.: interlúdio :. Pan-African Orchestra — Opus 1

A esmagadora maioria de vocês nunca ouviu algo parecido com isso. Quem me trouxe o CD e me obrigou a ouvir foi meu filho — e estou agradecido a ele. A Pan-African Orchestra combina música tradicional africana com música moderna. Trata-se de um projeto incomum, ambicioso e altamente profano, como tudo o que é realmente bom e saudável. A ausência de deus é Maravilhosa. O objetivo é o de fazer a integração musical de várias tradições musicais africanas em uma (tentativa de) síntese, ou seja, de criar um sistema verdadeiramente africano de música sinfônica. Reunido em Danso Abiam (Gana), o grupo foi altamente combatido no continente, porque não apenas agrupa sonoridades que tradicionalmente não se misturam na música africana (como combinações entre flautas e xilofones, por exemplo), mas também por utilizar instrumentos usados ​​apenas para fins ritualísticos. Não obstante toda a controvérsia e discussão gerada pelo grupo, Opus I é um disco espetacular que capta o parte do espírito musical e humano do continente Africano. Vale a pena. É uma música nova. Embriague-se.

IM-PER-DÍ-VEL PARA QUEM GOSTA DE SABORES FORTES.

Pan-African Orchestra — Opus 1

1 Wia Concerto No.1 (First Movement – in Four Parts)
2 Yaa Yaa Kol
3 Mmenson
4 Explorations – Hi-Life Structures
5 Akan Drumming
6 Sisala Sebrew
7 Explorations – Ewe 6,8 Rhythms
8 Box Dream
9 Adawura Kasa

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PQP

7 comments / Add your comment below

  1. O disco realmente é muito bom de ouvir, apesar de a ideia não ter me convencido muito. Uma proposta que me agradaria mais seria não colocar todas as tradições musicais africanas no mesmo saco, permitindo ao ouvinte distinguir a música tigrina da iorubá, da malgaxe, etc., preservando a autenticidade de cada uma.

    Ao mesmo tempo em que gostei do CD, por não conhecer quase nada da música africana acabo me sentindo na desconfiança de estar ouvindo algo parecido com o que seria um disco de música “latinoamericana”, na qual a salsa, a cumbia, o samba, o frevo, o tango, o bolero, etc., são todos mesclados no que têm em comum para formar um resultado novo.

    Mas deixa pra lá, a música é realmente boa, e no fim das contas é o que importa. Tenho certeza de que muita música africana de qualidade ainda resta para ser divulgada, e isso provavelmente é só um começo.

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