanze for Cello & Orchestra, Two Songs (Neeme Järvi, R. Wallfisch, Lott)

Richard Strauss (1864-1949): Don Quixote, Romanze for Cello & Orchestra, Two Songs (Neeme Järvi, R. Wallfisch, Lott)

Mais uma postagem com Järvi regendo Strauss. Desta vez, o que temos é o belo Don Quixote, minha obra favorita do compositor. Já ouvi esta obra com Antonio Meneses, Yo-Yo Ma, Fournier, Rostropovich, todas interpretações excelentes, mas resolvi mudar um pouco e trazer uma versão pouco conhecida, mas que tem suas qualidades. Estou bem satisfeito com os números do download destas obras de Strauss com o Järvi. Outra hora trago uma outra gravação. Uma curiosidade: neste CD temos a primeira gravação do “Romanze for Cello & Orchestra”, ou seja, até então, uma obra inédita.

Ah, sim, declaro encerrado meu exílio. A correria chegou ao fim. Tentarei, na medida do possível, colaborar com mais frequência com o blog.

Richard Strauss (1864-1949): Don Quixote, Romanze for Cello & Orchestra, Two Songs (Neeme Järvi, R. Wallfisch, Lott)

01 – Don Quixote. Introduction
02 – Don Quixote. Variation I – Das Abenteuer mit den Windmühlen
03 – Don Quixote. Variation II – Der Kampf gegen die Hammelherde
04 – Don Quixote. Variation III – Gespräche zwischen Ritter und Knappe
05 – Don Quixote. Variation IV – Das Abenteuer mit der Prozession von Büßern
06 – Don Quixote. Variation V – Don Quixotes Wacht in der Sommernacht
07 – Don Quixote. Variation VI – Die verzauberte Dulzinea
08 – Don Quixote. Variation VII – Die Ritt durch die Luft
09 – Don Quixote. Variation VIII – Die Fahrt auf dem verzauberten Nachen
10 – Don Quixote. Variation IX – Der Kampf gegen die vermeintlichen Zauberer
11 – Don Quixote. Variation X – Zweikampf mit dem Ritter vom blanken Monde
12 – Don Quixote. Finale – Don Quixotes Tod

13 – Romanze for Cello and Orchestra in F major

14 – Ruhe, Meine Seele!

15 – Gesang der Appolopriesterin

Raphael Wallfisch – Cello
Felicity Lott – Soprano
Royal Scottish National Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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Richard Strauss em alta velocidade. E apavorado.

FDP Bach

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Violin Concerto, Op. 61 (Perlman / Giulini, Jansen / Järvi)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Violin Concerto, Op. 61 (Perlman / Giulini, Jansen / Järvi)

Eis uma falha do blog que nunca deverá ser perdoada. Um leitor alertou que não encontrou nenhuma gravação do Concerto para Violino de Beethoven, o famoso op. 61. Em minha cabeça, eu tinha certeza de que havia postado alguma versão, ainda no início do blog, mas para minha surpresa, nem com Heifetz, nem com o Stern, nem com o Oistrakh, enfim,nenhuma. Nem da parte de meus colegas, talvez Clara Schumann tenha postado alguma versão, mas não lembro, e quando ela se retirou do blog, apagou todas as suas postagens.

Para compensar esta tremenda falha, estarei nos próximos dias estarei postando as minhas versões favoritas, desde as mais antigas, até as mais atuais.

Para começar, trago duas versões. Uma é a recentemente lançada pela Janine Jansen, uma jovem holandesa, que já nos deixou embevecidos com sua beleza graças a uma postagem do mano PQP, em sua redenção à obra de Tchaikovsky.

A outra gravação que trago aqui agora é a celebrada versão de Itzhak Perlmann com o Giulini, creio que gravada em 1980.

Não quero fazer comparações, apenas demonstrar de que forma esta obra vem sendo interpretada no correr dos anos. Não posso comparar gigantes em seu apogeu, como Oistrakh ou Heifetz com a própria Jansen, ou Hahn, jovens que tem uma vida inteira pela frente.

