W. A. Mozart (1756-1791): Grande Missa em Dó Menor K. 427 (Cotrubas, Kiri Te Kanawa, New Philharmonia, Leppard)

Nada como terminar a semana com uma grande obra-prima numa clássica interpretação que já recebeu três capas diferentes da EMI. Quem não se arrepiar no Kyrie inicial ou não gosta de música ou acabou de deixar de gostar. CD obrigatório, com Leppard em perfeita forma e Kiri nem se fala. Esta nasceu para cantar Mozart. A orquestra é enorme, mas Leppard (1927-2019) era um sujeito que sabia dosar as coisas. Ele não economiza nos tutti, mas aqui eles têm função. A Grande Missa K. 427 é tida como uma de suas maiores obras de Mozart. Ele a compôs em Viena em 1782 e 1783, após seu casamento, quando se mudou de Salzburgo para Viena. É uma missa solene composta para dois solistas soprano , um tenor e um baixo, coro duplo e grande orquestra. Permaneceu inacabada, faltando grandes partes do Credo e do Agnus Dei.

W. A. Mozart (1756-1791): Grande Missa em Dó Menor K. 427 (Cotrubas, Kiri Te Kanawa, New Philharmonia, Leppard)

1 I. Kyrie 8:05
2 II. Gloria: Gloria In Excelsis 2:52
3 II. Gloria: Laudamus Te 4:53
4 II. Gloria: Gratias Agimus Tibi 1:30
5 II. Gloria: Domine Deus 2:52
6 II. Gloria: Qui Tollis Peccata Mundi 6:27
7 II. Gloria: Quoniam Tu Solus Sanctus 4:18
8 II. Gloria: Jesu Christe 0:46
9 II. Gloria: Cum Sancto Spiritu 4:09
10 III. Credo: Credo In Unum Deum 3:59
11 III. Credo: Et Incarnatus Est 8:25
12 IV. Sanctus: Sanctus 2:03
13 IV. Sanctus: Osana 2:16
14 V. Benedictus 6:30

Ilena Cotrubas
Kiri te Kanawa
Werner Krenn
Hans Sotin
John Aldis Choir
New Philharmonia Orchestra
Raymond Leppard

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Leppard abrindo o barrigão pra vocês.

PQP Bach

29 comments / Add your comment below

  1. Gostei muito do comentário (e participo da mesma verdade): “Quem não se arrepiar no Kyrie inicial ou não gosta de música ou acabou de deixar de gostar.” Muito bom hehe!Diariamente visito o Blog, parabéns, continuem assim.Abraços,

  2. Olá! Parabéns pelo seu blog. Um oásis musical neste mundão virtual!Um pedido:o balé Raymonda, de Alexander Glazunov. Passei minha infância ouvindo isso. Abraços musicais e obrigado.

  3. A Divina majestade de Mozart ganha mais uma vez o júbilo dos anjos e arcanjos do ceu musica. Esta missa compreende o espirito do genio em seu estado maior – a supremacia dos homens no reino dos mortais – trazendo o canto suplime das esfera divina.
    Magnifica escolha desta audição aos ouvidos luditos.
    Sudações aos amantes do classico e eruditos eternos.

  4. Curiosidades: Quando Mozart escrevia esta missa, estava passando por uma grande crise em sua atividade criadora, provocado por outras encomendas e até sobrecarga de alunos, que sem dúvida lhe traziam seus maiores dividendos financeiros. Esta missa, foi a obra que pela primeira vez, Mozart escreveu por vontade própria e por iniciativa própria, sem se deparar com pressões que em geral eram provenientes da ocupação do posto que ocupava no serviço da igreja.
    Pouco se sabe sobre a criação da obra, que ocorreu nos anos vienenses de 1782 e 1783, e muito menos ainda sobre sua primeira apresentação na igreja de Saint Pierre de Salzburg dia 26 de outubro de 1783. Boa audição.

  5. A obra original está assim dividida:
    1. KYRIE – para coro a quatro vozes e solo de soprano
    2. GLORIA – para coro a quatro vozes
    · Laudamus Te – para soprano solo
    · Gratias – para coro a cinco vozes
    · Domine – para duo de soprano e mezzo soprano
    · Qui Tollis – para coro duplo a quatro vozes
    · Quoniam – para soprano, mezzo soprano e tenor solos
    · Jesu Christe/Cum sancto spiritu – para coro a quatro vozes
    3. CREDO – para coro a cinco vozes
    · Et incarnatus est – para soprano solo
    4. SANCTUS – para coro duplo a quatro vozes
    · Hosanna – para coro duplo a quatro vozes
    · Benedictus – para quarteto de solistas
    · Hosanna – para coro duplo a quatro vozes.
    Grato

  6. Tenho certeza que se eu colocar minhas palavras, cairei, inevitavelmente, nos clichês típicos daqueles que amam a música. Eu tenho a música como um alimento gostoso que, ao final da degustação, dizemos: “que maravilha!!!”. Sem absurdidades, matemática, essa missa de Mozart (parafraseando uma citação) me faz acreditar em Deus muito mais do que simplesmente ir à igreja, porque só uma pessoa tão sensível como ele consegue imprimir uma página tão especial na história da Primeira Arte!

  7. Esta gravação da missa é para mim a melhor que já ouvi, no entanto fico com uma dúvida que talvez me possam esclarecer: quem é o soprano no “Et Incarnatus Est”? Cotrubas ou Kanawa? Parece-me a Cotrubas mas não tenho a certeza. Obrigado e continue o excelente trabalho.

  8. Bonito, legal etc mas admito que existem duas (que eu conheça) Kyrie Eleison que realmente me deixam arrepiada: a do tão famoso requiem do Mozart e a da Missa em B menor (BWV 232)do Bach Pai.
    Acho que não tenho salvação…

  9. Junto-me ao coro e deixo aqui mais um apelo suplicante para que o arquivo seja restabelecido, pois só assim o coração de nós inconsolados mozartianos poderá encontrar novamente a paz.
    😛

  10. Linda gravação. O texto fala da Kiri Te Kanawa, mas Cotrubaş foi uma das maiores sopranos de todos os tempos. Não tinha espírito de prima dona (e talvez por isso seja menos lembrada), mas no palco ou no estúdio era um fenômeno. Sua Violetta Valéry na Traviara regida por Kleiber é imbatível.

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