Guilherme BAUER (1940)
Intérpretes:
- Eduardo Monteiro e Alexandre Eisenberg, flautas
- Trio Fibonacci
- Erich Lehniger, violino
- Andreas Polzberger, violoncelo
- Sven Birch, piano
- Quarteto Moyzes
- Orquestra Sinfônica Brasileira (Henrique Morelenbaum, reg.)
Guilherme Carneiro da Cunha Bauer, compositor e professor carioca, é atualmente um dos principais compositores da geração de vanguarda nascida nos anos 40 e 50. Formado exclusivamente no Brasil, foi aluno de violino de Iolanda Peixoto e Oscar Borgerth, e participou de grupos de câmara e da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC. Em 1977 organizou o grupo Ars Contemporânea que, durante sete anos, realizou inúmeros concertos visando divulgar, principalmente, o repertório brasileiro. Como compositor, teve aulas com Cláudio Santoro (contraponto e composição), Esther Scliar (análise musical) e Guerra-Peixe (harmonia, contraponto, fuga, composição e orquestração), constituindo, com este último, sólida e enriquecedora amizade.Lecionou composição e orquestração na Universidade Estácio de Sá / RJ (1986 a 1999) e, desde 1983, vem lecionando na Escola de Música Villa-Lobos / RJ harmonia, contraponto, fuga, orquestração e composição.
Foi idealizador de dois importantes projetos de divulgação da música nacional: a gravação, em CD, de mais de 50 obras de compositores brasileiros pelo selo RioArte Digital, da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Projeto Estréias Brasileiras, patrocinado pelo CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) que, em 1997, encomendou e estreou 33 obras de autores nacionais.
Deu palestras sobre música brasileira, em 1996, nas universidades da Flórida, Miami e Houston, nos EUA. Em 1999, no Conservatório Bruckner, Linz (Áustria), participou de um ensaio público de sua obra Reflexos, encomendada e estreada pelo George Crumb Trio.
Seguiu, em seu período inicial, a estética do atonalismo. Posteriormente adotou uma linguagem livre apoiada, muitas vezes, nas tradições musicais populares. Contabiliza um total de oito prêmios em concursos de composição, com destaque para o Prêmio ESSO de Música Erudita, Concurso Latino-Americano da UFBa e Prêmio da Sociedade Cultura Artística de São Paulo/SP. Recebeu, em 1998, o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pelo Quarteto de Cordas nº 2.
O cd Partita Brasileira, lançado em outubro de 2002 e portador da etiqueta RioArte Digital, mais a chancela da Academia Brasileira de Música, aglomera parte da produção compreendida entre 1981 e 2001.
Durante a XVI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, em novembro de 2005, foi realizada a primeira audição das Cadências para Piano e Orquestra, obra escrita através de uma Bolsa Vitae de Arte.
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Partita Brasileira
1. Sugestões de inúbias (1991)
Flautas: Eduardo Monteiro e Alexandre Eisenberg
Trio (1980)
2. I. Andante com embolada
3. II. Allegro – batucada
Trio Fibonacci
Partita brasileira (1994/2001)
4. I. Prelúdio
5. II. Clamor
6. III. Canto
7. IV. Abaianado
8. V. Rabecando
Violino: Erich Lehninger
Duas peças para violoncelo e piano (1989/1993)
9. Recitativo
10. Retornos
Andreas Polzberger (cello) e Sven Birch (piano)
11. Quarteto n° 2 (1997)
Quarteto Moyzes
12. Cadências para violino e orquestra (1982)
Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Henrique Morelembaum
Violino: Erich Lehninger
13. Variações rítmicas, para piano e orquestra (1991)
Orquestra não identificada
Regente: Dante Anzolini
Piano: Ruth Serrão
Já que mencionei as Cadências para piano e orquestra, me lembrei elas ganharam semana passada o prêmio de melhor obra experimental de 2008 (não sei o que elas têm de experimental) da APCA. Mando-as junto com uma pecinha curta em dois movimentos.
14. Cadências para piano e orquestra (2005)
Gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles, durante a XVI Bienal de Música Contemporânea Brasileira, em 2005
Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Luís Gustavo Petri
Piano: Midori Maeshiro
Instantes pianísticos (2003)
15. I. Mutações
16. II. Frequências
Piano: Midori Maeshiro
CVL
Olá.
Descobri o blog faz poucos dias, mas já me tornei literalmente uma adicta. Não entendo nada de música erudita e aprendi a ouvir e a me interessar pela musica clássica com aqueles cds de banca, faz anos. Mas a falta de tempo por conta dos estudos e por não ter alguém que pudesse me apresentar grandes obras, acabei conhecendo pouca coisa, muitas vezes de pouca qualidade.
Encanta-me a emoção e os sentimentos que podem ser transmitidos e captados pela música.
Na minha ignorância musical, os compositores russos chamam a atenção, pois, ao ouvi-los e fechar os olhos, é como se estivesse frente a uma profusão de cores com nuances às vezes suaves, às vezes fortes e gritantes. Os corais são outra maravilha à parte. Tenho o The Red Army Choir. Não há como não se arrepiar ao escutar os vermelhos em alto e bom som. Parece medieval, parece clássico, parece… não sei exprimir com palavras.
Esses atonais também são ótimos pelo incômodo que às vezes causam. Acho muito mais interessante do que uma composição às vezes “redondinha”, mas que não empolga, não trasmite uma mensagem sentimental e se torna algo burocrático, apenas agradável aos ouvidos, quase música de elevador.
Parabéns a todos pela página.
Em breve, prestarei um tributo a você, Bessa, por essa bonita mensagem, e a todos os amantes da música russa. E aguarde Camargo Guarnieri qualquer dia desses, para ouvir peças atonais de primeira linha e bastante voz própria.
Olá Villa.
Gosto muito de seus comentários e apresentações.
São muito bem estruturados e guardam sempre uma intrínseca relaçao com o objeto.
Mas daqui desses píncaros nevados, nos quais a noção do tempo não existe, o espaço nada significa e no qual o espírito se volta apenas para o infinito imponderável com o qual se funde e confunde, nada nais justo do que dizer: ninguém está só quando está bem consigo mesmo.
Ocorre, porém, que ao tentar partilhar esta verdade com vocês, vi que não seria possível.
Mesmo assim, não pude deixar de lhes desejar todo o bem que é,sim, possível partilhar.
Infelizmente, porém, apenas saiu esta meladeira ai de baixo o que prova que o infinito não é uma boa fonte de inspiração salvo quando o subconsciente o apreende e com ele se mistura.
Um grande abaço a todos e que todos me perdoem pela intenção frustrada do desejo abaixo expresso:
Bem,
desejo que este Ano tão Novinho e que acaba de nascer, seja muito e muito bem-vindo.
O RESTO FOI TOTALMENTE CENSURADO POR FALTA DE DECOCORO CRIATIVO!!!!!!!!!! Abração! Está tudo muito frio.
Edson
Estava com saudades de seus comentários, Edson. Por onde você anda?
Abraço.
Caro PQPBach,
Parabens pelo maravilhoso site…gostaria de instruções para me tornar um futuro colaborador.
O link para baixar o CD “partita brasileira e outras obras” do Bauer está inativo…Pergunto-lhe se seria possivel reativá-lo?
Abraços