PQP se mete na história: vitória de Janine. 

Enfim, vamos ao que interessa:

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Violino, Op. 61 (Perlman / Giulini)

1 Allegro ma non troppo
2 Larghetto
3 Rondo – Allegro

Itzhak Perlman – Violin
Philharmonia Orchestra
Carlo Maria Giulini

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Violino, Op. 61 / Benjamin Britten (1913-1976): Concerto para Violino, Op. 15 (Jansen / Järvi)

Violin Concerto In D Major, Op. 61 • Ré Majeur • D-Dur
1 I Allegro Ma Non Troppo 22:56
2 II Larghetto — 8:20
3 III Rondo: Allegro 9:25
Cadenza [Cadenzas] – Fritz Kreisler
Composed By – Ludwig van Beethoven
Violin – Janine Jansen
Orchestra – Die Deutsche Kammerphilharmonie Bremen*
Conductor – Paavo Järvi

E um brinde espetacular! Amo este Concerto de Britten!

Violin Concerto, Op. 15
4 I Moderato Con Moto 9:31
5 II Vivace — Cadenza — 8:35
6 III Passacaglia: Andante Lento 14:29
Composed By – Benjamin Britten
Violin – Janine Jansen
Orchestra – London Symphony Orchestra*
Conductor – Paavo Järvi

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No âmbito das fotos, preferimos Jansen a Perlman
No âmbito das fotos, preferimos Jansen a Perlman

FDP Bach

Richard Strauss (1864-1949): Symphony in F minor, Sechs Lieder (Neeme Järvi / Hulse)

Richard Strauss (1864-1949): Symphony in F minor, Sechs Lieder (Neeme Järvi / Hulse)

Essa Sinfonia, na verdade sua 2ª Sinfonia, me era desconhecida até ter acesso a este CD, e fiquei surpreso com sua beleza. Richard Strauss escreveu esta sinfonia quando tinha pouco mais de 20 anos, e ela já traz alguns elementos que mostram as influências wagnerianas e brahmsianas. Esta sinfonia impressionou gente do porte de Hans von Bülow, que contratou o jovem Richard para ser seu assistente e deu-lhe a incumbência de reger a própria sinfonia em sua estréia. Maiores detalhes sobre a obra podem ser lidos no encarte que acompanha esta edição.

Hoje é domingo e pretendo aproveitá-lo, sabendo que não ficarei como um doido tendo de preparar aula. O sol brilha lá fora, bate uma leve brisa prenunciando o outono que se aproxima, e ouço um CD magnífico de Vivaldi que pretendo postar por aqui logo, logo.

Richard Strauss (1864-1949): Symphony in F minor, Sechs Lieder (Neeme Järvi / Hulse)

01 – Symphony in F minor. I – Allegro ma non troppo, un poco maestoso
02 – Symphony in F minor. II – Scherzo. Presto
03 – Symphony in F minor. III – Andante cantabile
04 – Symphony in F minor. IV – Finale. Allegro assai, molto appassionato

05 – Sechs Lieder. I – An die Nacht
06 – Sechs Lieder. II – Ich wollt ein Sträußlein binden
07 – Sechs Lieder. III – Säusle, liebe Myrthe
08 – Sechs Lieder. IV – Als mir dein Lied erklang
09 – Sechs Lieder. V – Amor
10 – Sechs Lieder. VI – Lied der Frauen

Eilenn Hulse – Soprano
Royal Scottish National Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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R. Strauss animadíssimo com seu filho e sua música.

