Fauré – Debussy
Ravel – Poulenc
Sonatas para Violino
Franziska Pietsch, violino
Josu De Solaun, piano
Um disco FANTASQUE! Com sabor gálico! Eu disse gálico, não gárlico… Brincadeiras à parte, temos aqui um disco maravilhoso reunindo quatro sonatas para violino e piano de quatro mestres franceses, compostas ao longo de um período de perto de 70 anos. Da Sonata No. 1 de Gabriel Fauré, composta em sua juventude, passamos para a Sonata para violino de Debussy, escrita quando ele já estava no fim de sua vida e faz parte de um conjunto planejado para seis sonatas, das quais apenas três chegaram a ser completadas. Depois a segunda sonata de Ravel, pois acabaram descobrindo uma primeira sonata mais de juventude, e a sonata de Poulenc, já mais modernosa, mas ainda com todos as características da tradição de sonatas para violino francesas.
Claro, há outras belíssimas sonatas que poderiam ter chegado ao disco, como a de César Franck, que nasceu em Liège, mas classifica para nossas ‘sonatas francesas’, para citar apenas uma. Para que olhar para a grama verde do vizinho, se já temos aqui um painel esplêndido para um recital e tanto, não acham?
Falando um pouco nos intérpretes, Franziska Pietsch é violinista nascida em Berlim Oriental de uma família de músicos, foi criança prodígio. Mudou-se para Berlim Ocidental em 1986 e estudou com Ulf Hoelscher e depois com Dorothy DeLay, na Julliard School, em Nova Iorque. Foi spalla em várias orquestras e também atou com solista e como musicista de câmera.
O pianista Josu De Solaun é um pianista espanhol que ganhou o primeiro prêmio em uma edição da Competição Internacional de Piano de Bucareste, como antes dele o fizeram Radu Lupu e Elisabeth Leonskaja. Seus principais professores foram Nina Svetlanova e Horacio Gutiérrez.
O libreto que está no pacote tem muito bom texto escrito pelo De Solaun, no qual ele explica a escolha do repertório do disco feita pela dupla de músicos: ‘Debussy e seu mundo de sonhos aforísticos; a mistura de humor sardônico com a sensualidade e gravitas sutilmente disfarçada de Poulenc; a urbanidade eclética, pastoral, melancólica de Ravel; e a nostálgica finesse e a aristocrática verve de Fauré’.
Realmente, um disco muito, muito bom. Dos adjetivos usados pelo De Solaun, sensualidade é o que transparece no som produzido pela dupla. Achei, na primeira audição, que o andamento escolhido era um pouquinho lento, mas depois, me rendi completamente. Gostei demais. Especialmente da sonata do Ravel. O movimento lento, um Blues, moderato, é especial. E a maneira como o piano e o violino provocam um ao outro, logo no início do último movimento, vale o disco. Não se faça de rogado, estes dois músicos não são ícones dos seus respectivos instrumentos, mas são espetaculares!
Gabriel Fauré (1845 – 1924)
Sonata para violino No. 1 em lá maior, Op. 13
- Allegro molto
- Andante
- Allegro vivo
- Allegro quasi presto
Claude Debussy (1862 – 1918)
Sonata para violino em sol menor
- Allegro vivo
- Intermède: fantasque et léger
- Finale: três animé
Maurice Ravel (1875 – 1937)
Sonata para violino No. 2 em sol maior
- Allegretto
- Moderato
- Perpetuum mobile. Allegro
Francis Poulenc (1899 – 1963)
Sonata para violino
- Allegro con fuoco
- Très lent et calme
- Presto tragico – Strictement la double lent
Franziska Pietsch, violino
Josu De Solaun, piano
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FLAC | 357 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 199 MB
O título do álbum foi encontrado no movimento lento da Sonata de Debussy. Boa inspiração! Aproveite!
René Denon