FDP Bach

Joaquin Rodrigo (1901-1999): Concierto de Aranjuez, Fantasia para un Gentilhombre / Mauro Giuliani (1781-1829): Concierto para guitar and strings, Op. 30 / Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerto for Guitar and Orchestra, RV. 93 (John Williams)

Joaquin Rodrigo (1901-1999): Concierto de Aranjuez, Fantasia para un Gentilhombre / Mauro Giuliani (1781-1829): Concierto para guitar and strings, Op. 30 / Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerto for Guitar and Orchestra, RV. 93 (John Williams)

Existem algumas gravações que ficam na nossa cabeça para sempre. Já cansamos de dar exemplos aqui no blog, mas creio que o Concierto de Aranjuez seja a obra que mais cedo compreendi, e seu Adágio do segundo movimento a mais bela melodia que ouvi em minha vida. E creio que também seja para muita gente. Seu lirismo melancólico nos comove, e as mais variadas imagens nos vem à mente. Para uns, pode significar a dor da perda de um ente querido, para outros, a lembrança de uma paixão antiga, ou não correspondida. Para mim, lembra minha infância, quando, pela primeira vez, tive acesso ao velho LP com a foto de um jovem John Williams, ao lado do já velhinho Eugene Ormandy. Esta gravação ganha em qualidade por dois motivos principais, em minha concepção: de todas as gravações que Williams já fez deste concerto, esta é a melhor (conheço 3). E além disso, Ormandy sempre foi um eterno apaixonado. Você sente uma emoção pulsante, extraída das cordas da sua Orquestra da Filadélfia, ele extrai da melodia toda a paixão nela contida. Um grande maestro, com uma orquestra moldada ao seu gosto. E um grande violonista, que se estabelecia como um grande mestre.

Em seguida, Williams nos brinda com a “Fantasia para un Gentilhombre”, também de Rodrigo, composta para Andrés Segovia, versão já postada aqui no blog. Williams novamente nos brinda com uma excepcional interpretação, dando a impressão de ser espanhol, e não australiano, pois, assim como no caso do Concierto de Aranjuez, dá-se a impressão de uma total incorporação da alma espanhola. O disco é concluído com outros dois pesos pesados do repertório violonístico, um concerto de Giuliani, e outro de Vivaldi. Mas, mesmo sendo John Williams um especialista em Giuliani, o que se destaca aqui é Rodrigo, sem dúvida.

Em meu velho LP, o outro concerto, presente no Lado B do disco, era o de Castelnuovo-Tedesco. Infelizmente, não consegui encontrar a versão em CD com o Ormandy, mas tenho outra gravação do mesmo Williams, mas acompanhado de outra orquestra. Posso postar este cd em outra ocasião.

Joaquin Rodrigo (1901-1999): Concierto de Aranjuez, Fantasia para un Gentilhombre / Mauro Giuliani (1781-1829): Concierto para guitar and strings, Op. 30 / Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerto for Guitar and Orchestra, RV. 93 (John Williams)

1. Concierto de Aranjuez: I. Allegro con spririto
2. Concierto de Aranjuez: II. Adagio
3. Concierto de Aranjuez: III. Allegro gentile

John Williams – Guitar
Eugene Ormandy – Conductor
Philadelphia Orchestra

4. Fantasia para un gentilhombre: Villano y ricercar. adagietto-andante moderato
5. Fantasia para un gentilhombre: Espanoleta y Fanfare de la caballeria de Napoles. Adagio – Allegretto
6. Fantasia para un gentilhombre: Danza de las hachas. Allegro con brio
7. Fantasia para un gentilhombre: Canario. Allegro ma non troppo

English Chamber Orchestra
Charles Grove – Conductor

Mauro Giuliani – Concerto For Guitar And String Orchestra In A Major

8. Concerto For Guitar And String Orchestra In A Major: I. Allegro maestoso
9. Concerto For Guitar And String Orchestra In A Major: II. Siciliana. Andantino
10. Concerto For Guitar And String Orchestra In A Major: III. Polonaise. Allegretto

Concerto For Guitar And String Orchestra In D Major

11. Concerto For Guitar And String Orchestra In D Major: I. Allegro giusto
12. Concerto For Guitar And String Orchestra In D Major: II. Largo
13. Concerto For Guitar And String Orchestra In D Major: III. Allegro

English Chamber Orchestra
Colin Tilney – Cembalo
John Williams – Guitar & Conductor

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Este não é o John Williams do cinema, tá?

FDP